quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Elenco: 🧡


Narração do elenco:


Principais:


Família Crawford's:


Eurico Crawford's: 


E o patriota da família Crawford's.


É um homem ruim é disposto a fazer tudo para conseguir o que quer.


Isso significa até mesmo passar por cima dos seus filhos e netos.


Mary Crawford's: 


E a mulher do patriota da família Crawford's.


Mãe de Tom, Bryan, Barbará, Leonardo e Fernando.


E uma mulher fria é assim como o marido é capaz de qualquer coisa pelo seu reino e principalmente por sua família.


Odeia a sua nora Marine, pois ela não era a esposa que ela gostaria que seu filho predileto Fernando se casasse é sim, Raquel.


E agora que Raquel retornou para o reino de Kingston com sua neta Carla novamente, a patriota da família está disposta a ajudar — las a fazer Marine e Vitória para bem longe da família Crawford's e do reino de Kingston por pensa que elas não são adequadas para seus dois amores que e seu filho Fernando e seu neto Pedro.


Familia Fernando e Marine:



Marine Archibalds Crawford's :


 É uma mulher super bela que encanta a todos por onde passar.


Tem cinco lindos filhos com personalidades completamente diferentes.


Raquel, Pedro, Brenda, Michelle e Breno.


Sofreu e ainda sofre a perda do seu filho mais velho que se chamava Kaique, esse morreu em uma batalha a anos fora do reino de Kingston.


E uma mulher sábia e enfrentará qualquer coisa pelos seus filhos.


Fernando Archibald's Crawford's:


 É um homem belo que tem lindos filhos com sua esposa Marine.


Seus irmãos julgam que ele é o filho preferido de Eurico por escolher ao filho de Fernando como o novo sucessor do Trono é muitos ficarão contra a essa escolha do patriarca da família Crawford's e agora mais do que nunca Fernando terá que ser manter forte para manter a sua família com Marine reunida.


Lauren Archibalds Crawford's:


 É a mais velha das filhas de Marine e Fernando.


E casada com Davi um homem rude que a tratar super mal quando estão longe da família.


Ele inveja a posição de Pedro e fará a mulher ficar contra a família para conseguir lutar pelo trono de Kingston.


Pedro Archibalds Crawford's: 


É o personagem principal dessa história.


É um belo homem que encanta a qualquer mulher por onde passar.


Mas só tem olhos para a sua bela Esmeralda.


Mesmo com sua bonitude por fora, por dentro é um homem frio e grosso com as pessoas a seu redor.


Julga que todos tem culpa pelo que lhe sucedeu e a 6 pessoais que confiava a quatro anos atrás e culpa aos Crawford's pelo que lhe passou e agora para ele apenas existe a Esmeralda é a mais ninguém.


Fará o que for preciso para a manter a salvar e por isso aceitará ser o sucessor do seu avô no reino de Kingston é comandará a tudo e a todos com mãos de ferro.


Odiará e fará a vida de Vitória um pesadelo, por pensar que a mesma está metida no plano que sua família trajou para obrigar — lo a retornar para Kingston e assumir ao comando do reino e por o afastar de Esmeralda a sua verdadeira amada.


Brenda Archibalds Crawford's: 


E uma jovem que odeia a qualquer um que não tenha a mesma posição social que a dela.


Para Brenda todos os pobres deveriam ser extintos da terra.


Será um carma na vida das pessoas pobres que trabalham nas enormes mansões de sua família e não mede esforços para humilhar a todos ao seu redor.


Por isso sempre está brigando com sua irmã Michelle, pois a mesma não aceitar a forma que Brenda tratar aos outros por ter menos que ela, por isso Brenda fará a vida da irmã um inferno.


Além de junta- se com Carla para destruir ao casamento de seu irmão Pedro com Vitória, pois ela gostaria que sua melhor amiga Carla, fosse a verdadeira esposa de seu irmão é não Vitória e muito menos Esmeralda.


Michelle Archibalds Crawford's:


 É a mais rebelde dos filhos de Fernando e Marine.


A jovem não aceitar a forma que alguns membros de sua família tratar ao povo de Kingston.


Ela se sente melhor com os pobres do reino, do que perto de sua rica família.


Michelle é apaixonada pelo seu guarda — costa Gabriel, os dois mantêm um romance proibido as escondidas da sua família a um ano, eles sabem que esse amor pode os levar a morte, mais se amam ao ponto de enfrentarem a tudo e todos pelo grande amor que sentem um pelo outro.


Será uma grande amiga de Vitória assim que a jovem for morar na enorme mansão da família Crawford's e juntas enfrentarão a qualquer um que tente fazer mal ao povo de Kingston e isso incluir até mesmo alguns membros da família Crawford's.


Breno Archibalds Crawford's:


 É o caçula dos filhos de Fernando e Marine.


Para o caçula da família, seu passatempo preferido não é os estudos do reino, mais sim, as rebeldias que faz quando foge do palácio para ser juntar aos jovens das vilas do seu reino que não fazem ideia de quem seja ao jovem caçula da família Crawford's.


Assim como a sua irmã Michelle é um jovem rebelde também e não aceita muitas coisas que acontecem em seu reino.


Tom Lewis Crawford's:


É o filho mais velho de Eurico e Mary.


Diferente de Bryan, Leonardo e Barbará ele não tem inveja de Fernando pela preferia que seus pais têm pelo irmão caçula.


E casado com Martina onde tem dois lindos filhos Manuelle e Benjamin.


Martina Lewis Crawford's:


E a esposa de Tom Crawford's o filho mais velho de Eurico e Mary.


Martina é uma boa mulher e se dá muito bem com Marine.


Ama seu marido e sempre está com ele nos bons e ruins momentos.


Manuelle Lewis Crawford's:


Filha de Tom e Martina é uma jovem boa e não ligar por ser quem é que é uma Crawford's integrante da família mais poderosa da terra.


Se dá bem com todos por ter um bom coração e por não ver maldades nas pessoas.


Benjamin Lewis Crawford's:


Filho de Tom e Martina é um bom rapaz é e apaixonado pela arte, mesmo que isso seja visto como algo negativo em sua família.


É um jovem doce e simpático com todos ao seu redor assim como seus pais e irmã.


Bryan Fernandez Crawford's:


2. filho de Eurico e Mary.


É um homem frio e casado com Jade uma mulher amargurada que não se conforma em não ter conseguido casar com Fernando ao invés de Bryan.


Por não conseguir ter o amor de sua esposa, ele se aventura por aí com outras e nessas aventuras acaba engravidando a uma mulher pobre do reino de Kingston.


Jade Fernandez Crawford's:


Esposa de Bryan Crawford's é uma mulher que odeia a tudo e todos.


Principalmente odeia a Marine e seus filhos e agora seu ódio aumentou duas vezes mais com a volta de Pedro e por ser o sucessor de Eurico como novo líder do reino de Kingston.


Com Bryan tem três filhos, Priscila, Perola e Phillip.


Faz de tudo para que seus filhos odeiem aos filhos de Marine, mais não consegue fazer esse feito com Pérola que adora sua prima Michelle.


Phillip Fernandez Crawford's:


Filho mais velho de Bryan e Jade é cresceu com sua mãe desfilando ódio por Marine e pelos filhos da mesma.


Com isso é um jovem mal que fará qualquer coisa para impedir que Pedro seja o novo sucessor do trono de Kingston é fará o que for preciso para destruir ao primo e tudo que o rodeia.


Priscila Fernandez Crawford's:


2. Filha de Bryan e Jade é uma jovem chata assim como sua mãe Jade.


Odeia a tudo e todos é seu passatempo preferido é a humilhar as pessoas pobres do reino.


Adora fazer maldade com outras pessoas e não medira esforços para conseguir o que quer.


Perola Fernandez Crawford's:


3. Filha de Bryan e Jade é a única mais apegada ao pai.


Ao contrário dos irmãos e de sua mãe ela não nutrir ódio algum por Marine e nem pelos seus filhos.


Ao contrário, ela adora a família do seu tio Fernando,  por isso sempre está entrando em conflito sua mãe.


Acabará se apaixonando pelo rival do seu reino quando for sequestrada pelo mesmo é isso fará com que todos fiquem contra a ela.


Leonardo Campbell Crawford's:


E o 3. Filho de Eurico e Mary.


Casado com Clara uma moça boa que tenta fazer os filhos ser diferente do marido.


Assim como os outros membros da família Crawford's ele também crescer o olho em cima do poder total do trono de Kingston.


Ele queria para ele ou para um dos seus filhos ser o novo sucessor do patriarca da família e não ser contatará até derrubar Pedro ou qualquer um do comando do reino.


Clara Campbell Crawford's:


Esposa de Leonardo é mãe de Rodrigo, Ricardo e Brendo. 


E uma boa moça que não tem maldade no coração e tenta mudar a personalidade ruim de Ricardo e Rodrigo. 


Pois, teme o final de ambos por quanta da maldade do marido que faz o que os filhos sejam iguais a ele.


O unico que mais agrada a mãe é Brendo o caçula e rebelde da familia. 



Rodrigo e Ricardo Campbell Crawford's:


Ambos são filhos de Leonardo é Clara.


Nasceram no mesmo dia, mais não são gêmeos parecidos.


Ambos tem um coração ruim assim como o pai e ambos tratam mal a suas esposas Natália e Cecilia.


Brendo Campbell Crawford's:


É um jovem que gosta de ser aventura e ser divertir.


Não ligar para responsabilidades e nem para o trono de Kingston que é o poder central do reino.


Para ele, bebidas e mulheres já é o suficiente e não precisa esquentar a cabeça com mais nada.


Por isso é a decepção de seu pai e ele sempre está brigando com Brendo o obrigando a ser casar para ter responsabilidades ou para punir — lo também por não ser como ele e seus irmãos.


Barbará Stewart Crawford's:


4. Filha de Eurico e Mary.


E assim como os outros também deseja o poder supremo do trono de Kingston para ela e para sua família.


Casada com Vinícius que deseja também que o trono de Kingston seja dele e de sua família.


Barbará tem dois filhos Juliana e Henrique.


Ambos são muito mesquinhos demais para pensar em qualquer coisa que não seja em poder é por isso farão o que for preciso para ter o trono de Kingston em seu poder.



Vinícius Stewart Crawford's:


Homem rude que julgar que tem algum direito sobre o trono de Kingston.


Mas como é casado com Barbará pensa que tem direito de lutar por algo que não é dele.


Está disposto a derrubar qualquer um que estiver em seu caminho para ter ser o novo líder de Kingston.


Adora sair com mulheres de estalagem de prostituição para ser divertir.


Juliana Stewart Crawford's:


Se dá bem com qualquer um que diga que odeia aos pobres do reino.


Mas tem uma grande queda por um Gabriel o guarda — costa de sua prima Michelle.


Henrique Stewart Crawford's:


Odeia demasiado ao seu primo Pedro, pois alguns anos atrás os dois tiveram uma briga feia de espadas que acabou gerando uma cicatriz em Henrique e para ele não ficar marcado com aquilo, ele fez uma tatuagem de Cobra é assim ficou conhecido pelo reino.


Fará o que for preciso para ver a destruição do seu primo e acabará se encantando por Vitória a esposa de Pedro é ficará a importunando para conseguir ter alguma coisa com a mesma.


Família Mendes:


Vitória Graham Mendes:


 Personagem principal é uma jovem moça de 23 anos de idade.


Dona de uma personalidade forte que odeia injustiças e faz o que for preciso para defende aos seus ideais e ajudar aqueles que necessitam delas.


É uma garota super inteligente e sempre está debatendo de frente com alguma pessoa.


Tem uma língua afiada e consegue tirações ótimas no meios de suas discussões.


Mora na pequena vila Mestraville com sua mãe Lorena que é tudo para a mesma.


Nunca se deu bem com seu pai e nem com a família que ele tem agora e não o perdoará tão facilmente depois do que ele aprontará com ela no reino de Kingston.


Sua vida nesse novo reino morando com a família Crawford's não será nada fácil.


Pois, estará em um palácio repleta de pessoas mais dispostas a qualquer maldade contra ela.


Entretanto, Vitória não abaixará a cabeça para nenhum deles, principalmente para Pedro que será o seu marido.


Lorena Santos Mendes:


É a mãe de Vitória é assim como a filha é dona de uma personalidade forte.


Ensinou a filha a crescer com ideais fortes e a lutar pelos seus direitos e das pessoas que necessitam de ajuda.


Foi abandonada por Drake para ficar com uma mulher com uma condição melhor do que a dela.


Mesmo com pouco a vida de Lorena é de Vitória é ótima, pois uma tem a outra é esse laço é mais forte do que qualquer coisa.


Ficará arrasada com o que se sucederá à filha, mais se manterá forte por Vitória é será capaz de tudo para defende a filha.


Reinos ao redor de Kingston:


Reino Betterburg:


Luiz Lavigne:


É um dos inimigos do reino de Kingston.


Pois, seus reinos são próximos um do outro é lutam por território.


É casado com Vivianne e ambos tem duas filhas Luiza e Liz.


Vivianne Lavigne:


Casada com Luiz a alguns anos é juntos tem duas filhas Luiza e Liz.


Se dá melhor com Liz, pois Luiza e uma filha desajuizada que prefere aprender a lutar do que modos que etiquetas ou preparação para ser uma boa esposa.


Liz Lavigne:


É a filha perfeita de Luiz e Vivianne.


Sempre faz o que seus pais pedem, até mesmo seduzir aos inimigos do seu reino para conseguir o que seus pais desejam.


E leal a sua família e ao seu reino Betterburg é e capaz de tudo por ele.


Luiza Lavigne:


E muito diferente de seus pais é irmã.


Luiza prefere aprender a outras coisas do que ser preparar para casar algum dia com homem que será escolhido por seus pais para alguma aliança de seu reino.


Quando seu pai enfim fazer as pazes com o reino de Kingston e uma aliança com os mesmo, ela acabará sendo entregue como um acordo de paz e aliança para ser casar com Brendo Campbell é odiara o mesmo por isso e ambos brigarão o tempo todo por causa desse casamento arranjado e será brigas divertidas.


Reino Goldenwood:


Laura Pardo: 


É uma jovem dançarina em uma estalagem de mulheres.


Apenas dança ao contrário das outras que se deitam com os clientes.


Acaba sendo presa e mandada para Kingston após arrumar uma briga em seu local de trabalho.


Lá é salvar por Vitória que defende a ruiva e diz que ela só fez o que fez para ser proteger.


Laura acaba indo trabalhar na mansão dos Crawford's e acaba virando uma grande amiga para Vitória e Michelle.


Mas também uma grande rival de Juliana que é apaixonada por Luan o filho de um lorde importante de outro reino que tem aliança com Kingston e acaba se encantando por Laura sem saber de seu passado.


Reino Womanwood:


Luan Logan: 


É um rapaz com um bom coração e acaba indo passar um tempo no reino de Kingston apos ser mandado por seu pai para conhecesse a Juliana uma das integrantes da família Crawford's para que se casasse com a mesma para que consolidasse ainda mais a aliança entre os dois reinos. Mas Luan se encanta mesmo por Laura a ex dançarina de uma estalagem de mulher e agora empregada da mansão Crawford's algo que não agradará a ninguém.


Nicole Sampaio:


E uma jovem moça humilde e batalhadora que acaba salvando a vida do futuro noivo de Michelle quando o mesmo estava indo conhece — la no reino de Kingston.


Nicole acaba se apaixonando de cara por aquele moço bonito e educado, mais ele fica apenas agradecido pela mesma por ter salvado a sua vida e promete recompensa — la por isso.


E a forma que ele acha e conseguindo um emprego para a jovem como costureira para Michelle que necessitava de uma moça que desenhasse e criasse roupas para ela.


Nicole acreditava que não conseguiria se dá bem com Michelle por ela ser noiva de Guilherme o homem que ela amava, mais acaba percebendo que Michelle é uma boa pessoa e que está sendo obrigada a manter esse noivado devido às alianças entre o reino dela e de Guilherme.


Guilherme Derrick:


É o novo rei do reino de Lork após a morte de seu pai.


O reino Lork tem uma aliança com o reino de Kingston que é o casamento entre um integrante do reino de ambos reinos e Michelle acabou encatando a Guilherme em um baile de Galã e acabou sendo pedida como esposa para senhor Eurico Crawford's sem saber que a jovem já era apaixonada por outro e nem que Nicole a jovem humilde de um vilarejo que o salvou quando estava indo a Kingston para combinar algumas coisas com a família Crawford's e apaixonada por ele.


Mesmo assim Guilherme não abrira mão facilmente de Michelle e enfrentará a Gabriel o tempo todo pelo amor da bela jovem.


Reino Mestraville:


Bruna Justina: 


Sempre foi muito amiga de Vitória, pois a mesma sempre defendeu e cuidou de Bruna quando a mesma perdeu a mãe e ficou apenas com o pai que a sempre maltratou.


Ficará muito triste com a partida da amiga para o reino de Kingston principalmente ao saber que ela está indo obrigada.


Passou a sofrer muito nas mãos de seu pai e da nova esposa dele.


Quando acreditou que sua vida não tinha mais sentindo e mais ninguém para ajudar — la, é mandada para Kingston para ficar lá com Vitória, Bruna passará a trabalhar em um estabelecimento no reino de Kingston e assim ficará perto de sua amiga Vitória.


Acabará conhecendo a Matheus amigo que Pedro tinha em Deathivillage e os dois se apaixonarão causando ódio nas irmãs gêmeas Giovanna e Gabrielle.


Reino Deathvillage:


Matheus Ferrari:


É um amigo que Pedro tinha nessa pequena vila.


Ele irá até o reino de Kingston para saber o que se passou com Pedro e Esmeralda.


Ficará chocado ao descobrir quem realmente era Pedro.


Se apaixonará por Bruna apos salvar — la dê uns homens bêbados.


E será disputado pelas irmãs loucas Giovanna e Gabrielle.


Inimigos:


Esmeralda Diniz:


Quem poderia imaginar que a bela moça presa injustamente por algo que não fez acabaria ser tornando, na verdade, uma grande vilã do mal.


Esmeralda se deixará cegar pelo ódio profundo que sentira de Vitória quando notar que ela e Pedro estão começando a sentir algo um pelo outro e não deixará com que a mocinha roube o que é dela.


Nem que isso signifique matar-la para que ela fique novamente com Pedro e que voltem a ter a bela vida que os dois tinham em Deathivillage.


Carla Alencar:


Apaixonada desde sempre por Pedro ficará feliz ao saber que ele está retornando para o reino de Kingston para assumir ao comando do reino.


Mal imagina que o gato já está prometido em casamento para outra mulher e que está apaixonado perdidamente por outra.


Isso não significa que Carla desistira dele e de separar — lo dê quem for.


Giovanna e Gabrielle:


Irmãs gêmeas e doidas por Matheus serão capazes de seguir — lo até o reino de Kingston apenas para ficarem perto dele.


Enlouquecerão ainda mais ao notarem a aproximação do gato com a jovem Bruna.


Raquel Alencar:


Odeia profundamente a Marine Crawford's por ela ter ser casado com Fernando.


E agora que retornou ao reino de Kingston está disposta mais do que nunca a lutar por aquilo que tanto deseja a anos que é o marido de Marine.


Família Graham:


Drake Graham:


É o pai de Vitória, Luana e Pietro.


Foi casado com Lorena e a abandonou para está com Patricia que na época tinha uma condição financeira melhor que de Lorena, ele deixou a esposa e a filha para trás e casou — se com outra que teve dois filhos com o mesmo.


Drake é um homem interesseiro e só pensar em si mesmo.


Seus amores maiores são Luana e Pietro é fará o que for preciso para manter — los a salvar até mesmo entregar a sua outra filha Vitória aos crocodilos.


Patricia Graham:


Casada com Drake com que tem dois filhos.


Perdeu tudo o que tinha e agora tem um filho doente que precisa de tratamento e como mãe faz o que for preciso para salvar ao filho até mesmo roubar a quem menos deveria.


Se ver seus filhos em problema é capaz de tudo para salvar — los e acabará estingando a Drake para ele entregar Vitória aos Crawford's ao invés de Luana.


Luana Graham:


Filha de Drake e Patricia.


Meia irmã de Vitória e ficará frustrada assim que descobrir que iria ser casar com o futuro herdeiro do reino de Kingston.


Odiara a irma por pensa que ela roubou o seu lugar e fará tudo que for preciso para vingar ser de Vitória.


Pietro Graham:


E o bebezinho de Drake e Patricia.


E um garotinho doente que precisa de tratamento.


Gostara muito de Vitória, pois ela o tratar melhor que Luana.













sábado, 19 de junho de 2021

A proposta ❤️

Capítulo 1


Caminhava lentamente enquanto tentava arrumar a alça da bolsa que insistia em escorregar de meu ombro, isso seria uma tarefa fácil se minhas mãos não estivessem totalmente ocupadas. Na minha mão esquerda segurava o copo de café que acabara de comprar e na mesma mão tentava manter o meu celular que insistia em tocar— um péssimo momento pra tentarem falar comigo — já na minha outra mão se encontrava o meu trabalho da faculdade e um livro que não coube na maldita bolsa, que agora deslizara de vez do meu ombro e se encontrava pendurada no meio do meu braço — não me importaria com isso se ela estivesse leve como em todos os dias, mas hoje ela estava exageradamente pesada. Xinguei mentalmente o filha da puta que insistia em falar comigo mais uma vez, será que era tão difícil entender que agora eu não poderia atender?


Caralho! Gritei mentalmente assim que vi uma bicicleta passar em alta velocidade bem a minha frente. Que ótimo quase fui atropelada por uma maldita bicicleta. 


Realmente hoje não era o meu dia, alem de passar quase a noite inteira de ontem fazendo o maldito trabalho que agora estava em minhas mãos, acabei acordando atrasada e juro que quase me arrebentei toda para poder me arrumar em um tempo recorde. E a pior parte não foi às diversas vezes que bati meu maldito dedo mindinho em todas as quinas possíveis — isso foi extremamente doloroso, parecia que o dedo ia ao encontro as malditas quinas de propósito — e sim a pior parte foi receber uma mensagem da Alex — minha querida melhor amiga — me avisando que hoje ela não poderia ir me buscar, e era nesse exato momento que eu me odiava por nunca ter comprado um carro.


Sai de casa igual um foguete em cima de um salto alto enquanto ainda vestia meu sobretudo preto, com o livro, o trabalho e a bolsa preta tudo em uma mão só, tive que correr ate um ponto de ônibus e por sorte e esse foi o único momento de sorte que tive no meu dia — mas também não durou muito — ele passou minutos depois de eu ter chegado ao ponto e quando entrei no ônibus ele estava lotado — como eu disse a sorte não durou muito — fui espremida de tal forma que achei que não sairia viva daquele lugar, fui encochada algumas vezes e eu já estava vendo a hora que iria vira para matar o cara se me encochasse mais uma vez, mas por fim sai daquele mini inferno viva. Passei em uma cafeteria pra pelo menos toma um café já que não tinha comido nada ao sair de casa e agora eu estava ali, correndo para entra na minha primeira aula.


Passei pelos corredores — vazios — da faculdade correndo, esperava realmente chegar na minha sala a tempo para a primeira aula e estava quase conseguindo, quando por uma incrível onda de azar me esbarrei em alguém caindo no chão deixando que o copo em minha mão voasse para longe assim como as minhas coisas. E claro que uma coisas dessas iria acontecer comigo, com o dia que eu estava tendo, me surpreendeu que o copo de café quente não tivesse caindo em cima de mim. 


— Porra — Berrei tentando fazer a raiva que eu estava sentindo saísse com aquele palavrão. 


— Caralho Marrony! Olha por onde anda da próxima vez garota — A pessoa a qual eu tinha esbarrado se manifesto pela primeira vez, me fazendo desejar nunca ter levantado da cama. 


— Hoje não Simmons! Hoje não! — Falei em um tom totalmente irritada enquanto me levantava e me dirigia para pegar todas as minhas coisas. 


Peguei minha bolsa e meu livro que tinha caído perto de mim, e me virei procurando pelo meu trabalho e agradeci mentalmente por ele ter caído o mais longe possível do café que agora estava derramado pelo corredor da faculdade. Que merda meu café . Agora ficaria com o estomago vazio ate a hora do almoço, que ótimo, eu já estava de ótimo humor, com fome ainda meu humor se tornaria maravilhoso. 


— Ta de TPM Marrony? — O demônio pergunto se levantando e pisando em cima do meu trabalho. 


— Ah! Filho da Puta meu trabalho! — Gritei o empurrando e pegando meu trabalho que agora tinha a ultima pagina amassada e uma pegada de sapato nela. 


Ótimo o Dr. Luiz adoraria aquela nova estética. 


— Com certeza ta de TPM — O demônio volto a falar enquanto arrumava sua jaqueta preta em seu corpo e sorria divertidamente. E nesse momento eu tive vontade de arrancar um por um de seus dentes. 


— Por que você não vai se foder Simmons. — Sorri ironicamente. 


Encontrar aquele demônio ali era tudo que eu precisava para o meu dia ficar perfeitamente perfeito.


— Ei Ei calma nervosinha — O infeliz levantou as mãos como se tivesse se rendendo e sorriu — Eu não tenho culpa se todo mês você tem um hemorragia interna. Desculpe mas eu não posso fazer isso para — Ele falou divertidamente enquanto pressionava um lábio no outro tentando conter a risada que parecia querer sair. 


— Simmons — Cheguei mais perto do mesmo enquanto sorria ironicamente, peguei com uma mão a gola de sua jaqueta e a levantei a arrumando— Porque você não vai toma no cu? — Puxei sua gola o machucando e a soltei me afastando dele. 


— Marrony, Marrony. Pare de mandar as pessoas fazerem o que você esta com vontade — Ele sorriu e eu estapeie o seu braço o fazendo rir. 


Meu Deus como ele era irritante. Respirei fundo e me virei votando para ir ficar no pátio da faculdade enquanto esperava a próxima aula começar, pois a primeira aula eu já não conseguiria mais assistir, afinal entra na metade da aula seria pedir pra ficar com dor de cabeça tentando entender o que meu lindo professor caquético estava falando, ainda bem que essa aula seria a mais curta de todas. Continuei andando deixando o capeta pra trás, mas pude ouvir seus passos me seguirem e logo em seguida pude sentir um de seus braços passarem pelo meu ombro e o mesmo começou a me acompanhar. 


— Sabe Marrony, acho que você esta precisando urgentemente fazer sexo. Cara você esta ficando insuportável e toda essa raiva e tudo culpa do acumulo de tesão reprimido. Sei que para uma garota como você achar alguém que queira transar com você e extremamente difícil — Ele se virou me olhando e eu permaneci caminhando o ignorando — Sabe seu gênio de cão espanta todos os machos que só querem acasalar— Ele terminou de falar e solto uma risada alta. 


Aquela era a gota d’água.


Acasalar? Ele estava me chamando de que? De cadela? Sua mão ainda estava em meu ombro e por impulso a mordi fazendo o mesmo soltar um grito de dor e retirar rapidamente seu braço de meu ombro. Abri um meio sorriso e ri discretamente, aquilo tinha melhorado o meu dia. Virei-me para olhar Simmons e quando o vi olhar para sua mão que ainda continha a marca de meus dentes, com a expressão mais engraçada do mundo acabei não aguentando e começando a rir de sua cara. 


— Você e doida? — Ele gritou enquanto tirava os olhos de sua nova marca e me olhava — Droga agora vou ter ir no medico, vai que você me passou raiva — Ele abriu um sorriso divertido e no mesmo instante eu quis arrancar um por um de seus malditos dentes brancos. Pela segunda vez no dia tive essa horrível vontade.


— Quer saber Simmons vai se foder — Falei me irritando novamente. 


— Sei que essa e a coisa que você mais quer. Foder— Ele falou a palavra bem divagar para ressaltá-la — Mas desculpe Marrony, vai ter que arrumar outra pessoa pra te ajudar com a sua carência sexual, eu sou um homem de família e não faço esse tipo de coisa — Ele falou em uma voz um tanto quando surpresa. E aquilo me fizera cair na gargalhada sendo acompanhada pelo idiota. 


Um homem de família? Serio? O cara já deitara com mais mulheres do que eu puderia contar. Dês do dia em o que o conhecera eu tinha perdido a contas de quantas meninas já passaram pela sua cama. Jensen Simmons sempre fora um garoto muito bonito, sempre encantava todas as meninas com seus belos olhos azuis, que eu tinha que confessar eram lindos. Lembro-me ate hoje o sucesso que ele fazia quando estávamos na escola. Bem hoje não era muito diferente, em plenos 25 anos, Jensen fazia o mesmo sucesso ou ate mais do que na aquela época. Agora um homem extremamente sexy ele conseguiria quem queria e na hora que queria. Todas as meninas daquele campos queria se deitar com um dos garotos mais gostosos da faculdade. Poderia o odiar, mas não era estúpida o suficiente a ponto de falar que ele não era lindo e gostoso.


Quando fiz menção em abri a boca para o responder, já tínhamos chegado no pátio e foi nesse momento que vi Simmons — mania de sempre o chamar pelo sobrenome — abri um sorriso bobo no rosto e me virei pra frente para ver o que provocará aquele sorriso, mas era claro que Rebeca Tanner estava ali, e a loira ao nos ver sorriu e veio andando em nossa direção sorrindo amigavelmente.


— Oi Jensen — Ela olhou para o mesmo e ele sorriu mais abobalhado ainda. 


— O..Oi Beca — O idiota gaguejo me fazendo rir. 


— Ei Cherry— Rebeca se virou me olhando parecendo perceber agora que eu estava ali. 


— Olá Rebeca — Sorri amigavelmente para ela. A garota era realmente uma ótima pessoa, eu gostava dela. 


Era sempre bem humorada, gentil e amigável com todos a sua volta, mas e claro nunca deixava que ninguém pisasse nela ou que a fizesse de idiota. Ela era realmente um grande garota!E parecia que o grande idiota ao meu lado achava a mesma coisa que eu, mas e claro que ele teria mais intensidade para citar tais coisas. Rebeca alem de uma “boa” garota também era uma das garotas mais lindas do campos. Metade dos garotos eram apaixonados pela mesma, incluído o idiota ao meu lado que continuava a babar por ela na maior cara de pau. Um verdadeiro idiota. 


— Por favor Cherry, só Beca — Ela sorriu mais amavelmente. 


— Ok, Beca — Sorri igualmente amável. 


Um pequeno silencio pairou entre nos três, pude ver Simmons mexer nos cabelos nervoso enquanto encarava alguma coisa no chão, Beca o olhava sorridente e aquilo tudo me fez me sentir uma intrusa, quando abri minha boca para falar alguma coisa e sair daquele momento totalmente constrangedor em que eu era a única pessoa sobrando ali, vi Beca tirar seu olhos de Simmons e se virar para me olhar e sorri. 


— Bom, tenho que ir— Ela fez uma pequena careta e pude nota nesse exato momento Simmons levantar a cabeça. 


— Já vai? Por que? — Simmons perguntou apressadamente e aquilo me fez prender o riso.


 — Tenho que combinar algumas coisas com Taylor, sobre um trabalho antes que comece a minha aula. — Ela volto a olhá-lo e sorri. 


E mais uma vez aquele silencio constrangedor pairou pelo ar, mas durou bem menos do que o outro, pois Beca deu um passo pra trás se distanciando virando-se para voltar pelo caminho que tinha vindo.


— Tchau Jensen — Ela sorriu — Tchau Cherry — Ela acenou com a mão. 


— Tchau Beca — Simmons falou abobalhado, acenando freneticamente pra ela a fazendo rir e me fazendo acompanhá-la na risada. 


Limitei-me a apensas acenar e a vi se virar totalmente de costas e ir ao encontro de Taylor que se encontrava sentando com uma turma de amigos. Olhei para Simmons que ainda a olhava abobalhado com sua boca um pouco aberta, o que me fez gargalhar. 


— Fecha a boca Idiota — Coloquei minha mão em seu queixo e fechei sua boca. 


Ele pareceu se recompor e me olhou um pouco constrangido, ta ai uma coisa que eu nunca imaginei ver, Jensen Simmons com vergonha. Voltei a gargalhar e continuei a caminha indo a cantina, eu precisava comer alguma coisas ou não aguentaria ate a hora do almoço. Sabia que Simmons ainda me seguia, não precisava olhar para trás para confirmar tal ato, antes de chegar ate a cantina ele novamente passou seu braço pelo meu ombro e eu olhei sua mão e pensei em novamente morde-la, mas preferi não repetir o ato. 


Cheguei ate a cantina e comprei uma coca e um salgadinho, logo em seguida caminhando — ainda sendo acompanhada por Simmons, sim ele me amava e muito— para alguns bancos que tinha por ali. 


— Quem diria que um dia eu veria Jensen Simmons apaixonado — Falei debochadamente enquanto me sentava no banco.


— Não estou apaixonado — O mesmo negou rapidamente. 


— Não magina, estava apenas babando com cara de abobalhado perto da Rebeca — Falei enquanto abria o saco de salgadinha e pegava um pouco levando os pedaços a boca.


— Não estava babando — Ele retrucou se sentando ao meu lado e encarando a nossa frente onde a figura de Rebeca estava conversando com alguns amigos. 


— A que isso, não estava babando apenas salivando excessivamente — Falei mais uma vez o zuando.


Ele me olhou feio e eu gargalhei, peguei mais um pouco de salgadinho e levei a boca, o ofereci, mas ele apenas se limitou a negar com a cabeça. 


— Sabe ela realmente e linda e uma ótima garota — Eu sorri e ele permaneceu me olhando — É uma ótima pessoa pra se apaixonar. 


— Já disse que não estou apaixonado Marrony — Ele falou irritadamente enquanto voltava a sua posição inicial. 


— Ok nervosinho — Sorri debochadamente — Mas saiba que não e babando assim que vai fazer ela se apaixonar por você — Ele pareceu ficar ereto agora e me olhava atentamente e eu sorri — Muitos garotos nesses campo babam por ela. Mas veja o lado positivo ela esta afim de você — Ele ergueu a sobrancelha e me olhou não evitando um sorriso que abriu em seus lábios rapidamente. 


— Como sabe? — Ele perguntou rapidamente, parecendo se arrepender assim que as palavras saíram por sua boca. 


— Da pra ver no jeito que ela te olha e no modo que ela sorri pra você — Eu disse ignorando sua cara de confuso — Faço Psicologia, gosto de presta atenção nas pessoas, em suas atitudes e gestos, na expressão da sua face e tudo mais — Disse explicando a ele antes que ele pergunta-se como eu poderia distinguir o olhar dela pra ele — Mas ela não vai se entregar a qualquer coisas que esta sentindo, não com um cara como você.


— Um cara como eu? — Ele perguntou ao menos tempo confuso e ofendido.


— É. Um galinha — Eu sorri e vi seu rosto se transformar em uma careta — Um cara que nunca teve um compromisso serio, que já teve varias e varias garotas em sua cama. Sabe Simmons uma garota como a Rebeca precisa de alguém que lhe passe tranqüilidade, que lhe passe estabilidade e o mais importante de tudo que lhe transmita segurança, e vamos admitir que um galinha não passa nada disso — Eu o olhei e ele parecia refletir sobre minhas palavras — Não queime seus neurônios Simmons, tenho certeza que daí não vai sair nada de bom.


Disse me levantando enquanto comia o resto de salgadinho que tinha no saco e amassei o saco logo em seguida indo ate a lata de lixo e jogando lá. Caminhei ate a minha próxima aula e dessa vez eu fui sozinha. Simmons ainda estava lá sentando provavelmente queimando os neurônios. 


O resto do dia foi tranqüilo, não encontrei Simmons durante o tempo que fiquei na faculdade o que na verdade era bem esperado, já que sempre só o via uma vez por dia, e isso era um verdadeiro alivio. Minha onda de azar parecia ter parado pelo resto do dia. Digamos que a ultima coisa ruim no meu dia foi ver a cara do Dr. Luiz ao ver a marca de pé no meu trabalho — culpa total do desgraçado do Simmons — mas fora isso nada mais acontecera de ruim no meu dia. Após sair da faculdade fui almoçar no lugar de sempre e assim que terminei, sair do restaurante e puder ver Alex parada ao lado de seu carro me esperando. Abri um sorriso ao vê-la apesar da manha desastrosa que em parte era culpa dela, meu mau humor já tinha passado. 


— Boa Tarde gatinha — Ela disse assim que me aproximei dela, a mesma passou seus braços pelo meu pescoço me abraçando rapidamente e me soltando logo em seguida — Espero que não esteja com raiva de mim por hoje de manha, juro que tenho ótimos motivos para não ter ido te buscar— A mesma disse rapidamente sorrindo amarelo para mim. 


— Espero mesmo que tenha um ótimo explicação pra me dar — Falei em um tom um pouco serio. 


— Ta talvez não seja tão bom assim, mas pelo menos e algo que talvez você vá me entender.. — Começou um pouco nervosa me fazendo rir.


— Tudo bem Alex, eu não vou querer as suas desculpas — Informei abrindo um sorriso amigável pra mesma. 


— Ufa! — Ela passou a mão pela testa teatralmente me fazendo rir. 


Ela deu a volta no carro entrando no mesmo me fazendo seguir seu ato, a mesma ligou o carro e nos dirigimos a caminho do escritório. 


— Mas me conte como foi a sua manha? — Ela começou a falar assim que parou em um sinal vermelho, fazendo a mesma se virar para me olhar. 


— Prefiro não falar sobre isso, se eu me lembra de tais coisas posso perder o bom humor — Falei seriamente enquanto encarava a ruas pela janela. 


— Ok não vamos falar sobre isso — O sinal abriu e ela seguiu nosso caminho — Afinal precisamos de você de bom humor, por que pelo que parece o chefe ta de mau humor hoje, e você vai ter que nos ajudar a acalmar a fera. — Ela abriu um meio sorriso ainda olhando as ruas. 


Que ótimo era tudo que eu precisava meu chefe de TPM.


Capítulo 2


Hoje meu dia não tinha sido tão ruim, pelo ao contrario ele tinha sido muito bom, sem correria, sem imprevistos, sem azar e principalmente sem Simmons. Mas o fato de eu não ter visto Simmons o dia inteiro era estranho, mesmo quando eu não chegava atrasada ele sempre dava um jeito de aparecer pelo meu caminho, por mais que aquela faculdade fosse enorme ele sempre dava um jeito de se meter na minha frente durante a troca de aulas ou quando estava passando pelo corredor em algum momento, ele sempre surgia de algum lugar para me tirar do serio e o mandar para o quinto dos infernos ou para qualquer outro lugar que se mande uma pessoa ir. 


Terminei de arrumar minha bolsa e passei meu braço pela alça depositando a mesma em meus ombros, caminhei calmamente para a saída da sala e andei pelos corredores com um sorriso no rosto. Hoje o meu dia estava perfeito! O sol estava incrivelmente agradável e eu não tivera nem um problema durante o dia inteiro, sem falar no fato de não ter visto Simmons o dia inteiro. Despedi-me de alguns colegas que eu via pelo corredor e sai do grande prédio e assim que cheguei a frente da faculdade meu sorriso sumiu quando avistei Simmons parado ao lado de sua linda BMW M6 conversível . Droga achei que tinha me livrado daquela praga por hoje. Vi o mesmo tirar os óculos de sol e abri um sorriso divertido pra mim, ele me chamou e eu tentei evitá-lo mas era impossível quando teria que passar por ele para chegar ao ponto de ônibus. Passei ao seu lado o ignorando e pedido a Deus que ele deixa-se eu em paz hoje, mas o pedido não foi atendido pois suas mãos seguram o meu braço e me puxaram para a sua frente. Bufei e ele gargalhou.


— Olá Marrony — Simmons me cumprimentou com um sorriso divertido nos lábios.


— Belo carro Simmons — Disse desviando meus olhos dos deles e olhando para o seu carro aonde ele estava novamente encostado. 


— Obrigada Marrony — Ele se virou para olhar o seu carro e passar a mão pela lateral do mesmo — Meu bebê realmente e lindo— Ele disse orgulhoso o que me fez revirar os olhos. 


— Se me chamou só pra se mostras com seu belo carro. Pronto já fez, agora posso ir? — Perguntei impaciente, afinal não tinha tempo para ficar ali de papo furado, ainda tinha que ir comer alguma coisas antes de ir trabalhar. 


— Calma Marrony. Não te chamei para mostra meu bebezinho lindo — Ele me olhou com um sorriso divertido nos lábios. 


Que sorriso maldito, Por que ele nunca o tirava? 


— Então o que você quer? — Perguntei impaciente batendo um de meus pés no chão enquanto mantinha meus braços cruzados. 


— Que tal você ir almoçar comigo? — Ele disse enquanto segurava a risada. 


— Esta de brincadeira né? — Perguntei visivelmente digamos que surpresa. Eu não esperava tais palavras dele. 


— Não Marrony, não estou brincando. Vamos almoçar precisamos conversar — Seu sorriso divertido tinha sumido e o mesmo parecia bem serio ao falar. 


— Precisamos conversar? Sobre o que ? Sabe eu não to afim de fazer guerrinha de comida novamente. Nós crescemos Simmons dês daquela ultima vez — Falei pra ele ainda surpresa de mais com tudo aquilo.


— Você é uma piadista Marrony — Simmons riu ruidosamente chamando a atenção de algumas pessoas ali — Vem entre no carro e falarei sobre o que conversaremos quando chegar ao restaurante — Ele abriu a porta do carona pra mim e eu o olhei assustada. Afinal que diabos estava acontecendo? — Vamos Marrony, tire essa cara de lesada e vamos logo ao restaurante. Se fica ai parada igual idiota vai acabar perdendo a sua hora de almoço. — Bufei ao ouvir tais palavras, e me direcionei a porta do carro e entrei vendo o mesmo fechá-la logo em seguida. — Boa menina — Ele falou antes de dar a volta no carro e entrar no lugar do motorista.


Já dentro do carro ele deu a partida chamando a atenção das pessoas ao nosso redor, recolocou o seu óculos e sai com o carro dali, indo em direção a algum restaurante. Eu não me atrevi a falar nada e ele parecia concentrado de mais em dirigir o seu bebê.


Aquele carro chamava a atenção por onde passávamos, sorria às vezes por ouvir alguns assobios e ao ver a cara de idiotas de algumas meninas ao ver aquele carro, e ao ver que sua cara de idiotas só aumentava quando Simmons se virava para elas e abria um sorriso extremamente sexy que as fazia sorrir envergonhadas e segurarem em alguma coisas por conta de suas possíveis pernas bambas cederem a qualquer momento, eu gargalhava alto toda vez que isso acontecia. 


O passeio naquele carro incrível acabou assim que Simmons o encostou, desci do carro e me surpreende ao ver que estava no restaurante onde eu sempre almoçava. Simmons deu a chave para o manobrista estacionar o carro e entramos no restaurante, ele tinha uma de suas mão em minha costas enquanto me direcionava ate onde eu deveria ir. Ele falou algumas coisas com a atendente e ela nos levou a uma das mesas mais afastas da porta. 


Nos sentamos na mesma pra onde ela tinha nos guiado e a moça que nos atendia parecia não conseguir para de sorrir, seus olhos se mantinha fixos em Simmons que sorria amavelmente para a mesma. Fizemos o pedido e vi a moça se afastar, mas ainda pude ver que vez ou outra ela olhar para a nossa direção para reparar em Simmons, o mesmo a essa altura já tinha tirado seus óculos escuros mostrando seus belos olhos azuis, os mesmo se matinha em mim me deixando um pouco sem graça, tirei meus óculos depositando o mesmo em cima da mesa. 


— Então Simmons o que temos pra conversar? — Perguntei curiosa demais pra esperar a boa vontade do tapado de começar. Levei o copo de água à boca. 


— Quero que você seja a minha namorada... — E lá se foi à água de minha boca para o rosto de Simmons. 


— Oi? Desculpa acho que não ouvir muito bem — Falei enquanto uma risada nervosa saia de meus lábios.


— Quero que seja minha namorada... — Ele repetiu e eu arregalei os meus olhos. 


— Ta doido moleque? — Perguntei antes que ele continuasse e um pouco mais alto fazendo algumas pessoas ao nosso redor nos olhar, me fazendo dar um sorriso sem graça. 


— Será que da pra deixar eu falar— Ele pediu parecendo ficar irritado. 


— Falar o que? Que você enlouqueceu? — Falei agitada demais pra manter minha voz baixa.


Mas uma vez as pessoas nos olharam, algumas já faziam caretas claramente irritadas com nosso barulho, lancei alguns olhares mortais para que eles parecem de olhar. Qual é não dava para ficar calma, quando a pessoa a minha frente parecia ter pirado de vez. 


— Da pra você calar a boca Cherry — Ele pediu já irritado. 


Fiz que sim com a cabeça esperando que ele continuasse. Já estava me preparando mentalmente para ligar para o hospício e internar Jensen Simmons, pois o garoto com certeza tinha surtado. Fiquei quieta afinal, aprendi que não se irrita pessoas com distúrbios mentais e esse parecia ser o caso do nosso querido Simmons, coitado tinha pensado tanto ontem depois da nossa conversa que tinha surtado. Pobre Simmons, isso que dava não usar o cérebro regularmente.


— Pensei muito no que me disse ontem — Ele começou. E uma voz dentro da minha cabeça gritava: “ Ta vendo só o que você fez quando fez o pobre coitado pensar ” — E eu concordo com você. A Beca nunca vai ficar comigo achando que eu sou um mulherengo safado — Ele passou as mão pelos cabelos nervosos e eu retardada do jeito que sou não consegui segurar o riso que acabou saindo mais alto do que deveria fazendo o mesmo me olhar assustando e novamente alguns olhares pararem em mim. 


— Desculpe-me — Disse para alguns clientes e olhei para o Simmons assentindo para que ele continua-se. 


— Então tive a ideia — E ai estava o problema ele tinha gastado os neurônios pensando e ainda por cima tinha tido uma ideia. Coitado sobrecarregou o cérebro — De te fazer uma proposta — Ele parou de falar e permaneceu apenas me olhando seriamente, incentivei ele com o olhar para que ele continuasse, mas o idiota não continuou. 


— Que proposta imbecil? — Perguntei por fim claramente curiosa. Queria ver aonde tudo aquilo ia dar. 


— Queria te propor pra você fingir ser minha namorada — Ele falou por fim. 


Nesse exato momento quando a palavra namorada saiu pelos seus lábios a garçonete chegou com os pedidos, seu sorriso tinha diminuído muito, talvez ela devesse achar que eu e ele estivéssemos namorando, pois ela colocou nossos pedidos na mesa, perguntou se queríamos algo e se retirou sem mais nem um sorriso ou mais nem uma insinuação. Pude sentir seu olhar mortal pra mim, mas a ignorei e mantive meus olhos no Simmons que ainda me olhava. 


— Pra que? — Perguntei enquanto pegava os talheres e começava a comer meu bife ao ponto com batatas. 


— Quero mostra a Beca que posso sim ser um cara para namorar e ao mesmo tempo quero causa-lhe ciúmes — Ele sorriu parecendo que a ideia o agradava muito. 


— E por que eu o ajudaria? — Enfatizei a palavra "eu" enquanto voltava a colocar mais uma porção da minha comida na boca.


— Por que você e uma ótima pessoa — Eu o olhei e o vir rir ao ver minha cara de “vai nessa” — E por que posso te dar 7 mil dólares para isso — Ele sorriu e eu engasguei com o pedaço de carne que estava na minha boca. 


Peguei a taça de vinho a minha frente e engolir o liquido do copo ate o deixar totalmente seco. Por fim o maldito pedaço de carne que quase me matou desceu me deixando respirar normalmente, podia sentir doer aonde o maldito pedaço estava. Vi o Simmons me olhar preocupado e ao ver seu rosto me lembrei o motivo de eu ter quase morrido. Ele acabar de me oferecer 7 mil dólares? 


7 MIL DÓLARES? 


— E por que eu aceitaria o seu dinheiro? — Perguntei tentando manter minhas palavras o mais indiferente possível. Afastei o prato não queria mais comer, minha fome avia se evaporado. 


— Por que sei dos seus problemas financeiros. Os seus e os do seu pai — Ele respondeu me olhando serio, me fazendo o olhar assustada. 


— Quem te contou isso? — Perguntei alterando um pouco a voz pelo susto daquele assunto ali. 


— Sai no jornal hoje de manha, foi por isso que eu tive a ideia. Sabia que não aceitaria de boa vontade — Ele falou com um sorriso divertido nos lábios.


— Que ótimo, agora meus problemas estão na primeira pagina do jornal— Falei secamente enquanto imaginava as pessoas na faculdade amanha me falando coisas como “ Vocês vão sair disso ” ou “ Quer que eu te empreste algum dinheiro, não tem problema... ” Podia ser que eles estariam sendo solidários, mas eu odiava que tivessem pena de mim, era orgulhosa de mais para tal coisa. 


— Não estava na primeira pagina, esta na terceira — Ele sorriu amigavelmente me fazendo olhá-lo seria — Desculpe-me, sei que o assunto e delicado. Mas não estou fazendo isso por pena e muito menos estou me aproveitando de tais coisas para te pedir isso — Ele falou me olhando como se adivinhasse que eu estava pensando em tais coisas — Iria arrumar um jeito de fazer você me ajudar a fazer isso, afinal iria ficar meio perdido quando ela chegasse perto de mim e outra garota poderia já ser apaixonada por mim ou coisa do gênero e por mais que você não acredite a coisa que eu menos quero e magoar alguém — Ele sorriu verdadeiramente me fazendo sorrir — Estou apenas unindo o útil ao agradável. E uma proposta aonde os dois lado saem ganhando.


Permaneci calada pensando em tal proposta. Eu não acredito que estava cogitando tal coisa, mas ele tinha razão estávamos unindo o útil ao agradável e mesmo achando que ele não se importasse e apenas pensasse nele, concordava com a parte de que se fosse qualquer outra garota ela já teria uma queda por ele, se é que essa queda não fosse um super tombo. Ele poderia realmente não se preocupar, porem eu me preocupava, não queria, mas me preocupava eu seria uma futura psicóloga e tinha que me preocupar com os sentimentos das pessoas, sem falar que esse seria uma ótima maneira de ensinar algumas coisas sobre como ser um bom namorado para Simmons para que ele pudesse ser o namorado dos sonhos para Beca. Sem conta que a parte do ciúmes seria o que a Beca estava precisando para perceber que ela poderia perder o Simmons pra sempre, e isso fará com quem ela se mexesse. Era um ótimo plano! Talvez Simmons não tenha pensando em todos os quesitos e lados dessa proposta mas eu tinha pensado e era uma boa ideia. Era uma ótima proposta. Olhei para Simmons que ainda me olhava com sua taça de vinho já vazia em sua mão, sabia que se eu pedisse um tempo pra pensar mais sobre essa proposta ele cederia, afinal o mesmo estava desesperado, e bem eu não precisava mais de tempo já tinha pensando o suficiente e me parecia uma ótima opção sem falar na parte do dinheiro, eu precisava realmente dele! Precisava ajudar meu pai a pagar nossas dividas para que ele pudesse se concentrar totalmente em reerguer a sua empresa de advocacia. Respirei fundo, aquela era a coisa certa a fazer, eu iria me ajudar e ajudar a ele. 


— Tudo bem Jensen — Eu sorri e pude ver um belo sorriso se abri em seu rosto — Eu vou fingir ser a sua namorada. 


— Eu agradeço Cherry — Ele sorria abertamente, estava claramente alegre. E aquele sorriso era diferente de todos os seus diversos sorrisos que eu tinha visto ao longo de todos os anos. Ele estendeu a mão por cima da mesa para aperta a minha mão— Temos um acordo?


— Não e assim que se fecha um acordo como esse. Não e um acordo formal Jensen então abaixe a mão — Disse o vendo me fitar curioso e o mesmo me obedeceu abaixando a mão.


— Então como se fecha um acordo como esse? — Ele perguntou com uma de suas sobrancelhas levantadas. 


Sorri divertidamente e antes que eu pudesse falar ouvir meu celular vibra em cima da mesa, eu tinha recebido uma mensagem. 


— Com licença — Pedi assim que peguei o celular e abri a mensagem a lendo. 


De: Panaquinha 

“ Você morreu ai dentro? Quer que eu vá te tirar daí ou vai sair daí por vontade própria? Vamos lá tapada temos horário pra cumprir ”


Droga eu tinha me esquecido totalmente de que tinha que ir trabalhar, tinha me esquecido totalmente de que Alex estava lá fora a minha espera. Coloquei o celular dentro da minha bolsa e a fechei passando meus braços pela alça da bolsa a deixando sobre meu ombro, afastei a cadeira e me levantei arrumando minha roupa e pude notar que Simmons ainda me olhava, fui ate ele com um sorriso divertido, e me abaixei ficando com meu rosto em frente ao seu, coloquei meu lábios no seu e selei nossos lábios, podia sentir a surpresa de Simmons ao meu ato mais ele não se afastou, chupei suavemente seus lábios inferiores, me afaste logo em seguida sorrindo.


— E assim que se “fecha” um acordo desses — Falei ainda próxima ao seus lábios, sorri e me levantei sendo seguida pelo seu olhar — Ate mais namorado — Sorri debochadamente com tais palavras e pude ver o sorriso igualmente debochado do mesmo. 


Caminhei para fora do restaurante e só agora olhando para a garçonete que me fitava irritada, ri ruidosamente de sua cara. Era melhor eu arrumar outro lugar pra comer por que se não meu almoço iria vir com um tempero diferente. Sai pela porta do restaurante encontrando Alex parada ao lado da porta do motorista me olhando irritada. 


— Que demora Cherry — Ela falou visivelmente irritada. 


— Desculpe Alex — Falei parando bem ao lado da porta do passageiro — Tive um pequeno contratempo — Falei enquanto abria a porta do carro e entrava no mesmo sendo seguida por Alex. 


— Contratempo? — Alex perguntou confusa e curiosa — O que houve? — Ela finalmente ligou o carro. 


— Nada demais. Agora vamos antes que nos atrasemos mais— Falei quando via ela dar a partida no carro e ir em direção ao nosso trabalho.


Capítulo 3


E como eu havia previsto depois que o meu maior problema tinha saído na terceira pagina do jornal— como o Simmons tinha dito — todos que eu conhecia começaram a se mobilizar e me falar que estavam ali, que se eu precisasse eu poderia pedi-lhes o que eu quisesse, que se eu precisasse de dinheiro ou qualquer outra coisa eles estariam ali. Foi uma coisa bonita de se ver, saber que seus amigos estão ao seu lado era super reconfortante, mas receber a pena de algumas pessoas me fazia me sentir a pior coisa do mundo. Na minha opinião ter pena de alguém e algo horrível, ser solidário e uma coisa, fazer algo por que você tem pena de alguém e algo totalmente diferente, afinal a pena quebra com todo o orgulho de uma pessoa e uma pessoa sem orgulho pra mim não é uma pessoa inteira, mas e claro essa era a minha opinião. 


Meu pai ficara furioso com a reportagem e assim como eu ele odiara a pena das pessoas. Ele sempre conseguira tudo por si só, não queria ninguém lhe estendeu a mão por pena, queria se reerguer por que ele realmente era bom, por que ele realmente era um dos melhores advogados e ele realmente era um dos melhores. Na faculdade a noticia já tinha se espalhado por todo o campos, podia ver pessoas cochichando quando eu passava, sorria para aqueles que me pararam no meio do corredor para me falar palavras de apoio, mas minha maior vontade era falar: “ Caralho eu não estou falindo, apenas estou passando por uma simples crise financeira ” E assim que eu esperava que fosse, uma simples crise que já, já eu e meu pai superaríamos. 


Quanto à proposta de Simmons. Bem eu não tinha conseguido dormir direito pensando se aceitar realmente teria sido a coisa certa a ser feita, por fim depois de horas pensando nos contras — que agora eu já nem conseguia lembra mais — as coisas a favor eram bem maiores e melhores e alem do mais isso seria bem divertido. Alguma coisa me falava que muita besteira sairia disso tudo. Dês de ontem depois do acordo selado no restaurante eu ainda não tinha visto Simmons, mas não estava preocupada sabia que a qualquer momento o mesmo me encontraria. Ele sempre me encontrava. E não! Isso não era uma coisa boa.


Estava parada de frente para o espelho do banheiro enquanto esperava Angelina. Estávamos sozinhas— o que era um milagre— naquele banheiro, e isso era um alivio, não estava afim de mais nem uma garota me falando coisas reconfortantes, nem eu e nem a minha loirinha aguentávamos mais, talvez se mais uma pessoa me parasse pra falar isso Angel mataria a pessoa a porradas — e isso era bem a cara dela. 


Angel saiu da cabine do banheiro e parou ao meu lado lavando suas mãos na pia, seu rosto não estava nada amigável e eu sabia que tudo isso era em certa parte culpa minha, sabia que ela estava assim por causa das diversas pessoas que já tinha me parado no corredor para me dar um certo apoio moral. Eu também não estava nada feliz com tudo aquilo, mas parecia que aquilo afetara mais a carrancuda da Angel do que a mim. 


— Angel, você esta bem? — Perguntei mesmo já sabendo a resposta. 


— Não, eu não estou bem. — Ela falou irritada enquanto se virava para me olhar— Como você esta aguentando todas essas pessoas falando sempre as mesmas merdas pra você? Elas ficam falando coisas que são tudo mentira, um monde de mentiras saindo pelas bocas podres de todas essas pessoas. — Ela abaixou um pouco o seu tom que estava bem alterado ate agora — Sabe que nem um deles se importa alem dos seus amigos não é? Eles estão pouco se fodendo se você vai ou não falir. E você quer a verdade? Eles querem que você vá à falência só para eles rirem da sua cara depois— Ela terminou de falar, a mesma agora respirava fundo tentando recupera o pouco de calma que ainda lhe restava.


— Esta melhor? — Perguntei assim que ela recuperou o fôlego. 


— Muito melhor— Ela sorriu aliviada, e eu sorri em resposta. 


— Acho melhor você não andar mais ao meu lado hoje — Falei enquanto arrumava seu cabelo loiro bagunçado — Muitas pessoas ainda viram falar essas ladainha e sei que se você ouvir mais uma vez uma coisa dessa e capaz de voar em cima da pessoa — Ela abriu um sorriso pensando em como aquela ideia era tentadora — Vamos evitar confusão, OK? — Sorri pra ela enquanto dava um beijo em sua testa e me afastava a vendo sorrir. 


— Não quero te deixar andando sozinha por ai — Ela tentou revidar.


— Eu vou ficar bem! E acho melhor você ficar longe Angel, Você e um amor mais e muito encrenqueira e tudo que eu menos quero agora e confusão.


— Tem certeza disso? — Ela me olhou apreensiva. 


— Tenho sim my Angel — Sorri ao pronunciar pela milésima vez seu apelido tão adorável. 


Ela se limitou apenas a sorrir e caminhar ate a porta do banheiro dando um leve aceno para se despedir. Sabia que ela não queria me deixar sozinha, mas também sabia que ela não aguentava mais aquilo tudo. Virei-me para encarar mais uma vez a minha imagem refletida no espelho e respirei fundo deixando pela primeira vez no dia a minha cara de preocupada e abatida aparecer. Eu não queria preocupar a ninguém, mas era claro que eu estava sentindo aquilo, era claro que eu sabia que a Angelina tinha razão, sabia que na verdade a maioria daquelas pessoas que me desejaram força na verdade seriam as primeiras a sentarem na primeira fila para ver a minha queda e ainda aplaudiriam de pé quando eu caísse de vez. Mas elas não me veriam reagir a isso, elas não me veriam mostra emoção sobre tais coisas, eu seria a mesma garota forte e inabalável de sempre.


Retoquei a maquiagem e finalmente segui pra fora do banheiro, me assustei quando braços me agarraram assim que eu passei pela porta. Virei-me preparada para chutar quem quer que fosse, mas me acalmei ao ver Simmons me olhando sorridente. Como eu disse ele sempre me encontrava.


— O que faz aqui? — Perguntei assim que me afastei dele mantendo suas mãos longe de mim. 


— Vim de convidar para um jantar hoje à noite — Ele sorriu enquanto voltava a se encosta na parede ao lado do banheiro suas mãos agora em seus bolsos e seus belos olhos azuis no meus — Precisamos conversar e combinar sobre as coisas do nosso acordo.


— Droga Simmons, precisar ser realmente hoje? — Perguntei desanimadamente o encarando — Sabe Simmons eu não estou com cabeça para falar sobre isso hoje. Podemos falar disso outro dia. Tenho certeza que um dia a mais um dia a menos não vai fazer falta na sua meta de conquista seu grande amor— Falei rapidamente sem animo algum, enquanto cruzava meus braços em frente ao meu peito.


— Vamos lá Cherry,vai ser bom, pelo menos você se esquece de tudo isso que esta acontecendo — Ele tirou suas mãos de seus bolsos e desencostou da parede chegando mais perto de mim — Vai Cherry — Era tão engraçado ver ele falando o meu nome, estava tão acostumando a sempre ouvi-lo me chamando de Marrony, que ao ouvir meu primeiro nome sair pelos seus lábios ainda mais acompanhada por uma voz manhosa me fez rir. 


— Ok infeliz, vamos jantar hoje. Me pega as 8 horas? — Perguntei rindo e vendo o mesmo me acompanhar. 


— Ok, capetinha eu te pego as 8. — Ele sorriu e levou seus lábios ate minha bochecha e depositou um beijo ali, me fazendo rir. Era engraçada tal aproximação. 


— Lembre-se é um encontro, então se arrume e tente ficar bonita, por que vai sair com o senhor gatão aqui — Ele falou tais palavras no meu ouvido o que me fez gargalhar. 


— Vá se ferrar Simmons — Falei em uma falsa irritação o que nos levou a risada novamente. 


— Ate mais tarde Marrony — E lá estava novamente o meu sobrenome saindo de sua boca como se fosse algo ruim. 


— Ate mais Simmons — Falei enquanto me virava para ir para a minha aula.



Faltava 10 minutos para as 8 e eu ainda não estava pronta. Passei o babyliss pela ultima mecha do meu cabelo, deixando que essa caísse em um cachinho mais que perfeito. Eu já estava vestida e meus sapatos estavam ao lado da cama, a única coisa que faltava era a maquiagem mais esse eu já sabia o que faria, não queria nada muito forte então optei pela básica quase-cara limpa. Apenas uma base, o pó, o rímel e o bush para dar um ar de saudável. Meu vestido era de um vermelho colado ao meu corpo, ele era curto mas nada exagerado, afinal estava indo para um jantar e não para uma balada. Calcei minha sandália de salto e fui ate a bolsa que estava em cima da minha cama, colocando dentro dela, meu celular, e tudo que eu poderia precisar. Dei uma ultima olhada no espelho e estava ótimo, e se não estivessem quem ligaria? Só iria sair com Simmons mesmo. 


Sai do meu quarto fechando a porta do mesmo e andando pelo longo corredor ate as escadas, desci as mesma e cheguei a sala me surpreendendo ao ver meu pai sentando no sofá com seus cotovelos apoiados nos joelhos e com seu rosto entre sua mão. Terminei de descer as escadas rapidamente e me dirigir a onde meu pai se encontrava, o mesmo não notara que eu estava ali e o jeito que ele estava me preocupava, afinal o que tinha acontecido agora?


— Pai? — O chamei fazendo o mesmo me olhar assustando — Esta tudo bem? — Perguntei claramente preocupada, me sentei na mesinha de centro ficando da mesma altura que ele e a sua frente — Aconteceu alguma coisa? — Perguntei enquanto pegava em uma de suas mãos. 


— Não se preocupe queria esta tudo bem — Ele sorriu meio forçadamente e eu sabia que ele não queria me contar. Sabia que ele queria me poupar do que estava por vim. Mas eu não queria ser poupada, eu não queria descobrir tarde demais. E também não queria que ele carregasse tal penso sozinho. Eu sabia que ele precisava conversar, todos sempre precisam de alguém pra conversar. Assim que abri a boca pra falar meu pai volto a falar — Vai sair? — Ele pergunto abrindo ainda mais o seu sorriso. 


— Eu ia, mas se você quiser eu posso ficar aqui com você. Podemos pedir uma pizza... — Comecei a falar vendo o mesmo se levantar. 


— Não Cherry, vá se divertir, você e jovem precisa se diverti — Ele sorriu pra mim enquanto caminhava ate o mini bar que tinha ali e se servindo de um copo de wiski


— Tem certeza Pai? Se você quiser posso realmente ficar aqui com você... — Comecei novamente tentando o convencer a me deixar ficar com ele, a me deixar ajudá-lo pelo menos uma vez. 


— Nada disso Cherry, vá se divertir, passarei a noite toda lendo alguns relatórios do escritório. E não poderei te dar atenção — Ele tomou a dose de wiski em um só gole e serviu mais uma — Mas eu nunca te dei muita atenção mesmo — Ele falou mais pra si mesmo do que pra mim e novamente tomou o gole de wiski de uma vez só — Na verdade nunca fui um pai... Nem com você e nem com o seu irmão... — E mais uma vez ele encheu o copo e tomou em um gole só. 


— Tudo bem já chega, vou liga para o meu amigo e desmarca. Não vou deixar você sozinho aqui, ainda mais quando parece que você pretende encher a cara — Levantei-me e peguei o celular na minha bolsa. 


— Não Cherry, não estrague o seu encontro por causa desse velho aqui — E sua voz saiu um pouco embaralhada, e pelo jeito o álcool já estava fazendo efeito. E mesmo de costa escutei ele engoli mais uma vez. 


O ignorei procurando o numero de Simmons no celular, assim que o achei apertei para ligar e levei o celular ao ouvido, esperando sinceramente que ele já não estivesse ali em baixo. Tocou algumas vezes e ele atendeu no terceiro toque. 


— Não deveria ligar para uma pessoa que esta dirigindo — Ele falou com uma falsa irritação — Ainda bem que estou com o fone de ouvido, sabia que você iria me ligar — Ele riu — Não se preocupe eu vou chegar ai entes que você imagine...



— Jensen eu sinto muito, mas vou ter que cancelar — Falei as palavras apressadamente antes que o idiota voltasse a tagarela animadamente.


E toda aquele alegria me fazia ficar mal, afinal eu estava desmarcando enquanto ele estava no carro dele vindo em direção da minha casa. 


— Por que Marrony? — Seu tom de animação tinha desaparecido e aquilo tinha feito eu engolir em seco.


— Meu pai não esta muito bem hoje e eu não posso o deixar aqui sozinho — Falei sabendo que qualquer outra desculpa que eu desse ele não aceitaria. 


— Já disse que eu estou bem — Meu pai falou alto ao meu lado, aparentemente já totalmente bêbado, em sua mão a garrafa de wiski que estava quase cheia e essa altura estava quase vazia.


— Cala a boca — Falei com ele já irritada, não bastava à situação em que nos encontrávamos ele ainda tinha que pioras as coisas ficando bêbado — E me dê isso aqui — Puxei a garrafa de wiski de sua mão.


— Ei me devolva isso — Ele estendeu a mão para pegar a garrafa, mas me virei tirando a garrafa de seu alcance antes que ele a pegasse — Posso estar quase falido, mas ainda sou seu pai e ainda mando em você então me devolva essa merda de garrafa — Sua voz embriagada e alto estava me irritando sem falar que seu bafo estava me embriagando. 


— Da pra você cala a boca — Falei novamente mais alto, saindo de perto dele. 


— Ele esta bêbado? — Ouvir a voz passar pelo aparelho em minha orelha e eu gelei por ele ter ouvido aquilo. 


Droga! Ele tinha que ouvir isso, justo ele que adorava me zoar. 


— Esta, mas tudo bem! Eu vou cuidar dele. Desculpe mesmo Simmons — Desculpe-me não por ter desmarcado o encontro em cima da hora, mas sim por ele ter escutado meu pai em tal estado deplorável, mas sabia que ele tinha entendi que era por causa do nosso jantar. 


— Quer que eu vá te ajudar, posso chegar em sua casa em menos de 5 minutos — Ele falou educadamente pelo telefone. 


A ideia de ele vir e ver o meu pai nesse estado era vergonhosa de mais e eu saberia que meu pai não gostaria de saber disso. 


— Você falou Simmons? Me deixe falar com ele... — Pediu meu pai tentando pegar o celular de minha mão, me fazendo me esquivei dele. 


— AHHHH! — O grito saiu assim que me esquivei mais uma vez do meu pai e me esqueci que a mesinha de centro estava atrás de mim, acabei “tropeçando” nela e caindo de encontro ao chão de bunda.


— Cherry? Droga! Eu estou indo pra ai — Ele falou mais alto me fazendo me lembrar novamente que ele ainda estava no telefone. 


Mas que merda por que esse tipo de coisa sempre acontecia comigo?



 — Não, não Jensen, não vem. Eu estou bem — Falei tentando manter o pânico longe da minha voz, mas era assim que eu estava, em pânico. 


Jensen não poderia vim, ele era a ultima pessoa que eu queria ver agora. Queria manter esse drama familiar longe dos ouvidos de qualquer outra pessoa, não queria que ninguém mais visse esse momento lamentável de meu pai. 


— Porra Cherry você esta sangrando — Meu pai para me ajudar gritou me fazendo me olhar e encontra um pelo corte em minha mão. 


Mais que merda!


— Ok definitivamente eu estou indo — Jensen falou seriamente e pude ouvir seu carro acelerar do outro lado da linha. 


— Não Jensen. Eu estou bem! Não foi nada, foi apenas um cortezinho de nada — Disse olhando pra minha mão que sangrava como nunca. 


Que merda! Essas porras só aconteciam comigo. 


— Tem certeza?Não teria problema nem um pra mim ir ai ver como você esta e te ajudar com seu pai — “Mas tinha problema pra mim”, como eu quis gritar isso. 


— Caralho Jensen não precisa — Gritei no telefone já claramente irritada e desesperada. 


Ouve um silencio constrangedor e eu me arrependi de ter explodido assim com ele, afinal ele só queria ser prestativo, parecia realmente estar preocupado com o meu estado e com o estado de meu pai. Sabia que apesar de irritante, mulherengo e um chato, Jensen não era uma má pessoa. Respirei fundo tomando fôlego para voltar a falar calmamente. 


— Tchau Simmons, nos vemos amanha — Falei em despedida e desliguei antes de ouvir sua resposta. Não queria ouvir ele insistir mais uma vez, talvez eu não tivesse mais paciência para tentar manter a calma.


Joguei o meu celular em cima do sofá e me levantei tentando conter a cachoeira — exagerei — de sangue que escorria de minha mão recentemente cortada. Fui correndo ate o banheiro e coloquei minha mão em baixo da pia lavando o corte. Peguei uma pequena caixinha em baixo da pia que continha algumas coisas para machucados. Peguei a gaze e um pouco de algodão, peguei um pequeno vidrinho de remédio para desinfectar o ferimento e o abri jogando um pouco do líquido sobre o machucado. Caralho como aquilo doía. Tive que apertar meus lábios um contra o outro fortemente para não deixar um grito escapar pelos meus lábios e assustar o bêbado que estava na sala. Enrolei um pouco da gaze na mão e a cortei prendendo o pano com uma fita adesiva branca. Guardei tudo que eu não precisava mais e limpei as gostas de sangue que estava no banheiro. Virei-me para sair do banheiro e me assustei ao ver meu pai parado na porta do mesmo. 


— Porra pai, que me mata do coração? — Perguntei levando uma de minhas mãos ao meu peito.


— Desculpe querida, eu sei que eu só faço besteira — Ele falou com a voz um pouco rouca. Droga! Ele não iria chorar agora, ia? E a resposta foi sim pois assim que suas palavras desapareceram no ar as lagrimas rolaram pelo seu rosto — Sempre fui um mal advogado, um péssimo pai e um marido horrível... — E mais uma vez sua voz sumiu e seus soluços foram mais altos. 


Droga homem, você tinha que agir como uma mulherzinha justo agora? Nada contra homens chorando e não que meu pai não pudesse chorar, mas ele não precisava começar com aquele papinho depressivo de “ eu sempre fui um péssimo pai ” nós já sabemos disso, não precisava se lamentar por uma coisa que ele não poderia mudar mais. Apesar que ele nunca fora de fato um péssimo pai, mas ele sempre fora um pai bem ausente. Porem a culpa não era totalmente sua, ele trabalhava igual um condenado para me dar tudo que eu queria e sei que muitas meninas agora falaria que preferiam mil vezes o amor e a presença de seus pais do que todo o dinheiro do mundo, mas queria ver essas mesmas meninas na dificuldade sem dinheiro e tendo que ir trabalhar enquanto suas amigas se divertem em um club, iriam reclamar mais do que tudo falando que seus pais deveria ter se esforçado mais para da a elas uma vida melhor. Por isso eu não poderia ser hipócritas e falar que preferia que meu pai ficasse mais comigo em vez de me dar a vida que eu tive. Que afinal não foi tão ruim, apensar da ausência do mesmo, eu tinha minha mãe super louca e meu irmão super irritante, alem dos amigos e do meus inimigos. 


Fui ate ele o abraçando vendo que o mesmo não iria parar de chorar tão cedo. Me doía ver meu pai em uma situação tão deplorável, totalmente bêbado e chorando no meu ombro. Sabia que de toda a sua vida aquele era o ponto mais baixo que ele chegou, chorando no ombro de sua filha, chorando no ombro daquela que ele deveria estar acolhendo, daquela que ele deveria estar passando força e falando que estava tudo bem mesmo que não estivéssemos. Mas nunca fomos uma família normal mesmo.



— Pai vai ficar tudo bem. Você sabe que eu te amo muito — E foi tais palavras que o fizera chorar ainda mais.


Se eu dissesse que o resto da noite foi mais fácil, eu estaria mentindo. O resto da noite foi pior do que eu poderia imaginar. Meu pai parecia não querer parar de chorar e eu já não sabia o que fazer depois de uma hora, tentei de tudo e acabei sentada no sofá tomando uma garrafa de alguma coisa— que descia queimando a minha garganta— do mini bar. Meu pai ao meu lado tomando mais um pouco de wiski e assim ficamos nos dois, afogando nossas magoas na bebida. Já ouviu aquele ditado que se não pode com ele junte-se a ele, bem eu estava literalmente dentro dele naquele momento. 


Entretanto parei de beber assim que sentir que meus sentidos já estavam começando a falhar, meu equilíbrio já estava bastante afetado e minha visão estava bem embaçada. Não me lembro exatamente que hora resolvemos ir dormir, mas me lembro muito bem de ter quase caído daquela escada pelo menos umas dez vezes com o meu pai. Sinceramente dois bêbados subindo uma escadas sozinhos e algo altamente engraçado e estritamente perigoso. Por algum milagre nem um de nós dois se machucou, e só me lembro de larga meu pai pelo corredor e ir por meu quarto caindo pelo chão do quarto e ficando por ali mesmo.


Capítulo 4


Virei-me ainda deitada no chão agora mantendo minhas costas — que a essa altura estão acabadas — encostadas no tapete do chão. Eu agradeceria a Alex por me dar aquele tapete felpudo de presente, porque se não fosse ele teria dormindo no chão super duro e frio. Ainda encarava o teto, mas me levantei rapidamente — sentindo o quarto girar pela rapidez — ao o nome de Alex passar novamente em minha mente. Droga a faculdade . Procurei pelo quarto o maldito relógio que deveria estar em cima do criado mudo ao lado da minha cama , mas eu sabia que eu tinha jogado ele longe ontem de manha, quando ele insistia em tocar irritantemente para que eu acordasse. Por fim depois de olhar pelo quarto inteiro o encontrei em um canto bem longe da minha cama .


Cara como eu tinha força pela manha.


Caminhei ate ele rezando para que o mesmo não estivesse quebrado, peguei o aparelho em minhas mãos e pude ver que nele marcava 11 horas e 25 minutos. Mas que merda tinha perdido um maldito dia de faculdade. Levei o aparelho para onde ele deveria estar e agradeci por ele ser bem resistente, se o mesmo um dia chegasse a quebrar não reclamaria afinal ele já tinha aguentado porradas de mais vindas de mim, era um milagre que ainda pegasse. Dei uma pequena volta olhando para o meu quarto que estava sendo iluminado por alguma claridade — atrevida— que insistia em passar pelo tecido preto da minha cortina. Tinha a comprado para evitar que os raios do sol entrasse pelo maldito quarto pela manha e pelo jeito ela tinha funcionando muito bem, mesmo apesar da pouca claridade que entrava — eu sabia que era impossível não deixar que nem um pouco da claridade adentrasse no quarto.


Por fim fui ate a cortina a abrindo e deixando os raios de sol entraram totalmente pela janela e naquele momento me arrependi mortalmente por ter feito tal coisa. Os raios de sol me segavam e faziam com que minha cabeça doesse mais. Dei um passo pra trás me desequilibrando e depois abri os olhos novamente — e lentamente — tentando me acostumar com a mudança drástica de falta de luz para claridade excessiva. Eu realmente era muito burra por que não acendi a maldita luz?


Antes que eu parasse pra pensar na minha burrice ou em qualquer outra coisa que fosse, minha cabeça começou a dar fortes pontadas. Mas que porra de dor de cabeça. Caminhei ate o banheiro e constatei ao olhar para o espelho que eu estava um caco. Meus cabelos pareciam que tinha entrado em uma briga, minha maquiagem estava toda borrada e eu parecia uma palhaça, eu ainda trajava o mesmo vestido vermelho que tinha colocado ontem para ir ao jantar com Simmons — aquele que não dera nem um pouco certo. Balancei a cabeça rapidamente recebendo um protesto de dor e tive que me apoiar na pia para não fazer a maldita vertigem me levar ao chão. 


Por fim depois de terminar de me analisar na frente do espelho, tirei a roupa sabendo que com aquela dor de cabeça a melhor coisa que eu poderia fazer era tomar um banho e comer algo por que eu estava claramente com fome. 


***


Após um bom banho sai do meu quarto trajando um short jeans curto e uma blusa folgada que deixava um de meus ombros nu, meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e em meus pés uma confortável sandália de dedo. Desci as escadas segurando no corrimão pelo simples fato de ainda ver algumas coisas girarem de vez em quando. Desci o ultimo degrau da escada e foi ao ver a sala totalmente bagunçada e com algumas garrafas de bebida no chão que me lembrei que tinha bebido ontem à noite com meu pai. Meu Pai? Aonde será que o mesmo estava? Lembro-me de tê-lo deixando em alguma parte do corredor e seguir para o meu quarto. Será que ele também teria perdido a hora e estava dormindo em seu quarto? Veria isso depois agora meu objetivo era tomar um remédio para aquela maldita dor de cabeça e comer algo antes que eu desmaiasse, afinal eu não tinha jantado e já se passara das 10 da manha. Estava a mais de 12 horas sem comer nada! Sem falar que ontem tinha me embriagado com bebidas alcoólicas com o estomago totalmente vazio, eu só poderia quer acabar com os meus órgãos mesmo.


Cheguei à cozinha e fui em direção a algumas gavetas da pia a procura de um remédio e ao achá-lo peguei rapidamente levando-o a boca, fui ate a geladeira pegando uma jará de água e depositando seu líquido dentro de um copo. Depois de já ter tomado algo para a minha cabeça decidir cuidar da minha barriguinha que estava roncando, abri o armário de mantimentos à procura de qualquer porcaria para comer. Por fim achei alguns ingredientes para preparar um delicioso misto quente, coloquei em cima da mesa, iria começar a preparar meu delicioso misto quente quando o barulho alto da campainha soou pela casa me fazendo levar a mão a ate à cabeça. Quem era o infeliz que quase fizera minha cabeça explodir? Deixei o que estava fazendo na cozinha e segui para a sala a fim de ir atender a porta, mais uma vez o som alto da campainha soou pela casa e eu mais uma vez vi minha cabeça reclamar de dor. 


— Já vou caralho! — Gritei para a pessoa que estivesse do outro lado da porta para que ela não apertasse mais a campainha. 


Mas o filha da puta apertou mais uma vez e eu xinguei mentalmente o futuro defunto. 


Abri a porta dando de cara com Simmons parado do lado de fora com um sorriso incrivelmente divertido. O mesmo assim que me viu tirou seus óculos escuros me mostrando seus pelos olhos azuis. Se minha cara não era uma das melhores quando vinha atender a porta imagine agora que via o próprio demônio parado a minha frente. Respirei fundo para não voar no pescoço da criatura mais irritante do mundo. Será que nem na minha própria casa eu poderia ficar em paz e longe daquela criatura? 


— O que você quer? — Perguntei enquanto ainda segurava a porta com força, estava tentando me controlar para não voar no pescoço do imbecil.


— Isso e jeito de falar com o seu mais novo namorado? — Ele perguntou sarcasticamente enquanto sorria divertido.


— Quer saber Simmons? Vai tomar no cu — Falei fechando a porta em sua cara, mas antes que a mesma pudesse se fechar completamente o infeliz pós o pé entre o vão da porta a impedindo de fechar totalmente.


Empurrei com mais força, pouco me importando com o pé do infeliz. O que eu queria mesmo era ficar em paz pelo menos uma manha na minha vida. Queria poder ficar em casa relaxar e ter uma manha sem meu capeta particular me atazanando o juízo. Hoje eu não estava realmente afim de ouvir a peste falar idiotices ou provavelmente me zuar por ter ouvido o meu drama familiar na noite de ontem. Emburrei a porta com toda a força que tinha e o ouvir grita:


— Caralho Marrony, meu pé — Ele empurrava a porta para não machucar mais o seu pé. 


— E só tira a porra do pé daí, e fica tudo bem — Disse ainda me encostado na porta tentando a fechar. 


E em um ato rápido ele empurrou a porta com toda a sua força a fazendo abrir e me fazendo cair de bunda no chão com a maior cara de idiota do mundo. Vi ele entrar com a sua pior cara, fechando a porta logo em seguida. Seu pé que estava pouco tempo a trás sendo amassado pela a minha porta, ainda se mantinha um pouco longe do chão, talvez eu realmente o tivesse machucado, mas quem ligava? Por que eu não estava nem ai. Levantei-me do chão passando a mão na bunda que estava um pouco dolorida pelo seu encontro desastroso com o chão. 


— Porra Marrony, você machucou o meu pé — Simmons esbravejou enquanto tentava colocar seu pé de volta no chão. 


— Ninguém mandou você coloca a porra do pé quando eu ia fechar a porta — Falei no mesmo tom alto que ele. 


Esperava naquele momento mortalmente que meu pai não estivesse em casa, pra nos ver brigar igual duas crianças. 


— Iria fechar a porta na minha cara? — Ele ergueu uma sobrancelha, ate parecia surpreso. 


— Essa era a ideia — Falei revirando os olhos. Ate parece que ele não esperava uma reação dessa de mim. 


— Será que você não pode ser mais um pouco educada? — Ele perguntou em um tom um pouco mais baixo. 


— Com você? Impossível — Falei a ultima palavra um pouco mais alto. 


— Vamos lá Marrony — E novamente seu bom humor tinha voltado e seu sorriso divertido estava em seus lábios. E como eu queria tirar um por um de seus malditos dentes brancos — Eu ate trouxe comida pra você. — Ele disse estendendo a sacola que estava em suas mãos que ate agora eu não tinha visto.


Ouvi minha barriga roncar um pouco alto e o mesmo gargalha. Pude sentir minhas bochechas esquentarem envergonhada, mas mesmo assim mantive minha cara seria como se nada tivesse acontecido e como se não estivesse morrendo de vergonhas de o ver ali na minha frente. Principalmente quando me lembrava que estava ao telefone ontem à noite com ele enquanto meu pai fazia um lindo showzinho que ninguém alem de mim e meu pai precisava saber. 


— O que você quer? — Perguntei por fim mais baixo e quando desviava meus olhos dos dele para algum lugar naquele saguão


 — Quero conversar com você. Temos que falar sobre o nosso suposto namoro — Ele falou começando a andar e me fazendo o seguir com o olhar — Sabe iríamos conversar sobre isso ontem a noite no nosso jantar, mas você... — Ele parou de falar e eu engoli em seco. 


Ele continuou caminhando e parou rapidamente na porta da sala olhando alguma coisa a sua frente e depois seus olhos que transbordavam preocupação me analisavam. Olhei para a sala e engoli novamente em seco ao ver a zona que a mesma esta, garrafas vazias pelo chão, uma porção de vidros ao lado da poça de sangue — que manchara meu tapete. Entendi seu olhar de preocupação era muito sangue no chão. 


— Foi só um corte na minha mão — Levantei minha mão machucada rapidamente para que ele pudesse ver a mão enfaixada. Senti minhas bochechas queimarem mais ainda quando ele chegou mais perto pegando minha mãe em uma de suas mãos — Não se preocupe foi só um corte. Nada de mais. Eu já cuidei disso — Disse enquanto sorria envergonhada e tirava minha mão machucada de sua mão. 


Tudo bem que a poça de sangue do meu tapete sugeria mais do que um simples corte, e se eu o tivesse visto em qualquer outro lugar eu também me assustaria e ficaria preocupado assim como ele, afinal era muito sangue. Abaixei a cabeça envergonhada, era um péssimo momento para o ter em minha casa. Abri a boca para o mandar embora mais sua voz impedir que minhas palavras saísse. 


— Como esta seu pai? — Ele perguntou calmamente se afastando um pouco de mim para que pudesse me olhar melhor. E naquele momento eu queria nunca ter levantado da cama ou no meu caso de hoje, do chão. 


— Ele deve esta bem, deve estar dormindo ou deve ter indo trabalhar eu não faço a mínima ideia — Levantei os ombros como se isso não me importasse, tentei manter minha voz o mais indiferente possível, mas o meu rosto expressava o quando aquele assunto me incomodava. 


— Cherry — Ele falou meu nome suavemente enquanto se aproximava novamente de mim.


E eu conhecia aquele tom, era o mesmo que eu tinha ouvido pelo campos todo ontem na faculdade. Aquele tom de pena e um tom de quem iria falar palavras doces. E eu não queria isso, não dele, não queria sua pena e nem suas palavras doces. 


— Podemos mudar de assunto, por favor— Falei um pouco friamente enquanto o encarava seria. Tudo que eu menos queria era a pena e a piedade de Simmons. Isso com certeza me destruiria completamente. 


Ele pareceu me olhar e me analisar por mais alguns minutos e em seus olhos estava aquele mesmo ar de piedade e de pena que eu tanto queria evitar, desviei meus olhos do seu não aguentando mais ver que a pessoa que mais fizera da minha vida um inferno, estava agora com pena de mim. Isso era demais para o meu orgulho— quase— inabalado. Ele pareceu se virar e procurar algo fazendo a atmosfera do lugar mudar rapidamente de um ar melancólico e depressivo para uma coisa mais leve. 


— Cozinha, cozinha... — Simmons repetiu algumas vezes mais pra si mesmo do que pra mim. Por fim ele segui para a sala passando pela mesmo e ignorando toda a cena antes vista por ele e foi em direção a porta da cozinha. Eu que estava parada ate aquele momento comecei a segui-lo— Cozinha! — Ele falou sorridente ao passar pela porta da cozinha e avistar a mesma. 


Encarei o mesmo com as sobrancelhas erguidas enquanto mantinha um sorriso divertido nos lábios. Simmons definitivamente era um idiota. Ele não disse nada apenas andou pela cozinha abrindo os armários— como se fosse de casa— a procura de alguma coisa que eu não sabia o que era. Não perguntei nada afinal ainda estava meio constrangida com todo o acontecimento da sala, apenas o vi abri praticamente todas as portas dos armários, enquanto me mantinha encostada no batente da porta com meus braços cruzados na altura do peito. 


— Pratos — Ele gritou alegremente assim que abriu a parte dos pratos, o que me fez rir. O mesmo me olhou serio e voltar a encara os pratos pegando dois e o colocando em cima da pia — Agora os talheres — Ele falou enquanto começava a abrir as gavetas da pia. 


— Jensen — Falei seu nome, mas o mesmo não se virou pra mim. 


— Cale a boca Marrony, eu vou achar os talheres sozinho — ele falou enquanto continuava a abrir as gavetas da pia e as que ele achava.


Mantive-me aonde estava enquanto o olhava abrir uma por uma das gavetas que ele achava. Meu sorriso divertido tinha crescido, era tão engraçado ver Simmons abrir uma por uma das gavetas. Por fim depois de abrir todas as gavetas ele me olhou com um grande ponto de interrogação em sua face o que me fez gargalhar.


— Tudo bem Marrony, eu desisto. Cadê os talheres? — Ele me perguntou por fim fechando a ultima gaveta que estava aberta. 


Gargalhei mais uma vez alto e comecei a andar em sua direção ainda rindo, fui ate a parte do armário e na parte mais alta do armário tinha uma espécie de caixa onde ficavam os talheres. O entreguei a caixa e sorri segurando o riso ao ver ele abri a caixa e encontra todas as facas e talheres da casa ali. 


— Por que guardam os talheres em uma caixa no alto do armário? — Ele perguntou curioso enquanto tirava dois pares de facas e garfos de dentro da caixa e os deixava aos lados dos pratos. Pigarreei dando de ombros como se aquilo não fosse importante. 


E pude perceber que Jensen tinha percebido meu rápido desconforto sobre tal assunto. 


E era tão estranho o ver ali em minha cozinha comendo calmamente seu prato de comida. Ele parecia estar tão relaxado, como se aquilo não fosse um tanto quando esquisito. Afinal eu e ele quase nos matamos todos os dias e agora ele estava ali em minha casa comento com a maior tranquilidade. Após terminarmos nossa refeição Simmons pareceu ter o mesmo pensamento que eu tive durante toda a refeição. Aquilo era um tanto quando bizarro. Ele levou a taça de vinho ate a boca e logo em seguida bebeu um pouco da bebida de seu copo. O acompanhei um pouco receosa. Não sabia se era realmente bom beber algo com álcool depois de ter enchido a cara ontem à noite. Mas mesmo assim provei um pouco do vinho que era delicioso. 


— Então — Comecei chamando a sua atenção sabendo que o tapado estava viajando em seus pensamentos e nada falaria. O retardado olhou para a minha cara e eu sorri — O que você quer conversar sobre o nosso namoro? — Fiz aspas com a mão em menção a palavra namoro o que o fez rir levemente. 


— Precisamos ter uma... — E nesse momento o barulho do toque do meu celular soou pelo cômodo.


— Com licença — Pedi dando um pulo do banco e correndo para a sala para pegar o meu celular que tocava irritantemente. 


— Por que toda vez que vamos nos aprofundar nesse assunto seu celular toca — Simmons comentou me seguindo com as duas taças de vinho em uma mão e a garrafa em outra. 


— Verdade — Eu ri e por fim achei o celular que estava quase enterrado no sofá — Agora cale a boca — Falei pra ele enquanto pegava o celular em minhas mãos que não parava de toca e o levava ate o ouvido atendendo — Alo? — Falei esquecendo-me totalmente de olhar o identificador de chamadas.


— Cherry onde você esta? — Perguntou à voz do outro lado da linda e aquela voz eu conhecia muito bem. 


— Estou em casa Alex — Falei rapidamente, abrindo um sorriso ao ouvir a voz de minha melhor amiga. 


— Como assim esta em casa? — Ela perguntou mais alto e pude ver que Simmons tinha ouvindo quando o mesmo abriu um sorriso irritante. 


Maldito seja esse sorriso idiota.


— Não estou me sentindo muito bem — Falei rapidamente me lembrando que eu deveria estar lá no restaurante encontrando ela para irmos trabalhar. 


Droga o trabalho. Por que tinha me esquecido desse pequeno detalhe. 


— O que você tem? — Ela perguntou atenciosamente e aparentemente preocupada do outro lado da linda. E nesse momento me senti horrível por esta a deixando preocupada quando na verdade estava muito bem. 


— E que acordei com uma forte dor de cabeça Alex, não se preocupe— Falei. E aquilo não era mentira realmente tinha acordado com uma horrorosa dor de cabeça, por mais que agora ela já tivesse desaparecido. 


— Já tomou remédio? — Ela perguntou ainda preocupada e aquilo me fez me sentir pior por estar mentindo para a pessoa que sempre me incumbira em tudo. Ela sempre fazia parte das minhas mentiras, na verdade ela sempre inventara as mentiras. 


— Acabei de tomar— Falei tentando novamente a tranquilizar. 


— Quer que eu fique ai com você ? — Ela perguntou atenciosamente e eu quase surtei. 


Não queria que ela vinhe-se pra cá quando Simmons ainda esta aqui. Como iria explicar aquele ser do inferno que eu sempre detestara na minha casa. 


— Não— gritei sem pensar enquanto entrava em pânico.


E ai percebi a burrada que tinha feito. Grita com ela só iria a fazer desconfiar. Droga! Ouvi a risada suave de Simmons invadir o meu ouvido e o encarei querendo matá-lo , por que sabia que ela tinha o ouvido. Mas ao me virar para olhá-lo Simmons estava tirando o a mesinha de centro de cima do tapete. Que diabos ele estava fazendo?


— Ok Cherry. Eu entendo — Ela falou rindo. E eu sabia o que estava se passando pela sua cabeça. Que merda! — Ok vou pro escritório hoje e vou dizer ao chefe que você estava doente — Ela soou divertida — Mas terá que me recompensar por ir para te encobrir na minha folga — Ela falou manhosa e eu tive que sorri.


Eu já falara o quando eu a amava? 


— Já disse que te amo muito? — Falei enquanto via meu sorriso se abrir. 


— É eu sei que você me ama muito — Ela falou e eu sabia que um sorriso lindo tinha se alargado em seu rosto — Mas agora eu vou desligar, preciso me concentrar em dirigir. — Ela falou um pouco mais seria e depois volto a rir — Agora divirta-se sua safadinha — Ela falou maliciosamente e eu senti minha bochechas queimarem e vi Simmons coloca as mãos em frente da boca para evitar que sua risada saísse. 


— Ok Alex. Tchau. — Desliguei o celular antes que ela pudesse falar mais alguma besteira. 


Simmons tirou a mão da boca e gargalhou me fazendo coroa violentamente. Droga a casa precisava estar tão silenciosamente quando Alex fala um absurdos desses ainda mais quando era o idiota do Simmons que estava ali ouvindo. Tudo bem que ela não sabia que era ele e se ela soubesse eu com certeza estaria morta agora mesmo pelas milhares de perguntas que ela me faria. Voltei a presta atenção em Simmons que agora se abaixa para pegar o tapete que já estava enrolado. 


— O que esta fazendo? — Perguntei o olhando com meus olhos arregalados. 


— Estou tirando esse tapete daqui. Não iria me sentir confortável com a macha de sangue que esta nele — Ele falou calmamente enquanto passava com o tapete em sua mãos pela porta da cozinha, provavelmente indo ate a área de serviço o deixando lá.


Senti mais uma vez minhas bochechas esquentarem e me perguntei quando pararia de ficar envergonhada. Mas que merda já deveria ser a milésima vez só hoje que Simmons me deixava envergonhada e isso era uma saco! 


— Que historia? — Ele pareceu ter acabado de sair do mundo da lua, a onde provavelmente ele se encontrava bem distraído. 


— A historia de como começamos a namora. Sabe que precisamos de uma muito boa pra enrolar as pessoas, que estão acostumadas com nós dois nos matando — Falei levando a taça a boca e o vendo me fitar, mas parecia que sua mente estava longe da imagem a sua frente, seus olhos incrivelmente azuis estavam totalmente sem foco. 


— Eu não faço à mínima ideia — Disse ele balançando a cabeça negativamente enquanto levava a taça de vinho a boca, tomando um pouco do líquido e voltando a falar — Vim aqui exatamente para isso. Esperava que você tivesse uma grande ideia — Ele sorriu. 


Mais que ótimo não tínhamos nem uma ideia de como enrolamos as pessoas com esse namoro fajuto. E pra piora ele esperava que eu, que justo eu, a garota que já tinha problemas de mais na cabeça me preocupasse em inventar uma brilhante historia de como começamos a namorar. Isso só poderia ser brincadeira certo? Abri um sorriso divertido e ao mesmo tempo meio assustada. 


— Você esta de brincadeira certo? Pelo amor de Deus, me diz que já tem uma ótima ideia para enrolarmos as pessoas — Falei ainda mantendo o meu sorriso nos lábios enquanto minha voz e minha expressão demonstravam o meu pânico. 

Simmons tirou a mão da boca e gargalhou me fazendo coroa violentamente. Droga a casa precisava estar tão silenciosamente quando Alex fala um absurdos desses ainda mais quando era o idiota do Simmons que estava ali ouvindo. Tudo bem que ela não sabia que era ele e se ela soubesse eu com certeza estaria morta agora mesmo pelas milhares de perguntas que ela me faria. Voltei a presta atenção em Simmons que agora se abaixa para pegar o tapete que já estava enrolado. 


— O que esta fazendo? — Perguntei o olhando com meus olhos arregalados. 


— Estou tirando esse tapete daqui. Não iria me sentir confortável com a macha de sangue que esta nele — Ele falou calmamente enquanto passava com o tapete em sua mãos pela porta da cozinha, provavelmente indo ate a área de serviço o deixando lá.


Senti mais uma vez minhas bochechas esquentarem e me perguntei quando pararia de ficar envergonhada. Mas que merda já deveria ser a milésima vez só hoje que Simmons me deixava envergonhada e isso era uma saco! 


O mesmo volto e pegou a mesinha a colocando no centro da sala. Sorriu divertidamente e eu me perguntava o que ali era tão divertido alem da idiota aqui provavelmente com as bochechas totalmente vermelhas? E ai esta a graça, eu era a sua diversão. Sempre fui sua diversão, afinal me ver irritada e constrangida era um tipo de divertimento para o capeta a minha frente. Ele depositou a garrafa de vinho na mesinha me chamando a atenção com o barulho provocado pelo ato e depois me entregou minha taça de vinho, se sentou no sofá com a sua em mãos enquanto se deliciava mais uma vez com vinho. Sentei-me ao seu lado e tomei o resto de vinho que tinha na taça para fazer aquelas malditas lembranças constrangedoras sumirem. Ficamos nos encarando por alguns segundos em um silencio constrangedor e depois de me servi de mais um pouco de vinho, volte a me encosta no encosto do sofá e me virei para o olhá-lo pigarreando antes de começar a falar:


— Então qual vai ser a historia? — Perguntei por fim me virando totalmente para encará-lo.


— Que historia? — Ele pareceu ter acabado de sair do mundo da lua, a onde provavelmente ele se encontrava bem distraído. 


— A historia de como começamos a namora. Sabe que precisamos de uma muito boa pra enrolar as pessoas, que estão acostumadas com nós dois nos matando — Falei levando a taça a boca e o vendo me fitar, mas parecia que sua mente estava longe da imagem a sua frente, seus olhos incrivelmente azuis estavam totalmente sem foco. 


— Eu não faço à mínima ideia — Disse ele balançando a cabeça negativamente enquanto levava a taça de vinho a boca, tomando um pouco do líquido e voltando a falar — Vim aqui exatamente para isso. Esperava que você tivesse uma grande ideia — Ele sorriu. 


Mais que ótimo não tínhamos nem uma ideia de como enrolamos as pessoas com esse namoro fajuto. E pra piora ele esperava que eu, que justo eu, a garota que já tinha problemas de mais na cabeça me preocupasse em inventar uma brilhante historia de como começamos a namorar. Isso só poderia ser brincadeira certo? Abri um sorriso divertido e ao mesmo tempo meio assustada. 


— Você esta de brincadeira certo? Pelo amor de Deus, me diz que já tem uma ótima ideia para enrolarmos as pessoas — Falei ainda mantendo o meu sorriso nos lábios enquanto minha voz e minha expressão demonstravam o meu pânico. 


— Não, eu não tenho historia alguma — Ele respondeu simplesmente e calmamente enquanto levava a taça de vinho novamente à boca. 


E naquele momento eu quis matar aquele filho de uma puta irritante. Como ele poderia estar tão calmo? Como ele poderia estar tão calmo vendo seu brilhante plano de namoro falso ir pro ralo antes mesmo de ter começado? Tive que contar ate dez e respirar fundo para não voar em seu pescoço e não o matar ali mesmo. 


— Tudo bem — Disse por fim um pouco mais calma — Vou pedi a Alex que me ajude a inventar algo. Ela é ótima em inventar historias — Disse por fim claramente feliz pela brilhante ideia. 


Era claro que Alex era a solução para todos os nosso problemas. 


— Não! — Ele deu um grito me assustando e fazendo com que eu derrubasse um pouco de vinho da minha taça em minha coxa.


— Não, eu não tenho historia alguma — Ele respondeu simplesmente e calmamente enquanto levava a taça de vinho novamente à boca. 


E naquele momento eu quis matar aquele filho de uma puta irritante. Como ele poderia estar tão calmo? Como ele poderia estar tão calmo vendo seu brilhante plano de namoro falso ir pro ralo antes mesmo de ter começado? Tive que contar ate dez e respirar fundo para não voar em seu pescoço e não o matar ali mesmo. 


— Tudo bem — Disse por fim um pouco mais calma — Vou pedi a Alex que me ajude a inventar algo. Ela é ótima em inventar historias — Disse por fim claramente feliz pela brilhante ideia. 


Era claro que Alex era a solução para todos os nosso problemas. 


— Não! — Ele deu um grito me assustando e fazendo com que eu derrubasse um pouco de vinho da minha taça em minha coxa.


— Droga Simmons. O que foi? Surto de vez foi demente? — Perguntei irritada. 


O idiota tinha me assustado. Virei-me para pegar um pano qualquer que tinha em cima da mesinha de centro para limpar minha coxa molhada pelo vinho. 


— Ninguém pode saber que esse namoro e de mentira — Ele ainda falava um pouco alto e o mesmo parecia bem agitado. 


— Se acalma infeliz e me diz agora por que ninguém pode saber que isso é mentira? — Perguntei o olhando irritada. Qual era o problema desse garoto hoje? Tinha esquecido de tomar os medicamentos?


— Por que se é pra saberem que é tudo uma mentira, não precisaríamos fingir — Ele falou como se aquilo fosse obvio. E bem aquilo era bem obvio. 


— Mas estou falando que só iria contar a Alex que é minha melhor amiga. Ela não e todo mundo — Falei enquanto me virava novamente totalmente de frente pra ele. 


— Não Marrony. Ninguém pode saber que tudo isso e uma mentira — Simmons falou ainda agitado e aparentemente nervoso — Precisamos que isso seja o mais verdadeiro possível, então quanto menos pessoas souberem, melhor— Ele falou por fim parecendo se acalmar um pouco. 


Meu Deus quando drama por nada. 


— Então quer dizer que vou ter que mentir para a minha melhor amiga? — Tudo bem que a ideia era obvia, mas parecia que a ideia de mentir para a minha confidente era absurda. 


Afinal se já tinha me sentindo mal por ter mentindo quase agora pra ela imagina mentir para ele todos os dias. Cara isso seria péssimo. 


— Sim Marrony. Será que vou ter que desenhar pra você entender? — Ele perguntou revirando os olhos e um tanto quanto irritado. 


Confesso que o irritar era um dos meus divertimentos favoritos, mas sua irritação hoje estava conseguindo me tirar do serio. 


— Tudo bem Simmons, como quiser — Respondi um pouco indiferente. Apesar de a ideia não me agradar eu queria evitar brigas. 


OH! Deus o que estava acontecendo comigo? Eu estava evitando brigar com Simmons? Deus estou ficando louca! 


— Ta mais como vamos ter a ideia brilhante para essa maldita historia, sozinhos? — Perguntei o olhando curiosa. 


— Eu não sei Marrony, mas vamos conseguir — Ele falou serio — Temos que consegui r— Ele complementou me olhando e eu senti um arrepio subir pela minha espinha. 


Cara o Simmons estava começando a me dar medo.


Capítulo 5


Preciso falar que naquele dia não tivemos nem uma ideia brilhante para enrolar as pessoas que com certeza queriam uma ótima desculpa para o nosso suposto namoro. Afinal todos estranhariam o fato de simplesmente temos parado de nos odiar para passamos a nos amar. Tudo bem que não nos amávamos — e nem checávamos perto disso, mas as pessoas não precisavam saber disso.


E já tinha se passara uma semana dês daquele maldito dia na minha casa. É a cada dia Simmons parecia ficar mais nervoso pelo fato do anuncio do nosso namoro esta demorando tanto. Mas a culpa não era só minha, afinal a anta também não tinha pensando em nada de bom, mas o que mais eu esperava? Era o Simmons nada de bom sairia daquela cabeça oca. 


Hoje na faculdade eu tinha o encontrado mais vezes do que eu pretendia, na verdade essa semana inteira tinha o visto mais vezes do que eu queria. O que claramente estava me deixando bem irritada, pois ele sempre aparecia nervoso na minha frente sempre me fazendo a mesma pergunta a cada vez que nos esbarrávamos “por acaso” nos corredores da faculdade. É isso me irritava. O que aquele idiota achava?Que eu passava a minha aula inteira pensando naquele maldito namoro dos infernos? Aquele namoro que já estava me tirando do serio. 


E o que mais me irritava era a sua reação quando a resposta negativa saia de meus lábios. Qual era o problema daquele mane? Ele achava mesmo que eu era obrigada a pensar em uma maldita historia sozinha? E por que invés de ele ficar me irritando ele não usava o tempo dele e a cabeça dele para pensar em uma boa historia. Tudo bem que pensar de mais poderia dar uma pane em seu cérebro e ele poderia ate morrer por ter queimando os neurônios que lhe restava, mas quem se importava? Por que eu com certeza não ligaria se o mesmo sumisse da minha frente naquele mesmo instante.


Era o meu dia de folga e eu me encontrava sentada em meu sofá com uma taça na mão enquanto encarava a cara de irritado do demônio depois de o ter tirado do serio, o mandando ir para a puta que pariu. Que é? Ele achava que eu o aguentaria a semana inteira e ainda hoje — sexta-feira — durante a minha folga de boa vontade e que ainda por cima seria educada? A fala serio, eu nunca fora educada com ele.


— Droga Marrony— Ele esbravejou me fazendo o olhar divertida. Já era a quarta vez que o tirava do serio, só hoje— Da pra colaborar e ser um pouco mais educada? — Ele perguntou ainda irritado. 


— A qual é Simmons. Nunca fui educada com você, por que seria justamente agora? — Perguntei no mesmo tom alto e claramente irritada — Ainda mais agora que você parece não falar de outra coisa — Acrescentei ainda nervosa — Porra Simmons — Esbravejei me levantando e colocando a taça de vinho sobre a mesa — com mais força do que necessário — fazendo um pouco de vinho cair sobre a mesa — Isso já esta enchendo o saco — Falei por fim um pouco mais alto, respirando fundo claramente aliviada por ter colocado isso pra fora. 


— E você acha que isso não esta me irritando? — Ele gritou, seu rosto estava mais vermelho do que de costume e eu tive medo que naquele momento ele surtasse de vez e voasse em meu pescoço me matando — Já faz uma semana que estamos nisso é não tivemos nem uma ideia de como podemos enrolar as pessoas — Ele gritou se ajeitando nos sofá para fica de frente pra mim — Eu também não aguento mais olhar para a sua cara Marrony. E olha que ainda temos um belo caminho pela frente com esse namoro — Ele falou por fim parecendo se acalmar. 


— Estou começando a achar que essa proposta toda e uma má ideia — Falei por fim me jogando no sofá desanimada. 


— A qual é Marrony. Não vai desisti agora vai ? — Ele pergunto se aproximando de aonde eu estava sentada.


— Vamos admitir Simmons isso tudo vai ser uma merda — Falei virando meu rosto para olhá-lo — Não conseguimos nem inventar a porra da historia — Falei ainda bem calma. 


— Mas vamos conseguir Marrony, vamos conseguir — Ele falou calmamente enquanto parecia olhar algo sem ver. 


— Se você deixasse eu pedia ajuda a Alex — Falei calmamente enquanto tentava mais uma vez me safar de ter que ficar mentindo para a minha melhor amiga. 


— Não Cherry — Ele falou calmamente enquanto me olhava. 


— A Jensen. Ela poderia realmente nos ajudar — Falei manhosamente enquanto o via sorrir. 


— Eu já disse que não Cherry — Ele continuou calmo e eu tive que me controlar pra não me exaltar. 


— Por que não ? — Perguntei o olhando enquanto ainda me mantinha calma. 


— Já te disse o porquê. Vai querer mesmo que eu repita — Ele falou sorridente.


Deus o que era aquilo? Estávamos subitamente em paz? 


— A Jensen, ela é minha melhor amiga — Continuei a falar manhosamente o que acabou nos levando a risada. 


— Também vou esconder isso do meu melhor amigo — Ele estendeu seus braços me puxando de encontro ao seu corpo. O mesmo passou um de seus braços pelo meu ombro me fazendo apoiar minha cabeça em seu peito — Somos só nos dois agora Marrony — Ele falou contra o meu cabelo. 


— Isso não e muito animador Simmons — Falei levantando minha cabeça para olhá-lo e sorri divertidamente ao ver o mesmo sorrindo. 


— Ate que estávamos bem Marrony — Ele falou me olhando — Estamos parecendo dois namorados nesse exato momento — Ele sorriu me fazendo o acompanhar. 


E ele tinha razão, naquela posição e naquele clima estávamos mesmo parecendo um casal de namorados. E eu ri daquele momento, eu ri daquele dia, estávamos quase nos matando a minutos atrás e agora estávamos ali tranquilos e rindo igual idiotas. E foi nesse exato momento que alguém pigarreou atrás de nós, me fazendo sair de perto de Simmons rapidamente e me coloquei de pé de frente para a porta da sala sendo acompanhada por Simmons que estava ao meu lado parado com a mesma cara de assustado que eu. Afinal quem estava parado na porta da sala agora nos olhando confuso era nada mais nada menos que Anthony Marrony — Meu pai— e para piorar ainda mais a situação ele estava acompanhando por Matheus Simmons — pai de Jensen— que estava com um sorriso alegre nos lábios. 


Ta de sacanagem comigo? Isso só poderia ser um complô do destino. Os dois ao mesmo tempo já era sacanagem.


— Pai — Falei nervosa quando o via me olhar sem expressão — O que esta fazendo em casa tão cedo? — E depois que tais palavras saíram por minha boca percebe que era uma péssima pergunta. 


Essa pergunta sempre era usada por pessoas que eram culpadas. E eu não estava fazendo nade de errado, não que eu saiba. Pude ver Simmons me olhar me repreendendo pela pergunta que acabara de fazer, ele deveria esta achando o mesmo que eu. Que eu tinha falado besteira. 


— Vim beber e conversar um pouco com um velho amigo — Meu pai respondeu ainda serio e sem expressão alguma — Por que? Atrapalhamos algo? — E ali estava a sua raiva. 


— Não e claro que não — Falei rapidamente tentando o acalmar antes mesmo que ele explodissem.


— Vamos deixar os dois sozinho Thony — O senhor Simmons — isso suou um pouco estranho pra mim, pelo simples fato de sempre chamar Jensen pelo sobrenome e o uso da palavra senhor na frente me soou bem estranho — falou sorridente enquanto colocava a mão sobre o ombro de meu pai. 


Meu pai não disse nada apenas guiou Simmons - pai ate onde ficava o escritório dele. Eu e Simmons ficamos parados por uns dois minutos estáticos. Que ótimo era tudo que precisávamos, nosso pais achando que estávamos nos pegando as escondidas, tudo bem que não estávamos fazendo nada, mas vai falar isso pra eles e isso iria ficar pior quando a historia do namoro rolasse por ai. Meu pai ciumento do jeito que era não gostaria nada dessa histori e não gostaria mais ainda de saber que supostamente estávamos nos pegando em baixo de seu teto sem que ele soubesse. OK eu estava definitivamente ferrada. Joguei-me no sofá com as mãos no rosto. Droga por que as coisas tinha que dar tão errado pra mim. 


— Acho melhor eu ir embora — Tirei as mãos do rosto podendo ver Simmons ainda parado na mesma posição ainda olhando para a porta da sala aonde os dois estavam a poucos minutos atrás. 


— Eu também acho — Disse o fazendo me olhar com um sorriso sem graça. 


— Marrony, eu ... — Ele parou de falar sem saber como continuar, mas eu o tinha entendido, ele iria se desculpar por aquilo. 


— Tudo bem Simmons, a culpa não e sua. Só temos um azar do caramba — Falei sorrindo enquanto me levantava do sofá. 


— Isso e verdade — Ele riu me fazendo o acompanhar.


Levei-o ate a porta o deixando ir embora sem nem ao menos resolvermos a nossa situação. Talvez aquele não fosse um bom momento para conversamos sobre os novos acontecimentos. Eu ainda estava absorvendo os novos fatos e pelo jeito ele também estava. 


Depois de levar Simmons ate a porta e o ver ir embora, subi rapidamente para o meu quarto e me joguei na minha cama praguejando tudo aquilo, como poderíamos ser tão azarados ao ponto de nossos pais nos pegarem no nosso único momento descontraído que tivemos dês que tudo isso tinha começado. Cara isso só poderia ser muita macumba contra a gente por que pelo amor de Deus. 


Não sei ao certo quanto tempo eu fiquei deitada e nem ao certo quando Simmons –pai foi embora, mas podia chutar que o mesmo tinha ido embora minutos antes do meu pai bater na porta do meu quarto. Como não estava afim de responder suas perguntas agora e eu não tinha um historia boa para responder suas perguntas resolvi continuar deitada e fingir que estava dormindo. Pude o ouvir abrir a porta e caminha lentamente ate mim, mas assim que me viu jogada em minha cama com os olhos fechados, senti o mesmo alisar meu cabelo— um ato que me surpreendeu— e se retirar do meu quarto. Assim que a porta foi fechado me sentei em minha cama olhando agora a porta fechada. Fiquei um tempo assim sem nada fazer ou sem nem um pensamento concreto passar por minha cabeça. Eu e meu pai não tínhamos conversado dês do dia em que ele tinha ficado bêbado na sala de casa, tudo bem que quase nunca conversávamos, mas ele parecia estar me evitando ate hoje, talvez estivesse envergonhado de mais para me encarar e parecia que agora eu e que o evitaria ate ter uma ótima historia. 


Ouvir um som ensurdecedor do meu celular tocando e eu o procurei com os olhos pelo quarto, o achei em cima da mesinha de estudo no canto do meu quarto e fui ate lá correndo para atender ao aparelho que estava fazendo muito barulho.


— Alo! — Falei assim que coloquei o aparelho no ouvindo. 


— Cherry, gatinha. Vamos a uma festa hoje?— Alex falava animadamente do outro lado da linha.

— Oi Alex, tudo bem com você? A que bom eu também estou bem — Falei revirando os olhos e ouvindo a risada da minha melhor amiga soar do outro lado da linha. 


— Ta ta.. Mas então vamos a uma festa hoje? — Ela perguntou novamente, parecia esta mais animada do que nunca. 


Caminhei ate minha cama novamente e me sentei desanimadamente sobre a mesma.


— Não sei não Alex — Falei calmamente para que ela percebesse o meus desanimo. 


— A qual é Cherry, você não saia há dias. Vamos lá vai ser divertido — Alex falou manhosa do outro lado da linda, parecia querer realmente me convencer a ir com ela. 


Pensei por um segundo e me lembrei do meu pai que deveria estar em seu quarto ou no andar de baixo da casa, lembrei-me também do acontecido de hoje e achei uma ótima ideia ir a uma festa quando a minha intenção era fugir do interrogatório que meu pai iria fazer assim que tivesse oportunidade. E eu poderia evitar por hoje, pelo menos tentaria evitar ao Maximo ate à brilhante historia brotar em minha mente ou na mente do Simmons. 


— Tudo bem Alex, acho que estou precisando mesmo me divertir— Falei sorrindo e começando a me animar. 


— AH! — Ela deu um grito do outro lado da linda me fazendo afastar o telefone e rir — Eu sabia que você iria topa, afinal sei que você deve estar louca para pegar uns gatinhos — Ela falou enquanto ria do outro lado da linha me fazendo revirar os olhos. 


— Cale a boca Alex, eu não preciso pegar ninguém, estou muito bem obrigada — Falei seriamente. 


— AH! E verdade, tinha me esquecido do dia em que supostamente você estava com dor de cabeça — Ela riu me fazendo me lembrar daquele maldito dia que Simmons estava em casa e ela me ligara. 


Mas que droga ela tinha que lembra disso justo agora.


— Cala a boca Alex — Eu falei mais uma vez claramente irritada. 


— Tudo bem Cherry, me desculpe — Ela falou enquanto tentava parar de rir. 


— Tudo bem Alex — Falei calmamente — Que horas você virá me buscar? — Perguntei querendo ser breve nesse telefonema. 


— Ai esta o problema, meu carro esta quebrado e eu vou de carona com um cara — Ela falou rapidamente parecendo ter se esquecido desse pequeno detalhe — Mas se você quiser nós passamos ai pra te pegar— Ela falou rapidamente parecendo se sentir culpada.


 — Não tudo bem Alex, eu vou de taxi — Falei tentando fazer ela se sentindo melhor — Só me fale o endereço — Falei sorridente mesmo sabendo que ela não poderia ver meu sorriso. 


— Sabia que você iria entender — Ela falou voltando a se animar — Vai ser na casa da Rebeca — Ela falou rapidamente — Esta com uma caneta e papel na mão para eu passar o endereço? — Ela perguntou rapidamente. 


Meu Deus como ela estava elétrica hoje. 


— Só um minuto Alex que eu vou pegar— Me levantei da minha cama voltando a mesinha de estudos onde antes estava meu celular, abri um dos diversos cadernos que estavam ali e peguei uma caneta — Pode falar — Falei me posicionando para anotar o endereço. A mesma falou detalhadamente duas vezes para que eu anotasse tudo certinho — Certo Alex, nos encontramos lá Ok?— Falei ainda encarando o endereço a minha frente. 


— Te encontro lá por volta das 22:30? — Ela perguntou calmamente.


— Ok. — Falei sorrindo novamente. 


— Tudo bem Cherry, agora vou desligar, por que ainda tenho que escolher uma roupa e me arrumar— Ela falou rapidamente me fazendo rir. 


— Tudo bem Alex, ate mais. — E antes que eu pudesse falar mais alguma coisa ela desligou. 


Tirei o celular do ouvindo o depositando mais uma vez na mesinha e me virei para encarar o relógio que tinha no criado mundo ao lado da minha cama, o mesmo marcava 19hrs e 59 minutos. Tudo bem ainda tinha muito tempo para me arrumar. Fui ate o meu guarda- roupa e o abrir procurando algo que eu pudera usar hoje a noite. Depois de quase meia hora na frente do closet aberto optei por um vestido preto e braço , tomara que caia com um tecido fazendo o papel de um cinto na cintura, ele ia ate a metade da minha coxa, o mesmo era balone. Joguei o vestido que estava em minhas mãos sobre a cama e voltei ao closet olhando agora atentamente os sapatos, peguei um scarpin vermelho que eu simplesmente amava e ele cairia perfeitamente com o look pois daria um pouco de cor. Levei a sandália ate a cama a deixando no chão na frente do vestido. Olhei para o relógio e nele já marcava 20rs e 40 minutos e como sempre eu tinha demorado de mais para escolher alguma coisa, mas sem problema ainda tinha muito tempo para me arrumar e mesmo que não ficasse pronta na hora não tinha problema, poderia chegar a hora que quisesse iria de taxi mesmo. Respirei fundo tomando coragem para o que viria a seguir, comecei a tirar a minha roupa, mas antes que eu terminasse meu celular tocou anunciando que eu tinha recebido uma mensagem.


De: Demônio 

“ Vou passar ai pra te pegar as 22:30. Já que o Jonas vai dar carona para a Alex, acho que você precisa de uma carona” 


AH! Então a bonitinha iria pegar carona com o bruto do Jonas é? Bom saber dona Alex que você anda me escondendo coisas. Tudo bem que eu também estava escondendo, e não poderia reclamar mas... Balancei a cabeça voltando a me concentra na mensagem. 


Para: Demônio 

“ Quem disse que eu vou querer a sua carona? E que historia e essa do Jonas levar a minha melhor amiga? Manda seu amigo tomar cuidado em ... :S ”


Reli minha mensagem e abri um meio sorriso divertida, era impressionante como eu não consegui para de implicar com o infeliz nem por mensagem de texto. Era divertido de mais pra parar. Mas eu realmente não estava muito afim de ir com ele, afinal o que eu falaria quando me vissem chegando no carro dele? Que ele acidentalmente apareceu na frente da minha casa bem na hora em que eu estava saindo da mesma? A qual é ninguém acreditaria em coincidências e o fato de eu chegar com o Jensen iria chamar a atenção e tudo que eu menos queria agora era atenção. O celular tocou de novo me avisando da nova mensagem. 


De: Demônio 

“ A para de reclama ainda estou te fazendo um favor. Ih eu não sei nada sobre essa historia não. Mas acho que não somos os únicos a esconder certas coisas kkkkk ”


Um favor ? A para de graça, ele estava era querendo acabar com a minha vida isso sim. Rir na parte do “não somos os únicos a esconder certas coisas” realmente não éramos os únicos, Alex e Jonas estavam bem estranhinhos ultimamente.


Para: Demônio 

“ Não Simmons, se eu chegar com você vai chamar muita atenção. 

Realmente não somos os únicos. Será que eles estão se pegando? ” 


Enviei a mensagem e eu estava realmente curiosa, será mesmo que a Alex estava pegando o bruto do Jonas? Nossa quem diria em. 


De: Demônio 

“ Eu vou passa ai pra te pega é ponto final. Sinceramente? Eu acho que eles estão de esfrega esfrega sim kkkkkkk ”


Esfrega-esfrega? Ta de brincadeira. Comecei a rir, como uma pessoa ainda usaria esse tipo de frase. Deus ele era um idiota. 


Para: Demônio 

“ Vai se fuder Simmons kkk” 


Mandei aquela pra ele e deixei meu celular em cima da mesa, enquanto voltava a tirar o resto de roupa que me restava e caminhava ate o banheiro, ouvi meu celular toca , mas o ignorei, depois eu veria o que o infeliz do Simmons queria. Adentrei no banheiro e fui direto para dentro do Box, ligando logo em seguida o chuveiro e tomando um belo banho relaxante, era tudo o que eu precisava. 


Depois do banho fui me arrumar para ir a festa já era 9hrs e 35 minutos. Que ótimo eu não tinha muito tempo. Passei creme lentamente pelo meu corpo todo e logo em seguida coloquei o vestido que estava em cima da cama, o arrumei em meu corpo me olhando de frente para o espelho com ele, ate que ficou melhor do que eu imaginava. Seu comprimento não era muito longo, mas também não era extremamente curto, ele era daquele tipo que dizia eu sei ser sexy sem ser vulgar. Liguei a minha chapinha a deixando esquentar, fui pra frente do espelho novamente e pequei algumas coisas de dentro da minha bolsinha de maquiagem que iria precisar. Depois de alguns minutos— digamos que foram necessário 20 — terminei de passar a maquiagem que era bem simples nada muito chamativo, meus olhos estavam bem neutros a única coisa que se destacavam era os cílios pretos e bem curvados, e o preto do lápis de olho, minhas bochechas estavam levemente coradas e a única coisa que chamava mais atenção era o batom vermelho em meus lábios.



Eu ainda tinha 30 minutos e era tempo o suficiente para termina de me arrumar. Peguei a chapinha que estava bem quente e comecei a passar pelo cabelo o deixando bem liso. Eu normalmente preferia o usar cacheado, mas estava com preguiça de mais pra fazer cachos. Depois de ter alisado todas as mechas do meu cabelo, olhei para o relógio e ainda me faltava mais alguns minutos antes que Simmons chegasse pra me buscar. Peguei uma caixinha onde ficava as minhas jóias, segurei em uma de minhas mãos um colocar que eu simplesmente achava lindo, não era nada muito grande e glamoroso na verdade era só um pingente de um coração dourado com pedrinhas que o faziam brilhar, coloquei o colar e voltei a mexer nas coisas da caixinha, achei uma anel muito fofo e decidi o usar também. Assim que já tinha pegado tudo o que queria fechei a caixinha e a guardei em seu lugar. Depois segui para a penteadeira pegando o meu perfume e borrifando um pouco em mim. Por fim segui para onde estava as minhas sandálias e a coloquei ficando alguns — bons — centímetros mais alta. 


Eu ainda tinha 30 minutos e era tempo o suficiente para termina de me arrumar. Peguei a chapinha que estava bem quente e comecei a passar pelo cabelo o deixando bem liso. Eu normalmente preferia o usar cacheado, mas estava com preguiça de mais pra fazer cachos. Depois de ter alisado todas as mechas do meu cabelo, olhei para o relógio e ainda me faltava mais alguns minutos antes que Simmons chegasse pra me buscar. Peguei uma caixinha onde ficava as minhas jóias, segurei em uma de minhas mãos um colocar que eu simplesmente achava lindo, não era nada muito grande e glamoroso na verdade era só um pingente de um coração dourado com pedrinhas que o faziam brilhar, coloquei o colar e voltei a mexer nas coisas da caixinha, achei uma anel muito fofo e decidi o usar também. Assim que já tinha pegado tudo o que queria fechei a caixinha e a guardei em seu lugar. Depois segui para a penteadeira pegando o meu perfume e borrifando um pouco em mim. Por fim segui para onde estava as minhas sandálias e a coloquei ficando alguns — bons — centímetros mais alta. 


Quando já estava pronta ouvi uma buzina soar do lado de fora da casa. Corri pra pegar meu celular em cima da mesa e sai do quarto às pressas descendo as escadas igual um fulgente. Se eu quase cai? Magina! Eu simplesmente quase fui dar um beijinho de despedida no chão, afinal ele merecia. Quando por fim passei pela porta de casa — que já estava aberta — dei de cara com meu pai descendo as escadas a caminho da BMW de Simmons. Naquele momento quase tive um infarto, mas não podia morrer agora e muito menos ficar paralisada ali, desci as escadas correndo e cheguei perto do meu pai pondo a mão em seu ombro o fazendo parar assustando e me olhar. Sorri tentando o acalmar e passei a sua frente ficando entre ele e o carro, Simmons ainda se encontrava dentro do carro com ele ainda ligado


— Não me espera acordado. Vou a uma festa do pessoal da faculdade e só volto mais tarde — Falei dando lhe um beijo na bochecha que ficara marcada por causa do batom — Tchau pai — Acenei assim que me encontrava dentro do carro. 


Vi Simmons dar a partida e sair de frente da minha casa, pude ver que meu pai ainda continuava parado nos olhando se afastar. Com certeza quando eu voltasse estaria mais ferrada do que nunca. Não olhei para o Simmons para o cumprimentar nem o pergunta se estava bem, eu não precisava fazer isso. Primeiro porque já tinha o visto a tarde toda e sabia que ele estava perfeitamente bem e segundo porque eu nunca fui educada com ele e não seria agora que eu começaria a ser. Mexi no meu celular vendo que ainda tinha 3 mensagens não lida.


Que estranho! só me lembrara de ter deixando apernas uma ser ler que era a do Simmons. 


Fui direto para a primeira mensagem que a Angel tinha me mandado.


De: Angel 

“ Vai vir pra festa da Beca? ” 


Logo em seguida passei para a ultima que a mesma tinha me enviado. 


De: Angel

“ Cadê você ? A Alex acabou de chegar acompanhada pelo Jonas e eu não vi você . Você não vai vim? E pode me explicar por que a Alex veio com Jonas? Afinal o que eu perdi? ” 


Abri um breve sorriso ao ler essa mensagem.Então eu não era a única pessoa perdida por ali. 


Para: Angel 

“ Estou indo Angel não se preocupe. E quanto ao Jonas e a Alex eu não faço a mínima ideia, estou tão perdida quando você :S “ 


Enviei lhe a mensagem e segui para a única mensagem não lida, que era a do infeliz ao meu lado. 


De: Demônio 

“ Espero que fique bem linda para chegar a festa acompanhada pelo cara mais gostoso do mundo ”


Que bosta era aquela? Ri de sua mensagem e abaixei meu celular o olhando. 


— O cara mais gostoso do mundo? Serio? — Perguntei enquanto parava de rir e o via me fitando com um sorriso divertido brincando em seus lábios. 


— Lógico — Ele falou teatralmente ainda com um sorriso nos lábios — Se sinta honrada Marrony, pois vai chegar à festa com a pessoa mais linda e gostosa do mundo — Ele falou divertido me fazendo rir. 


— Como você é idiota— Eu falei ainda entre o riso. 


— E Como você esta linda — Ele falou calmamente me fazendo parar de ri no mesmo momento em que suas palavras passaram pelos meus ouvidos. Pude ver que esse ato o fez abrir ainda mais o seus sorriso.


— Co..Como? — Gaguejei igual uma idiota o que o fez gargalhar. 


— Disse que você esta linda — Ele falou calmamente e lentamente— E se posso acrescentar esta extremamente sexy — Ele falou enquanto me lançava um breve olhar e voltava a olhas a estrada a nossa frente. 


Não! Você não pode acrescentar! Minha mente gritou alto, mas nenhuma palavra saiu pelos meus lábios. Senti-me extremamente sem graça e a cada minuto que se passava o seu sorriso crescia cada vez mais e junto com ele meu constrangimento. Respirei fundo tentando voltar a minha incrível cara de desinteressada, a mesma cara que eu sempre usava quando estava com ele. 


— Ok! Você venceu! Conseguiu me deixar sem graça— Falei em um tom leve enquanto abria um sorriso. Era claro que aquilo tudo só era mais uma das diversas zombações suas.


Ele gargalhou alto me fazendo o olhar seria. Ele parou o carro em um sinal vermelho e virou o rosto para me olhar. 


— Não estava tentando te deixar envergonhada Marrony — Ele abriu ainda mais o seu sorriso — Você esta mesmo muito linda e extremamente sexy — Ele sorriu graciosamente. E a verdade que tinha em suas palavras me assustou. 


Como assim Simmons acabara de me elogiar? O Deus o que estava acontecendo?


Ele deu a partida no carro de novo assim que o sinal ficou verde. Depois daquele comentário do Simmons ficamos ambos em silencio, eu estava constrangida demais e ele parecia se divertir mortalmente. Aquele silencio constrangedor só acabou quando meu celular tocou me avisando que mais uma mensagem acabara de chegar, levantei o celular fazendo a luz do visor do meu celular quase me segar. Abri a mensagem de texto que era da Angelina. 


De: Angel 

“ Esta vindo de Taxi? Por que não me ligou? Eu iria te buscar.” 


Sorri ao ler a mensagem, com certeza se Simmons não tivesse indo me buscar eu teria ligado para ela. 


Para: Angel 

“ Não se preocupe Angel, eu já estou chegando ”


Envie lhe a mensagem sem responder nem uma de suas perguntas. Não queria lhe falar que já estava pegando uma carona, porque eu sabia que isso levaria a perguntas de com que eu estava e eu não queria falar que estava no carro com Simmons, porque isso renderia mais um milhão de perguntas. E eu tinha saído de casa exatamente por causa disso, estava tentando evitar as perguntas, as tais perguntas que ainda não tinha respostas.


Dois minutos foi o tempo exato que demorou para chegamos a casa da Rebeca. Simmons parou o carro em frente da casa e pude ver que a festa estava bombando pois o jardim da frente da casa estava abarrotado de pessoas. Tinha alguns casais se pegando ali mesmo, tinha também varias turminhas espalhadas por ali. A musica mesmo ali do lado de fora era bem alta e bem animada fazendo com que algumas pessoas dançassem ali mesmo. Desci do carro recebendo alguns olhares curiosos que foram ignorados. Simmons saiu com o carro atrás de mim provavelmente iria procurar algum lugar para estacionar. Passei meu olhos por todo o jardim a procura de alguém que eu conhecesse e estava quase desistindo quando vi os cabelos loiro e curto de Angelina no meio da multidão, sem falar que suas roupas não me deixavam duvidar que era a mesma. Ela trajava uma calça toda estampada e colado em seu corpo, uma bota de soldado preta e uma blusa aparentemente transparente, mostrando o seu sutiã preto. Caminhei sorridente ate ela e pude ver uma de suas amigas a cutucar quando me viu se aproximando delas. Angel se virou assim que eu parei de andar ficando a pouco centímetros de distancia dela. 


— Cherry — Ela gritou se jogando em meus braços e me dando um super abraço que estava esmagando os meus pulmões. 


— Estou...Ficando...Sem ar.. Angel — Falei com dificuldade, quase morrendo sem ar por causa do seu abraço. A mesma me solto rindo. 


— Desculpa — Ela sorriu envergonhada, o que me fez sorrir — Chegou agora? — Ela perguntou sorridente. 


— Sim, acabei de chegar — A informei enquanto chegava mais perto dela para não ter que gritar — Cadê a Alex? — Perguntei quase em seu ouvido. 


— Ela chegou no carro com o Jonas, eles entraram na festa juntos, mas depois se separaram, ele foi conversar com algumas garotas e ela foi falar com as suas amigas — Ela falou no meu ouvido — O que esta acontecendo Cherry? — A mesma perguntou se afastando e me olhando extremamente confusa. 


Dei de ombros afinal eu também não fazia à mínima ideia do que estava acontecendo. Ela se virou para falar alguma coisa com as meninas que eu não fazia à mínima ideia de quem eram e se despediu acenando enquanto me puxava para dentro da casa com ela. 


Passamos por algumas pessoas que conversavam animadamente na entrada. A casa tinha muito mais gente do que eu pudera ver no jardim, tinha pessoas em todos os cantos. Alguns conversando animadamente com seus amigos, outros dançando ao som da musica que estava bem mais alta, tão alta que eu mal podia ouvir meus próprios pensamentos, o que eu garanto era uma coisa muito boa. Angel continuou me arrastando para dentro da casa, ela só parou quando chegou à cozinha, ali ela largou minha mão e continuou a andar. A mesma parou em frente à mesa e pegou um copo colocando algumas bebidas e um pouco de gelo, fez a mesma mistura de bebidas em outro copo e caminhou ate mim com os copos na mão me entregando um dos copos. Tomei um pouco do líquido que desceu queimando pela minha garganta.


— Não acha que está bebendo muito? 



— Por que ? — Ela perguntou no mesmo tom alto e sua expressão era uma mistura de confusão e de curiosidade. 


— Não esta dirigindo? — Perguntei, agora eu tinha ficado confusa. 


— Não — Ela falou mais alto agora rindo. 


— Então por que me mandou uma mensagem me oferecendo carona se esta sem carro? — Perguntei a encarando agora mais confusa do que nunca. 


— Se você aceitasse, eu iria em casa pegar o carro dos meus pais ou pegaria o carro de alguém emprestado — Ela deu de ombros e levou novamente o copo ate a boca bebendo mais um pouco do líquido. 


Fiz o mesmo que ela, levando o copo de bebida ate a boca e vendo a bebida queimar mais uma vez a minha garganta. Ficamos ali parada sem falar nada ate ela me puxar novamente ate a sala e me levar ate a pista de dança. Ela começou a dançar no ritmo da musica eletrônica que tocava, eu a acompanhei mexendo o meu corpo no mesmo ritmo. Era uma festa é estava na hora de me divertir um pouco, estava na hora de dançar e esquecer o mundo. 


Ficamos ali dançando durante uns 30 minutos. Dançávamos distraidamente rindo feito idiotas enquanto mexíamos no ritmo da musica. Alex tinha aparecido e se juntando a nós, mas tinha sumido 10 minutos depois, foi puxado por algum garoto que eu não fazia a minima ideia de quem era. Eu e Angel nos encontrávamos na cozinha enquanto ela preparava mais algumas bebidas para nos duas, eu estava no meu segundo copo enquanto Angel já estava no seu quinto. 


— Esse será seu ultimo copo — Falei enquanto pegava meu copo de sua mão — Não estou afim de carregar ninguém bêbedo pra casa — Completei a fazendo rir. 


— Não se preocupe Cherry, eu ainda estou bem — A mesma se mexeu se virando e me puxando novamente tentado me levar para algum lugar. 


Mas antes de irmos mais alem a mesma tropeçou nos próprios pés e quase foi ao chão, mas eu fui mais rápida a segurando antes que a mesma beijasse o chão. 


— Esta bem é? To vendo — Falei ironicamente enquanto a levava para o jardim dos fundos. 


Ao passar pela porta de vidro— aberta— a levei ate uma das cadeiras de sol que tinha ao lado da piscina e a ajudando a se sentar nela, assim que ela terminou de se sentar me sentei na mesma cadeira ao seu lado, a mesma se virou passando uma de suas pernas para o outro lado da cadeira ficando de frente pra mim. Ela se encostou no encosto da cadeira e ficamos assim, em silencio por um bom tempo. Angel abriu um sorriso travesso pra mim e levou o copo de bebida a boca. 


— Chega né Angel— Falei tentando pegar o copo de sua mão, mas a mesma esticou mais seus braços para o lado tirando seus copo de meu alcance.


— E só esse Cherry. Eu prometo — Seu sorriso travesso ainda estava em seus lábios e eu sabia que teria que ficar de olho nela, para que a mesma não bebesse mais. 


— Ok, mas só esse em— Apontei para o copo enquanto a olhava seria. 


— Tudo bem mãe — Ela falou enquanto levantava os braços pra cima como se tivesse se rendendo e começara a rir. 


Acabei a acompanhando, afinal a risada de Angel era tão contagiante. Ela apesar de usar roupas doidas e de ter cortado o seu cabelo em um corte bem arriscado, apensa de sua aparecia meia doida e duvidosa, ela era uma ótima pessoa! Mesmo com todo o seu mal humor e agressividade. Angelina era uma excelente garota. 


Quando paramos de rir o silencio volto a reinar novamente entre nos duas. Angel parecia olhar alguma coisa em sua frente — bem alem de mim— enquanto eu me virava para a frente levando o copo de minha bebida — intocada — a boca.


— Olha o idiota do Max Carter — Ela falou me fazendo a olhar e depois me virar para ver Max Carter conversando bem próximo a uma garota — Idiota! — Ela gritou me fazendo a olhar e ver ela virar o copo de bebida jogando o copo para longe de si — Sabe que eu ainda quero quebrar a cara dele por causa do que ele tentou fazer com você na ultima festa — E foi nesse momento que abaixei meu olhar, voltando a olhar o idiota loiro que ainda conversava com a pobre— idiota— garota. 


Sabia que Angel estava bem irritada e sabia que teria que tomar cuidado para que a mesma não fizesse besteira, mas eu também queria quebras a cara dele. Quem sabe se sem querer eu deixasse Angel fazer isso por mim, já que a mesma sabia lutar. Um sorriso maldoso se abriu em meus lábios e eu tive que me conter para não falar pra Angel ir lá acaba com aquele sorrisinho idiota.


— E a parte que mais me irrita nessa historia — Angel volto a falar me tirando dos meus pensamentos e me fazendo a olhar— E o fato de que eu não estava lá pra te ajuda. Irrita-me saber que você teve que ser salva pelo idiota do Simmons — Seu rosto estava vermelho e seus olhos semi serrados assim como o seus punhos e ali eu sabia que tinha que ficar bem atenta se não Angel — do jeito que estava. Leia-se bêbada— poderia acabar se machucando — Cara não acredito que tive que agradecer Simmons, por ter te salvado desse crápula. — Angel finalizou bem irritada. 


E Foi nesse momento que uma mega ideia veio a minha mente. Foi nesse exato momento que eu tive a grande ideia. 


Droga! Como não tinha pensando nisso antes ?


Capítulo 6


— Você é um gênio, Angel — Fui ate ela pegando seu rosto entre minhas mãos e lhe dando um selinho.


Afastei-me rapidamente sabendo que eu tinha acabado de fazer besteira. Vi o sorriso de Angel se abrir em seus lábios e um ódio cresceu dentro de mim. Cara eu me odiava.


— Desculpe Angel eu não queria fazer, foi apensas empolgação — Seu sorriso ainda estava lá inabalado como se eu não tivesse dito nada. Levantei-me fazendo a mesma me olhar curiosa — Eu já volto Angel — Falei quando começava a caminha rapidamente para casa.


Já dentro da casa comecei a andar em procura do meu demônio particular que parecia não estar em lugar algum. Olhei pela cozinha, mas ele não estava ali. Na sala tinha mais gente do que eu me lembrava e a musica alta acabava com os meus ouvidos, voltei a olhar para todos os lados , mas nada de Jensen por ali, caminhei mais um pouco saindo de dentro da casa e indo ate o jardim da frente que parecia ter mais gente do que da ultima vez. 


Deus da onde saiu tanta gente? A faculdade em peso estava ali? 


Voltei a minha atenção ao que me interessava nesse momento, achar Jensen Simmons. Demorei uns cinco minutos, mas por fim o achei encostado em um carro — que não era o seu — conversando com uma turma de meninos. Cheguei mais perto — perto o suficiente para que ele me visse — e funcionou assim que apareci em seu campo de visão o mesmo me olhou intrigado com um copo de alguma coisa — e eu esperava mortalmente que fosse de suco — na boca. Joguei a cabeça pro lado o chamando, vi que o mesmo saiu do meio da rodinha de amigos falando alguma coisa e vindo em minha direção. Comecei a andar sabendo que estava sendo seguido pelo idiota e fui andando para o jardim dos fundos por um caminho na lateral da casa. Parei antes de chegamos ao jardim dos fundos e longe o suficiente do jardim da frente. Fazendo assim ninguém nos ver ali. Vire-me vendo Simmons parado a poucos passos de distancia de mim, me olhando com uma de suas sobrancelhas erguidas, ele abriu a boca fazendo menção de que iria falar algo mais o impedi, chegando perto dele e colocando meus dedos em seus lábios.


— Cala boca e me escuta — Falei em um tom normal, para que ele me ouvisse e mais ninguém — Tive uma ideia para uma desculpa ótima — Falei e pude ver um sorriso se abrir em seus lábios em baixo de meus dedos, tirei meus dedos rapidamente e continuei — Só me responde uma coisa— Comecei fazendo-o desmanchar um pouco seu sorriso e me olhar um pouco mais serio — Você ficou com alguém depois do dia que me salvo do Max? Na festa da Liz? — Perguntei esperando mortalmente que a resposta fosse não.


— Não — Ele falou no mesmo tom que eu e eu abri um sorriso extremamente feliz e animado. 


— Então escuta. A historia e o seguinte — Comecei fazendo ele chegar mais perto pra me ouvir melhor — Vamos falar que tudo começou naquele dia que me levou pra casa depois de me salvar do Max — Comecei animadamente, claramente feliz por esse tormento de pensar em uma historia ter acabado — Vamos falar que quando você me deixou em casa, rolou um clima ou sei lá e nos acabamos nos beijando — Eu falei e uma careta se formou em seu rosto me fazendo rir— É eu sei, nojento mas tudo bem — Ele riu me fazendo acompanhá-lo. 

— E como explica quase nos matarmos depois daquele dia? — Ele perguntou curioso me fazendo para pra pensar e então eu sorri. 


Era ótimo agora parecia que as idéias fluíam facilmente. 


— Podemos falar que como não queríamos que ninguém soubesse de nos dois, nos começamos a fingir nossas brigas para que ninguém desconfiasse de nada — Falei recebendo um grande sorriso dele.


Em um ato rápido e que eu não esperava Simmons colocou uma de suas mãos em meu rosto e a outra em minha cintura me puxando para mais perto dele e me dando um selinho, quando nossos lábios se largaram nos dois começamos a rir ainda muito próximo um do outro. Era ate engraçado tal reação, afinal eu mesmo já a tinha praticado hoje. 


— Só falta saber quando vamos falar para as pessoas — Falei ainda com minhas mãos em seus ombros enquanto ele mantinha a suas ainda em minha cintura. 


— Acho que já fomos descobertos — Ele falou apontando a cabeça me fazendo me virar rapidamente assustada para ver quem acabara de nos descobrir.


Desesperei-me ao ver Angelina nos olhar com os olhos arregalados. Soltei-me dos braços de Simmons rapidamente, mas quando me virei para falar algo vi Angel se virar e sair correndo.


Mas que droga! 


Respirei fundo enquanto saia correndo atrás de uma das minhas melhores amigas, que nesse momento deveria estar me odiando. Ao sair da pequena passagem lateral olhando assustada para o jardim a procura de Angelina que pelo que eu tinha visto me parecia bem magoada. Quando não a vi pelo jardim me desesperei, entrei pela casa a procura da louca da Angel. Do jeito que ela era, ela poderia cometer qualquer tipo de loucura. Entrei pela porta de vidro olhando a cozinha a minha frente cheia de gente. Era um péssimo momento para chegar mais pessoas. Olhei para todos os rostos daquele lugar mais nem um era o da minha Angel. Passei pelo mini corredor para a sala e novamente vasculhei o local com os olhos e mais uma vez não a vi e mesmo que ela estivesse ali seria impossível a ver no meio de tantas pessoas, comecei a andar no meio das pessoas tentando passar para a porta talvez ela estivesse no jardim. Depois de passar pela porta a procura da loira que estava me deixando extremamente preocupada não a vi mais uma vez, mas dessas vez Alex apareceu na minha frente um pouco mais alegre do que nunca. 


— Cherry — Ela falou fazendo um pouco do seu hálito entrar pela minha narina. E que cheiro de álcool. 


— Agora não Alex — Falei enquanto continuava a procurar a outra loira. 


— O que foi Cherry? Você parece preocupada — Ela falou ficando ereta. 


Ela poderia esta um pouco bêbada mais parecia que seus sentidos ainda estavam muito bem. 


— A Angelina sumiu Alex, e ela esta bem bêbada e bem irritada. Estou com medo que tenha acontecido alguma coisa com ela — Falei agora olhando pela primeira vez para a minha melhor amiga. 


— E por que ela esta irritada? — Perguntou Alex com uma de suas sobrancelhas erguidas e eu a fuzilei irritada. 


Aquilo era hora pra fica fazendo pergunta? 


— Será que da pra deixar a sua curiosidade de lado e me ajudar a procurar a Angelina? — Perguntei claramente irritada o que fez a Alex arregalar os olhos e eu me senti culpada assim que vi sua expressão — Desculpe A. E que eu estou preocupada com a doida da Angel — Falei sorrindo amavelmente pra mesma que me olhava. 


— Eu sei Cherry, não se preocupe. Vamos achá-la — Alex sorriu e me puxou para dentro da casa.


Voltamos a olhar em todos os lugares da sala que conseguíamos ver. Foi quase impossível passar pelas pessoas que se mexia freneticamente ao som da musica. A cada minuto que se passava eu ficava cada vez mais desesperada. Fui ate a escada subindo alguns degraus para poder ver a sala de cima e infelizmente constatei que Angelina não estava ali, desci de novo as escadas com um pouco de dificuldade devido a alguns casal que se pegavam freneticamente por ali. Já estava desesperada e super preocupada quando vi Simmons andar em minha direção com Angelina em seus braços, corri ate ele vendo que ela estava desacordada. 


— O que aconteceu? — Gritei para que o mesmo me ouvisse.


—A encontrei desacordada no banheiro — Ele falou enquanto voltava a andar me fazendo o seguir. 


Passei a sua frente vendo que ele não iria conseguir passagem com Angelina no braço, comecei a abrir caminho entre as pessoas para que ele passasse com ela. Ouvi alguns sons de protestos de pessoas que foram empurradas — sem querer— e eu sempre gritava um desculpa, que eu sabia que eles já não poderiam mais ouvir. Quando chegamos à porta da casa passei correndo pelo jardim sendo acompanhando por Simmons, pude ver que todos ali paravam para nos olhar e eu estava pouco me fodendo para aquele bando de pessoas significantes. Simmons me gritou me jogando a chave do seu carro e me mostrando aonde ele estava, corri ate ele abrindo a porta de trás e entrando, vendo logo em seguida Simmons colocar a Angel junto comigo no banco de trás. E foi nesse momento que eu vi a roupa de Simmons coberta de sangue. Meu desespero aumento mais ainda quando eu olhei para o pulsos de Angelina que continha duas marcas retas em cada um, por onde estava saindo o sangue. Quando voltei à realidade Simmons já estava dentro do carro dirigindo para algum lugar que eu não fazia ideia de onde era. Segurei os pulsos de Angelina tentando conter o sangue. 


— Pra onde esta indo? — Minha pergunta saiu um pouco baixa e meio engasgada por causa do nó em minha garganta.


— Estou indo para o hospital Cherry, ela precisa ser atendida — Simmons falou apressadamente enquanto virava uma rua que eu conhecida bem. Estávamos perto da minha casa. 


— Nos leva pra minha casa Jensen — Eu falei rapidamente.


— Não Cherry. Ela precisa de cuidados — Jensen falou me olhando pelo retrovisor. 


— Nos leva pra mim casa Simmons. Eu sei o que eu faço com ela — Falei gritando quando o via novamente me olhar pelo retrovisor. Ele parecia decidi se me atendia ou se iria ate o hospital. Vi que a entrada pra minha rua estava próxima então me desesperei — Me leva pra casa agora Jensen— Gritei o assustando e como se ele entendesse o meu pânico, virou rapidamente a curva nos fazendo entra na minha rua. 


Assim que estaciono em frente da minha casa. Ele apenas saiu do carro sem dizer nada, abriu a porta de trás pegando Angelina em seu colo. Sai do carro as pressa enquanto corria ate aporta de casa para abri-la. Quando consegui abri, dei passagem para que Simmons entrasse com ela. Fechei a porta atrás de mim e passei na frente de Simmons subindo as escadas correndo o vendo vim atrás de mim, cheguei ao enorme corredor e corri ate a porta do meu quarto a abrindo e vendo Simmons passar com a Angel em seus braços e logo em seguida a colocando gentilmente em minha cama. O mesmo se virou pra me olhar e eu continuava ali parada ainda encostada na porta. Eu não acredito que estava passando por aquilo de novo. Vi Simmons se aproximar de mim e eu abaixei a cabeça para não ter que olhar para o seus olhos. 


— Eu posso ficar se você quiser— Ele falou calmamente enquanto pegava o meu queixo com uma de suas mãos. 


— Não Jensen, pode ir, eu me viro daqui — Falei calmamente ainda desviando meus olhos do seus.


Eu tinha medo que ele visse o quanto aquela cena toda me provocava dor, tinha medo que ele visse toda essa dor em mim e tentasse mais uma vez ser gentil e legal. Talvez dessa vez eu não aguentasse e acabasse desabando ali na frente dele


— Obrigada por tudo Jensen — Sorri enquanto olhava rapidamente para os seu rosto e desviava para olhar para Angel deitada em minha cama ainda desacordada.


— Se precisar de mim e só me liga — Ele falou fazendo-me olhar pra ele e o ver abri um meio sorriso que me fez fazer o mesmo. Balancei a cabeça positivamente mostrando que tinha entendo. Fiz menção em sair do quarto para levá-lo ate a porta, mas ele colocou a mão no meu ombro me fazendo ficar onde estava — Fica aqui com ela, eu sei o caminho — Ele se virou saindo enquanto seguia o corredor e desaparecia ao descer as escadas. 


Entrei em meu quarto e fechei a porta respirando fundo e seguindo para onde Angel estava deitada. Comecei a tirar a sua roupa, ela precisava de um banho! Suas roupas assim como as minhas estavam toda suja de sangue. Tive um pouco de dificuldade afinal a mesma não queria me ajudar, a carreguei ate o banheiro. E como ela era pesada! Quem imaginara que essa magricela pesasse tanto. Entrei no banheiro ainda a carregando e a coloquei sentada no chão do Box, coloquei o chuveiro no gelado e liguei o mesmo fazendo a água cair em sua cabeça. Ela acordo bem assustada e começou a se debater o que fez eu ter que a segurando firme para que a mesma não saísse de baixo da água. 


Depois de um tempo ela parou de se debater e tomou banho sozinha. Deixei ela lá e segui para o quarto tirando o lençol de cama que tinha algumas manchas de sangue. O tirei rapidamente o jogando para longe de mim, peguei um que estava dentro do meu closet e o coloquei na cama, joguei os dois travesseiros e minha coberta sobre a mesma, me virei para ir ao banheiro e vi Angel parada encostada na beirada da porta me olhando. Ela não disse nada apenas ficou ali me encarando.


Respirei fundo quando a vir caminhar ate mim, mas a mesma parou no pé da cama e se sentou no finalzinho do colchão, fui ate o banheiro e peguei uma maletinha de primeiros socorros que tinha dentro da pia do banheiro, voltei para o quarto e pude ver que Angel ainda me encarava. Sentei-me ao seu lado e abri a maletinha ainda bem concentrada no que estava fazendo. Eu não queria pensar, não queria ter que pensar naquela noite infernal, não queria voltar a ver a imagem dos pulsos de minha amiga ensanguentados novamente. 


Eu não queria! Aquilo seria de mais pra mim. Peguei um pouco de algodão dentro da caixa e antes que minhas mãos voltasse a pegar mais alguma coisa ali dentro, Angel segurou minha mão me fazendo a olhar.


— Cherry — Ela começou, mas desviei meus olhos do seus, eu não queria aquilo, não agora — Ei olhe pra mim — Ela levantou o meu rosto e me fez olha-la — Eu sinto muito, sinto muito por te fazer passar por isso mais uma vez— Ela falou calmamente parecendo realmente arrependida e nesse momento tive que respirar fundo para não deixar as lagrimas correrem — Ei vem cá — Ela me puxou para o seu abraço e eu não aguentei. 


Chorei em seus braços igual a tempos eu não chorava. Droga por que essas coisas tinha que acontecer comigo? Por que eu tinha que passar por isso de novo? Não bastara as varias vezes que tinha visto minha mãe em uma situação dessas? 


Angel me apertou mais em seu abraço enquanto eu começava a chorar mais. Mas que merda era eu que deveria a estar consolando, era eu quem deveria estar alisando sua cabeça enquanto a via chorar, era eu que deveria estar em seu lugar e não visse e versa, por que justo agora eu resolvera ser fraca? Droga Cherry engula o maldito choro e pare de fazer a situação de Angel piorar. Ela deveria esta se sentindo péssima com isso, e deveria mesmo, era vergonhoso o que ela acabara de fazer. Era terrível, tentar se matar ou ficar se mutilando era algo que eu particularmente detestava que fizessem, tudo o que eles diziam era sempre que ninguém entendiam a sua dor, que esse era um jeito de aliviar sua dor, que a morte era a melhor saída, mas eles só pensavam em sua maldita dor. Mas e a dor que esse atos faziam com as pessoas que os amava? Droga eu odiava tudo isso. 


Fiquei mais o menos uns 10 minutos naquilo ate que por fim depois de brigar muito comigo mesma eu parei de chorar, me afastei do peito de Angel e a via abri um sorriso angelical pra mim. 


— Preciso cuidar disso ai — Falei pegando novamente o algodão mais uma vez ela segurou a minha mão. 


Droga Angel eu não estava mais afim de chorar. 


— Tudo bem Cherry eu cuido disso, por que não vai tomar um banho — Ela falou sorridente me fazendo abri um meio sorriso forçado para a mesma — Você esta péssima sua maquiagem esta escorrendo pelo seu rosto — Ela riu me fazendo sorrir.


Levantei-me da cama pegando o meu roupão e seguindo para o banheiro. Não olhei para trás pra ver se Angelina estava me olhando, entrei no banheiro e fechei a porta atrás de mim, pendurei o meu roupão e comecei a tirar aquela roupa toda melada de sangue, a joguei em um canto qualquer do banheiro e segui para dentro do Box. Mudei a temperatura do chuveiro e o liguei entrando em baixo do mesmo e deixando que a água relaxasse todos os músculos do meu corpo. 


Não contive as lagrimas que voltaram a rolar pelo meu rosto acompanhada pela água do chuveiro. Lembranças de uma época que eu não gostava de recordar pareciam querer invadir a minha mente, uma dor que eu conhecia muito bem e que sabia muito bem a sua imensidão dominava cada parte do meu ser. Encostei as costas na parede e escorreguei por ela, ainda sentindo as lagrimas caírem, abaixei minha cabeça e abracei meus joelhos esperando mortalmente que aquela dor toda fosse embora tão rápido quando ela tinha chegado. 


Demorei uns 5 minutos para me recompor e voltar a tomar o meu banho normalmente. Após sair de baixo do chuveiro me enrolei no meu roupão e sai do Box seguindo para a pia e pegando alguns produtos que estavam ali, peguei um pouco de algodão que tinha dentro de um potinho e o molhei com o removedor de maquiagem que tinha, comecei a passar pelo meu rosto tirando todo o excesso da maquiagem. Após termina joguei um pouco de água gelada no rosto o que fez todo o meu corpo se arrepiar, escovei os dentes e depois de termina tudo que tinha pra fazer no banheiro sai do mesmo. 


Angel se encontrava sentada em minha cama enquanto passava os canais da televisão — agora ligada— sem realmente ver nada. A ignorei e segui para o meu closet pegando uma calcinha e um pijama bem confortável de seda que eu adorava. Voltei ao banheiro e me troquei, colocando todas as peças de roupa que eu tinha pegado. Deixei meu roupão pendurado no banheiro e voltei ao quarto apagando a luz do banheiro deixando o quarto mais escuro, o mesmo estava sendo iluminado apenas pela TV que ainda continuava ligada. Antes de subir em cima da cama olhei para o relógio do lado da cama e nele marcava exatamente 3:25, respirei fundo e sentei-me na cama. Angel me olhou rapidamente e volto seu olhos para a TV, o silencio entre nos permaneceu por um longo tempo, ate que vi um aparelho em cima da minha penteadeira vibra — O celular de Angel.


A mesma o ignoro. Pelo jeito ela não queria falar com quem quer que fosse que a estivesse ligando. No mesmo momento em que vi seu celular me lembrei do meu, olhei para todo o quarto atrás do meu bebê, mas ele não estava ali. Droga eu tinha esquecido o celular no carro do Simmons. Tinha esquecido logo agora?!Alex com certeza me ligaria amanha de manha e se eu não a atendesse ela ficaria louca.


Droga a Alex! 


Pulei da cama indo em direção ao celular de Angel. Eu sabia que a mesma agora me olhava assustada, mas quem ligava? Eu seria uma mulher morta se não avisasse a Alex que eu estava com Angelina e que ela estava bem. No celular de Angel tinha 59 ligações perdidas, algumas deveria ser minhas e o resto eu apostava que era da Alex. Peguei o celular da mesma em minhas mãos e comecei a escrever uma mensagem para tranquilizar Alex.


Para: Mimadinha amada 

“ Ei Alex, é a Cherry, não se preocupe Angelina esta bem, eu estou com ela. Desculpe por ter ido embora e não ter dado noticias é que tudo aconteceu muito rápido. Te explico depois beijos durma bem! Te amo Cherry” 


Enviei a mensagem e depois sorri ao reler como o numero de Alex estava gravado, Mimadinha amada , era bem a cara de Angel ter colocado isso. Fiquei curiosa para saber como estava gravado o meu, mas achei melhor não, afinal eu poderia não gosta do que estava escrito lá. Continuei com o celular em minha mão enquanto começava a digitar outra mensagem. 


“ Meu celular ficou com você. Pode me trazer ele mais tarde? 

By: Cherry” 


Mandei a mensagem para o Jensen. Agradecia mentalmente por ter decorado seu numero por causa das diversas vezes que tinha passado trote pra ele. Finalmente aquele numero inútil em minha mente tinha funcionado para alguma coisa. Coloquei o celular de volta no lugar e voltei apara cama agora percebendo que Angel ainda me encarava. 


— Fui deixar uma mensagem para a Alex falando que você estava bem e que eu estava com você — Falei enquanto me sentava na cama — Ela estava me ajudando a te procurar — Falei vendo Angel abaixar o olhar e depois voltar a me olhar. 


— Só mandou uma mensagem pra ela? — Ela perguntou enquanto uma de suas sobrancelhas se erguia.


— Não — respondi lentamente — Mandei uma para o Jensen, pedindo que ele me trouxesse o meu celular que deixei no carro dele — Nesse momento ela desligou a televisão e se deitou. Eu sabia que fora toda aquela cena com o Jensen que tinha nos levado a toda essa confusão — Angel — A chamei calmamente enquanto permanecia sentando no escuro. 


— Hoje não Cherry, estou cansada — Ela falou parecendo indiferente e eu não a questionei. 


Talvez realmente fosse bom deixar aquele assunto para amanha, já foram muitas emoções por uma noite só. Deitei-me na cama ao seu lado e me virei ficando de costas pra ela, puxei a coberta pra cobri meu corpo e fechei os olhos esperando que o sono viesse de presa. Estava de olhos fechados quando vi o celular de Angel tocar lhe avisando que tinha chegado uma mensagem, ela bufou irritada e eu abri meu olhos me sentando na cama e me levantando logo em seguida. Peguei o celular em minhas mãos, deveria ser Alex que me respondera, mas não tinha sido ela. 


“ Tudo bem te levo mais tarde. Como ela esta?” 


Respirei fundo escrevendo a mensagem o mais breve possível, sabia que ele realmente estava preocupado afinal tinha visto o seu estado deplorável e tinha visto o tanto de sangue que saiu de seu pulsos. 


“ Ela esta bem agora. Estamos indo dormir, então boa noite” 


Enviei a mensagem e depois apaguei as mensagens que tinha enviado a ele assim como a mensagem que ele tinha me enviado. Depositei seu celular de novo na penteadeira e voltei para a cama deitando-me novamente. 


— Não era a Alex, era? — Ela perguntou baixo, mais alto o suficiente para que eu a ouvisse. 


Não respondi e ela entendeu aquilo como um sim pois bufou de raiva novamente e socou o travesseiro. Ignorei tais atos e fechei meus olhos novamente para tentar dormir. Tenho que falar que o sono demorou mais do que eu esperava pra chegar.


Fechei a porta e me virei vendo Angelina parada no alto da escada ainda encarando a porta que agora estava fechada. Caminhei ate a ponta da escada fazendo a mesma me olhar.


— Desce Angel, vem me ajudar à procura alguma coisa pra comer— Falei sorridente enquanto me virava para a porta da sala. 


— Acho que já esta na hora de eu ir embora — Angelina falou ainda parada no alto da escada. Ao ouvir tais palavras parei aonde estava me virando para olhá-la. 


— Vem Angel, vamos tomar café — Falei novamente, mas meu sorriso não era tão simpático quanto antes. 


Ela viu minha expressão e notara a diferença. Angelina sabia que eu não a deixaria ir embora. Não ate conversávamos. 


Angel começou a descer as escadas e eu continuei parada vendo o que ela iria fazer, se ela ameaçasse sair daquela casa sem antes conversávamos, ela com certeza arrumaria uma briga feia comigo. Mas ela não foi ate a porta da rua, ela veio ate mim e passou por mim indo em direção a cozinha, fiquei alguns segundos vendo a mesma se afasta e por fim voltei a andar agora a seguindo, eu ainda estava atenta a qualquer movimento que denunciasse que ela pretendia sair dali correndo. 


Quando chegamos à cozinha encontramos a mesa do café já posta, isso indicara que meu pai já tinha acordado e já não se encontra mais em casa. Aproveitamos que já estava tudo ali e atacamos. Eu estava com tanta fome que eu comi uns dois pãozinhos Frances e algumas torradas, isso tudo me renderia boas horas de corridas, mas hoje eu não estava nem ai pra isso, na verdade eu nunca estava nem ai pra isso quando se tratava de comida, sempre me arrependia depois de ter comido, mas sempre que iria fazer um pedido sempre fazia pensando no que estava afim de comer, mesmo que aquilo me engordasse só por pensar em tal coisa. Minha alimentação era sagrada não abriria mão das minhas guloseimas por nada nesse mundo. 


Depois que terminamos o café fomos para a sala e nos sentamos no sofá. O silencio que se estalou entre nos era extremamente tenso e irritante, eu queria que ela falasse, queria que ela começasse a falar, mas a mesma parecia não estar nem ai para isso, parecia não estar nem ai para nada que aconteceu na noite passada. Poderia ate parecer que nada tinha acontecido pra ela se a mesma ainda não estivesse em absoluto silencio ao meu lado. Angelina trocava de canal a cada maldito minuto o que estava me deixando cada vez mais irritada. Droga por que ela não falava nada ? Já irritada com a troca troca de canal e com o silencio de Angelina eu comecei:


 — Não vai falar nada? — Perguntei tentando ainda me manter calma e tentando manter a minha voz o mais suavemente possível. Por mais que pro dentro eu tivesse uma pilha de nervos. 


— Falar o que? — Ela perguntou cinicamente enquanto mantinha os olhos na televisão ainda trocando de canais. 


Tomei o controle de sua mão desligando a TV, a mesma bufou e se virou pra me olhar com a maior cara de sonsa que eu já vira ela fazer. Quem era aquela? E o que ela tinha feito com a minha melhor amiga? Sua cara de tédio só me deixara mais irritada me fazendo explodir. 


— Falar o que? — Repeti suas palavras, irritada enquanto gritava com a mesma — Falar o que? Que tal me falar por que você cortou os pulsos no banheiro da Rebeca? — Perguntei vendo que a qualquer momento eu poderia voar em seu pescoço. 


— Como se você já não soubesse a resposta — Ela falou enquanto abria um sorriso sínico em seu rosto — Por que não pulamos essa parte e não fingimos que isso nunca aconteceu — Ela sorriu e eu me segurei para não matá-la .


Ela queria morrer não queria? Então eu mesma poderia fazer isso. 


— Tentou se matar por causa de uma paixonite — Minhas palavras saíram mais ríspida do que nunca e parecia que aquilo tinha a atingido pois ela desmanchou seu sorriso e me olhou incrédula. 


— Uma paixonite? — Ela repetiu as palavras ditas por mim em um tom mais alto do que o meu. Parecia que alguém não conseguira segurar a sua raiva. Isso era ótimo e não eu não estou sendo sarcástica. — Fiz isso por você — Ela falou a ultima palavra entre os dentes como se jogasse aquilo na minha cara. 


E sim aquilo tinha me atingido com toda a força, mas continuei com a mesma cara irritada de antes como se suas palavras não tivessem me atingido.


— Fez por mim? Vai me dizer que estava pensando em mim quando começou a se cortar? Estava mesmo pensando em mim quando tentou se matar igual a minha mãe? Era realmente em mim que você estava pensando Angelina? — Eu a perguntei enquanto gritava.


Eu não conseguira controlar minha raiva e minha voz naquele momento. Aquelas perguntas a tinha atingido, mas com a mesma rapidez que sua feição mudou a mesma volto a ficar rígida e fria novamente, adquirindo a sua mascara de quem não se importava. 


— Sabe o que passou na minha cabeça quando eu fiz aquilo? — Ela perguntou abrindo um sorriso sarcástico nos lábios — Eu estava pensando em você e no Simmons . Juntos — Ela gritara a ultima palavra me fazendo estremecer. 


— Por que Angelina? — Perguntei agora no meu tom normal. 


— Por que? Por que? — Ela gritara a pergunta enquanto se levantava do sofá pra me olhar incrédula — Por que eu peguei a garota que eu amava nos braços da pessoa que eu achei que ela odiasse — Ela falou agora deixando que lagrimas saíssem de seus olhos e eu vi meus olhos lagrimejarem , mas respirei fundo me concentrando pra não chorar. 


— Então você ia se matar por causa que você se apaixonou por mim e eu não te correspondi e isso? — Eu perguntei aumentando o tom um pouco fazendo a mesma me olhar, mas ela não respondeu e eu continuei — Você gostaria que eu tivesse tentando me matar quando o Nate, minha paixãozinha de escola me rejeito? Você gostaria Angelina?— Levante-me ficando de frente pra ela e fazendo a mesma me olhar. Vi uma lagrima descer pelo meu rosto mais eu logo a limpei. Angel ainda me encarava e a única coisa que ela fez foi negar com a cabeça — O que foi que você me disse naquele maldito dia Angelina? Me diz o que foi que você me disse? — Perguntei agora voltando a gritar. Angel permaneceu quieta — Me fala Angelina o que você me disse? — Perguntei mais uma vez alterando o meu tom de voz, enquanto o meu rosto era tomado pelas lagrimas. 


— Falei que não valeria a pena tira a sua vida por causa de uma paixonite. Falei que ele não seria a ultima pessoa que mexeria com o seu coração. — Ela falou com a voz baixa — Falei que você ainda se apaixonaria e se decepcionaria muito ate encontra a pessoa certa — Ela falou a ultima frase se deixando cair sentada no sofá e com o rosto ensopado pelas lagrimas. 


— Então por que você tentou se matar por causa de uma paixonite Angel — Perguntei com o resto de cama que me sobrava me sentando em sua frente. 


— Por que você não e uma paixonite qualquer Cherry. Eu amo você — Ela gritou a ultima parte e chegou mais perto de mim segurando o meu rosto entre suas mãos me fazendo olhar para os seus olhos.



— Eu também amo você Angel — Eu falei a fazendo sorrir — Mas não do jeito que você quer— Suas mãos caíram do meu rosto e seu sorriso se desmanchou— Sabe que eu não consigo, sabe que eu não posso. Não é uma coisa que eu possa escolher, não e escolha — Eu falei quando a via abaixar a cabeça — Me disse uma vez que isso não era uma coisa que você tinha escolhido, me disse que era uma coisa que você simplesmente sentia, me disse que simplesmente as meninas te atraiam mais do que os meninos, na verdade os meninos nunca te atraíram. Você me disse tudo isso. E eu simplesmente não sinto essa atração por mulheres, eu não sinto nada disso — Peguei em seu queixo e o levantei — Eu te amo sim — Eu falei enquanto abria um sorriso em meio as lagrimas — Mas como a minha melhor amiga, como a minha irmã, como a pessoa que eu sempre protegeria, como a pessoa que eu fizera a promessa de arrebentar a cara de quem fosse o culpado pela suas lagrimas — Ela abriu um meio sorriso — Não vou poder me bater afinal isso seria um pouco estranho — Ela riu e eu sorri vendo que minha brincadeira tinha funcionado — Mas eu quero que você entenda uma coisa. Quero que entenda que por mais que você me ame e eu sei que você me ame. Ninguém, esta ouvindo? Ninguém. Nem eu e nem nenhuma outra garota vale tanto a ponta que você acabe com a sua própria vida — As lagrimas saíram com mais violência depois de tais palavras— E como você me disse um dia eu tenho certeza que você vai encontra aquela que um dia vai te fazer a pessoa mais feliz do mundo — Eu falei pegando em seu rosto.



E foi nesse instante que ela se jogou em meus braços e me abraçou. Eu a apertei contra o meu peito a mantendo ali enquanto nos duas chorávamos na minha sala. Eu esperava que meu pai não aparecesse ali e nos pegasse naquela cena. Seria constrangedor demais! Angelina ainda soluçava em meus braços e eu deixava minhas lagrimas rolarem pelo meu rosto livremente. 


Eu era a grande culpa por toda aquela bagunça, querendo ou não tudo aquilo era culpa minha,eu simplesmente briguei com ela por causa de suas atitudes, mas no final das contas eu era a verdadeira causadora de tudo. Sabia que esse dia ia chegar mais cedo ou mais tarde, mas mesmo assim eu não fiz nada para evitar o sofrimento de minha melhor amiga, não fiz nada achando que antes que eu pudesse encontra alguém ela já estaria feliz ao lado de alguém. E talvez isso tivesse dado certo se essa proposta do Simmons não tivesse aparecido na minha vida, talvez teria dado certo se eu não entrasse na maior encrenca do mundo. Eu sabia que Simmons mesmo me fazendo tal proposta não tinha culpa nem uma nessa historia, eu tinha aceitado, ele não tinha me forçado apenas tinha me oferecido algo que eu precisava muito em troca, apesar de querer muito o culpar por tudo isso — como sempre fazia— eu não podia, não dessa vez. Porem por outro lado essa proposta tinha sido boa, finalmente tinha mostrado a Angelina que não poderíamos ficar juntas. Tinha mostrado do pior jeito que se existia mais a tinha mostrado, tinha mostrado a ela que se não fosse Simmons seria qualquer outra pessoa, seria qualquer outro garoto, cedo ou tarde teria alguém em minha vida e talvez se isso não tivesse acontecido, talvez sua reação em vez de ser melhor poderia ser pior. E eu nunca saberia se teria sido pior esperar. Mas como em toda historia essa tivera seu lado bom e ruim, mas no final das contas estava claramente feliz por ter ficado tudo bem ou melhor dizendo tudo começara a entra em seus devidos eixos. 


— Ser consolada por quem causa a sua dor e uma merda — Angelina falou baixo. Ela já tinha parado de chorar. 


— Tudo bem se não me quiser aqui eu posso ir embora — Falei enquanto ameaçava me levantar— Ei espera ai, eu estou na minha casa — Falei teatralmente me fazendo de ofendida e a fazendo rir.


— Esta me mandando ir embora Cherry? — Ela perguntou fingindo estar magoada. 


— Você que falou que ser consolada por mim era uma merda — Eu falei fazendo bico e cruzando os braços a fazendo rir mais ainda. 


— Não disse que ser consolada por você e uma merda — Ela falou sorrindo me fazendo sorri — Mas que ser consolada por alguém que te causou a dor e um tanto quando irônico — Ela falou fazendo seu sorriso aumentar. E eu concordava com ela, aquilo realmente era bem irônico. 


— Pois é , mas como você e uma pessoa bem chatinha e irritante, não tem muitas pessoas que possam te consolar alem de mim e da Alex — Eu falei a puxando novamente para perto de mim. A mesma colocou sua cabeça em minhas pernas e colocou suas pernas no sofá agora se deitou 


 Eu tinha acordada com uma bela dor de cabeça. Virei-me de lado vendo que Angel ainda se encontrava deita ao meu lado dormindo, me virei novamente para o outro lado e olhei o relógio ao lado da cama, nele marcava exatamente 11hrs e 50 minutos. Nossa ate que eu tinha dormindo bem. Queria continuar deitada e voltar a dormir, meu corpo inteiro pedia por isso, mas como uma menina que era acostumada acorda cedo todos os dias da semana eu não conseguia mais dormir ate tarde no final de semana. Sentei-me na cama, jogando minhas pernas pra fora da mesma e me levantei indo ate o banheiro. Eu não sabia ao certo que horas exatamente eu tinha pegado no sono, mas sabia que tinha demorado mais do que o previsto. Durante o meio tempo que tentara pegar no sono, presencie Angel impaciente em cima da cama enquanto se virava de um lado para o outro, tinha também presencie a guerra dela com o travesseiro e como eu queria ter me virado e a feito para, mas não o fiz, apenas fiquei no meu canto a vendo descarregar a sua raiva. Eu também não sabia o certo que horas ela tinha conseguido dormir, mas ficara feliz por em algum momento ela ter conseguido.


Entrei no banheiro fechando a porta atrás de mim, vi o meu reflexo no espelho e cara eu estava horrível! Ignorei a imagem. Tirei a minha roupa indo para dentro do Box ligando o chuveiro. Deixando que a água quente escorresse por todo o meu corpo nu. Tomei um banho demorado, lavei o cabelo e ate fiquei parada uns 5 minutos em baixo do chuveiro de olhos fechados apenas sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo.


Sai do banheiro com o meu roupão cobrindo o meu corpo e uma toalha enrolada no cabelo, retirei a toalha do cabelo, passando-a freneticamente por toda a extensão do mesmo tentando seca-lo o máximo possível e assim que vi que ele já estava seco — na medida do possível é claro — joguei a toalha molhada em cima da cadeira da penteadeira e abri a porta do meu closet a procura de uma roupa confortável para vesti. Peguei primeiro um conjunto de pesas intimas os vestindo rapidamente, logo em seguida peguei um short curto e desfiadinho e uma regata branca, coloquei a regata em cima da cadeira — ao meu lado— enquanto vestia o short, quando iria pegar a regata para a vesti um barulho invadiu o quarto me fazendo dar um pulo pra trás assustada, vi o celular de Angelina tocar em cima da minha penteadeira e sem pensar duas vezes o peguei em minhas mãos atendo quem quer que fosse. Estava preocupada de mais em não acorda Angel. 


— Alo — Falei um pouco baixo para não acorda a dorminhoca que ainda estava deitada em minha cama. 


— Cherry — Uma voz masculina que eu conhecia muito bem falou do outro lado da linha.



— Fala — Minha voz ainda era baixa mais meu tom mudara repentinamente de preocupada para indiferente o que com certeza fez Simmons rir do outro lado da linha. 


— Você pode vir abrir a porta ou prefere que eu aperte a campainha e acorde todo mundo? — Ele perguntou parecendo se divertir. 


— Espere só eu termina de me trocar que eu já desço — Informei e desligando o celular na cara dele. 


Coloquei a regata branca que estava separada, peguei a minha escova de cabelo que estava em cima da penteadeira e comecei a pentear o meu cabelo rapidamente. Admito que aquilo tinha me feito perder uma boa quantidade de fios, mas eu não estava preocupada com isso. Sai do quarto correndo rezando para que Simmons não perde-se a paciência e apertasse o maldito botão da campainha. Com toda certeza se ele viesse isso seria um cara morto. Depois de descer o ultimo degrau da escada correndo, tropecei em alguma coisa — ou talvez não tivesse coisa nem uma e eu tivesse apenas sido idiota o suficiente e tropeçado nos meus próprios pés — no chão, o que me fez cair com tudo. Mas que ótimo era tudo que eu queria dar um beijinho de bom dia no chão enquanto sabia que Simmons ainda me esperava na porta. Levantei-me apressadamente, a ideia de que Simmons a qualquer minuto pudesse aperta a campainha— só por implicância — acordando Angelina me apavorava. Ela precisara descansar. Levei minha mão ate a testa quando voltava à caminha em direção a porta a abrindo assim que cheguei ate ela. Assim que abri a porta o suficiente vi a imagem de Simmons parado sorridente. Mas por que diabos aquele menino estava sorrindo? Estava de bom humor é ? 


— O que você quer? — Perguntei irritada enquanto passava a mão pela minha cabeça agora mais dolorida ainda por causa do encontro desastroso com o chão. 


Definitivamente cabeça, você deveria se manter afastada de qualquer objeto solido. Seus encontros com esses objetos nunca eram bons. 


— Você esta bem? — Ele perguntou desmanchando seu sorriso e aparentemente preocupado enquanto ignorava a minha pergunta. 


— Estou com um pouco de dor de cabeça, nada que um remédio não resolva — Um remédio e uma bolsa de gelo, por que aquele encontro com certeza me fazia ganha um galo. — Mas o que faz aqui? — Perguntei por fim tirando a mãos da cabeça o olhando.



— Estava indo para o escritório e resolvi passar aqui pra te entregar o seu celular— Ele me entregou o aparelho e eu o peguei, mas meus olhos não estavam no aparelho e sim em seu copo mais especificamente em suas roupas. 


Simmons trajava uma calça preta social e um sapato social marrom— quase preto— sua blusa também era social mais em um tom azul que combinava perfeitamente com seus olhos, a blusa tinha as mangas dobradas ate o cotovelo, alem das mangas dobras a blusa do mesmo tinha alguns botões abertos mostrando o começo do seu peito. 


— Esta indo trabalhar? — Perguntei e ele apensa assentiu positivamente em resposta — Então cadê a gravata e o palito? — Perguntei olhando para o mesmo com uma das sobrancelhas erguidas, o mesmo abriu um sorriso que eu tenho que admitir era lindo. 


— Vou almoçar com o Jonas antes de ir para o escritório, então coloco o resto das pesas quando estiver a caminho do trabalho — Ele me informou abrindo ainda mais o seu sorriso. 


— Ate que hoje você estava parecendo gente Jensen Simmons — Eu falei debochadamente enquanto o via rir. 


— Vou considerar isso um elogio. Então obrigada Marrony — Ele sorriu mais ainda me fazendo abrir um sorriso divertido. Seu sorriso sumiu o fazendo ficar serio — Como ela esta? — Ele perguntou parecendo um pouco preocupado. 


Não! Ele não estava preocupado aquilo tudo era coisa da minha cabeça doida depois de seu encontro com o chão. O Deus eu estava imaginando coisas. 


— Ela esta bem— Falei ficando seria do mesmo jeito que ele. Respirei fundo olhando em seus incríveis olhos azuis — que eu tanto invejava. — Obrigada novamente por ter nos ajudado ontem à noite — Agradeci a ele novamente. Realmente eu estava muito agradecida por isso. 


— Não foi por nada — Ele sorriu, mas seu sorriso desmanchou um pouco assim que seus olhos desviaram de mim para olhar alguma coisa dentro da minha casa. Não precisei me vira para saber que agora Angelina estava por ali — Eu já estou indo — Ele falou voltando a me olhar— Venho te pegar na segunda de manha pra irmos pra faculdade — Ele sorriu se virando e descendo as escadas indo em direção ao seu carro que estava parado em frente a minha casa.


Fechei a porta e me virei vendo Angelina parada no alto da escada ainda encarando a porta que agora estava fechada. Caminhei ate a ponta da escada fazendo a mesma me olhar.


— Desce Angel, vem me ajudar à procura alguma coisa pra comer— Falei sorridente enquanto me virava para a porta da sala. 


— Acho que já esta na hora de eu ir embora — Angelina falou ainda parada no alto da escada. Ao ouvir tais palavras parei aonde estava me virando para olhá-la. 


— Vem Angel, vamos tomar café — Falei novamente, mas meu sorriso não era tão simpático quanto antes. 


Ela viu minha expressão e notara a diferença. Angelina sabia que eu não a deixaria ir embora. Não ate conversávamos. 


Angel começou a descer as escadas e eu continuei parada vendo o que ela iria fazer, se ela ameaçasse sair daquela casa sem antes conversávamos, ela com certeza arrumaria uma briga feia comigo. Mas ela não foi ate a porta da rua, ela veio ate mim e passou por mim indo em direção a cozinha, fiquei alguns segundos vendo a mesma se afasta e por fim voltei a andar agora a seguindo, eu ainda estava atenta a qualquer movimento que denunciasse que ela pretendia sair dali correndo. 


Quando chegamos à cozinha encontramos a mesa do café já posta, isso indicara que meu pai já tinha acordado e já não se encontra mais em casa. Aproveitamos que já estava tudo ali e atacamos. Eu estava com tanta fome que eu comi uns dois pãozinhos Frances e algumas torradas, isso tudo me renderia boas horas de corridas, mas hoje eu não estava nem ai pra isso, na verdade eu nunca estava nem ai pra isso quando se tratava de comida, sempre me arrependia depois de ter comido, mas sempre que iria fazer um pedido sempre fazia pensando no que estava afim de comer, mesmo que aquilo me engordasse só por pensar em tal coisa. Minha alimentação era sagrada não abriria mão das minhas guloseimas por nada nesse mundo. 


Depois que terminamos o café fomos para a sala e nos sentamos no sofá. O silencio que se estalou entre nos era extremamente tenso e irritante, eu queria que ela falasse, queria que ela começasse a falar, mas a mesma parecia não estar nem ai para isso, parecia não estar nem ai para nada que aconteceu na noite passada. Poderia ate parecer que nada tinha acontecido pra ela se a mesma ainda não estivesse em absoluto silencio ao meu lado. Angelina trocava de canal a cada maldito minuto o que estava me deixando cada vez mais irritada. Droga por que ela não falava nada ? Já irritada com a troca troca de canal e com o silencio de Angelina eu comecei:


 — Não vai falar nada? — Perguntei tentando ainda me manter calma e tentando manter a minha voz o mais suavemente possível. Por mais que pro dentro eu tivesse uma pilha de nervos. 


— Falar o que? — Ela perguntou cinicamente enquanto mantinha os olhos na televisão ainda trocando de canais. 


Tomei o controle de sua mão desligando a TV, a mesma bufou e se virou pra me olhar com a maior cara de sonsa que eu já vira ela fazer. Quem era aquela? E o que ela tinha feito com a minha melhor amiga? Sua cara de tédio só me deixara mais irritada me fazendo explodir. 


— Falar o que? — Repeti suas palavras, irritada enquanto gritava com a mesma — Falar o que? Que tal me falar por que você cortou os pulsos no banheiro da Rebeca? — Perguntei vendo que a qualquer momento eu poderia voar em seu pescoço. 


— Como se você já não soubesse a resposta — Ela falou enquanto abria um sorriso sínico em seu rosto — Por que não pulamos essa parte e não fingimos que isso nunca aconteceu — Ela sorriu e eu me segurei para não matá-la .


Ela queria morrer não queria? Então eu mesma poderia fazer isso. 


— Tentou se matar por causa de uma paixonite — Minhas palavras saíram mais ríspida do que nunca e parecia que aquilo tinha a atingido pois ela desmanchou seu sorriso e me olhou incrédula. 


— Uma paixonite? — Ela repetiu as palavras ditas por mim em um tom mais alto do que o meu. Parecia que alguém não conseguira segurar a sua raiva. Isso era ótimo e não eu não estou sendo sarcástica. — Fiz isso por você — Ela falou a ultima palavra entre os dentes como se jogasse aquilo na minha cara. 


E sim aquilo tinha me atingido com toda a força, mas continuei com a mesma cara irritada de antes como se suas palavras não tivessem me atingido.


— Fez por mim? Vai me dizer que estava pensando em mim quando começou a se cortar? Estava mesmo pensando em mim quando tentou se matar igual a minha mãe? Era realmente em mim que você estava pensando Angelina? — Eu a perguntei enquanto gritava.


Eu não conseguira controlar minha raiva e minha voz naquele momento. Aquelas perguntas a tinha atingido, mas com a mesma rapidez que sua feição mudou a mesma volto a ficar rígida e fria novamente, adquirindo a sua mascara de quem não se importava. 


— Sabe o que passou na minha cabeça quando eu fiz aquilo? — Ela perguntou abrindo um sorriso sarcástico nos lábios — Eu estava pensando em você e no Simmons . Juntos — Ela gritara a ultima palavra me fazendo estremecer. 


— Por que Angelina? — Perguntei agora no meu tom normal. 


— Por que? Por que? — Ela gritara a pergunta enquanto se levantava do sofá pra me olhar incrédula — Por que eu peguei a garota que eu amava nos braços da pessoa que eu achei que ela odiasse — Ela falou agora deixando que lagrimas saíssem de seus olhos e eu vi meus olhos lagrimejarem , mas respirei fundo me concentrando pra não chorar. 


— Então você ia se matar por causa que você se apaixonou por mim e eu não te correspondi e isso? — Eu perguntei aumentando o tom um pouco fazendo a mesma me olhar, mas ela não respondeu e eu continuei — Você gostaria que eu tivesse tentando me matar quando o Nate, minha paixãozinha de escola me rejeito? Você gostaria Angelina?— Levante-me ficando de frente pra ela e fazendo a mesma me olhar. Vi uma lagrima descer pelo meu rosto mais eu logo a limpei. Angel ainda me encarava e a única coisa que ela fez foi negar com a cabeça — O que foi que você me disse naquele maldito dia Angelina? Me diz o que foi que você me disse? — Perguntei agora voltando a gritar. Angel permaneceu quieta — Me fala Angelina o que você me disse? — Perguntei mais uma vez alterando o meu tom de voz, enquanto o meu rosto era tomado pelas lagrimas. 


— Falei que não valeria a pena tira a sua vida por causa de uma paixonite. Falei que ele não seria a ultima pessoa que mexeria com o seu coração. — Ela falou com a voz baixa — Falei que você ainda se apaixonaria e se decepcionaria muito ate encontra a pessoa certa — Ela falou a ultima frase se deixando cair sentada no sofá e com o rosto ensopado pelas lagrimas. 


— Então por que você tentou se matar por causa de uma paixonite Angel — Perguntei com o resto de cama que me sobrava me sentando em sua frente. 


— Por que você não e uma paixonite qualquer Cherry. Eu amo você — Ela gritou a ultima parte e chegou mais perto de mim segurando o meu rosto entre suas mãos me fazendo olhar para os seus olhos.


— Eu também amo você Angel — Eu falei a fazendo sorrir — Mas não do jeito que você quer— Suas mãos caíram do meu rosto e seu sorriso se desmanchou— Sabe que eu não consigo, sabe que eu não posso. Não é uma coisa que eu possa escolher, não e escolha — Eu falei quando a via abaixar a cabeça — Me disse uma vez que isso não era uma coisa que você tinha escolhido, me disse que era uma coisa que você simplesmente sentia, me disse que simplesmente as meninas te atraiam mais do que os meninos, na verdade os meninos nunca te atraíram. Você me disse tudo isso. E eu simplesmente não sinto essa atração por mulheres, eu não sinto nada disso — Peguei em seu queixo e o levantei — Eu te amo sim — Eu falei enquanto abria um sorriso em meio as lagrimas — Mas como a minha melhor amiga, como a minha irmã, como a pessoa que eu sempre protegeria, como a pessoa que eu fizera a promessa de arrebentar a cara de quem fosse o culpado pela suas lagrimas — Ela abriu um meio sorriso — Não vou poder me bater afinal isso seria um pouco estranho — Ela riu e eu sorri vendo que minha brincadeira tinha funcionado — Mas eu quero que você entenda uma coisa. Quero que entenda que por mais que você me ame e eu sei que você me ame. Ninguém, esta ouvindo? Ninguém. Nem eu e nem nenhuma outra garota vale tanto a ponta que você acabe com a sua própria vida — As lagrimas saíram com mais violência depois de tais palavras— E como você me disse um dia eu tenho certeza que você vai encontra aquela que um dia vai te fazer a pessoa mais feliz do mundo — Eu falei pegando em seu rosto.



E foi nesse instante que ela se jogou em meus braços e me abraçou. Eu a apertei contra o meu peito a mantendo ali enquanto nos duas chorávamos na minha sala. Eu esperava que meu pai não aparecesse ali e nos pegasse naquela cena. Seria constrangedor demais! Angelina ainda soluçava em meus braços e eu deixava minhas lagrimas rolarem pelo meu rosto livremente. 


Eu era a grande culpa por toda aquela bagunça, querendo ou não tudo aquilo era culpa minha,eu simplesmente briguei com ela por causa de suas atitudes, mas no final das contas eu era a verdadeira causadora de tudo. Sabia que esse dia ia chegar mais cedo ou mais tarde, mas mesmo assim eu não fiz nada para evitar o sofrimento de minha melhor amiga, não fiz nada achando que antes que eu pudesse encontra alguém ela já estaria feliz ao lado de alguém. E talvez isso tivesse dado certo se essa proposta do Simmons não tivesse aparecido na minha vida, talvez teria dado certo se eu não entrasse na maior encrenca do mundo. Eu sabia que Simmons mesmo me fazendo tal proposta não tinha culpa nem uma nessa historia, eu tinha aceitado, ele não tinha me forçado apenas tinha me oferecido algo que eu precisava muito em troca, apesar de querer muito o culpar por tudo isso — como sempre fazia— eu não podia, não dessa vez. Porem por outro lado essa proposta tinha sido boa, finalmente tinha mostrado a Angelina que não poderíamos ficar juntas. Tinha mostrado do pior jeito que se existia mais a tinha mostrado, tinha mostrado a ela que se não fosse Simmons seria qualquer outra pessoa, seria qualquer outro garoto, cedo ou tarde teria alguém em minha vida e talvez se isso não tivesse acontecido, talvez sua reação em vez de ser melhor poderia ser pior. E eu nunca saberia se teria sido pior esperar. Mas como em toda historia essa tivera seu lado bom e ruim, mas no final das contas estava claramente feliz por ter ficado tudo bem ou melhor dizendo tudo começara a entra em seus devidos eixos. 


— Ser consolada por quem causa a sua dor e uma merda — Angelina falou baixo. Ela já tinha parado de chorar. 


— Tudo bem se não me quiser aqui eu posso ir embora — Falei enquanto ameaçava me levantar— Ei espera ai, eu estou na minha casa — Falei teatralmente me fazendo de ofendida e a fazendo rir.


— Esta me mandando ir embora Cherry? — Ela perguntou fingindo estar magoada. 


— Você que falou que ser consolada por mim era uma merda — Eu falei fazendo bico e cruzando os braços a fazendo rir mais ainda. 


— Não disse que ser consolada por você e uma merda — Ela falou sorrindo me fazendo sorri — Mas que ser consolada por alguém que te causou a dor e um tanto quando irônico — Ela falou fazendo seu sorriso aumentar. E eu concordava com ela, aquilo realmente era bem irônico. 


— Pois é , mas como você e uma pessoa bem chatinha e irritante, não tem muitas pessoas que possam te consolar alem de mim e da Alex — Eu falei a puxando novamente para perto de mim. A mesma colocou sua cabeça em minhas pernas e colocou suas pernas no sofá agora se deitou 


 — Ei você acabou de falar que eu não tenho amigos? — Ela perguntou se fazendo de ofendida me fazendo rir. 


— Não! Estou falando que você tem a minha e a Alex. A menos que não sejamos suas amigas — Eu falei sorrindo pra mesma.


— É vocês ate que dão pro gasto — Ela falou dando de ombros e eu a empurrei a fazendo quase cair no chão — Tudo bem eu estava brincando. Vocês são as melhores amigas do mundo! — Ela disse alto enquanto voltava a deita em meu colo e começava a rir me fazendo a acompanhar. 


Ficamos ali rindo uma da cara da outra. E era isso que era bom na gente, mesmo depois de todo o drama que tínhamos passado ainda conseguíamos virar uma pra outra e fazer brincadeira estúpidas como se nada tivesse acontecido ou melhor como se tudo tivesse acontecido e como se soubéssemos supera aquilo apenas com a companhia uma da outra. Como se soubéssemos aos poucos absorver toda a dor e as transformar em brincadeiras idiotas. Ficamos ali rindo ate não aguentarmos mais e paramos com nossas barrigas doendo. Limpei uma lagrima que descia pelo meu rosto. Meu Deus como Angel poderia ser tão idiota? Após paramos de rir e recuperamos o fôlego ficamos em silencio, mas ao contrario do outro silencio esse silencio não tinha tensão, não estava incomodado apenas era um simples silencio. Um silencio que foi quebrado pela voz de Angelina:


— Você e o Simmons em ? Quem diria — Ela falou e eu sabia que aquelas palavras carregavam mais magoas do que qualquer outra coisa. 


— Pois é. Se um dia me dissessem que eu e Simmons ficaríamos eu com certeza internaria a pessoa — Eu falei levando seu antigo comentário na brincadeira e ignorando qualquer significado de dor que ele tivesse. Sabia que comentar sobre aquilo não seria fácil. 


— Achei que vocês se odiassem — Ela falou desviando seus olhos do meu e encarando o teto— O que aconteceu? — Ela ainda permaneceu encarando o teto enquanto eu olhava a sua expressão tentando identificar qualquer sinal de dor. 


E lá estava ele, marcando presença em suas expressões.


Meu coração se apertou e eu respirei fundo. Não queria falar a historia que ela — inconscientemente — tinha me ajudado a inventa, eu já ouvira ela se lamentar por não ter me salvado naquele dia e eu sabia que se ela soubesse — que de acordo com a historia — tudo começara naquele dia ela se sentiria pior. Porem também não podia te falar a verdade, tinha prometido a Simmons que não contaria a ninguém, sem falar que essa historia tinha me ajudado de um certo modo com o seu problema comigo. Não que sua paixonite fosse um problema pra mim — na verdade era um pouco, afinal ninguém queria que uma de suas melhores amigas estivesse apaixonada por você, mas eu sempre julguei esse problema um pouco mais dela, porque era ela que sofria mais do que eu. Por mais que eu sofresse quando eu a via sofrendo, sabia que ela sofria quando me vira com qualquer outro garoto ou pessoa, sabia que ela sofria quando ficava sabendo de algum caso meu ou quando aparecia no meio de minhas conversas com Alex e ficava sabendo por minha boca o que eu achava, sempre tentei a manter fora da parte dos meus comentários, mas ela sempre ficara sabendo de um jeito ou de outro essas historia sempre chegavam ao seu ouvido. Vi que Angel me olhava com uma sobrancelha erguida me lembrando que a mesma tinha me feito uma pergunta, dei de ombros e falei:


— Sei lá simplesmente aconteceu — Falei desviando meus olhos dos seus e encarando a TV a minha frente. Pude ver ela suspirar alto e eu continuei a mexer em seus cabelos. 


Sentira-me culpada por sua dor e me sentira mais culpada por a fazer sofrer com uma mentira, afinal eu e Simmons estávamos apenas fingindo um namoro. Sentia-me culpada por achar que essa historia tivera um lado bom — que era esse— me sentia mais culpada ainda por mentir para uma das minhas melhores amigas. Era uma coisa horrível, me sentia péssima, afinal Angel nunca mentira pra mim. Nem quando ela se apaixonou por mim. Ela foi sincera e me contou assim que descobriu seus sentimentos por mim e eu me sentia um lixo por estar mentindo naquele exato momento. 


Antes que Angelina pudesse falar mais alguma coisa sobre esse assunto, ouvimos a porta de casa ser aberta, me virei para ver quem chegar e Angelina se sentou no sofá olhando também curiosa para ver quem acabara de entrar. Vi Alex caminhas ate as escadas e sorri ao vela ali.


— Invadido a casa dos outros. Que coisa feia Alex — Falei a fazendo se assustar e dar um pulo quase caindo da escada. Angel riu e volto a se deitar em meu colo ainda rindo.

— Caralho Cher, que me matar do coração ?— A mesma disse vindo em nossa direção me fazendo rir de sua cara assustada. Ela levantou as pernas de Angelina e se sentou em cima do sofá colocando as penas da Angel em cima de suas pernas — Estão fazendo uma reuniãozinho e esqueceram de me chamar é? — Alex falou teatralmente me fazendo revirar os olhos. 


— E por que não te queríamos pra essa reuniãozinho — Angel falou debochada e brincalhona. 


— Ae? Ok, então eu vou embora — Alex falou enquanto erguia as pernas de Angel para se levantar.


— Era brincadeira marrenta — Angel falou colocando suas pernas de volta no colo da amiga.


— Eu sei — Ela falou convencida me fazendo mais uma vez revirar os olhos — E mesmo que não fosse eu não iria embora mesmo— A mesma confessou nos fazendo rir. 


E assim começou as brincadeira idiotas que sempre rolavam quando estávamos nos três juntas. Uma ria da cara da outra. Parecíamos três retardadas — e na verdade era isso que éramos—, mas na verdade aquilo tudo era felicidade, porque menos com todos os nossos dramas e problemas nos estávamos sempre juntas e poderíamos sempre contar uma com a outra independente do assunto, independente da gravidade. Estávamos para aquele tipo de amiga que se uma matasse alguém as outras duas ajudariam a enterrar o corpo, mas ao contrario de falar que enterraríamos sem fazer pergunta alguma, nos faríamos um interrogatório sobre o ocorrido.


O que? Éramos curiosas. 


E era exatamente toda essa cumplicidade que me fazia me sentir mal por estar mentindo para elas. Sorri feliz por todo o drama ter “acabado” e sorri mais ainda ao ver minhas duas melhores amigas “brigando” sobre alguma coisa que eu já não sabia mais o que era. Ri da cara de panacas que as duas fazia. E era tão engraçado como anos tinham se passados e ainda parecíamos as mesmas garotinhas de anos atrás, apesar de as roupas, os cabelos e os corpos estarem diferentes, por dentro ainda continuávamos sendo as garotinhas idiotas de 14 anos de idade. Talvez ate fossemos pior do que aquelas garotinhas.


Capítulo 7


Domingo fora bem diferente de sábado, o mesmo tinha passado calmo, sem drama e nem uma agitação. Passei o domingo inteiro em casa, sozinha assistindo filme. Como sempre meu pai não passou o dia em casa, mas ao contrario dos outros domingos que eu reclamara por sua ausência, nesse eu não reclamei pois o fato dele não estar em casa me deixara mais aliviada, mesmo já tento uma historia para contar ao meu pai sobre o meu envolvimento com Simmons. Mesmo assim não queria fazer, não queria mentir para ele também, não como menti para Angelina, não como mentiria para Alex. Sabia que um dia essa mentira teria que chegar ao ouvidos do meu pai, mas quanto mais demorasse melhor seria. Apesar de nunca ter sido muito próxima dele — mesmo que nos últimos dois anos tenhamos nos aproximado bastante — achava errado mentir para ele, achava mais errado ainda quando eu sabia que aquela historia não o agradaria. 


Meu pai sempre gostou de Jensen Simmons, mas como o melhor amigo de seu filho mais velho e não como suposto futuro genro, afinal meu pai conhecia demais Jensen para achar que ele seria um bom partido pra mim. Meu pai ouvira as historias cabulosas contadas por Simmons-pai — melhor amigo de meu pai — e eu podia ver o sorriso de alivio em seus lábios quando ele me pegava brigando com Simmons. Ele sempre entrava para separar a briga quando éramos mais novos ou sempre se metia em nossas discussões nos mandando parar, mas sempre que fazia isso eu podia jurar que seus olhos adquiriam um brilho diferente, ele parecia claramente feliz com aquilo. E mesmo Simmons sendo filho de seu melhor amigo, meu pai não o queria comigo, isso era claro e eu sabia que quando o dia da nossa “conversa” chegasse seria extremamente vergonhoso e dramático.


Como se eu precisasse de mais drama na minha vida. 


Bem o domingo tinha sido bem agradável, era como se não estivesse nada pra acontecer, como se a bomba não estivesse prestes a explodi. Tentei ao máximo não pensar nisso, mas foi impossível não pensar isso quando estava deitada em minha cama pronta para dormir e foi ai que o pavor tomou conta de mim, foi ai que eu percebi aonde realmente tinha me metido e o que já tinha acontecido voltava a minha mente. Será que aquela proposta fora um mal negocio? Bom eu ainda não tivera resposta para aquela pergunta. Ate agora tive altos e baixos com isso — e nem tínhamos começado ainda — mas nada muito ruim, nada que não tivera seu lado bom. Porém assim que consegui pegar no sono eu dormi igual a um bebê.


Continuamos a andar e estávamos quase na minha sala quando vimos Rebeca — beca— parada conversando com algumas amigas em uma parede perto da porta da minha primeira aula. Cara aquilo só poderia ser Deus nos ajudando com essa loucura. Era muita sorte ter a encontrado no primeiro horário. Assim que a viu Simmons pareceu ficar rígido ao meu lado e foi a minha vez de rir. O mesmo me olhou voltando a sua forma normal, pude ver suas bochechas ganharem uma coloração avermelhada e aquilo me fez rir mais ainda. Encostei-me na parede atrás de mim a fim de me equilibrar, Simmons abriu um meio sorriso. 


— Isso não tem graça. — Ele falou um pouco irritado. 


— Não! Isso tem graça sim. — Falei quanto parava de rir.


— O motivo de estarmos assim esta parada bem ali e eu nem sei ela esta nos olhando — Ele falou como um garoto de 12 anos o que me fez soltar uma pequena risada, mas parei assim que vi seu olhar me repreendendo. 


— Você esta parecendo um garoto de 12 anos Simmons. — Falei debochadamente vendo sua irritação aumentar. 


— Droga Marrony! Da pra para de me deixar mais nervoso. — Ele falou um pouco baixo só pra nos dois ouvimos. 


— Ok desculpa senhor estressadinho. — Falei enquanto tentava prender o riso. 


Tão bad boy e parecia um otário apaixonado quando a Rebeca estava por perto. Quem diria em senhor Simmons. Tinha todo aquele jeitão com garotas e agora estava ai sem saber o que fazer. E claro que esses comentários ficaram só em minha mente afinal não queria deixar o demônio mais assustado. O mesmo ainda estava parado a minha frente, seus olhos ainda estavam nos meus, o mesmo ao notar meus olhos nos seus sorriu e chegou mais perto colocando uma mão de cada lado do meu corpo como se estivesse me prendendo e foi a minha vez de sorrir. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo. Estava chamando a atenção, estava prendendo a atenção das pessoas na gente e com certeza entre essas pessoas,estava Rebeca, eu daria tudo para ver sua cara de besta agora. Eu abri ainda mais o meu sorriso imaginando a cara de todas as pessoas a nossa volta. 


— Sabe que somos o centro das atenções nesse momento ne? — Falei enquanto via Simmons abri o sorriso.



Continuamos a andar e estávamos quase na minha sala quando vimos Rebeca — beca— parada conversando com algumas amigas em uma parede perto da porta da minha primeira aula. Cara aquilo só poderia ser Deus nos ajudando com essa loucura. Era muita sorte ter a encontrado no primeiro horário. Assim que a viu Simmons pareceu ficar rígido ao meu lado e foi a minha vez de rir. O mesmo me olhou voltando a sua forma normal, pude ver suas bochechas ganharem uma coloração avermelhada e aquilo me fez rir mais ainda. Encostei-me na parede atrás de mim a fim de me equilibrar, Simmons abriu um meio sorriso. 


— Isso não tem graça. — Ele falou um pouco irritado. 


— Não! Isso tem graça sim. — Falei quanto parava de rir.


— O motivo de estarmos assim esta parada bem ali e eu nem sei ela esta nos olhando — Ele falou como um garoto de 12 anos o que me fez soltar uma pequena risada, mas parei assim que vi seu olhar me repreendendo. 


— Você esta parecendo um garoto de 12 anos Simmons. — Falei debochadamente vendo sua irritação aumentar. 


— Droga Marrony! Da pra para de me deixar mais nervoso. — Ele falou um pouco baixo só pra nos dois ouvimos. 


— Ok desculpa senhor estressadinho. — Falei enquanto tentava prender o riso. 


Tão bad boy e parecia um otário apaixonado quando a Rebeca estava por perto. Quem diria em senhor Simmons. Tinha todo aquele jeitão com garotas e agora estava ai sem saber o que fazer. E claro que esses comentários ficaram só em minha mente afinal não queria deixar o demônio mais assustado. O mesmo ainda estava parado a minha frente, seus olhos ainda estavam nos meus, o mesmo ao notar meus olhos nos seus sorriu e chegou mais perto colocando uma mão de cada lado do meu corpo como se estivesse me prendendo e foi a minha vez de sorrir. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo. Estava chamando a atenção, estava prendendo a atenção das pessoas na gente e com certeza entre essas pessoas,estava Rebeca, eu daria tudo para ver sua cara de besta agora. Eu abri ainda mais o meu sorriso imaginando a cara de todas as pessoas a nossa volta. 


— Sabe que somos o centro das atenções nesse momento ne? — Falei enquanto via Simmons abri o sorriso.


— Essa e a intenção.— E foi nesse momento que começamos a rir. Ele abaixou a cabeça tentando se controlar e eu sabia que todas as pessoas nos olhavam intrigados. 


E foi nesse exato momento que eu virei meu rosto ainda rindo, como quem não queria nada e como quem não procurava nada e vi o rosto de Rebeca paralisando nos olhando. Pude ver pelo meu breve olhar que sua cara não era uma das melhores, suas amigas nos olhavam de boca aberta o que me fizera rir mais um pouco. Virei-me de novo para ver Simmons que começava a para de rir e eu o acompanhei. 


— Me da um selinho. — Falei rapidamente e baixo só pra ele escultar. 


— O que? — Ele perguntou um pouco confuso parando de rir. 


— Vamos Simmons rápido, me de um selinho. — Falei um pouco mais alto, mas mesmo assim sabia que só nos dois poderiam ouvir.


Vi Simmons sorrir parecendo entender a minha intenção e a ideia parecia lhe agradar, o mesmo tirou um de suas mãos da parede ao meu lado e colocou em meu rosto, seu polegar ficou em minha bochecha enquanto o resto de seus dedos ficavam quase na parte de trás do meu pescoçp. Eu abri um pouco mais o meus sorriso e o vi se aproximar de mim lentamente, fechei os meus olhos e senti seus lábios quentes colarem aos meus e ficarem por ali por um tempo ate se afasta, mas antes de se afastarem totalmente ele chupou o meu lábios inferior me fazendo rir com o seu ato. 







— Meu troco pelo o restaurante. — Ele falou já com seus lábios longe de mim. Mas suas mão ainda estava em meu rosto.


 Continuamos a andar e estávamos quase na minha sala quando vimos Rebeca — beca— parada conversando com algumas amigas em uma parede perto da porta da minha primeira aula. Cara aquilo só poderia ser Deus nos ajudando com essa loucura. Era muita sorte ter a encontrado no primeiro horário. Assim que a viu Simmons pareceu ficar rígido ao meu lado e foi a minha vez de rir. O mesmo me olhou voltando a sua forma normal, pude ver suas bochechas ganharem uma coloração avermelhada e aquilo me fez rir mais ainda. Encostei-me na parede atrás de mim a fim de me equilibrar, Simmons abriu um meio sorriso. 


— Isso não tem graça. — Ele falou um pouco irritado. 


— Não! Isso tem graça sim. — Falei quanto parava de rir.


— O motivo de estarmos assim esta parada bem ali e eu nem sei ela esta nos olhando — Ele falou como um garoto de 12 anos o que me fez soltar uma pequena risada, mas parei assim que vi seu olhar me repreendendo. 


— Você esta parecendo um garoto de 12 anos Simmons. — Falei debochadamente vendo sua irritação aumentar. 


— Droga Marrony! Da pra para de me deixar mais nervoso. — Ele falou um pouco baixo só pra nos dois ouvimos. 


— Ok desculpa senhor estressadinho. — Falei enquanto tentava prender o riso. 


Tão bad boy e parecia um otário apaixonado quando a Rebeca estava por perto. Quem diria em senhor Simmons. Tinha todo aquele jeitão com garotas e agora estava ai sem saber o que fazer. E claro que esses comentários ficaram só em minha mente afinal não queria deixar o demônio mais assustado. O mesmo ainda estava parado a minha frente, seus olhos ainda estavam nos meus, o mesmo ao notar meus olhos nos seus sorriu e chegou mais perto colocando uma mão de cada lado do meu corpo como se estivesse me prendendo e foi a minha vez de sorrir. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo. Estava chamando a atenção, estava prendendo a atenção das pessoas na gente e com certeza entre essas pessoas,estava Rebeca, eu daria tudo para ver sua cara de besta agora. Eu abri ainda mais o meu sorriso imaginando a cara de todas as pessoas a nossa volta. 


— Sabe que somos o centro das atenções nesse momento ne? — Falei enquanto via Simmons abri o sorriso.






 








 





 



E eu realmente precisava de carona. Alex me mandara uma mensagem enquanto eu saia de minha ultima aula me avisando que tinha que chegar mais sedo no escritório e que por isso não poderia me dar carona. No começo fiquei um pouco desanimada afinal, sem minha carona teria ir de ônibus ate o meu trabalho e para chegar a tempo lá teria que ficar sem o meu almoço, e eu estava faminta. Abri ainda mais meu sorriso e fui para o outro lado do carro abrindo a porta do carona e entrando no carro, Simmons fez o mesmo sorridente e fechamos a porta do carro. 


— Não se acostuma não em. — Ele falou chamando a minha atenção; — Isso e só por que estou de bom humor. — Ele falou me rancado uma gargalhada. 


Simmons saiu de sua vaga e pegou o caminho mais rápido para o meu restaurante favorito. Esperava mortalmente que aquela garçonete não estivesse lá pra tentar cuspir no meu prato. Eu não frequentava aquele restaurante dês da ultima vez que estivera ali com Simmons. Fiquei realmente com medo que a garçonete sabotasse o meu delicioso prato e só de pensar em comer comida com cuspi de tempero especial minha barriga já embrulhava. 


Quando chegamos ao restaurante fiquei feliz pro não a ver ali. Não esperava que a pobre menina tivesse sido demitida, apenas esperava que ela entrasse de férias pra sempre daquele restaurante. Que é? Eu amo a comida desse restaurante. 


***


O almoço com Simmons fora calma. E claro me concentrei o tempo todo na comida maravilhosa que a dias não comia que me esqueci de que o mesmo estava ali, ele pareci distraído demais pra se importa comigo o ignorando — sem querer e claro — ele parecia realmente feliz. O que o amor não faz com uma pessoa, transforma um bad boy em um babaca apaixonado, pobre Simmons. Mas pra falar a verdade eu estava adorando aquilo, era muito engraçado a cara de idiota do mesmo quando via ela, só faltava babar.


No caminho para o meu trabalho foi o mesmo silencio do almoço, não um silencio constrangedor era apenas um silencio, afinal eu e Simmons nunca tivemos muito o que conversar, na verdade nos nunca conversamos! Sempre que estávamos no mesmo ambiente acabávamos brigando um com o outro, era sempre a mesma coisa. Aquele momento com ele era estranho, ter aceitado aquela proposta vinda dele era mais estranho ainda, eu ate entenderia se viesse de um amigo, mas ajudar Simmons a pessoa mais irritante do mundo era um tanto quando bizarro. Quando estávamos chegando perto do escritório pedi para que ele me deixasse uma rua antes para que ninguém pudesse me ver com ele, ele não entendeu o por que, mas também não perguntou nada.



— Essa e a intenção.— E foi nesse momento que começamos a rir. Ele abaixou a cabeça tentando se controlar e eu sabia que todas as pessoas nos olhavam intrigados. 


E foi nesse exato momento que eu virei meu rosto ainda rindo, como quem não queria nada e como quem não procurava nada e vi o rosto de Rebeca paralisando nos olhando. Pude ver pelo meu breve olhar que sua cara não era uma das melhores, suas amigas nos olhavam de boca aberta o que me fizera rir mais um pouco. Virei-me de novo para ver Simmons que começava a para de rir e eu o acompanhei. 


— Me da um selinho. — Falei rapidamente e baixo só pra ele escultar. 


— O que? — Ele perguntou um pouco confuso parando de rir. 


— Vamos Simmons rápido, me de um selinho. — Falei um pouco mais alto, mas mesmo assim sabia que só nos dois poderiam ouvir.


Vi Simmons sorrir parecendo entender a minha intenção e a ideia parecia lhe agradar, o mesmo tirou um de suas mãos da parede ao meu lado e colocou em meu rosto, seu polegar ficou em minha bochecha enquanto o resto de seus dedos ficavam quase na parte de trás do meu pescoçp. Eu abri um pouco mais o meus sorriso e o vi se aproximar de mim lentamente, fechei os meus olhos e senti seus lábios quentes colarem aos meus e ficarem por ali por um tempo ate se afasta, mas antes de se afastarem totalmente ele chupou o meu lábios inferior me fazendo rir com o seu ato. 


— Meu troco pelo o restaurante. — Ele falou já com seus lábios longe de mim. Mas suas mão ainda estava em meu rosto.


 

E eu realmente precisava de carona. Alex me mandara uma mensagem enquanto eu saia de minha ultima aula me avisando que tinha que chegar mais sedo no escritório e que por isso não poderia me dar carona. No começo fiquei um pouco desanimada afinal, sem minha carona teria ir de ônibus ate o meu trabalho e para chegar a tempo lá teria que ficar sem o meu almoço, e eu estava faminta. Abri ainda mais meu sorriso e fui para o outro lado do carro abrindo a porta do carona e entrando no carro, Simmons fez o mesmo sorridente e fechamos a porta do carro. 


— Não se acostuma não em. — Ele falou chamando a minha atenção; — Isso e só por que estou de bom humor. — Ele falou me rancado uma gargalhada. 


Simmons saiu de sua vaga e pegou o caminho mais rápido para o meu restaurante favorito. Esperava mortalmente que aquela garçonete não estivesse lá pra tentar cuspir no meu prato. Eu não frequentava aquele restaurante dês da ultima vez que estivera ali com Simmons. Fiquei realmente com medo que a garçonete sabotasse o meu delicioso prato e só de pensar em comer comida com cuspi de tempero especial minha barriga já embrulhava. 


Quando chegamos ao restaurante fiquei feliz pro não a ver ali. Não esperava que a pobre menina tivesse sido demitida, apenas esperava que ela entrasse de férias pra sempre daquele restaurante. Que é? Eu amo a comida desse restaurante. 


***


O almoço com Simmons fora calma. E claro me concentrei o tempo todo na comida maravilhosa que a dias não comia que me esqueci de que o mesmo estava ali, ele pareci distraído demais pra se importa comigo o ignorando — sem querer e claro — ele parecia realmente feliz. O que o amor não faz com uma pessoa, transforma um bad boy em um babaca apaixonado, pobre Simmons. Mas pra falar a verdade eu estava adorando aquilo, era muito engraçado a cara de idiota do mesmo quando via ela, só faltava babar.


No caminho para o meu trabalho foi o mesmo silencio do almoço, não um silencio constrangedor era apenas um silencio, afinal eu e Simmons nunca tivemos muito o que conversar, na verdade nos nunca conversamos! Sempre que estávamos no mesmo ambiente acabávamos brigando um com o outro, era sempre a mesma coisa. Aquele momento com ele era estranho, ter aceitado aquela proposta vinda dele era mais estranho ainda, eu ate entenderia se viesse de um amigo, mas ajudar Simmons a pessoa mais irritante do mundo era um tanto quando bizarro. Quando estávamos chegando perto do escritório pedi para que ele me deixasse uma rua antes para que ninguém pudesse me ver com ele, ele não entendeu o por que, mas também não perguntou nada.

Quando acordei pela manha a primeira coisa que veio a mente foi que hoje era “ O Dia ”. Maldita hora em que eu tinha aceitado aquela propostas do inferno. Mas apesar de hoje ser o dia dos meus piores pesadelos ate que eu tinha acordado de bom humor — ate que o domingo tinha realmente me feito bem. Não tinha tacado o meu despertador pra longe quando ele começara a tocar irritantemente, não tinha me irritado quando ouvira a buzina irritante do carro de Simmons tocando sem para enquanto eu descia as escadas de minha casa. 


Tinha mandado uma mensagem ontem à noite pra Alex a avisando que hoje ela não precisara me busca em casa, claro que isso me rendera um telefonema com ela fazendo varias perguntas, mas consegui me esquivar falando que já tinha uma carona para ir à faculdade hoje e isso fez aparecer mais um monte de perguntas e mais uma vez me livrei de suas perguntas falando que tudo que ela precisava saber ela descobriria amanha, por fim disse que estava cansada desligando o telefone e com certeza ela deveria ter ficado muito possessiva da vida, afinal eu recebi uma mensagem nem um pouco educada dela logo após ter desligado. 


Fechei a porta de casa ainda ouvindo a buzina irritante do carro de Simmons soar. Droga o que ele queria? me tirar do serio? Ele tava conseguindo! Desci os degraus da frente da minha casa e abri a porta do seu carro entrando dentro do mesmo e tirando sua mão da buzina. 


— Pode para eu já estou aqui. — Tirei minha mão da sua e fechei a porta do carro vendo Simmons dar a partida no mesmo. 


— Você demorou Marrony. — Ele falou parecendo irritado.


Que ótimo o peste tinha acordado de mal humor hoje. 


— Foram apenas 3 minutos Simmons, o tempo que eu demorei pra sair do meu quarto, descer as escadas e aparecer na porta. — Falei debochadamente olhando para ele. Sorri e ele me olhou rapidamente e volto a olhar para a estrada. 


— Acordou de bom humor hoje é? — Ele perguntou enquanto um meio sorriso se abria em seus lábios.


A Proposta 

over 1 year ago 

— Tudo bem agora eu estou nervosa.— Pra falar a verdade eu estava APAVORADA. 


Simmons apenas gargalhou estacionando seu carro no lugar de sempre. 


Ele desligou o carro e tirou a chave da ignição e se virou pra me olhar sorrindo, o mesmo sorriu, abriu a porta do carro saindo. Respirei fundo e fiz o mesmo. Fechei a porta do seu carro e o vi me esperado, caminhei ate ele e ele sorriu, seu sorriso mais divertido e mais debochado. Ele estava se divertido a minhas custas. Maldito . Assim que cheguei perto dele o mesmo riu e eu dei-lhe um soco no ombro. 


— Para de rir de mim. — Ordenei sentindo o meu sangue ferver. Era um péssimo momento para ele tentar me irritar. 


— E que a sua cara esta muito engraçada. — Ele falou enquanto se virava e colocava suas mãos em cima do meu ombro e me puxava para andar ao seu lado. — Não se preocupa vai dar tudo certo! — Ele falou no meu ouvindo e depois ficando novamente ereto olhando pra frente, me virei para olhar o seu rosto e o mesmo ainda sorria. 


Eu queria ter essa confiança naquele momento, queria ter toda aquela coragem, mas eu não tinha. Todas aquelas pessoas me olhando. O Deus aonde eu tinha me metido? Mas mesmo morrendo de vergonha de todos os olhares em cima da gente, respirei fundo e coloquei a minha melhor cara feliz. Andamos por todo o campos ignorando os olhares alheios e no meio desses diversos olhares notei o que eu menos queria ver. Alex estava bem a nossa frente olhando com os olhá-los arregalados, minha vontade foi de rir, mas respirei fundo me concentrando para não fazer isso. Paramos de andar assim que chegamos a sua frente, Simmons abriu seu melhor sorriso pra minha melhor amiga e ela sorriu sem graça. 


— Oi Alex.— Falei tirando o braço de Simmons de meu ombro e indo ate ela a abraçando. A mesma me abraçou ainda um pouco atordoada, e mais uma vez eu tive que segurar o riso. 


— Oi Cherry. — Ela falou parecendo voltar ao normal. — Oi Jensen. — Alex olhou pro mesmo que abriu ainda mais o seu sorriso.


A mesma desviou seus olhos pra mim. Eu sabia o que aquele olhar queria dizer. Era mais o menos algo como “ O que estava acontecendo?” Me afastei da mesma ficando lado de Simmons que agora me olhava. 


— Alex nos falamos depois, tenho que ir pra sala agora. Beijos amiga. — Falei voltando a andar sendo rapidamente acompanhada por Simmons. 


— Vai fugir dela ate quando? — Ele perguntou quando estávamos longe o suficiente dela, o mesmo volto a colocar o seu braço em meus ombros. 


— Ate quando eu puder.— Falei sem olhá-lo, mas senti seu corpo ao meu lado estremecer. 


O idiota estava rindo.



Tinha demorado mais o menos meia hora ate chegar ate aqui, mas por fim eu tinha chegado. Adentrei no prédio e entrei no elevador, eu conhecia mais o menos aquele prédio, já tivera aqui algumas vezes para ajudar o meu pai, então conhecia muito bem o local — bem o suficiente para não me perder. Já no 12ª andar eu sai do elevador sendo acompanhada por algumas pessoas, me encaminhei ate a secretaria loira que estava sentada perto do meu destino — a sala de Simmons. Sim eu estava na empresa de Simmons, estava entediada demais para recorrer a pior pessoa possível. Caminhei ate a secretaria o mais calma possível, abri um sorriso assim que vi a mesma levantar sua cabeça e me olhar, mas ela permaneceu com a sua cara seria e eu desmanchei um pouco o meu sorriso. 


— O Jensen esta? — Perguntei ainda sorridente e educadamente. 


— Quem gostaria? — Ela perguntou ainda seria. 


— Fala que e a Cherry Marrony — Falei ainda sorridente.


Mesmo que ela não merecesse eu estava sendo educada e amigável. 


— Desculpe! Mas ele esta ocupado — Ela falou rudemente me fazendo quase perder a paciência e compostura. 


— Tenho certeza que se você liga pra ele falando que eu estou aqui ele vai querer me atender — Falei ainda educadamente.


Uma reclamação a fazer com o Simmons, sua secretaria era muito mal educada. 


— Ele falou para não o incomodar.— Ela falou mais rudemente do que a outra vez e dessa vez eu desmanchei meu sorriso. 


Cara eu iria matar aquela garota. 


— Ok, eu mesmo me anuncio; — Falei enquanto caminhava ate a porta de Simmons e via a garota levantar apressadamente. 


Bati na porta — eu ainda sabia ser educada — mas antes que eu batesse mais uma vez a secretaria segurou meu braço me afastando da porta.


— Eu já disse que ele não quer ser incomodado— Ela falou um pouco mais alto parecia estar bem irritada. Qual era o problema dessa garota?


— Me solta menina. Ta doida? — Perguntei um pouco mais alto enquanto via a menina ainda segurando o meu braço.





— O que esta acontecendo aqui? — Perguntou Simmons com uma sobrancelha erguida olhando pra nos duas a sua frente. No mesmo instante a garota me solto me fazendo passar a mão aonde ela esta segurando. Cara a ela tinha força — O que esta fazendo aqui Cherry? — Ele me olhou curioso e eu levantei meu olhar de meu braço para o seus olhos. 


— Eu falei a ela que você estava ocupado, mas ela insistiu — A secretaria olhava pra ele, enquanto um belo sorriso se abria em seus lábios. E eu sorri ao perceber o que estava acontecendo ali. 


Ela era afim dele. 


— Esta tudo bem Susan — Ele sorriu amavelmente e ela quase se derreteu aonde estava.


Eu quase rir e então uma ideia muito maldosa veio a minha mente. 


— Vim te chamar pra tomar um sorvete. — Caminhei ate ele e parei em sua frente recebendo um olhar um tanto quanto surpreso. Peguei sua gravata em minhas mãos e a ajeitei, nosso corpos estavam quase colados e eu esperava mortalmente que ele não me perguntasse ali na frente dela o que eu estava fazendo — Mas se você estiver ocupado de mais eu vou entender — Fiz um bico manhoso e ele sorriu e pelo sorriso ele tinha entendido minhas atitudes. 


Essa era a parte boa de Simmons me conhecer tão bem, ele sabia exatamente aonde eu queria chegar e o porque eu estava fazendo isso.


— Tem como recusar com você pedindo desse jeito? — Ele falou meio manhoso e aquilo me fez ter que segurar a risada que queria sair. Antes que eu começasse a rir, levantei um pouco a cabeça e coloquei meus lábios nos dele dando lhe um selinho. 


Pude ouvir alguém pigarrear irritada atrás de nós, tive mais uma vez que me segurar par não rir. Simmons fez o mesmo esforço e levantou sua cabeça agora olhando a loira atrás de mim. Escondi meu rosto em seu peito e o mesmo passou uma mão pela a minha cintura, e eu sabia que a essa altura a loira estava prestes a ter um troço, o que me fez rir silenciosamente contra o peito de Simmons. 


— Desmarque todos os meus compromissos pra hoje. E se perguntarem de mim fale que eu tive um assunto importante pra ir resolver — Ele falou rápido tentando ao Maximo não rir. Ele se afastou de mim e eu tive que ser forte ao ver a cara amarrada da garota pra mim. Tive que ser forte para não rir da cara dela. 


Simmons volto com a chave de seu carro na mão e saímos dali entrando no elevador. E assim que as portas se fecharam eu e Simmons começamos a rir descontroladamente. 


***


— Foi maldade o que você fez com a Susan.— Ele falou me olhando enquanto caminhamos pelo parque a procura de algum banco para nos sentarmos e tomamos nossos deliciosos sorvetes. 


— Não foi maldade— Eu falei e ele me olhou serio— Tudo bem foi maldade— Ele riu— Mas ela estava merecendo, ela não quis nem falar que eu estava ali— Falei seria ao me lembrar da cena de seu escritório. 


— A culpa não e dela. — Ele falou calmamente me fazendo olhá-lo. — Pedi realmente a ela que não deixasse ninguém me incomodar. — Ele falou e depois levou a sua colher de sorvete ate a boca. 


— Eu entendo esse negocio de o chefe pedir para não incomodar— Eu falei olhando seriamente pra ele — Também trabalho de secretaria — Ele sorriu parecendo se lembra do fato — É o problema não foi ela dizer que você não queria ser incomodado e sim o de como ela disse isso — Eu falei e ele parou de andar achando um banco vazio e se sentando me fazendo me sentar ao seu lado — Uma coisa que aprendi como secretaria: e que não importa o que esteja acontecendo você sempre tem que manter um maldito sorriso simpático no rosto — Eu terminei de falar e coloquei a colher com sorvete na boca. Hum meta. Simmons riu me fazendo o olhar seria, o que eu tinha perdido?

— Sabe. Não e a primeira vez que Susan faz isso — Ele falou e eu o olhei com a sobrancelha erguida. Não era? — Um dia minha mãe chegou pra me ver e falou pra ela a anunciar, mas minha mãe não costuma usar seu sobrenome pra se anunciar — Ele falou e volto a rir me fazendo abrir um sorriso, eu acredito que já sabia aonde essa historia ia dar — Ai a Susan foi super grossa com ela falando que eu não queria atender ninguém e mandou a minha mãe ir embora — Ele riu e eu o acompanhei — Minha mãe ficou tão irritada que dali mesmo pegou o celular me ligando e me falando um monte— Ele falou parando de rir e me fazendo rir mais ainda — Tive que mandar umas duas caixas de chocolates pra minha mãe naquele dia — Ele falou solto uma leve risada me fazendo acompanhá-lo. 


— E por que não a demitiu? — Perguntei o olhando curiosa enquanto parava de rir. 


— Meu pai quando ficou sabendo da historia ficou com dó da garota que estava apenas começando. Então me falou para deixar essa passar, afinal ela não sabia que aquela era a minha mãe — Ele falou dando de ombros — Mas pelo jeito ela continua fazendo a mesma coisa — Ele falou parecendo um pouco irritado. 


— Nem pensem e a demitir por causa de hoje — Ele me olhou e parecia pergunta o por que? — Coitada Simmons, a garota só age de tal forma por que é apaixonada por você — Falei e ele revirou os olhos claramente entediado e eu tive que rir — E da próxima vez que eu for ao seu escritório. Se eu for — Eu acrescentei antes de continuar a frase — Te ligo quando estiver chegando, ou antes mesmo de vir — Falei mais uma vez pegando a colher do sorvete a colocando na boca. 


— Você esta com dó da garota? — Ele perguntou erguendo as sobrancelhas. 


— Não! — Falei rapidamente, eu realmente não estava. Não tinha ido com a cara da emburradinha — Só quero ver a cara dela da próxima vez que for ao seu escritório e passar por ela indo direto pra sua sala — falei divertidamente e ele começou a rir. 


— Você é uma garota má Marrony — Ele falou em um tom um pouco serio, mas estava claro em seu sorriso que ele estava se divertindo muito com isso. 


— Eu sei disso Simmons — Falei e nos dois novamente voltamos a rir.


— Então — Ele começou me fazendo olhá-lo e parar de rir— Acho que não foi ao me eu escritório me chamar pra sair , só pra irritar a minha secretario certo? — Ele perguntou sorrindo e eu soltei uma leve risada divertida ao me lembra da cara de sua secretaria emburradinha. 


— Não, eu não fui fazer isso. Mesmo que tenha sido uma acontecimento extremamente engraçado — Falei ainda rindo e ele sorriu.


— Então o por que de me chamar para tomar um sorvete com você? — Ele perguntou agora me olhando, seu sorriso ainda estava ali — Sei também que não foi por que você adora a minha companhia — Ele abriu mais ainda seu sorriso e aquilo me fez sorrir. 


— Com certeza não foi por causa da companhia. — Eu falei e ele riu. Tudo bem que a companhia hoje estava extremamente agradável, mas ele nunca saberia que eu estava gostando. — Vim falar do nosso suposto namoro. — Eu falei e pude ver seu sorriso sumir do seu rosto. 


— O que tem o nosso namoro?— Ele ressalto a palavras namoro, mas acredito eu que fora sem querer. 


— Não tem nada de errado com o nosso “namoro”.— Eu fiz aspas com a mão em menção a palavra namoro e ele riu. — Alem do fato de nos dois estarmos “namorando”.— E mais uma vez as aspas apareceram. 


— Então o que é? — Ele perguntou voltando a sorrir. 


— Queria te fazer uma perguntas e saber algumas coisas que fossem essenciais pra mim saber, sendo que agora eu sou sua nova namorada— Falei sorridente me ajeitando no banco pra ficar mais confortável e poder o olhar melhor. 


— Ok! O que você quer pergunta? — Ele se ajeitou também no banco ficando com o seu corpo quase totalmente de frente para o meu. 


Pensei por um momento em qual pergunta faria primeiro e optei pela primeira, a que eu queria fazer a tempos, mas sempre me esquecera quando ele começava a me irritar ou sempre alguma coisa nos atrapalhava o que cara acontecia muito. 


— Por que nunca tentou se declarar pra Rebeca? Tipo de um jeito normal e não tentando provocar ciúmes nela como esta fazendo agora. — Falei rapidamente colocando toda aquela frase que a tempos eu queria falar. Sabe aquele era uma ótima pergunta e eu adoraria saber a resposta.





— Por que nunca tentou se declarar pra Rebeca? Tipo de um jeito normal e não tentando provocar ciúmes nela como esta fazendo agora. — Falei rapidamente colocando toda aquela frase que a tempos eu queria falar. Sabe aquele era uma ótima pergunta e eu adoraria saber a resposta.


— Eu já me declarei. Com direito ate falar que eu gostava mesmo dela — Ele falou baixando a cabeça e desviando seus olhos do meu. 


Como é que é? Simmons já avia se declarado para Rebeca? E ainda tinha falado que gostava muito dela? Como assim? Para tudo que agora eu fiquei chocada. Minha boca estava meia aberta estava surpresa de mais para tentar esconder tal reação. As palavras dele pareciam não conseguir ser processada pela a minha mente. Não conseguira ver Simmons fazendo tal coisa. 


— Você já se declarou? — Fiz a pergunta debilmente e ele apensa assentiu abrindo um meio sorriso — Quando? — Perguntei extremamente curiosa. 


— A algum tempo atras — Ele deu de ombros como se aquilo não fosse nada de mais. Mas aquilo era algo demais. 


— E ela? — Eu perguntei entusiasmada. Isso parecia muito com os momentos em que Alex me contava sobre algum garoto super lindo que não parava de olhar pra ela. Só que ali sentado a minha frente era Simmons e ele estava falando do dia em que se declarou para a Rebeca e sua expressão não exalava entusiasmo como a minha. 


— Ela só me disse que eu falava isso pra todas e que não achava que eu pudesse realmente sobreviver a um relacionamento — Ele falou mais uma vez dando de ombros. — E no dia que você me disse aquilo, me lembrei exatamente do que ela tinha me dito naquele dia — Ele se virou pra frente agora olhando o nada — Foi por isso que me veio a ideia. Queria mostra a ela que eu poderia ter um namoro — Ele falou e eu sorri. 


Tudo bem que a imagem de Simmons desabafando a minha frente fosse estranha de mais e mais tarde quando eu pensasse nisso começasse a achar que eu estava ficando louca e que tais palavras nunca saíram da boca de Jensen Simmons, mas ali a única coisa que meu lábios fizeram fora abrir um sorriso claramente animado. Simmons volto a me olhar e assim que me viu sorrindo começou a sorrir também. Demorei um tempo pra me recompor e Simmons não falou nada e nem me apressou, pensei em outra pergunta e fui a pergunta que talvez nunca deveria sair da minha boca. 


— Com quantas meninas que você ficou eu vou ter que enfrentar? — Perguntei e Simmons começou a rir divertidamente. Era engraçado pra ele e talvez um pouco pra mim, mas eu precisava saber para estar preparada assim que elas aparecessem.



— Sim — Ele disse agora com um sorriso divertido brincando em seus lábios. 


Cara que loucura, ele tinha pegado a irmã mais nova de seu melhor amigo. Como será que Jonas se sentia sobre isso? Pelo que eu me lembrara eles nunca tinham brigado, então das duas uma ou Jonas não sabia ou ele não ligava. 


— Jonas sabe disso? — Perguntei deixando que minha curiosidade me dominasse. 


— Sabe sim — Ele falou e solto uma leve risada ao ver a minha cara de idiota. Eu tinha que parar de ficar com aquela cara perto dele.


Pelo jeito Jonas não estava nem ai para a sua irmãzinha mais nova. 


— Então eu só tenho que me preocupar com a Dakota e a Maggie — Comentei e ele me olhou com uma sobrancelha erguida — Susan não é um problema verdadeiro, Nicole e Jess só vão ajudar Rebeca então elas também não são um problema — Ele deu de ombros. 


Continuei com as minhas perguntas, era claro que ele também fez as suas perguntas afinal quanto mais nós soubesse um do outro seria melhor para enrolar as pessoas. Rimos de seu ultimo comentário inútil. 


Eu já disse que ele era um idiota? Sim? Mas e sempre bom repetir ele é um idiota. 


— Ah antes que eu me esqueça, se me trair eu vou te matar — Falei seriamente o ameaçando. Ele riu. 


— Por que tanta preocupação não estamos mesmo namorando — Ele continuou a rir e eu revirei os olhos.


Um verdadeiro idiota. 


— Eu posso aceitar a ideia de falarem que eu fui trocada. E na verdade e isso que vai acontecer quando termina comigo e correr pros braços da Rebeca — Fiz um cara de nojo em imaginar a cena e ele riu — Mas não vou aceitar falarem que eu fui traída. Ser a mais nova chifruda eu não aceito! — Falei irritada e ele solto uma leve risada — Ainda mais de um namoro de mentir a— Ele gargalhou e eu o acompanhei. Cara aquilo estava sendo hilário — Não estou brincando Simmons — Falei tentando parar de rir e ficar seria, mas era muito difícil .


 

— Tudo bem, Tudo bem eu entendi — Ele falou ainda tentando recupera o fôlego e parar de rir. 


— Estou falando serio Simmons— Eu falei parando de rir e o olhando seria — Se me trair eu corto o que você tem dentro das calças — Eu falei seria e ele começou a rir — Não estou brincando, nunca se esqueça do que aconteceu quando você tinha doze anos. Depois daquele dia se eu fosse você eu pararia de duvidar de mim — Eu falei ainda seria e pude ver ele parar de rir rapidamente. 


Quando ele tinha doze anos, houve um pequeno acidente com a tesoura e Simmons quase ficou com um dedo do pé a menos. Um episodio lamentável de sua vida e ele me culpou por quase perder o seu dedo por quase dois anos. Era impossível me esquece daquela historia e pelo jeito ele também nunca se esqueceu. Preciso falar que eu cai na gargalhada logo em seguida? E preciso acrescentar que ele não gostou nada de ser lembrar de tal historia? Poderíamos estar “namorando”, mas nós nunca nos deixaríamos em paz, essa era a verdade sempre que pudéssemos estaríamos um irritando o outro, era assim que éramos e era assim que continuaríamos a ser.


Capítulo 8


Dois dias já tinha se passado dês daquela segunda feira animada. Nosso plano de falar que estávamos namorado tinha dado super certo e todos mesmo ainda bastantes surpresos pareciam estar caindo nessa farsa, principalmente o nosso alvo — Rebeca — o que era realmente animador. Claro que mesmo se passando dois dias dês dessa reviravolta eu ainda não tinha falando com Alex e nem com o meu pai sobre o suposto namoro. E claro também que o pobre de meu pai nem sonhara com tal barbaridade, já Alex estava tão ocupada com os trabalhos da faculdade e com o trabalho que mal tivemos tempo pra conversar, ela já estava falando comigo normalmente, mas sempre que lhe perguntava o porquê do seu “chilique” na segunda ela sempre me respondia com a mesma frase “ Depois Cherry, Depois ” e ai ela trocava de assunto o que era extremamente frustrante. Já Angelina, bem eu não a via dês de sábado, mas a mesma tinha me ligado na segunda a noite me falando que estava bem e que passaria uns dias fora para colocar a cabeça no lugar e eu esperava que esse tempo realmente a ajudasse. Queria estar com ela nesse momento difícil, mas sabia que minha presença só a atrapalharia. 

Simmons continuava o mesmo de sempre, claro que só quando estávamos sozinhos o que depois de segunda só tinha acontecido durante o caminho ate a faculdade e durante os almoços e as idas ate o escritório — sempre parando uma rua atrás da rua do escritório pra que ninguém nos visse — mas em todos esses momentos eu o ignorava e ele parecia fazer o mesmo, já era bastante difícil fingir que era sua namorada e passar a manha inteira ao seu lado na faculdade brincando, fingindo realmente gostar dele e ainda assim permanecer de bom humor, então preferia manter a minha calma ficando o mais longe possível das nossas brigas se não a coisa poderia ficar seria. 

Com as perguntas feitas na segunda eu conseguira enganar super bem todas as pessoas quando dizia que estávamos juntos e quando tentavam me provocar falando coisa como a que ele já tinha pegado quase o campos todos eu sempre rebatia com um “ Que bom que ela aproveitaram enquanto podia, por que agora ele é só meu ” e isso deixava elas furiosas e eu com um lindo sorriso divertido no rosto. É eu sei eu sou demais.

over 1 year ago 

— Claro que tudo bem Alex — Falei voltando a mim e fechando a porta. 


— Ótimo por que eu não queria ter que ir de ônibus, não com esse super figurino que estou vestindo hoje — Ela falou fazendo posse e me fazendo reparar em suas roupas. 


Alex usava uma saia preta de cintura alta, uma blusa em listas pretas e branca parecendo ser de um tecido bem fino, por cima da blusa tinha uma blusinha preta de frio bem bonita e a mesma estava com uma bota de cano um pouco comprido, pra termina seu look ela estava com uma bolsa verde de lado que estava pendurada em seu braço e uma pasta nas mãos. Ela estava incrivelmente linda, seus cabelos como sempre ondulados e sua maquiagem era um pouco escura para se usar de dia, mas ficava perfeitamente aceitáveis quando se tinha incríveis olhos azuis. E como eu queria ter aqueles olhos. 

— Você esta incrivelmente linda como sempre — Falei cordialmente, mas mesmo assim sendo sincera. 


— Você também esta bem bonita — Ela falou me olhando e eu soltei o ar pelo nariz como se fosse uma risada do tipo que diria “sei” — E impressionante como você fica bem em modelitos tão básicos — Ela falou com sua sobrancelha erguida parecia ate que aquilo a incomodasse. Eu sorri. 


— Já esta pronta? — Ela perguntei e eu neguei com a cabeça— Então e melhor se arrumar longo antes que o Simmons venha te buscar — Ela falou sorridente me lembrando do capeta — Por falar nisso, que horas ele vem te pegar mesmo? — Ela falou e eu olhei para um relógio que estava no meu pulso. 


— Daqui 15 minutos — Falei olhando pra mesmo e sorrindo. 


Passei por ela e segui para o meu quarto para termina de me arrumar e para que desse tempo de ainda conseguir comer alguma coisa. Ao entra no meu quarto voltei ao que estava fazendo e fiz uma maquiagem bem básica, ótima para a faculdade, para o dia e para o trabalho. Peguei o salto ao lado da cama — o trabalho exigia o mínimo de classe e postura e o salto proporcionava tais coisas — e o coloquei enquanto via Alex falar qualquer coisa sem importância, Na verdade ela estava tagarelando dês do momento em que entramos no quarto e eu agradecia por não ter tido que responder pergunta alguma por que se não estaria ferrada. Peguei minha bolsa e meu trabalho em cima da cadeira da mesinha de estudos e fui em direção a porta do quarto saindo do mesmo, não precisei me virar para chamar Alex pois eu sabia que ela vinha logo atrás de mim tagarelando sobre algo que eu não sabia ao certo que era, mas tinha certeza que era sobre o escritório pois tinha ouvindo o nome de Tom — um dos publicitários de lá. Provavelmente ela deveria estar falando que o odeia, pois ela sempre falara isso do mesmo e ela sabia que eu também não ia com a cara do engomadinho.


Já na cozinha preparei algumas torradas com geleia de morango e comecei a comer lhe ofereci, mas a mesma negou falando que já tinha tomado café, terminei de comer as torradas e tomei um pouco de suco de laranja — que ficara bem amargo por causa da geleia doce nas torradas — depois de termina de comer subi correndo e fui escovar os meus dentes. Quando terminei sai do quarto olhando em volta entrando novamente para pegar minha blusinha de frio que estava em cima da cadeira da penteadeira, sai do quarto e desci as escadas quando estava no meio da mesma ouvi a buzina do carro de Simmons soar alto me avisando que ele já tinha chegado. 


— Pontual — Ela falou se levantando e pegando as minhas coisas. 


— Ele sempre é — Falei e revirei os olhos terminei de descer as escadas e peguei meu material de suas mãos.


— Ele nunca para de buzinar não? — Ela perguntou enquanto ouvia a buzina de Simmons ainda soar alto.


— Só quando eu sai — Eu disse sorrindo e a mesma riu. 


Abri a porta de casa saindo e fazendo com que Simmons me visse e parasse de buzina, Alex saiu logo em seguida e começou a descer as escadas indo em direção ao carro de Simmons, pude ver a sua cara de surpresa, mas logo em seguida ele abriu um sorriso amigável pra ela — como ele poderia ser tão bom ator assim ?— fechei a porta e desci as escadas quase correndo chegando quase que no mesmo instante que Alex no carro. 


— Eu já disse que acho seu carro um máximo? — Ela falou enquanto parava ao lado do carro. 


— E eu também acho — Ele falou e os dois riram. Revirei os olhos e eu sabia que Simmons tinha visto pois seus sorriso aumento e foi nessa hora que Alex me olhou. 


— Alex vai com a gente de carona — Abri um meio sorriso ao falar. 


— Tudo bem! Entra ai — Ele falou pra ela e ela rapidamente adentrou o carro e se sentou no banco de trás.


— Eu não queria atrapalhar, mas é que meu carro quebrou e eu não estava afim de ir de ônibus — Disse ela no banco de trás animadamente para Simmons, se eu não conhecesse minha melhor amiga ate falaria que ela estaria dando em cima dele. 


Mas quem se importa se estivesse? Por que eu não ligava, mas devia fingir ligar.


Entrei no carro e fechei a porta olhando para Simmons e vendo ele me olhar, pensei na melhor coisa do mundo e abri um belo sorriso — só assim pra poder abrir um sorriso verdadeiro, pensando em algo realmente bom: Chocolate — Fui ate ele e lhe dei um selinho e logo em seguida chupei o seu lábios inferior, íamos iniciar um beijo de cinema, daquele que você não utiliza a língua. Tudo bem que em certos filmes quando rola um beijo você ver a língua de um dos atores passando e você vira e fala “ Beijo de mentira né !”, mas no caso do meu e do Simmons com certeza não teria língua, mas antes de começamos o nosso suposto beijo Alex pigarreou e fez eu e Simmons sorrir um contra o lábios do outro.


— Eu ainda estou aqui, ok — Ela falou um pouco brincalhona o que me fez me afastar de Simmons e rir.


— Ninguém mandou querer vir com a gente — Falei brincalhona e ouvi Simmons e Alex rir. Simmons deu a partida no carro e saiu indo em direção a faculdade. 


Alex passara o caminho todo falando sobre algumas pessoas do nosso trabalho e por mais que suas palavras entrassem pelo meu ouvido elas pareciam não entra em minha mente. Enquanto ela falava eu ficava sentada encarando a rua a minha frente morrendo de sono, tinha planejado dormir durante o caminho a faculdade — agora não tinha problema porque Simmons não aprontaria com a sua nova namorada — mas ai Alex apareceu na minha porta e eu estava lá ouvindo ela falar enquanto mantinha meus olhos aberto — o que era uma tarefa difícil. Pude ver que Simmons tinha notado que eu estava morrendo de sono quando ele se virou pra me olhar e sorriu amigavelmente quando me viu abrir a boca de sono. Quando Alex fazia uma pergunta sempre respondia com coisas curtas, pensar em uma resposta longa agora parecia ser impossível, tudo bem eu precisava de um copo de café .E como se ouvisse meus pensamentos antes de chegar a faculdade Simmons parou em uma cafeteria e comprara 3 copos de café e eu lhe agradeci mentalmente por isso. 


Estava deliciando meu delicioso café quando chegamos ao estacionamento e como sempre os olhos das pessoas por ali — principalmente das meninas — vim ao nosso encontro todos ainda olhavam surpresas — e algumas meninas bem irritadas — parecia que eles ainda esperavam que eu e Simmons voltássemos a nos matar e esquecêssemos essa historia de namoro — pelo menos era isso que as meninas queria.


Simmons estacionou seu carro no lugar de sempre e eu, ele e Alex descemos do carro. Eu e Alex começamos a caminho e logo em seguida Simmons estava ao meu lado nos acompanhando. O mesmo ficou ali do meu lado andando comigo, dessa vez ele não colocou a mão sobre o meus ombros — como sempre fazia — e eu ficara aliviada por isso, esse nosso namoro um tanto quanto “meloso” estava me dando nos nervos, tudo bem que não saímos por ai nos beijando o tempo todo — tudo bem a gente nem se beija, nada passava de apenas selinhos — e nem ficávamos o tempo todo andando de mãos dada — a gente nem andava de mão dadas, seria tenso demais pra nos dois — e muito menos sempre agarrados, mas mesmo assim parecíamos muito melosos para o meu gosto, ele sempre me levava pra mim sala — como se eu não soubesse o caminho ate ela —, sempre me dava selinhos — diversos — sempre falávamos calmamente um com o outro e a maioria das vezes falávamos sempre coisas fofas e que me davam vontade de me matar só por esta pronunciar tais palavras. Não brigávamos mais — sim eu estava com saudades de brigar com ele — eu sempre o ignorava quando estávamos sozinho e o mesmo sempre fazia a mesma coisa e mesmo quando eu o provocava ele sempre me olhava feio ou simplesmente dava de ombros voltando a me ignorar e cara isso me deixava muito irritada. E lá se fora minha maior diversão, afinal brigar com Simmons parecia que não iria rolar por um bom tempo. 


Simmons e Alex riam descontroladamente quando começavam a falar coisas que com certeza me deixava bem irrita, qual é eu estava sendo alvo de zuação para os dois e aquilo claramente estava me irritando. Alex minha melhor amiga tinha se juntando a Simmons meu suposto namorado para rirem da minha cara. Mas que ótimo! Meu dia não poderia ficar pior. Quando estava prestes a explodi avistamos Rebeca e suas amigas — Nicole e Jess — caminhando em nossa direção e assim que os dois notaram isso eles pararam de rir. Alex parara de rir com um pouco de dificuldade e Simmons tinha parado de rir rapidamente assumindo sua postura de idiota quando via Rebeca. Controlei-me para não ri e falei próxima a ele para que Alex não pudesse ouvir. 


— Se controle Simmons — Eu falei e ele parecera ficar mais tenso — E tire essa cara de idiota — Falei sorrindo e o mesmo me olhou com uma sobrancelha erguida me fazendo abrir mais o meu sorriso e ele bufar. 


— Ola meninas — Rebeca falou graciosamente fazendo eu e Alex sorrimos em comprimento — Jensen — Ela o cumprimento falando apensas o seu nome de um forma bem amável e eu tinha certeza que ele poderia morrer ali mesmo.

 

Ele se limitou a sorrir e parecia estar se controlando para não volta a sua postura de idiota perto dela e eu vou falar pela sua cara estava bem difícil.


— Quais são as novidades Beca? — Alex perguntou animadamente, fazendo assim Rebeca tirar os olhos de Simmons e olhar para o meu outro lado aonde se encontrava a loira. 


— Ah! Tenho uma entrevista de trabalho na agencia do Jensen — Ela falou e pude ver Simmons sorrir pálido.


Que ótimo! O cara tinha que decidir parecer um fantasma justo quando ela estava ali bem a nossa frente. A mesma se virou para olhá-lo, mas me surpreendi quando fui ver qual era a sua cara agora e ele estava me olhando, agora mais calmo. Acabei sorrindo o fazendo sorri. Amem ele tinha voltado a sua cor normal e tinha recuperado a compostura


— Jensen — Rebeca o chamou fazendo ele desvia os olhos de mim e olhá-la, mas por incrível que parece ele estava normal, sem a sua cara de idiota. Meus parabéns Simmons você estava conseguindo — Pode me dar uma carona ate lá? — Ela perguntou e foi a minha vez de vacila. 


Uma carona? Serio? Droga Simmons não aguentaria isso. Merda nosso namoro falso mal começara e já tinha ido pro ralo. Que ótimo. Olhei pra Simmons assustada e ele parecia bem calmo o que me confundiu um pouco, achei que o mesmo estaria surtando agora mesmo. 


— Se você não se importa de antes almoçar comigo e Cherry e depois a deixamos no trabalho — Ele falou calmo e tive que me controlar para não deixar que minha boca se abrisse incrédula. 


— Não, tudo bem! — Ela falou e eu a olhei vendo que a mesma parecia um pouco decepcionada com a sua resposta. Eu voltei a minha venha mascara de indiferença. 


— Ótimo, será que posso ir almoçar com vocês também, ai você já deixa eu e a Cherry no trabalho — Foi a vez de Alex se pronunciar e eu sorri pra mesma, eu já esperava tal coisa dela, realmente a única que me pegara de surpresa foi a Rebeca. 


— Tudo bem Alex — Simmons falou sorridente enquanto olhava pra minha melhor amiga.


Olha Simmons estava interpretando tão bem que merecia um Oscar. 


Olhei para o mesmo e sorri verdadeiramente contende pelo que acabara de acontecer, ele contornou a situação perfeitamente e eu nem precisara me pronunciar sobre tal assunto, quando seus olhos se encontraram com o meu ele sorriu alegremente. Ate que o namoro que eu achava que tinha quase acabado naquele momento estava voltado a ativa com força total. Nós dois éramos muito bons atores. “Somos muito foda Simmons” eu quis dizer mais apenas fiquei quieta o olhando animadamente.


— Tudo bem gente ate mais — Falei mandando beijo no ar pra meninas e me direcionando a onde ficava a sala da minha primeira aula. 


Alex ficou com Rebeca e suas amigas pois a mesma fazia publicidade com Rebeca. Simmons andava ao meu lado vitorioso e não era pra menos, Rebeca estava mostrando sinais claros de quem gostava dele — mas isso eu já sabia, se não nunca topara essa ideia maluca. Esperei ate que estivéssemos afastados o suficiente das meninas e comecei a falar.


— Estou orgulhosa de você Simmons — Falei e ele me olhou sorridente — Você aguento firme — Falei abrindo o meu sorriso e ele abrindo mais ainda o seu. 


— Eu sei sou um bom ator — Sempre tão convencido. 


— Idiota — Falei entre o riso e foi à vez dele cair na risada. 


Ficamos o resto do caminho rindo ate que chegamos a minha sala e eu me virei para olhá-lo e pude nota que algumas garotas tinha parado aonde estavam nos olhando. 


— Te vejo na saída — Ele falou sorridente. 


— Na saída? Tenho a manha toda de folga? — Perguntei alegremente e ele riu. 


— Só hoje, porque tenho um trabalho pra fazer em grupo e vamos fazer aqui mesmo já que não temos tempo fora daqui — Ele falou revirando os olhos e eu sorri mais ainda. Não importava o motivo eu estaria livre dele. 


— Eu não ligo, só quero me livrar de você — Falei divertidamente não o provocava assim dês de segunda.


— Sei que vai sentir a minha falta — Ele falou convencido e eu comecei a rir fazendo o mesmo me acompanha. Cara como ele era idiota. 


Nos despedimos assim que o meu professor passou por nós, dessa fez sem selinhos nem nada, apenas um acenou para o outro e fomos cada um para o seu lado. Ao adentrar a minha sala sentei-me em meu lugar de sempre e virei-me pra frente para olhar para o professor, pude ver quando uma turma de garotas entraram e se sentaram bem atrás de mim, as mesmas me olhavam feio como se eu tivesse batido em um pobre cachorro indefesso, eu sabei que se tivesse feito isso talvez elas nem ligasse e sabia exatamente o motivos de todo esse olhar de raiva, o motivo atendia pelo nome de Jensen Simmons.


***


Essa manhã sem Simmons me deixara com bastante tempo livre, então aproveitei para deixar uns relatórios prontos do trabalho e adiantar mais algumas coisas, afinal a semana de provas estava chegando e eu sabia que se não fizesse isso iria me enrolar toda com os trabalhos e provas da faculdade e as coisas pedidas pelo meu chefe. 


Quando minha ultima aula acabou arrumei meu material em minha bolsa e sai da sala passando a bolsa por meu braço e a depositando no meu ombro. Ao passar pela porta da sala fui puxada para o lado por um par de braços fortes, iria xingar o filha da puta que tinha me puxado, mas antes de abrir a boca pude ver Simmons me olhando sorridente. 


— Você me assustou Simmons — Falei um pouco nervosa enquanto via ele tira suas mãos do meu braço. 


— Desculpe — Ele falou sorridente, mas eu sabia que no fundo ele não estava se desculpava. No fundo ele tinha adorado me assustar.


— O que faz aqui? — Perguntei quando o vi desencosta da parede e me puxar pra começarmos a andar. Normalmente Simmons me esperava encostado em seu carro. 


— Vim te buscar na sua sala com um belo namorado faz quando não vê a sua namorada o dia todo — Sua voz tinha um pouco de seu tom debochado, junto com seu tom enojado, o que me fizera rir. 


Continuamos a andar e antes que saímos da escola me lembrei que Simmons teria que ficar sozinho com Rebeca assim que deixasse eu e Alex no trabalho.


— Estou um pouco preocupada Simmons.— Comentei fazendo o mesmo me olhar agora serio. 


— Preocupada por quê? — Ele perguntou erguendo uma das sobrancelhas. 


— Você vai aguentar ficar com a Rebeca sozinhos dentro de um carro, sem cometer nem uma besteira? — Perguntei temendo a sua resposta e pra minha surpresa ele abriu um sorriso divertido. 


— Não se preocupe Marrony, tenho um ótimo motivo para me manter longe dela. — Ele falou ainda divertido enquanto encarava o caminho a sua frente. 


— Tem é ? — Eu perguntei e ele apenas assentiu a cabeça — Qual? — Perguntei agora curiosa pra saber esse tal motivo que o ajudaria a se manter afastado de Rebeca.


— Não quero perder o que tenho dentro das calças. — Ele falou debochado e eu acabei caindo na gargalhada. Cara eu não acreditava que ele ainda se lembrava disso. 


Simmons me acompanhou na risada e continuamos a caminhar. Ainda estávamos rindo quando chegamos a frente de seu carro e encontramos a tropa lá parada encostada no carro. Alex, Rebeca, Jess, Nicole e ate Jonas estava ali. Rebeca foi a primeira a nos ver e sua cara não era nada feliz ao nos ver sorrindo alegremente, Alex ao nos ver abriu um enorme sorriso e Jess e Nicole ficaram indiferentes a tal cena, Jonas parecia meio surpreso, mas mesmo assim sorria. 


— Prontos pra ir? — Simmons perguntou parando em frente ao pessoal e eu fiquei ao seu lado. 


“Todos” — Alex e Rebeca — assentiram abrindo um sorriso amigável. 


— Você vai com conosco Jonas?— Perguntei ao garoto que ainda se encontrava encostado na lateral do carro. 


— Não obrigada. Eu dispenso isso... — Ele falou gesticulando com a mão entre mim, Simmons e Rebeca enquanto mantinha seus olhar serio sobre Simmons. 


Sabia que só eu e Simmons — que ainda sorria — tinha visto seus gestos com a mão. 


Naquele momento me perguntei se Simmons tinha quebrado o nosso acordo de não contar a ninguém sobre o nosso namoro de mentira. Se ele tivesse contado a verdade ao Jonas eu o mataria, afinal quando tinha falado em pedir ajuda para Alex sobre nossa historia lhe contando a verdade ele surtaou. Jonas se despediu de nos ainda serio, digamos que ele parecia bem mais apreensivo do que serio, Nicole e Jess também se despediram de nos e cada uma seguira para seus respectivos carros. E ai estava à parte mais engraçada da historia, Nicole e Jess ambas estavam com seus carros e Rebeca decidira pedir carona justamente para Simmons, ela com certeza “tentaria” algo e isso me deixava um pouco apreensiva . Apensar de Simmons me garantir que ele tinha bons motivos para não deixar nada acontecer, eu ainda temia, pois não sabia se ele realmente poderia aguentar aos charmes dela. 


Pessoas apaixonadas são vulnerável.


Simmons desligou o Alarme do carro fazendo as portas dos mesmo serem destravadas e isso fez com que as meninas que ainda estavam encostadas no carro, se afastassem e abrissem a porta para entrar. Eu estava ainda com a cara um pouco fechada, pois temia por tudo ir por água abaixo e zangada pela ideia de Jonas já saber de toda a verdade, dei um passo indo em direção ao outro lado do carro, mas antes que desse outro passo Simmons segurou em meu braço me impedido de prosseguir, me virei para olhá-lo. Era impressão minha ou Simmons tinha a mania de fazer essas coisas?


— Ele não sabe de nada Marrony. — O olhei confusa e com uma sobrancelha arqueada. Dó que o infeliz esta falando? — Jonas — Ele falou o nome do amigo e de repente eu entendi perfeitamente do que ele estava falando. Caramba Simmons agora você lê mentes é moleque? — Ele só esta achando tudo isso uma loucura — Se ele fosse o único. Simmons falava calmamente e seu sorriso se abriu um pouco mais antes de voltar a falar — Ate mês passado eu era afim da Rebeca e de repente do nada começo a namorar a garota com que eu mais briguei na vida. Ele apenas esta confuso com todas essas mudanças — Simmons falou em defesa de seu amigo — Ele acha que vai sair confusão — E não era só ele que acha isso meu querido Simmons, completei mentalmente. Simmons solto uma risada leve e volto a falar — Agora tire essa sua cara amarrada — Ele falou me puxando para ele e beijando minha testa me fazendo sorri. 


Ate Simmons conseguia ser doce quando queria, me afastei um pouco do mesmo o olhando sorridente, mas quando abria a boca para falar não foi a minha voz que eu ouvi. 


— Ei casal! — Alex nos chamou me fazendo virar para olhá-la — Será que dá pra parar de namora ai — Ela tinha um sorriso brincalhão em seus lábios — Eu estou com fome — Ela falou manhosa e fazendo uma careta que levara eu e Simmons a gargalhada. 


Sai de perto de Simmons ainda rindo e fui ate o outro lado do carro abrindo a porta do mesmo e antes que eu pudesse entra vi a cara amarrada de Rebeca. Ao ver essa cena tive que fazer um esforço sobrenatural para não rir de sua cara. Entrei no carro e fechei a porta do mesmo, Simmons já se encontrava no carro e assim que eu fechei a porta o mesmo deu a partida e seguimos para o meu restaurante favorito.


***


Preciso falar que o nosso almoço fora super calmo e um tanto quanto divertido? Divertido apenas para Alex e Simmons que conversavam animadamente sobre lembranças que eu preferia esquecer. Rebeca ficou o tempo todo calada e com a cara fechada sempre que lhe perguntavam o que ela tinha, ela sempre respondia que era porque estava nervosa e eu sabia que isso era verdade, mas sabia também que não era o principal fator de sua cara amarrada. Tudo bem que ter uma entrevista de emprego era algo bem frustrante, te deixara nervoso e apreensivo e tudo mais, mas eu sabia que essa cara de Rebeca era mais por causa de Simmons, alem das palavras de confortos que ele tinha lhe dado sobre a entrevista de emprego, nada mais fora proferido da boca dele para ela e eu tinha me surpreendido com tal coisa, mas sabia exatamente o motivo. Alex estava mantendo seus pensamentos ocupados com todas aquelas lembranças que ela despejara em cima dele e talvez esse fosse o maior motivo por eu não ter mandado eles calarem a boca, porque manda eles irem para o quinto dos infernos eu já tinha mandando e varia vezes por sinal. O caminho ate o meu trabalho fora silencioso e calma, o único barulho era o da musica que estava tocando na radio, uma musica animada e com certeza uma das musicas que Alex adorava pois a vi mexer os seus lábios como se estivesse cantando a musica. Sorri alegremente, afinal de todas as pessoas ali no carro Alex com certeza era a mais feliz. 


Quando Simmons parou dois prédios antes do nosso vi meu coração acelerar e pude ver pelo retrovisor um sorriso se abrir nos lábios de Rebeca, eu poderia a chamar de cobra se não a conhecesse, sabia que ela nunca se jogaria nos braços de Simmons, sabia que ela jogaria seu charme e deixaria que ele viesse ao encontro de seus lábios e meu coração quase saiu pela boca. Droga eu não queria sair como a traída da historia. Simmons pegou em minha mão e sorriu, ele queria me tranquilizar, mas não estava funcionando, eu tinha medo que tudo isso fosse de água a baixo no momento em que eu saísse do carro.


— Te mando mensagem mais tarde. — Ele falou, mas eu sabia que o que ele queria dizer era “ Eu te mando mensagem assim que chegamos ao escritório e te conto tudo o que aconteceu ”. 


Respirei fundo tentando manter minha cara despreocupada e abri a porta do carro, em um ato rápido Simmons segurou meu braço antes de eu sair. Ta vendo esse garoto tinha mania de fazer isso.


— Quero meu beijo de despedidas — Ele falou um tanto quanto manhoso e zombeiro e aquilo me fez rir rapidamente. Coloquei meus lábios ao seus demorando um pouquinho para desgrudá-los — Venho te buscar mais tarde — Ele falou sorrindo assim que nossos lábios se desgrudaram.


— Nada disso Simmons, a Cherry hoje e toda minha — Alex apareceu do lado da porta aberta o que me fez olhar pra ela assustada. 


Meu Deus como essa menina e rápida. 


— Estou tendo minha namorada sequestrada hoje? — Simmons perguntou se fingindo de ofendido o que fez Alex revirar os olho


E foi nesse momento que eu vi que Rebeca estava fora do carro, agora a minha frente me olhando sorridente, mas ao contrario do que o sorriso de uma pessoa que iria te apunha-la pelas costas e tecnicamente era isso que ela iria fazer, seu sorriso era verdadeiro e simpático e novamente eu sabia que se acontecesse alguma coisa alem de conversa fora por que Simmons não resistira aos encantos da jovem loira. E eu não a julgaria se estivesse em seu lugar tentando reconquista o menino de quem eu gostava eu faria a mesma coisa se não pior. 


— Boa sorte com a sua entrevista Rebeca. — Falei verdadeiramente e sorridente para a mesma, que no mesmo momento colocou seus braços em torna do meu pescoço me abraçando. 


— Obrigada Cherry — Ela falou sorridente e nervosa. Agora ela estava apensas apreensiva por causa de sua entrevista. 


Alex ao meu lado se jogou nos braços da amiga e a desejou muita sorte, nesse pequeno momento olhei para Simmons, meu olhar era serio e repreendedor. Assim que viu meu olhar Simmons sorriu mais ainda me mandou um beijo me fazendo mostra-lhe o dedo do meio o fazendo rir. Alex soltara Rebeca que entrou no carro se sentando aonde eu estava sentada minutos atrás, ela fechou a porta do carro fazendo Simmons dar a partida e sai seguindo a rua. Alex passou seus braços pelo meu os entrelaçando e fomos caminhando ate o nosso prédio. 


***


Tenho que dizer que mesmo Simmons me falando diversas vezes que nada iria acontecer fiquei meio apreensiva durante um bom tempo no escritório, só fui me acamar quando uma mensagem de Simmons chegara ao meu celular me falando que como ele tinha dito nada aconteceu. Depois dessa mensagem pude trabalhar tranquilamente. O dia no trabalho foi sossegado, meu chefe parecia estar de bom humor como sempre e todos estavam adorando isso, pelo jeito alguém tinha tido algumas brincadeirinha antes de dormir ontem. 


Na hora de ir embora Alex veio me encontra na minha mesa toda sorridente e ai eu lembrei que fora raptada pela minha melhor amiga. Sai com ela claramente animada e feliz, afinal já fazia algum tempo que não tínhamos uma noite só nossa, pra completar a minha felicidade Angelina me ligou antes de eu sair do trabalho me falando que amanha ela estaria de volta a faculdade, me disse que estava morrendo de saudades de mim e eu estava louca para ver a minha outra melhor amiga. Alex ficara claramente feliz pela volta de nossa adorável revoltada, mas ao mencionar o nome de Angelina, Alex pareceu se lembrar de algo e o caminho ate a minha casa — de taxi— foi silencioso.


Ao entrarmos em casa vimos a sala vazia e todos os cômodos que se pudera ver dali com as luzes apagadas, se eu não tivesse visto o carro de meu pai estacionado na garagem diria que ele não estava em casa, mas eu sabia exatamente aonde ele estava. Ele se encontrava em seu escritório no final do extenso corredor lendo algumas papeladas que o deixariam de cabelos brancos. Não fui ate o seu escritório avisá-lo que já tinha chegado, porque ele provavelmente não ligaria e porque não queria incomodá-lo. Fechei a porta de casa e segui ate a sala aonde Alex já se encontrava sentada no sofá de frente pra TV a encarando sem realmente a ver. Sentei-me em uma poltrona um pouco distante da mesma e ela parecia nem perceber que agora eu estava ali. Pigarrei chamando sua atenção a mesma me olhou com uma cara de idiota que quase me fizera rir.


— Vai querer pedi o que pra comer? — Perguntei com um sorriso nos lábios. Já ate sabia o que ela iria querer. 


Pizza. 


— O que você quiser — Ela respondeu dando de ombros e voltando a olhar pra sua frente.


O que tinha acontecido com ela? Nem parecia a mesma garota que estava toda animada e tagarelava sem para hoje mais cedo. 


— Alex o que houve? — Meu sorriso sumiu quando tais palavras saíram de minha boca. 


— Por que não me contou? — Ela perguntou rapidamente com os olhos cheios de lagrimas. 


Qual é ela não iria chora não é? Me levantei rapidamente assim que vi uma lagrima sai de seus olhos e rolarem pelo seu belo rosto. Droga Alex pra que tanto drama menina? 


— Ei, por que esta chorando? — Perguntei me sentando no sofá ao seu lado e passando a mão em seu rosto pra secar a suas lagrimas. 


— Por que você não me contou Cherry? — Ela fez a mesma pergunta só que agora um pouco mais alto. Alex estava bem seria enquanto eu me perguntava sobre o que ela estava falando. 


— Alex do que esta falando? — Perguntei confusa e curiosa. 


Cara o que eu tinha feito dessa vez?


— Não se faça de idiota Cherry— Ela falou um pouco irritada e pela primeira vez na minha vida — mentira — eu não estava me fazendo de idiota. — Estou falando de você e Simmon — Ela terminou de falar agora claramente bem irritada. 


A ta de brincadeira comigo ne? Serio que ela estava chorando por causa disso? Qual é eu achei que ela estivesse bem com essa historia, ela ate estava se dando bem com o Simmons. Por que isso agora? Por que esse drama todo? Inacreditável! Alex as vezes me parecia bem bipolar e essa reação de hoje me mostrava claramente tais sintomas. A mesma estava tão bem hoje de manhã com Simmons, com a ideia de estamos juntos, a mesma tinha se juntado com ele para tirar sarro de mim e ainda tinha feito brincadeiras com o nosso namoro e agora estava ali chorando. Dava pra acreditar em uma coisas dessa? Esse tipo de coisas só acontecem comigo, porque eu tenho uma péssimo dedo para amigo. Bem feito Cherry quem mandou se apegar a gente doida, dava nisso, dava nesse tipo de coisa. Agora você tinha uma amiga nervosinha e agressiva e outra extremamente bipolar. 


— Alex achei que você estivesse bem com isso. Achei que estivesse gostando do Simmons, vocês ate estavam rindo juntos hoje — Falei um pouco calma mais mesmo assim meu tom de voz não escondia o quanto confusa eu estava. 


— E eu estou gostando dele, ele e um cara legal! — Ela falou calmamente e eu quase explodi. “ Então por que diabos você esta chorando peste? ” Foi o que eu quis grita, mas permanecia calada enquanto ouvia ela continuar — Quero saber por que não me contou? Por que escondeu de mim que estavam namorando?— Ela perguntou parecendo se acalmar e logo depois mais algumas lagrimas rolaram pela seu rosto. 


Com eu disse BIPOLAR.


— Alex, eu e Simmons não contamos a ninguém por que queríamos ter certeza que isso daria certo. Sabe nos dois nos odiávamos ate um tempo atrás isso também foi um choque pra gente. Queríamos ter certeza se isso ia pra frente — Falei calmamente, dando a desculpa que eu já tinha dando um milhão de vezes às farias pessoas diferente. 


— Não contaram a ninguém? — Alex explodira e se levantou me encarando. Droga esse caso de bipolaridade já estava começando a me assusta — Angelina agora virou ninguém Cherry? — Ela falou um pouco mais alto e eu ergui a sobrancelha confusa. 


De que diabos essa garota estava falando agora?


— Alex — Chamei seu nome calmamente enquanto me concentrava em não ligar para um hospício, afinal minha amiga além de bipolar estava ficando louca? — Do que vocês esta falando? — Perguntei fazendo minha voz se exalta um pouco, mas logo em seguida voltar ao normal ao ouvir um sinal de perigo ser acesso em meu celebro. 


Não grite com pessoas bipolares quando elas estão surtando, ela podem ser perigosas. Um arrepio percorreu minha espinha. Alex não me machucaria certo? Errado! Seu olhar assassino me avisara que ela poderia voar em cima de mim a qualquer minuto. 


— Estou falando que quando eu liguei para Angelina, falando que você estava namorando na segunda assim que fiquei sabendo, ela me disse que já sabia — Alex falou tentando controlar sua voz para não gritar novamente, mas seu tom de voz era parecido com de uma psicopata. Outro arrepio pela minha espinha. Ok Cherry se acalme. — Estou te perguntando por que contou para Angelina e não contou a mim? O que ela é mais sua amiga do que eu? Fui definitivamente jogada para escanteio agora? Estou fazendo uma pergunta simples agora Cherry, eu não sou mais tão sua amiga quanto ela? — Ela perguntou se jogando no sofá cansada e derrotada, seus olhos estavam mais uma vez molhados pelas lagrimas que insistiam em sair pelos seus olhos. 


Sorri um pouco aliviada por ter entendido o motivo de seu surto e sorri um pouco mais por saber que não iria ser morta naquela noite. Mas ainda não tirava da minha cabeça que Alex era bipolar. Fui ate ela passando meus braços pelo seu corpo a abraçando, a mesma me abraçou e começou a chorar contra o meu corpo. Por que estava com a horrível sensação de já ter passado por aquela cena. Estava abraçada a uma das pessoas mais importantes da minha vida, enquanto ela chorava descontroladamente e pela segunda vez o nome de Simmons estava envolvido na historia. Mas que droga estou começando a odiar mortalmente esse garoto de novo e me odiando por ter aceitado tal proposta dos infernos, que na verdade só tinha beneficiado a ele próprio por que meu pai ainda estava em seu escritório ganhando novos cabelos brancos pensando em o que fazer para pagar as nossas dividas. Beijei o alto da cabeça de Alex que parecia ter começando a se controlar e ter parado de chorar um pouco. 


— Não contei a Angelina — Comecei a falar calmamente e vi Alex se afasta de mim e me olhar com as sobrancelhas franzidas.


 — Não contou? — Ela perguntou um pouco manhosa e com o rosto ainda molhados pelas lagrimas. 


— Não — Neguei com a cabeça e ela sorriu levemente — Também não a amo mais do que você. E nada das mil babozeras que você falou. Eu amo as duas igualmente Alex e sempre vai ser assim — Falei abrindo um sorriso amável pra mesma que abriu ainda mais o seu. 


Ela apenas volto para os meus braços encostando a sua cabeça em meu corpo e me abraçando fortemente. Afastei-me e fui para a ponta do sofá vendo a mesma sorrir de depositar sua cabeça na almofada que já estava em meu colo. E mais uma vez eu estava tento um dejavu, a alguns “dias” atrás era Angelina que estava assim em meu colo. 


— Então o que aconteceu? — Alex perguntou sorridente em meu colo e eu voltei a me concentrar nesse momento e esquecer aquele que já tinha passado. 


— Estávamos na festa da Rebeca e em um momento eu fui encontrar o Simmons e Angelina acabou vendo nos dois juntos — Falei um pouco desanimada e Alex fez uma careta. 


— Coitada — Falou um pouco triste. Alex também estava ciente dos sentimentos de Angelina por mim — Ela deve ter ficado arrasada — Alex falou um pouco perdida em seus pensamento. 


Talvez aquele comentário deveria ter sido só pra ela , mas eu não liguei concordava com ela Angelina ficara desconsolada.


— Foi por isso que ela veio dormir aqui. Na verdade foi por que estava bêbada demais — Falei e Alex riu me fazendo sorri — Mas quando você chegou, nos tínhamos acabado de ter aquela conversa que eu vinha evitando há tempos. — Falei fazendo uma carreta e Alex me acompanhou fazendo uma careta também. 


— E como ela reagiu a tal conversa? — Pelo seu tom de voz pude ver a sua preocupação, apesar de elas sempre brigarem e implicarem uma com a outra sabia que uma estaria pronta para defender a outra quando fosse preciso. Sabia que apensar das brigas elas duas se amavam muito. 


— Do jeito que achamos que ela reagiria — Falei um pouco desanimada aquela conversar e aquelas memórias não me agradara em nada. — Por isso ela foi viajar, ela precisava de um tempo pra pensar — Falei um pouco calmamente e agora eu estava perdida em meus pensamento. 


— Ela me falou que foi viajar por que tivera problemas com alguns parente — Alex falou me tirando dos meus devaneios — Que mentirosa — Ela falou um pouco alto me fazendo rir e a mesma me acompanhou.


— Não diga a ela que eu te contei isso — Falei rapidamente depois de ter parado de rir — Talvez ela não esteja pronta pra que você saiba ainda. Quando ela estiver ela mesma vai contar a você. E você vai fazer aquela sua cara de quem não sabe de nada— Falei sorrindo e ela me olhou incrédula.


— Eu não sei fazer essa cara — Ela falou com se estivesse ofendida e eu revirei os olhos. 


— Tenta mentir pra outro Alex — Eu ri e ela me deu um tapa. E cara ela tinha força. — Ai bruta — Passei a mão aonde sua mão tinha se chocado com o meu braço e fiz uma careta de dor. 


— Você mereceu — Ela falou fazendo pouco caso da minha dor. Amigas perfeitas eu tenho neh. Ironizei agora. — Mas sabe que ela vai supera isso não sabe Cherry? — Alex perguntou voltando a ficar seria. 


— Eu sei — Falei calmamente desmanchando o meu sorriso — Mas eu queria tanto estar com ela nesse momento difícil — Falei respirando fundo evitando que as lagrimas que começaram a se formar rolassem pelo meu rosto. 


Por que essas coisas tinha que acontecer comigo?


— Eu tenho certeza que ela sabe disso e que ela agradece a sua preocupação. Mas esse e o momento só dela, é uma coisa que todas nos já passamos um dia — Ela falou e eu assenti com a cabeça, realmente eu também já tivera aquele momento não quero ninguém por perto, preciso pensar na minha vida sozinha. — Ela esta voltando amanha, sem falar que ela te ligou algumas vezes que eu sei — Alex falou em um falso tom de magoa e eu ri. 


Ela realmente poderia ser atriz, era ótima em dramatizar.


— E tão dramática — Eu falei zombando dela e ela riu me dando outro tapa. 


Que ótimo mais uma amiga agressiva era tudo que eu precisava. 


— Quem vai liga para o carinha da pizza? Eu estou com fome — Ela falou passando a mão em sua barriga. 


— Caramba Alex, comemos uns salgados quando saímos da agencia — Falei a olhando surpresa. Deus como ela pudera ser tão magra sendo que ela comia demais?


— Eu estou em fase de crescimento — Ela falou se defendendo e me fazendo rir.


— Crescimento? — Perguntei e ela assentiu sorridente — Só se for pros lados — Falei votando a rir e a vi me olhar irritada. E ai ela me dera outro tapa, mas forte dessa fez. Bruta essa minha amiga.


— Você acha mesmo? —Ela perguntou se levantando, seu tom era preocupado e eu a olhei confusa. Do que ela estava falando? — Acha mesmo que eu estou gorda Cherry? — Ela olhou para a sua barriga passando a mão por cima da mesma. 


— Eu estava brincando Alex — Falei revirando os olhos, como ela poderia pergunta tal coisa, a menina estava super magra, estava bem gostosa. Ri dos meus pensamentos maldosos e a olhei — Ligue para o cara da pizza que eu vou tomar um banho.


Capítulo 9

Hoje não era um bom dia para fazer brincadeira comigo e muito menos me irritar. Sim, sim hoje eu estava na TPM e mulher na TPM todos sabem e capaz de fazer qualquer coisa. Diferente dos outros dias que mesmo acordando irritada, não tinha descontado no meu querido despertador, bem hoje ele sofrera belos dias em que não sofreu, o mesmo quando começou a apitar descontroladamente o encarei irritada e o arremessei contra a parede com toda a minha força. Talvez depois de hoje eu deveria comprar um despertador novo. 


Parece que de todas as TPMs que eu já tivera essa sem duvida era a pior, parecia que meus problemas e os dramas dos últimos dias tinha se juntado com o maldito mal humor daqueles dias e isso tornaria as coisas bem piores. Arrumei-me com uma calça jeans qualquer e com uma blusa um pouco mais soltinha, estava me sentindo feia e gorda — maldita seja os dois pedaços de pizza que comi ontem a noite. Olhei para o meu cabelo e fiz uma careta. Qual é nem ele queria me ajudar hoje. Após uns 5 minutos pensando em o que fazer nele, optei por amará-lo em um rabo de cavalo alto e o deixara assim, fiz um maquiagem básica que não iria me deixar bonita, mas que pelo menos me deixaria com um ar mais saudável e com uma aparecia mais apresentável. 


Peguei uma jaquetinha que estava em cima da cama e caminhei ate fora do quarto com a minha bolsa na mão, desci as escadas apressadamente enquanto ouvia a campainha que começara a tocar. Mas que merda quem era o infeliz aquela hora da manha? Corri ate a porta com tanta raiva que poderia pular em cima da pessoa que estivesse apertando insistentemente aquela campainha, não me interessava se ela fosse uma simples menininha vendendo biscoitos ou uma velhinha pedido dinheiro pra igreja. Eu não me importava ambas sofreriam as conseqüências. Abri a porta me deparando com uma Alex feliz e sorridente e ao seu lado estava Angel animada como a amiga, fiz uma careta pras duas e deixei a porta aberta pra que elas entrasse seguindo assim para a cozinha. Estava com fome e nem que eu fizesse todos chegarem atrasados eu comeria. Passei pela porta da cozinha e por um momento me perguntei se Alex e Angel tinha entrado ou se ainda estariam paradas em frente da porta aberta? Decide por fim que pouco me importava com tais coisas.


Segui para o armário e procurei algo de comestível e que fosse gostoso. Depois de tanto vasculhar o armário peguei meus cereais favoritos, iria comer eles mesmo. Virei-me e pude ver Alex e Angel conversando baixinhos encostadas ao batente da porta. As ignorei e segui para aonde ficava as tigelas, peguei uma e coloquei uma boa quantidade de cereais dentro e logo em seguida peguei o leite que ainda estava em cima da bancada, meu pai só poderia querer que o leite azedasse não era possível. Coloquei um pouco de leite e peguei uma colher colocando dentro da tigela, pegando um pouco de cereais e os levando ate a boca. Fiz esse ato varias vezes e pude sentir os olhares das meninas sobre mim, as ignorei mais uma vez e continuei a comer meu delicioso cereal. 


— O que vocês estão falando ai? — Perguntei novamente nervosa. Depositei a tigela já lavada no escorredor de pratos, virando-me agora para olhá-las.


Ambas paradas na soleira da porta me olhando com os olhos arregalados. Se fosse qualquer outro dia eu teria rido da cara de idiota delas, mas hoje não, permaneci olhando para elas seria. 


— Nada — Alex falou apressadamente. 


Antes que eu pudesse abri minha boca pra falar que ela estava mentindo — porque ela estava claramente mentindo — a buzina do carro de Simmons invadiu o silencio da cozinha me fazendo sair de onde estava pisando firme ate a sala — passando pelas meninas que ainda estavam paradas. Peguei minha bolsa pelo caminho e fui ate a porta a abrindo e saindo logo em seguida, deixei a porta aberta para que as meninas que deveriam estar vindo atrás de mim pudessem passar, pisei firme enquanto descia os degraus da escada. Ao me ver com a cara mais fechada do mundo Simmons parou imediatamente de buzinar e seu sorriso sumiu no mesmo instante.


Um lado bom de você brigar com a mesma pessoas por anos e que ela começara a decorar os dias em que não deveria mexer com você e Simmons bem, ele descobrira da pior forma possível que tinha certos dias que ele não deveria nem aparecer na minha frente. Digamos que eu quase o atropelei quando estava nesses dia, tudo bem que isso já fazia uns quatro anos, mas a partir desse dia ele sabia exatamente quando não deveria mexer comigo. 


Cheguei ao carro um pouco mais calma Alex e Angelina já estavam atrás de mim. Simmons cumprimentou educadamente as meninas e todas nos entramos no carro, pude ver a cara de alivio de Angelina quando vira que eu é Simmons estávamos nos ignorando — talvez ela ainda não estivesse pronta pra nos ver juntos. Simmons era um cara esperto ficaria o mais longe de mim possível — o que não seria muito, já que agora estávamos namorando — é provavelmente esconderia bem a chave de seu carro. Sorri com o meu ultimo pensamento e me mantive calma durante todo o trajeto ate a faculdade. Alex e Simmons conversavam animadamente e uma vez o outra Alex incluía Angelina no assunto e a mesma sempre fazia careta quando seu nome era citado, ela sempre saia sutilmente do assunto — sempre dava de ombro e os ignorava. Angelina sempre tão sutil. 


Quando o carro virou a curva do estacionamento me senti um pouco tensa, não queria ver Rebeca e nem uma outra pessoa, afinal hoje estava em um dia não muito agradável e como sempre hoje eu era meio bipolar poderia estragar com o nosso plano todo se alguém — Rebeca ou Simmons — me irritassem. Assim que Simmons estacionou na vaga de sempre vi de longe Rebeca e suas amigas se aproximarem e mais atrás vinha Jonas todo sorridente. Deus isso só poderia ser um complô contra minha pessoa, por que eles nunca apareciam assim todos juntos quando eu estava de bom humor, quando eu estava bem, mas não era sempre no pior dia. Parece que eles recebiam mensagem do tipo “ Hoje e o dia, tirem a Cherry do serio que hoje ela mata alguém e vai presa. Cuidado pra ela não matar você! ” só poderia ser isso não tinha outra explicação. 


Saímos todos do carro com sorriso nos lábios — todos menos eu e Angelina. Dei a volta no carro e abracei Angelina por trás que sorriu alegremente, beijei sua bochecha. Eu poderia esta naqueles dias de cão, mas mesmo assim eu tinha que “comemorar” a volta de uma das minhas melhores amigas. 


Rebeca foi a primeira a se aproximar ficando de frente para Simmons que estava do outro lado de Alex. 


— Bom dia pessoal — Ela falou sorridente. Eu particularmente adorava o sorriso de Rebeca, era tão bonito e sincero, mas hoje com certeza me tiraria do serio.


— Só se for pra você — Falei baixinho e Angel — a única que tinha ouvido, pelo fato de eu ainda estar abraçada a ela — riu fazendo todos a olhares e eu sorri falsamente pra eles e permanecia ali abraçada a Angel que alisava meus braços que estava em sua barriga. Meu queixo estava apoiado em seu ombro fazendo assim eu me senti incrivelmente confortável.


Quando Jonas finalmente chegou ate nós, todos começaram a conversar animadamente. Simmons conversava com Jonas enquanto do outro lado Rebeca, Nicole, Jess e Alex conversavam sobre a entrevista que Rebeca tinha feito ontem na empresa de Simmons, mas pela cara triste que Rebeca estava, parecia que ela não conseguiu o trabalho que tanto queria. Uma pena porque sabia que isso era tudo o que ela mais queria e não era por causa do Simmons, sim porque era o trabalho dos sonhos pra qualquer um que fazia publicidade, trabalhar em uma grande agencia como a de Simmons. Mas estava um pouco aliviada por outro lado por saber que não teria que me preocupa com ela rondando Simmons todos os dias em seu escritório. Agora eu poderia ficar mais tranquila, sabia que não seria a nova chifruda do campos. Angelina comentava uma vez ou outro sobre o assunto, mas mesmo assim ela permanecia no mesmo lugar ainda na minha frente no meio dos meus braços. 


Ainda tínhamos alguns minutinhos antes das aulas começarem e pelo o que eu via esse minutos seriam bem aproveitados para continuarem a conversa super interessante que eles pareciam ter. Mas eu estava mais concentrada em como me livraria de Simmons sem que isso levantasse suspeitas e comentários, não queria andar perto dele hoje, sabia que qualquer coisa que ele fizesse ou falasse poderia me tirar do serio a tal ponto de termina meu serviço de anos atrás — eu o mataria atropelado. 


Simmons tinha esse efeito sobre mim, ele me tirava do serio só pelo fato de estar no mesmo cômodo que eu, só pelo fato de estar muito próximo. O fato de ele existir me tirava do serio. Continuei pensando em como me livrar da caminhada do estacionamento ate a sala de aula que eu não estava nem um pouco afim de ter ao lado de Simmons, talvez se eu usasse a desculpa que estava com saudades de Angelina ainda e que queria continuar com ela. Na verdade isso nem era uma desculpa era a mais pura verdade, eu realmente estava com saudades da minha Angel. A abracei mais forte quando esse pensamento veio a minha mente e a vi abri ainda mais o seu sorriso. O dia ate que estava melhorando o episodio lamentável com minha aparência e com o meu despertador já tinha sido superado, pelo jeito o dia tendia a melhorar. 


Talvez fosse  cedo demais para se falar isso.


De repente o sorriso que estava no lábios de Angelina diminuiu, estranhei e olhei para onde a mesma estava olhando, foi então que pude ver Hannah Dellacour vindo em nosso direção e foi a vez do meu sorriso diminuir. A não por favor, por favor que essa vadiazinha não estivessem vindo dar em cima de Simmons. Hoje não estava muito afim de começar a bancar a namoradinha ciumenta. Porem me surpreendi quando a vi para na frente de Angelina — e conseqüentemente na minha frente também — de braços cruzados e uma cara nada amigável. 


— Posso saber o que significa isso? — Hannah perguntou seria enquanto desvia seus olhos de mim para Angelina e de Angelina pra mim. 


Ela enlouqueceu de vez? 


— Fica calma Hannah — Angel falou calmamente enquanto sai de meu “abraço”. Vi pela minha visão periférica que todos os nossos “amigos” e algumas pessoas que estavam mais próximas de onde estávamos nos olhavam curiosos. 


— Ficar calma? — Ela repetiu um pouco mais alto chamando a atenção de mais algumas pessoas — Como pode me pedir calma quando te vejo agarrada a essazinha ai ? — Ela fez cara de nojo ao me olhar e eu tive que me controlar para não manda ela ir a merda ao invés disso olhei para Angelina confusa. 


— Angelina o que esta acontecendo? — Angel se virou para me olhar, ela me parecia bem nervosa e preocupada, seu olhar era assustado e por um momento eu temi a resposta. 


Angelina abriu a boca pra falar mais não foi a sua voz que soou no silencio que estava entre todas as pessoas que prestavam atenção em nós. E quando a frase ecoou pelo silencio me arrependi mortalmente de ter perguntado. 


— Ainda não contou a ela bebê? — A voz de Hannah era tão enjoada que quase me fez vomitar. Bebê? Eu tinha ouvido isso mesmo? Que diabos estava acontecendo ali? Hannah sorriu mais ainda ao ver a minha cara e volto a falar rapidamente antes que Angelina pudesse fazer alguma coisa — Eu e a Angelina estamos namorando — Ela abriu ainda mais o seu sorriso ao ver a minha cara de terror. 


Parecia que aquelas palavras não queria entrar em minha mente. Como assim Angelina estava namorando Hannah vadia? — como ela era mais conhecida —, como isso tinha acontecido? Quando? Deus o que eu tinha perdido? Eu só podia estar tendo um pesadelo né? Uma das minhas melhores amigas não poderia esta namorando a garota mais vadia que eu conhecia.


Hannah Dellacour era bem conhecida, principalmente pelos garotos do campos, afinal eram poucos aqueles que não tivera seus momentos com Hannah. A morena era bonita e tinham um belo corpo o que facilitara muito chamar a atenção dos garotos. E dês de quando Hannah ficava com garotas? Ela havia desistido do mundo dos garotos? E dês de quando Angelina gostava dela? Tudo bem que eu sabia que Angelina sempre a achara muito gostosa, mas daí a namora com ela era um passo enorme. 


Se eu achava que meu dia estava melhorando eu acabara de levar um belo banho de água fria. Noticia nem uma poderia ser pior do que ver sua melhor amiga com a vadia das vadias a qual eu tinha um ódio mortal por motivos bem conhecidos por Angelina e talvez por metade das pessoas que nos conhecesse.


Hannah a três anos atrás tinha traído o meu irmão — sim meu irmão tivera a coragem de assumir alguma coisa com esse ser — com o meu namorado, naquele dia eu não sabia qual o motivo que me deixava mais irritada, se era ver meu namorado com ela ou se era ver ela traindo o meu irmão. Bem digamos que isso rendera alguns minutos de baixaria e barracos da minha parte sem falar em alguns fios de cabelos a menos e alguns hematomas na mesma. 


É essa com certeza seria a pior parte do meu dia, talvez a pior parte da minha semana, do mês ou ate do meu ano. Preciso mesmo falar que o resto da minha manha foi péssimo? Depois daquela revelação Simmons resolveu me levar pra minha sala de aula o que fora uma boa ideia, mesmo querendo ficar o mais afastada dele possível, a raiva que eu sentia por Hannah naquele momento e talvez pra sempre sentisse, era bem maior do que a raiva que eu sentira de Simmons. Quando entrei na minha sala de aula senti meu celular vibrar e era uma mensagem de Angelina falando que ela poderia me explicar tudo e que precisava conversar comigo. Eu estava com raiva, mas não poderia descontar a minha raiva em Angelina não depois de tudo que eu já tinha a feito passar. Tudo bem que o fato de ela e Hannah estarem juntas não me agradara em nada e com certeza minha vontade naquele momento era tentar abrir os olhos da minha melhor amiga, mas no estado que eu estava já por causa do meu bendito dia eu sabia que perderia o controle assim que abrisse a boca. Preferi ignora as milhares de mensagens de Angelina durante a manha, ia ser melhor assim pra mim e pra ela, porque se conversássemos hoje com certeza brigaríamos e eu não queria brigar com uma das minhas melhores amigas justo agora que ela tinha voltado. 


Estava no carro de Simmons olhando para as ruas sem realmente as vê, estava tão perdida em meus pensamentos que nem vi que Alex — que estava sentada no banco de trás — falava comigo, a mesma me deu um tapa na cabeça me fazendo me vira com a pior cara do mundo. 


O que aquela infeliz queria agora?


— Estou falando com você Cherry — Ela falou um pouco irritada, mas isso não tinha me atingido, continuei a olhando seria esperando que ela continuasse. — Você esta bem? — Ela perguntou e eu bufei me virando pra frente.


A sim eu estava ótima! Afinal eu adorava a ideia de ter uma das pessoas que eu mais amava namorando com a maior vadia do mundo. Impossível esta melhor. Ironizei mentalmente. Que pergunta mais idiota Alex tinha feito. Era claro que eu não estava bem, era claro que aquilo estava me tirando do serio e é claro que eu tinha acabado de receber uma noticia lamentável. 


— Estou ótima Alex, por que não estaria? — Tudo bem que essa ultima parte fora pura ironia afinal eu e Alex sabíamos muito bem porque eu não estaria. Vi pelo retrovisor Alex bufar e dar de ombros como se não estivesse nem ai. Mas sua cara era de irritação e um pouco de preocupação. 


Sabia que era injusto fazer isso com a Alex afinal a mesma deveria estar compartilhando do mesmo sentimento que eu, mas eu não estava a fim de ser boazinha hoje, não estava afim de sorrir amigavelmente e lhe pedir desculpas e desabafar. Hoje eu queria aproveitar a minha irritação quieta no meu canto, queria que aquele dia acabasse o mais rápido possível e que as coisas no dia seguinte melhorassem, mas eu duvidaria que enquanto aquela historia de namoro estivesse rolando as coisas melhorassem. Por um momento me senti culpada, afinal será que era assim que Angelina se sentia em relação ao meu namoro com Simmons? Será que sua dor e frustração eram bem piores do que aquilo? Prefere não responder essas perguntas com certeza eu não gostaria das respostas.


Quando chegamos a rua de trás de onde ficava o prédio aonde eu e Alex trabalhávamos, eu e ela saímos de carro. Claro que Alex fora super simpática e legal com Simmons eu apensa tinha o ignorei mais uma vez. Pude ver pelo canto do olho o olhar repreendedor que Alex me lançara assim que sai do carro fechando a porta sem falar nada para Simmons, mas hoje eu queria ficar o mais distante possível do meu suposto namorado e que se dane se Alex ainda estava me olhando.


Quando cheguei a minha mesa me joguei em minha cadeira e liguei o computador. Tinha uma papelada em cima da minha mesa e eu a encarei irritada. Qual era o problema daquelas pessoas? Por que elas não levaram para o Olavo? — que eu tinha certeza que já estava por ali. Isso só significava uma coisa, meu chefe estava de TPM. 


Que ótimo éramos dois hoje. 


Peguei as papeladas em minha mãos e comecei a ver uma por uma, colocando em ordem os contratos mais importantes, logo depois algumas papeladas sobre o desempenho de alguns funcionários e eu agradeceria por eu nunca estar naqueles relatórios, afinal só o meu próprio chefe poderia me avaliar e sendo muito sincera ele definitivamente me amava. Por fim peguei um envelope que estava no meio de todas as papeladas, era um envelope laranja um pouco gordinho mas no mesmo estava escrito “secreto” e o nome do Olavo, então decide não abri-lo


Levantei-me com as papeladas e o envelope em uma mão e com a outra abri a gaveta da minha mesa pegando um chocolate para dias como aquele, fechei a gaveta me encaminhando ate a porta de Olavo. Bati levemente na porta e o ouvir gritar alguma coisa do outro lado. Ótimo parecia que ele estava bem pior do que eu. Abri a porta colocando só minha cabeça pra dentro sorrindo o mais amigavelmente possível. Ele continuou a me encarar serio e logo em seguida abriu um sorriso que me fez suspirar aliviada. Adentrei a sala agora mais aliviada, parei de caminhar assim que cheguei na frente de sua mesa.


— Deixaram alguns papeis na minha mesa para você assinar — Falei sorridente. 


Não importa como você esteja uma ótima secretaria sempre sorria. Lições de Elizabeth Collins mulher do meu patrão


— Mas antes que você comece a ler e xingar todo mundo, também trouxe um chocolatinho para adocicar um pouquinho só o seu dia — E pra melhorar esse humor de cão que você esta. Completei mentalmente. 


— Não quero chocolate, estou um pouco gordo — Ele falou voltando a ficar serio e eu tive que me segurar para não bufar ali na frente dele.


Eu já disse que ele na “TPM” parecia muito uma mulher? Velho ele de TPM (Tempo pra matar) era pior do que muitas mulheres. 


— Você não esta gordo — Falei ainda sorridente — E mesmo que esteja pode ir correr amanha, tenho certeza que a Eliza vai adorar correr com você— Falei mais amavelmente o vendo sorrir de lado.Ele olhou pra mim e pra barra de chocolate na minha mão. Eu esperava seriamente que ele aceitasse afinal quando ele comia chocolate ele ficara mais calminho e assim nem eu e nem ele precisaríamos nos exaltar.


O mesmo sem dizer nada pegou o chocolate da minha mão o que me fez rir e ser acompanhada por ele. Olavo abriu a embalagem de chocolate e pegou um pedaço colocando na boca, pronto agora eu poderia voltar a fazer o meu trabalho. Vou te falar que ser baba de um cara na TPM quando vocês mesma esta de TPM e muito ruim.


— Aqui estão todos os contratos pra você assinar, os mais urgentes e importantes estão em cima — Falei calmamente vendo ele se deliciar com o chocolate que deveria ser meu — Também tem alguns relatórios de desempenho do Jeff — Por fim depositei todas as pastas em cima da mesa dele — Ah! E tem esse envelope que veio no seu nome e parece ser algo que só você pode vê — Falei dando o envelope em sua mão.


O mesmo o pegou e o olhou. Olavo começou a rasgar o envelope enquanto lábia uns dos dedos que ainda estava sujo do meu chocolate.


Mas antes de abri a boca pra fala resolvi ir ate uma das fotos mais próximas de minha que se encontrava viradas no chão, abaixei para pega-las em minha mão e finalmente saciar a minha curiosidade, mas assim que as virei tive que me segurar para não cair no chão sentada. Levantei calmamente e continuei a ver a imagem minha e de Simmons dentro de seu carro, nessa estávamos apenas próximos, mas eu tinha certeza que em alguma delas nos estávamos nos “beijando”. Lembrava-me perfeitamente daquele dia, na verdade me lembrava perfeitamente de ontem. Isso tinha sido ontem, quando ele tinha trazido a minha e a Alex na empresa, mas que merda um único dia, um simples deslize e eu já estava ferrada. Olhei com os olhos arregalados para Olavo que ainda me encarava irritando. 


— Calmo Olavo eu posso explicar — Falei rapidamente chegando perto da mesa dele e o vendo me olhar incrédulo, magoado entre outras coisas. 


— Vai me explicar o que? Que esta me traindo Marrony — E meu sobrenome fora dito pelo menos como se fosse um palavrão. Que mania das pessoas daqui de transformarem meu nome e meu sobrenome em palavrões. 


— Eu não estava te traindo Olavo — Tudo bem a palavra traição poderia sair com um significado diferente para quem nós ouvissem de fora, mas eu entedia perfeitamente o que ele queria dizer. Ele achava que eu o estava traindo, traindo sua empresa com a empresa do concorrente. 


— Então isso aqui é o que? — Ele perguntou claramente irritado enquanto pegava uma foto qualquer. — Vai me dizer que você e esse garoto não estão tendo um caso ou sei lá o que ? — Seu rosto ficou um pouco mais vermelho eu temi por sua saúde. 


— Fica calmo Olavo, cuidado com a sua pressão — Falei muito preocupada. Se continuasse assim ele iria acabar parando no hospital. 


— Você quer que eu fique calmo como? Se a garota que eu tinha como uma filha me apunhalou pelas costas — Ele perguntou exaltado e eu respirei fundo para me manter calmo.


Por que ele tinha que ser tão dramático?


— Eu não te apunhalei pelas costas Olavo — Falei seriamente e vi seu rosto ficar mais vermelho. O mesmo abriu a boca pra falar e eu o interrompi — Eu e Jensen estamos namorando. Eu iria te contar, mas só quando eu tivesse certeza que isso iria dar certo — Falei calmamente enquanto tentava o acalmar.


— Namora com o filho do meu inimigo, não e me apunhala pelas costas Marrony? — E mais uma vez meu sobrenome foi falado como um palavrão — Por que pra mim e o que parece — A ultima parte ele alterou mais ainda o seu tom de voz. 


Poderia ter certeza que muitas pessoas lá fora ouvira nossa briga e poderia aposta que deveria ter muitas perto da porta só pra ouvir melhor.


— Na verdade eu estou pensando, antes eu não pensava, mas agora sim eu estou pensando — Ele falou me olhando como se algo tivesse se iluminado em sua mente. 


— Olavo você não acredita mesmo nisso que acabou de dizer não é mesmo? — Perguntei com um fio de esperanças mesmo que seu rosto me dissesse que ele acreditava fielmente nisso. 


— Você esteve aqui esse tempo todo, pra me espionar, levar as minhas idéias pra lá. Aprendeu tudo o que pode sobre mim, ficou intima de mim e da minha família, conviveu com os meus filhos — Ele gritou a ultima palavras voltando a ficar nervoso — Como você poder Cherry? Como pode fazer isso comigo? Como pode me enganar de tal forma? — Ele parecia claramente decepcionado.


— Como você — Enfatizei as palavras falando lentamente cada uma — Pode pensar uma coisas dessas de mim? — Perguntei perdendo toda a paciência que eu tinha — Como pode realmente achar que eu estava aqui só pra te espionar? Sempre estive do seu lado, sempre fiz tudo do seu jeito e do seu gosto, sempre te ajudei mesmo nos seus problemas pessoais, quando seu casamento quase foi pro buraco eu te ajudei a reergue-lo — Falei agora ficando brava, via meu tom de voz se alterar em certas partes e com certeza a minha irritação estava explicita em meu tom de voz e em minha cara. 


— Fez tudo isso pra ir lá rir com eles, fez isso pra me ridicularizar na frente deles — Ele falou convicto e irritado. 


— Você quer mesmo saber o que e ridículo? — Perguntei claramente irritada e com meu tom de voz super elevado — Ridículo e essa sua obsessão pelos Simmons, ridículo e você ainda querer se vingar de uma coisa que aconteceu há anos atrás, há décadas — Falei ainda bem irritada o olhando — Você parece uma criança tentando a todo custo se vingar do Simmons, enquanto ele não esta nem ai pra você. Enquanto você passa noites e noites tramando a vingança perfeita, Matheus se dedica a família, se dedica aos filhos e a mulher coisas que você deveria fazer mais. — Respirei fundo e voltei a falar, já que tinha começado não pararia ate colocar tudo pra fora — Você quase perdeu o seu casamento por isso Olavo, vai mesmo arriscar de novo? Você tem uma mulher linda, incrivelmente, paciente e legal que te ama muito e você vai mesmo ficar ai se remoendo por ter sido trocado no dia do seu casamento? Você foi o único que não percebeu que anos já se passaram, que ambos já tem uma vida nova, uma família. Deveria estar se preocupando com eles agora e não com o que Simmons esta ou não fazendo — Vi que Olavo tinha os olhos arregalados e o mesmo estava mais vermelho do que nunca. — Essa sua obsessão esta te deixando cego Olavo, essa obsessão não esta te deixando viver — Falei essa parte calmamente — Deixe o Simmons em paz e viva o resto da sua vida — Gritei a ultima parte vendo ele ficar mais um pouco vermelho.


Ela me chamou mais algumas vezes, mas a ignorei e entrei no elevador que tinha acabado de chegar, quando me virei de frente para onde estava vi Eliza me olhando preocupada ainda parada a onde estávamos, assim que a porta do elevador se fechou não consegui segurar mais o meu choro. Aquilo não podia estar acontecendo comigo. Preocupava-me sim pelo fato de agora esta desempregada, mas estava mais triste pelo fato de ter perdido pessoas que um dia me ajudaram muito, pessoas que estiveram ao meu lado em momentos que foram bem difíceis pra mim. Olavo poderia ser um idiota e poderia ter me magoado muito com suas acusações, mas mesmo assim eu não poderia simplesmente parar de gostar daquele cara que sempre fora paciente comigo, que sempre tivera calma para me ensinar tudo o que eu precisaria saber. Eu ainda o considerava um cara incrível pena que era tão obcecado com sua vingança sem fundamentos. Ele era um cara de sorte tinha Eliza como mulher, uma mulher estonteantemente bonita e incrivelmente paciente, alem de dois filhos maravilhoso, Emily uma linda garota que era simplesmente fofa e super linda, alem de incrivelmente legal e tinha também Pablo, bem minha relação com ele nunca fora muito intima, mas eu sabia que o mesmo era um cara incrível assim como seu pai, sem falar que ele era extremamente bonito. 


E se eu achava que meu dia não poderia piorar naquele momento em que tinha descoberto que Angelina estava namorando Hannah, eu tinha me enganado, meu dia tinha piorado e muito. 


E lá estava eu parada na calçada na frente do meu antigo emprego com os olhos molhados pelas lagrimas e se eu não soubesse que meu rimel era a prova d’água eu teria certeza que ele estaria manchando todo o meu rosto. 


Para piorar o dia quando cheguei em casa meu pai por algum milagre ou no meu caso maldição estava em casa, ao me ver no estado deplorável que eu estava meu pai se preocupou quase se desesperou achando que algo super terrível tivesse acontecido. Tudo bem que algo ruim tinha acontecido, mas ele não precisara saber, apenas o tranquilizei falando que tinha brigado com a Angelina e que não estávamos nos falando, a parte de não estávamos nos falando era verdade, mas eu sabia que era culpa minha. 


A noite recebi uma visita de Alex vindo me contar o que tinha acontecido depois que eu tinha ido embora, me falou que Eliza ao descobrir de minha demissão tinha brigado com Olavo e eu lamentava por isso não queria que eles brigasse. Alex saiu daqui de casa um pouco cedo comparado as diversas vezes que tinha ido me ver, mas me falou que tinha algumas coisas da faculdade para adiantar e eu a entedia perfeitamente, fazia a mesma coisa quando eu tinha um emprego. Para terminar o meu dia com chave do ouro tinha ouvido meu pai falar com alguém aparentemente bem preocupado e pelo pouco que eu tinha entendido, parecia que o nosso prazo para pagar nossas dividas estava chegando ao fim e o meu ultimo pensamentos antes de dormir foi:


Péssimo dia para ficar desempregada.


Capítulo 10

Na sexta-feira ninguém tinha descoberto sobre a minha demissão, nem meu pai e muito menos meus amigos, a única que sabia disso era Alex e a mesma tinha concordado não contar a ninguém. O fato de eu não ter ido trabalhar sexta feira não era surpresa pra ninguém afinal eu sempre folgava de sexta sem falar que não trabalhava no final de semana. No meu lugar ficara Eliza, à mesma tinha feito isso pra passar mais tempo com o seu marido. Agora me diz quando eu iria arrumar um emprego maravilhoso desse? Eu vou te responder eu nunca arrumaria algo tão bom quanto aquilo!


Na sexta a tarde tinha recebido um telefone que me deixara bastante preocupada, era um telefonema do banco falando que nossos dias para quitar as nossas dividas estava acabando, juro que aquilo fez um arrepio enorme subir pela minha espinha. Durante a noite neguei todos os convites para sair, estava sem animo. Sem falar que agora estava literalmente sem dinheiro e pra piorar as coisas desempregada e com uma divida enorme pra pagar. Simmons não tinha me incomodado dês do momento que passara aqui em casa pra me deixar, falou que tinha muitos documentos para rever e que provavelmente passaria a tarde toda no escritório, a noite iria ter algumas reuniões. Bem isso explicava bem o seu sumiço durante todo o resto da sexta feira. 


No sábado de manha tinha acordado no horário normal, quando desci pra toma café tinha encontrado meu pai dormindo em cima de um monte de papelada. Coitado estava se matando para reerguer aquela firma que ele tinha erguido com tanto suor e que o maldito William Adams tinha destruído em menos de 5 minutos quando vendeu informações super confidenciais do escritório. Depois daqueles malditos cinco minutos o império que meu pai tinha construído havia desabado em menos de três meses, ninguém mais confiariam em uma firma de advocacia que vendesse informações sobre seus clientes. Tudo bem que meu pai não tinha tido culpa nem uma sobre isso, mas no final das contas todos os culpavam afinal William era um dos advogados que trabalhava para o meu pai e se ele não sabia contratar gente de confiança era porque não era um cara de confiança. Uma grande merda, mas esse era o mundo dos negócios.


— Pai — Balancei seu braço o chamando — Pai, acorda — Falei um pouco mais alto enquanto ainda balançava o seu braço — Vamos lá pai, acorda — Falei um pouco mais alto e balancei seu braço com mais força e isso o vez acordar.


— Hã? O que? — Ele falou assustado levantando a cabeça e olhando pra frente. Sorri levemente amigável o que fez o mesmo sorrir e passar as mãos pelos olhos — Acho que dormi enquanto lia uns relatórios — Ele falou começando a se espreguiçar. Revirei os olhos era obvio aquilo eu já tinha percebido. 


— Foi o que imaginei quando te vi ai dormindo em cima dessa papelada toda — Falei debochadamente e rindo levemente fazendo o mesmo rir. 


— Não deboche do seu pai Cherry — Ele falou em uma falsa irritação o que me fez rir mais ainda. Ele abriu ainda mais o seu sorriso — Que horas são? — Ele perguntou ainda sorridente enquanto começava a arrumar a papelada que estava em cima da mesinha de centro. 


— Bom da ultima vez que vi era 11hrs e 35 minutos — Falei sorridente. 


— Merda! Eu vou acabar me atrasando pro meu almoço com o Matheus — Meu pai falou um pouco adulterado, enquanto tentava pegar todos os papeis que estavam ali sobre a mesa. 


Deus ele iria amaçar tudo.


— Pai deixe isso ai que eu arrumo — Falei segurando suas mãos impedindo que ele amaçasse mais tais papeis. 


Tudo bem que agora ele não ligava, mas mais tarde ele com certeza não gostaria de ver que estavam todos amaçados. 


— Obrigada querida — Meu pai falou se levantando rapidamente e beijando minha bochecha me fazendo sorrir. 


Ele sai da sala correndo e subiu as escadas na mesma velocidade. Eu já disse que meu pai as vezes parecia uma criança? E que eu tinha pegado essa “falta” de maturidade dele? Bem não que isso fosse uma coisa ruim por que não era, afinal meu pai assim como eu sabia muito bem a hora de se manter serio e manter a calma. O cara trabalhava como advogado acho que a coisa que ele mais sabia fazer era manter a calma e permanecer serio.

Eu nunca expressei meu ódio por engravatados certo? Então vou expressar agora, eu odiava cara engravatados!Tudo bem que ele ficavam extremamente sexy de terno, mas eles eram tão sérios e tão “frios” que chegava a me incomodar. Como trabalhava como secretaria do chefe de uma grande agencia de publicidade, sempre aparecia por lá aqueles caras engravatados e mal humorados que não sabiam nem sorrir e cara como eu os odiava, sempre mal morados e ranzinzas. Sem falar nos malditos engravatados que vocês esbarava pela rua, eles nunca sabiam pedir desculpas — tudo bem que muitas pessoas não engravatadas também não sabiam, mas eles eram piores —, esse tido de coisa parecia não existir em seu vocabulário, pelo menos não com pessoas que não estivesse no mesmo nível que ele. Já disse que eles sempre se achavam superiores? Não? Pois bem, sim eles sempre se achavam, tudo bem não posso generalizar nem todos eram assim, conhecia alguns que não eram assim, mas a maioria que conheci em minha vidinha era desse jeito. Qual é eu já conheci varios

Isso sempre me fazia ir a festas de gala com pessoa vestidas do jeito mais formal possível, todos os homens de terno e smokin tomando chapping, falando sobre coisa que eu nunca entenderia. Ao contrario do que vocês devem estar pensando eu não odiava esse tipo de festa, na verdade eu amava ir a festas assim, as pessoas sempre se vestiam tão bem, eu ficava lá sentada em minha mesa deslumbrando um vestido mais lindo do que o outro. 


Aquelas festas as vezes chegavam a ser melhores do que desfiles de moda. 


Terminei de arrumar os papeis do meu pai, separei todos e coloquei cada um em sua devida pasta. Eu tenho que admitir era uma ótima secretaria. Coloquei todas as pastas dentro de sua maleta e coloquei a maleta em cima do sofá. Assim que terminei de fazer isso vi meu pai descer as escadas ainda correndo e arrumando a sua blusa branca enquanto segurava com uma mão o seu palito, ri da cena. Ele ate parecia uma criança. 


— Vai com calma apressadinho — Falei brincalhona e o mesmo riu.


— Não da querida. Tenho que ir almoçar com Matheus e depois tenho alguns compromissos — Ele falou fechando o ultimo botão da camiseta e jogando o palito em cima de sua maleta.


Ele passou para a gravata que agora estava em sua mão. Eu não a tinha visto ali antes. Ele colocou em volta de seu pescoço e nesse momento eu fui ate ele. 


— Deixa que eu faço — Falei pegando sua gravata e fazendo o mesmo sorrir animadamente. 


Eu não fazia aquilo a décadas. 


Quando era mais nova eu adorava dar o nó na gravata de meu pai, não importava o que eu estivesse fazendo, eu parava só pra fazer aquele nó. Assim que apertei o nó que tinha acabado de fazer vi meu pai sorrir mais ainda me fazendo sorrir. Não ficávamos assim tão perto como pai e filha a muito tempo e eu sentia muita falta dos nossos pequenos momentos como esse.


— Obrigada — Ele falou sorridente e pegou seu palito jogando o mesmo em seu braço e pegou logo em seguida sua maleta — Vou almoçar com o Matt e depois tenho alguns compromissos de negócios, mas eu chego antes do jantar. Que tal jantar comigo? — Meu pai perguntou docilmente enquanto colocava uma mecha de meu cabelo pra trás de minha orelha. 


— Claro! Eu adoraria pai — Falei animadamente.


Iria ser bom ter um momento assim com o meu pai. Ele sorri aparentando também bastante animo, o mesmo beijou minha testa.


— Então ate mais tarde querida — Ele falou sorridente e se virou indo em direção a porta.


No mesmo instante a campainha tocou e eu me sentei no sofá, meu pai poderia muito bem atender a porta já que estava indo pra lá mesmo, sem falar que a visita deveria ser pra ele mesmo. 


— Cherry — Meu pai me chamou me fazendo olhá-lo, o sorriso que estava em seus lábios a alguns segundos tinha sumido e sua cara tinha ficado mais seria do que nunca — Visita pra você — Ele falou mais serio ainda e foi ai que Simmons apareceu a trás dele com um meio sorriso. 


Levante-me apresadamente enquanto via a figura de meu pai me olhando com a cara mais seria do mundo. Simmons atrás dele sorri amigavelmente e por um momento tive vontade de ir ate ele e o matar. Maldita hora em que ele tinha que aparecer. 


— Bom vou deixar os dois sozinho — Meu pai falou de má vontade ao olhar para o seu relógio e se lembrar que tinha um almoço marcado com o pai do ser que estava bem ao seu lado. — Nos vemos no jantar Cherry — Ele falou seriamente e eu sabia que aquilo acima de tudo queria dizer que conversaríamos sobre isso no jantar.

Meu pai se virou sorriu amigavelmente para Simmons e se retirou de casa. Assim que meu pai saiu olhei querendo matar Simmons, mas assim que o mesmo se virou pra me olhar pude ver o mesmo desmanchar o seu sorriso e me encarar serio. Desfiz a minha cara de seria e me joguei em meu sofá. Ta pra Simmons me olhar assim só significava que tínhamos problemas. Como se eu já não tivesse problemas demais na minha vida. Minha vida parecia mais um filme de drama, muitos problemas, choros e essas coisas todas. 


Ouvi os passos pesados de Simmons e me encolhi mais no sofá. Eu queria fugir, queria fugir de qualquer problema que estivesse por vim, queria fugir de tudo aquilo. Simmons parou a minha frente e o mesmo se sentou na mesinha de centro ficando de frente pra mim, seu olhar ainda era duro e serio. 


— Por que não me contou? — Ele perguntou serio e eu ergui uma sobrancelha. 


Certo, do que ele estava falando mesmo? Por que eu tinha perdido alguma parte dessa conversa certo? E era justamente a parte em que ele dizia do que ele estava falando. Porque não tinha outra explicação para ele começar uma conversa desse jeito. A menos que o ser demente a minha frente achasse que eu lesse mente


— Por que não me contou que foi demitida? — Ele falou mais seriamente e eu quase dei um pulo do sofá. 


— Como você sabe disso? — Perguntei rapidamente fazendo com que minha voz se exaltasse um pouco. 


Se Alex tivesse aberto a boca pra ele com certeza ela morreria. Qual é tinha pedido pra ela não contar a ninguém. E mesmo que ela achasse que ele era meu namorado — e os dois andavam bem amigos — se eu quisesse contar a ele eu contaria. 


— Fui ao agencia onde você trabalha, ou melhor trabalhava — Ele falou ainda serio me olhando — Tinha uns negócios pendentes a tratar com Olavo e quando cheguei lá falei com a simpática nova secretaria dele que me atendeu e perguntou quem eu era, afinal era o seu primeiro dia. — Ele fez uma pausa e eu engoli em seco. Olavo já tinha uma nova secretaria. Como ele fora rápido. Mas é claro que ele seria rápido, ele era um homem de negócios e não poderia ficar sem uma secretaria. — Perguntei se ela sabia por que a ultima secretaria fora demitida — Simmons falou me fazendo sair dos meus pensamento e olhá-lo — E ela falou que só sabia pelo o que as pessoas comentavam por ali. Me disse que a antiga secretaria fora demitida por estar namorando um cara da concorrência. — Seu olhar estava mais serio assim como as feições de seu rosto — Por que não me contou? — Ele me perguntou novamente. 


— Isso não era problema seu — Falei dando de ombros e me encostando no sofá. 


Por um momento me senti mal por ter pensando que Alex tivera me traído. 


— E claro que é problema meu — Ele falou um pouco mais alto — Você foi demitida por minha causa, por causa da proposta que eu fiz pra você— Ele começou a falar, seus olhos exalavam uma culpa que eu sabia que ele não tinha.


Tinha me mentido naquilo mesmo sabendo de todas as conseqüências e por mais que eu culpasse ele por tudo de errado que acontecia na minha vida, o ver se culpando ali na minha frente não era nada legal e me deixava mais culpada ainda. 


— Simmons, para! — Falei quase gritando o que o fez erguer uma sobrancelha e me olhar assustado — A culpa não é sua! Quando eu aceitei essa proposta sabia dos risco — Soltei o ar pela boca e o olhei — Só tinha esperanças que Olavo me entendesse, ou que pelo menos seu suposto amor por mim fosse mais que o ódio que ele tem pela sua família — Falei um pouco triste — Mas essa obsessão dele e maior do que tudo, acho que é ate melhor do que a família dele — Dei um meio sorriso nada feliz. 


— Eu sinto muito Cherry — Simmons se levantou se sentando ao meu lado e quando meus olhos encontraram o seus belos olhos azuis eu vi o que eu menos queria. Vi ali a sua pena. Abaixei a cabeça engolindo em seco. 


— Vai á merda Simmons — Falei um pouco irritada. 


Nunca admitiria que Simmons tivesse pena de mim. Nunca!


— Como sempre você e bem amável — Ele falou debochado e se ajeitou no sofá ficando de frente para a TV. 


— Com você . Sempre — Falei sorridente e ele riu. 


— Sempre tão idiota — Ele falou apertando meu nariz e eu fiz careta.


— O idiota aqui e você Simmons, não confunda as coisas — Falei debochadamente enquanto sorria para o mesmo. 


— Eu sei que você me ama Marrony — E ali estava o seu sorriso maldito. 


— Vai sonhando Simmons, Vai só sonhando — Falei debochadamente enquanto me levantava para ir a cozinha.

Lembrei-me agora que eu ainda não tinha comido nada. Passei pela porta da cozinha e fui ate o armário procurando alguma coisa pra comer. Decepcionei-me quando abri os armários e nada encontrei, o jeito era ligar para pedir algo. Quando me virei dei de cara com Simmons parado bem atrás de mim. Que merda que moleque mais chato. Olhei para o mesmo e ele estava rindo divertidamente. Cara como ele era idiota. Desviei dele e voltei para a sala e fui ate o telefone discando o numero que eu conhecia bem, um prato de Yakisoba ate que cairia bem agora. 


Assim que fiz o meu pedido me virei e encontrei Simmons ali sentando no sofá com um sorriso nos lábios. Esse garoto tinha sérios problemas mentais ou ele era extremamente feliz afinal ele estava sempre sorrindo pro nada, mas como eu sabia que a segunda opção não era totalmente verdade então só poderia ser o fato de ele ter problemas mentais. Joguei-me em uma poltrona que tinha ali e liguei a televisão colocando em um filme qualquer que estava passando. Tinha decidido que iria o ignorar ate que o mesmo fosse embora. Simmons ficou quieto durante um bom tempo e o único som que invadia aquele silencio era o som do filme que agora eu assistia atentamente. 


Era um filme de suspense “A chave mestra” era o nome do filme, eu sempre quis assistir aquele filme . Já fazia uns 20 minutos que o filme tinha começado e eu estava deitada na poltrona, sim eu sempre conseguira fazer essa proeza e me sentia bem confortável me deitando naquela poltrona. Não tinha mais olhado para saber como Simmons estava e duvidara muito que ele tivesse ido embora. Quando a campainha soou quebrando o momento meu e do filme fiz questão de me levantar, mas antes que estivesse totalmente de pé vi Simmons já indo em direção da porta.


Ótimo assim não precisava perder nem uma parte do filme. 


Continuei ali parada ainda assistindo o filme e em menos de 3 minutos Simmons apareceu pela porta da sala segurando a sacola aonde estava a nossa comida. Ele foi ate onde eu estava colocou a sacola na mesinha de centro e começou a tirar as caixinhas com a comida de dentro, peguei a minha e comecei a comer sem tirar os olhos do filme, isso fizer Simmons rir, mas eu o ignorei.


— Marrony — Simmons me chamou me fazendo de má vontade desviar meus olhos do filme e olhar para ele — Vim aqui te entregar isso — Ele falou me entregando um papel.


Peguei o papel em minhas mãos e logo notei que era um recibo, ergui minhas sobrancelha e abri o papel — sim o mesmo estava dobrado — quando vi do que se tratava me engasguei com o pouco de comida que naquele momento deveria esta descendo pela minha garganta e não ter parado na mesma. 


Tossi desesperadamente tentando fazer aquela maldita comida descer, Simmons me entregou um copo com água e eu virei todo o liquido em minha boca fazendo assim a comida descer rapidamente. Pode ouvir Simmons começar a rir, o olhei irritada, era esse o seu plano só poderia ser esse. Simmons acabara de tentar me matar.


— Por que você sempre se engasga? — Simmons sorriu divertido. 


— Porque você sempre faz esse tipo de coisa estupida — Falei irritada e pude ver ele rir mais ainda. 


Era claro que aquilo fora de propósito. Ele tinha esperado a comida chegar para me mostrar uma fatura de deposito de 7 mil dólares na minha conta. 


Mais que merda era aquela? 


— O que exatamente e isso? — Perguntei mostrando lhe o papelzinho em minha mão. 


— Isso e um comprovante Marrony — Simmons disse lentamente enquanto debochava da minha cara. Bufei irritada. 


— Por que tem 7 mil dólares na minha conta Simmons? — Perguntei ignorando a seu comentário infeliz. 


— Por que eu depositei — Ele falou debochadamente enquanto levava mais um pouco de comida a sua boca. 


— Simmons — Gritei irrita o suficiente para voar em cima dele. 


Simmons pareceu perceber a minha irritação e parou de sorrir, não completamente e claro, um sorriso bem sínico ainda brincava em seus lábios. 


— Eu depositei o dinheiro que te prometi na sua conta — Ele falou calmamente dando de ombros. 


Oi? Ele tinha o que ?

— Me prometeu? — Perguntei arqueando uma das minhas sobrancelhas. 


— Sim Marrony, o dinheiro do nosso trato. — Ele falou revirando os olhos. 


— Da onde tirou o numero da minha conta? — Perguntei curiosa demais sobre essa questão. 


— Perguntei a Alex — Ele falou mais uma vez calmo demais. 


— O que? — Eu gritei me sobressaltando. 


Como assim ele tinha perguntado a Alex. 


— Se acalme Marrony, ao contrario de você eu não sou nem um pouco lerdo e idiota — Ele falou me olhando entediado — Pedi o numero da sua conta porque falei que queria depositar um dinheiro que estava te devendo por conta de algumas coisas que tinha feito por mim a anos atrás e agora que me torneu seu namorado queria te pagar — Ele sorriu abertamente e eu o olhei com uma sobrancelha erguida — Ela ate achou bem fofo — Ele falou dando de ombros. 


Eu ri. Só Alex mesmo pra achar que isso seria algo fofo. Agora me diz o que pra aquela menina não era fofo? Vi Simmons voltar a comer e eu fiz o mesmo, a minha comida não estava mais tão quente, mas mesma assim estava comestível e gostosa. Quanto terminei coloquei a caixinha em cima da mesinha de centro e peguei o controle da televisão desligando a mesma, o filme ainda estava passando, mas eu tinha perdido a vontade de assisti-lo a tempos. 


— Qual é Marrony, eu estava assistindo — Simmons falou um pouco irritado e eu sorri. 


— Você já assistiu esse filme Simmons — Falei me lembrando da vez que tinha chegado em casa e o tinha visto deitado no sofá assistindo esse filme com o meu irmão que se encontrava jogado no outro sofá. 


— Eu sei, mas ele e muito bom e eu estava afim de assistir de novo — Ela falou ainda serio me olhando. Abri ainda mais o meu sorriso, era tão bom irritar ele. 


— Você assisti outro dia Simmons — Falei colocando o controle em cima da mesinha de centro ele bufou e eu sorri mais ainda. 


— Vamos fazer o que então? — Ele perguntou ainda não conseguindo tira sua cara seria. 


— Que tal você me contar por que esta me dando esse dinheiro — Falei me arrumando na poltrona me virando para olhá-lo.


— Eu já te disse Marrony.. — Ele começou dando de ombros. 


— A verdade Simmons — O interrompi — Por que isso agora? — Perguntei por fim e vi que o mesmo começara a se ajeitar no sofá, sua postura de quem não estava nem ai tinha ido embora.


— Meu pai e o melhor amigo do seu pai Marrony — Ele começou calmamente e sorriu — Estava chegando em casa na quinta e ouvi meu pai no telefone com o seu, ouvi a conversa e descobri que o mesmo estava realmente enrolado com a quitação de suas dividas — Eu engoli em seco, era péssimo saber que ate Simmons sabia mais do que eu — Então como eu tinha te proposto, depositei o dinheiro em sua conta, afinal você já esta cumprindo a sua parte no acordo, estava na hora de eu cumpri a minha — Ele falou calmamente como se estivesse falando com um dos caras engravatados com quem ele fazia acordos. Ele se tornava outra pessoa quando o assunto acordo e a proposta era citadas, mesmo que por ele mesmo. — Uma mão lava a outra Marrony — Ele falou agora sorridente e eu sabia que o Simmons idiota estava de volta.


Respirei fundo não acreditando que eu iria proferir tais palavras, por mais que algum dia eu já as tivesse dito a ele nunca imaginaria que diria em uma situação como essa. 


— Obrigada  Jensen — Falei verdadeiramente agradecida e ele abriu ainda mais o seu sorriso. 


— Pode me agradecer indo jantar lá em casa — Ele falou e o meu sorriso se desmanchou totalmente. — A mãe da Rebeca comentou com a minha mãe que estávamos namorando — Ele falou calmamente — Não preciso falar que minha mãe ficou bem irritada pelo fato de ter descoberto por outra pessoa e não pelos lábios de seu próprio filho — Ele fez uma careta e eu sorri. Realmente Cameron deve ter ficado bastante pé da vida por causa disso — E para compensar essa irritação dela tive que concordar com um jantar com você e seu pai lá em casa pra oficializar o namoro — Ele sorriu e um frio subiu pela minha espinha. 


Primeiro por ouvir a palavra oficializar saiu de suas boca. Certo que já tínhamos oficializado para os amigos, mas oficializar para os pais tornaria aquele acordo bem mais real do que realmente era. O segundo motivo por esse frio na espinha foi a parte de meu pai estar presente. Cameron sabia de nosso namoro e possivelmente Matheus também sabia e ele tinha ido almoçar com o meu pai. Droga eu nem tinha contado pra ele ainda. Minha cara de terror só poderia estar visível por que Simmons começou a rir me fazendo olhá-lo.


— Não se preocupe Marrony, meu pai não sabe — E eu pude ver um grande peso sair de minhas costas naquele momento — Pedi a minha mãe que não o contasse ate que ele voltasse de seus compromissos — Ele falou sorridente e mais uma vez no dia estava prestes a agradecer a Simmons. Mas não o fiz.

— Tudo bem, falarei com o meu pai e estaremos lá — Falei rapidamente tentando não me arrepender daquela resposta. Na verdade eu já estava arrependida.


Mas que se dane, meu pai teria que descobrir mais cedo ou mais tarde então era melhor que descobrisse logo, antes que acontecesse o mesmo que aconteceram com a mãe de Simmons. Com certeza meu pai não seria tão bonzinho e compreensivo como Cameron havia sido. 


Assim que foi confirmado que eu e meu pai compareceríamos a esse jantar de oficialização de namoro na casa de Simmons o mesmo foi embora falando que tinha que preparar algumas coisas para esse tal jantar. Aproveitei que ainda tinha uma tarde inteira antes que meu pai chegasse e fui ao banco pagar as nossas dividas. Aqueles 7 mil dólares daria certinho para quitar essas malditas dividas. E assim meu pai poderia se concentrar totalmente em reerguer o seu império e eu tinha certeza que agora com a cabeça livre de problemas ele conseguiria facilmente. 


Quando eu terminei de quitar as nossas dividas voltei pra casa pra poder me preparar para aquele jantar, me preparar psicologicamente para falar para ao meu pai e principalmente para aguentar aquele jantar. Não que os Simmons fossem pessoas más, na verdade tirando Jensen todos daquela família era pessoas admiráveis e amáveis, o que me fazia ficar pior por enganá-los daquele jeito. Perguntava-me como Simmons teria coragem de mentira para os seus pais tão descaradamente, mas eu sabia que ele teria a mesma coragem que eu deveria ter a noite inteira. Ele já estava com o seu lado da proposta resolvido quero dizer Simmons já tinha feito o que me prometeu e agora era a minha vez de cumprir com o meu lado. Tudo bem que o meu lado era mais difícil e demorado, mas eu conseguiria, era uma mulher de palavra e não daria pra trás agora, se antes não tinha dando não era agora que eu daria.


Tive uma briga bem seria com o meu closet e com as minhas roupas. Eu estava quase entrando em pânico, não sabia exatamente o que vestir, não sabia se usava um vestido mais longo e formal, afinal a oficialização de um namoro era praticamente uma coisa formal, mas talvez não formal o suficiente para um vestido longo,quelas roupas eram mais para festas de gala e com certeza eu não estava indo pra uma. Eu tinha os meus vestidos mais curtos, mas não queria que a mãe de Simmons achasse que eu era uma vadia. Não que os vestidos me fizessem parecer uma, mas cara eu estava indo na casa do meu suposto namorado conhecer seus pais a ultima impressão que eu queria causar era a de ser uma vadia. Tudo bem que Cameron e Matheus já me conheciam e nunca achariam uma coisa dessas de mim, mas era sempre bom evitar. 

Depois de mais uns vinte minutos optei por um vestido um pouco floral — se é que aquelas poucas flores o faziam ser flora l—, em tons claros como um rosa bebê e um branco, o mesmo era um pouco colado ate minha cintura e descia se soltando, era um pouco rodado e lindo, também era um pouco longo ia ate um palmo abaixo do joelho. Confesso que não me agradava tal comprimento, mas eu amava o vestido ele era super lindo e muito apropriado para tal ocasião. Entrei em meu closet agora a procura de uma sandália que ficaria legal com aquele vestido, passeis meus olhos pelas diversas sandálias e por fim optem por uma sandália bege, que cairia perfeitamente com o vestido super fofo que eu usaria. Coloquei o vestido sobre a cama e a sandália no chão em frente ao vestido. Olhei para o relógio e nele marcava 6 horas da tarde. Tudo bem eu ainda tinha bastante tempo, afinal meu pai provavelmente só chegaria por volta das sete ou sete e meia e isso daria mais o menos meia hora para que ele subisse, tomasse um banho e nos chegaríamos a casa dos Simmons por volta das oito como tinha combinado com Jensen. Já eu tinha tempo o suficiente pra me arrumar com calma, então optei por começar logo, afinal assim faria as coisas com menos presa. Começaria com um belo banho de banheira pra relaxar, depois aproveitaria para pintar as unhas dos pés já que a sandália mostraria as mesmas, pintaria elas nem que fosse apenas com uma base, aproveitaria também para lavar o cabelo e tudo mais que eu precisasse.


***


Preciso mesmo falar que mesmo começando a me preparar cedo eu ainda não tinha terminado? Faltava apenas 30 minutos para as oito e eu ainda não estava pronta, pelo menos meu pai já tinha chegado e eu já tinha o mandado ir para o banho. Passei pela ultima vez o rimel em meus cílios e olhei para o espelho, pronto finalmente eu estava pronta. Minha maquiagem destacava um pouquinho mais o meu olhar, mas não era nada muito forte na verdade nem chegara a ser forte direito, tinha optado por uma maquiagem mais suave e um tanto quanto romântica, peguei o baton rosa que tinha separado e passei em meus lábios. Pronto agora sim eu estava pronta. Fiquei em frente ao espelho admirando minha imagem que refletia no mesmo, eu estava linda e finalmente pronta. O vestido que eu tinha escolhido tinha ficado perfeito em meu corpo como eu imaginei, a maquiagem que eu acabei de fazer dava um toque mais romântico ao figurino e sem falar no meu cabelo que tinha leves ondulações. Sorri animadamente, eu com certeza tinha aprovado o look. Parei de me olhar no espelho e comecei a me lembrar do que viria agora, a parte mais difícil da minha noite. Contar ao meu pai.


Peguei uma bolsa/carteira que estava em cima de minha cama e sai do quarto um tanto quanto nervosa e apreensiva. Desci as escadas ainda distraída. Como eu iria contar ao meu pai que estávamos indo jantar na casa do meu namorado? E que ainda por cima esse tal namorado era filho de seu melhor amigo? Cara com certeza ele surtaria. Terminei de descer as escadas e segui para a sala, esperaria meu pai lá. Mas assim que passei pela porta o vi sorridente terminando de arrumar sua gravata. Ao me ver o mesmo sorriu animadamente. Era só impressão minha ou ele estava muito feliz?

— Uau Cherry, você esta deslumbrante — Ele falou um pouco bobo e eu soltei uma leve risada.


— O senhor esta extremamente elegante — Falei e o mesmo deu uma voltinha me fazendo rir — E pelo jeito bem feliz — Comentei e o mesmo sorriu abertamente. 


— E realmente estou bem feliz — Ele comentou animado — Iria te contar enquanto estivéssemos jantando, mas acho que não vou aguentar ate lá — Ele falou animadamente o que me fez novamente rir, fazendo o mesmo me acompanha r— Eu e Matheus vamos abrir um negocio juntos — Ele falou bem animado e agitado e eu sorri ainda mais — Não é um Maximo? Sempre quisemos trabalhar juntos e agora vamos — Ele falou terminando de dar o no em sua gravata e voltando a me olhar. 


— E demais pai — Falei verdadeiramente feliz com a noticia — Bom então já que estamos contanto algumas coisas boas. Eu tenho uma coisa pra contar — Falei calmante e meu pai parou o que estava fazendo — ele estava sentado causando os sapato s— e começou a me olhar sorridente. E eu não tive coragem — Paguei as nossas divida — Falei rapidamente e animadamente e vi que meu pai passara de uma cara feliz para uma cara de espanto. 


O Deus jeito errado de contar aquilo. Será que o velho estava bem? Meu sorriso se desmanchou ao ver meu pai ficar branco.


— Co...Como? — Meu pai gaguejou nervoso. 


— Eu quitei a nossas dividas — Falei calmamente ainda temendo que ele tivesse um treco ali na minha frente.


— Da onde você tirou o dinheiro Cherry? — Ele perguntou agora preocupado. Ele estava tão nervoso que ate afrouxou um pouco a sua gravata. 


— Eu tinha esse dinheiro guardado no banco, pra fazer a minha viagem ao redor do mundo que eu tanto queria. Mas estávamos precisando e eu posso ajuntar dinheiro de novo — Dei de ombros. 


Como eu disse eu era uma ótima atriz, apesar de essa historia do dinheiro ser mentira eu realmente tinha uma conta no banco que guardava dinheiro para essa viagem louca que eu queria fazer, mas bem esse dinheiro já estava sendo usado para outras coisas.


— Querida não precisava fazer isso...— Meu pai falou agora um pouco mais calmo. 


Será que antes ele tinha pensando que eu tinha assaltado um banco?


— Precisava sim pai — Falei antes que ele continuasse a fazer aquelas típicas frasinhas que me tiravam do serio — Não iria deixar o senhor se virar sozinho com um problema que me envolvia também, não ia ficar com esse dinheiro parado enquanto via você ganhar vários cabelos brancos por causa de algumas dividas que eu poderia quitar — Falei com mais emoção. Acho que agora sim eu deveria ser indicada ao Oscar. — Sinto muito por ter feito isso só agora. Tinha me esquecido desse dinheiro — Menti descaradamente enquanto fazia uma cara nada boa. 


Que mentirinha mais pobre como eu poderia me esquecer de dinheiro? Só meu pai pra cair naquilo e sim ele realmente tinha acreditado. 


— Ei querida não se preocupe — Ele falou vindo ate mim e me dando um abraço apertado e foi ai que a culpa de estar mentindo pra ele veio. 


Mas eu a chutei pra bem longe, sentir culpa por falar uma mentira dessa que era para o bem era o Ó. Ele se afastou de mim sorrindo e eu sorri alegremente, era tão bom ver que meu pai agora estava realmente começando a se dar bem novamente, bem ele merecia. 


— Mas eu realmente estou com muitos cabelos brancos? — Meu pai perguntou em uma falsa preocupação o que me fizer gargalhar e o mesmo rir.


— Só alguns aqui — Peguei alguns de seus fios de cabelos loiros e vi ele fazer careta. 


— Ei era pra você falar que não, que eu estava bonitão e gostosão. Que estava realmente bem para a minha idade — Ele falou falsamente magoado e eu novamente ri. 


Meu pai as vezes era tão Idiota. 


O mesmo volto a se sentar a onde estava e colocou o outro sapato. Eu nem tinha notado que o mesmo estava apenas com um. Ele vestia sua tradicional calça social e uma blusa azul social. Ele só estava vestido assim porque pedi a ele que se vestisse formalmente pelo fato de que iríamos jantar em um lugar especial. Isso me lembrava que a parte de contar a ele já estava chegando e não daria mais pra fugir e bem que eu queria. Se ele já tinha reagido daquela forma com a noticia de que eu tinha pagado as nossas dividas, como será que ele reagiria a informação de eu estar namorando o filho de seu melhor amigo? Será que dessa vez ele realmente teria um treco?


— Onde você fez reservas? — Meu pai perguntou se levantando e eu simplesmente gelei. Não sabia o que falar meu coração estava a mil e comecei a pensar que quem teria um treco ali seria eu — Cherry — Meu pai me chamou calmamente e eu o olhei — Eu te fiz uma pergunta — Ele falou amável e um sorriso lindo abriu-se em seus lábios. 


Droga aquela era a hora. Bem seja o que Deus quiser. 


— Bem pai — Eu comecei calmamente enquanto engolia em seco — Tenho algo a lhe contar — Falei um pouco apreensiva e vi que meu pai não mudara sua expressão de alegria. 


Droga assim ficava mais difícil.


— Tudo bem se você esqueceu de fazer uma reserva Cherry, podemos ir a qualquer restaurante que tenha vagas — Ele falou animadamente interpretando errado o que eu estava tentando dizer — Mas duvido que achemos algum restaurante que ainda tenha lugares a essas horas — Ele falou um pouco desanimado e mais uma vez eu engoli em seco. 


Merda pai você esta piorando a minha situação. 


— Pai não e isso o que tenho pra dizer — Eu falei e ele me olhou com uma sobrancelha arqueada, com certeza agora ele deveria ter ficado confuso — Bem acho que não tem modo mais fácil de te contar isso e eu sinto muito por não ter te contado antes e que eu não tive coragem — Falei calmamente tentando ao mesmo tempo enrolar e tomar coragem e o explicar as coisas antes que a bomba fosse jogada.


— Você esta grávida Cherry? — Meu pai se apressou a pergunta e o seus olhos se arregalaram.


Suas palavras me pegaram desprevenida e eu me engasguei com a minha própria saliva. Mais de onde ele tinha tirado aquela ideia? 


Meu pai correu ate mim e deu um tapa em minhas costas. Quanta delicadeza, alguém explica pra esse ogro que bater em minhas costas não ia adiantar em nada afinal eu não tinha nada preso em minha garganta e nem nada do gênero. Assim que consegui respirar direito respirei fundo e olhei chocada para o meu pai. 


— Da onde você tirou essa ideia? — Perguntei seria o encarando. 


Cara aquele homem só podia ser louco. Imagina eu grávida? De quem? Do vento? Afinal minha vida sexual andava bem parada ultimamente. Tudo bem isso não vem ao caso agora. 


— Você que começou a falar essas coisas de não tinha modo fácil de dizer e... foi a primeira coisa que veio na minha cabeça — Ele falou se defendendo.


— Pai eu só estava tentando dizer que estou namorando o Jensen Simmons — Falei rapidamente. 


Estava um tanto quanto incrédula por ele realmente ter pensando que eu estava grávida. Mas assim que me toquei do que acabou de sair de minha boca me xinguei mentalmente por ter mais uma vez soltado algo serio assim, na lata. 


Merda qual era o problema comigo hoje?


Meu pai tinha ficado mais branco do que papel, ele afrouxou mais um pouco a gravata enquanto caia sentado no sofá, me despirei e fui ate a cozinha pegar um copo de água pro mesmo, ao volta o vi ainda sentando com o seus olhos arregalados olhando para o nada. Entreguei o copo em suas mãos e ele pegou levando o mesmo a boca e engolido todo o liquido de dentro do copo. Depois de uns dois minutos vi seu tom de pele voltar ao normal e suspirei aliviada por ver que ele não teria um treco. O mesmo me olhou e eu sorri timidamente.


Merda eu definitivamente estava ferrada.


— Pense pelo lado bom pai eu não estou grávida — Sorri animadamente e meu pai me lançou um dos seus piores olhares. 


Tudo bem Cherry e hora de calar a boca.


Preciso mesmo falar que eu levei a pior bronca da minha vida? Meu pai não tinha recebido a noticia nem um pouco bem, gritara comigo sem para e eu juro que quase fiquei surda porque o cara definitivamente tinha surtado. Acho que naquele momento ate a ideia de eu estar grávida seria melhor do que essa historia de eu estar namorando Simmons. 


Primeiramente ele gritou comigo me falando que aquilo não era jeito de contar pra ele que eu estava namorando com Simmons, depois ele ficou mais irritado ainda ao lembrar do fato de que agora era sócio de Simmons, o por que ele ficou irritado? Simples ele achou que Matheus só estava o ajudando por que agora tecnicamente eles faziam parte da mesma família e com essa ideia veio a raiva e ele começou a gritar que iria desmanchar o negocio. Naquele momento eu quase me desesperei não poderia deixar meu pai perder a grande oportunidade de se reerguer por causa de uma namorico de mentira — tudo bem ele não sabia que era de mentira. Ninguém sabia. Então fiquei uns bons minutos convencendo ele de que Matheus não sabia de nada, na verdade ele estavam tão desenformado quando meu pai. No final das contas ele acabou aceitando isso afinal se Simmons-pai soubesse teria o contado no almoço.


Logo em seguida quando essa crise passou ele ficou mais calmo e começou a me pergunta se eu tinha certeza, porque ele sabia que tipo de homem Simmons era — todo mundo sabia que tipo de homem- inútil - ele era — e que não queria sua filha — no caso eu — namorando com um cara que futuramente a faria sofrer. Tudo bem que quando ele falou que ele iria me fazer sofrer tive que me segurar pra não rir, afinal Simmons nunca me faria sofrer, estávamos apenas encenando, ta meu pai não sabia disso. O tranquilizei falando que sabia me cuidar e que ele poderia confiar por que Simmons estava mudado — quase ri nesse momento também — completei dizendo que se ele não estivesse não estaria com ele.


Meu pai ainda insistiu falando que ele acha que eu o odiava — e eu ainda o odeio — bem tive que usar a mesma frase que disse a todas as pessoas que me falavam aquilo. “ Bem eu o odiava mais ai aconteceu quando vi eu e ele já estávamos assim ” Ele pareceu não ter engolido muito bem, mas fazer o que? Eu também não engoliria muito bem essa desculpinha esfarrapada. Quando vi que ele estava mais calmo com a ideia, falei por fim que a família Simmons estava a nossa espera e que já estávamos atrasados. Digamos que ele explodiu em gritos novamente.


***********


Tínhamos acabado de parar em frente a casa — se e que podia se chamar aquilo de casa — dos Simmons. Meu pai ao volante estava com a pior cara possível. O caminho não tinha sido calmo e silencioso, meu pai passara ele inteiro falando um monte de coisas que eu já não estava mais ouvidos. Assim que ele estacionou o carro, sai do mesmo e pude ver que Simmons me esperava no alto da escada sorridente. Eu tinha ligado pra ele avisando que estava chegando. Logo apareceu seu pai de um lado e sua mãe do outro. Abri um sorriso amigável para ambos e me virei para ver a cara que meu pai estava e eu estava rezando para que fosse uma cara pelo menos amigável. Fiquei feliz quando vi que ele sorria animadamente para a família que nos esperava em frente à porta de sua casa. Sorri aliviada mesmo sabendo que ele ainda não gostava nem um pouco da ideia, pelo menos ele conseguiria ser simpático essa noite, bem ele seria simpático ate chegamos em casa e ai Deus me ajuda. 


Subi as escadas sendo acompanhada por meu pai que vinha logo atrás de mim. Assim que cheguei ao alto da mesma Simmons veio ate mim ficando próximo o suficiente para que meu pai tivesse um treco no meio da escada. 


— Você esta viva — Ele falou brincalhão só para mim ouvir. 


— Por pouco tempo — Falei lançando lhe um sorriso nada feliz. 


Afastei-me do mesmo e segui ate Cameron que estava deslumbrante. A mesma usava um vestido longo, mas não aqueles de festas de gala e sim um vestido simples porem muito bonito, o mesmo tinha um tecido bem fino como o meu, o que era bom afinal aquela noite estava bem quente. Seu vestido era de um azul escuro, ele tinha um pequeno decote mas nada muito chamativo. Os cabelos castanhos da mesma estava presos em um coque o que deixava bem a mostra o seus brincos de brilhante e o seu colar estupendamente lindo e brilhante. 


— Você esta maravilhosa — Falei tais palavras pra mesma enquanto dei lhe um beijo em sua bochecha.


— Obrigada querida — Ela sorriu amavelmente. Cameron sempre amável! — Mas acho que quem esta maravilhosa aqui e você — Ela sorriu pegando em minha mão para poder olhar melhor o meu visual — Você esta fantástica! — Ela falou sorridente o que me fez abrir um meio sorriso envergonhada.


— Concordo plenamente com minha mulher. Você esta deslumbrante minha querida — Matheus apareceu em meu lado passando os braços pro meus ombros — isso só podia ser mania de família — e beijou a minha bochechar.


Correi levemente e olhei para o homem ao meu lado, o mesmo estava com um palito pretos, sua grava era azul o que ficava bem legal por causa de seus olhos e a camiseta de dentro era de uma azul bebê.


— O senhor também esta lindíssimo — Falei sorridente e o mesmo sorriu mais ainda.


— Não me chame de senhor, Cherry — Ele falou sorridente — Você sabe bem que nunca gostei que me chamasse assim — Ele abriu ainda mais o seu sorriso e eu só assistindo e claro que eu me lembrava, mas é que era difícil ser menos formal quando eles eram sempre tão formais — Você tem uma filha fantástica Thony — Simmons-pai falou agora olhando para o meu pai que acabara de cumprimentar Cameron — Alem de ser muito linda ela também e bastante educada — Ele falou e eu corroei — Ótima escolha filho — Matheus se afastou de mim e deu dois tapinhas no peito de seu filho o fazendo abrir ainda mais o seu sorriso. 


Pude ver pela minha visão periférica que meu pai não concordava com isso, ele não escondera seu desgostos nessas horas. 


— Obrigada Matheus — Simmons falou educadamente com seu próprio pai.


Simmons saiu da onde estava e caminho em minha direção, o mesmo ao ficar ao meu lado passou um de seus braços pela minhas costas e depositou uma de suas mãos em minha cintura. Vi meu pai olhar mão de Simmons e o mesmo ficou um pouco mais vermelho. Engoli em seco naquele minuto. Droga pai sem escândalos aqui. Mas pra minha sorte Matheus bateu em seu ombro fazendo o mesmo desviar a atenção da mão de Simmons em minha cintura para começar a aprestar a atenção em seu melhor amigo ao seu lado.


— Vamos entrar pessoal — Cameron falou amigavelmente enquanto se virava indo em direção a porta, sendo logo seguida por  Matheus, meu pai , depois eu e Simmons.


Ao adentrar a casa não pude evitar que minha cara de idiota aparecesse. Tudo bem que eu já tivesse vindo aqui varias vezes, mas a casa estava diferente, a decoração estava mais bonita e clássica. Sem fala que das vezes que eu tinha vindo aqui tinha bastante gente, agora com o local “vazio” o lugar parecia ter crescido mais ainda. Simmons foi me guiando enquanto eu olhava o lugar deslumbrada. Mais que casa mais linda ele tinha. 


— Linda a sua casa — Falei para Simmons que sorriu de lado.


— Eu não moro aqui — Ele falou calmamente e se virou só pra olhar a minha cara de surpresa. Essa mesma cara fez ele rir suavemente.


— Não? — Perguntei debilmente ele apensas fez um sinal negativo — Mora onde então? — Perguntei por fim realmente curiosa. 


Nossa essa era nova pra mim.


— Moro em um apartamento só meu — Ele falou contente e eu revirei os olhos. Ele estava claramente se sentindo. 


Quando chegamos a sala Cameron se virou pra nos dois e sorriu, meu pai e Matheus seguiram ate um sofá e se sentaram conversando animadamente. O Deus obrigada por Matheus saber enrolar e distrair meu pai tão bem.


— Bem o que achou da nova decoração da casa? — Cameron perguntou ainda sorridente, mas a mesma parecia um pouco receosa. 


Ela realmente se importava com a minha opinião ou ela era uma boa em interpretar como seu filho era?


— Eu achei divino — Falei formalmente e ainda um pouco deslumbrada pela beleza da casa. 


O cômodo onde estávamos era um pouco mais escura do que o grande hall que tinha suas paredes todas pintadas de brancas. A sala parecia ter sido pintada em uma cor creme para deixar o ambiente mais quente e mais escuro do que o grade clarão que era o hall. A sala tinha um sofá enorme de costas pra porta — assim como em minha casa — e duas poltronas do lado esquerdo perto a grande janela de vidro, nessas duas poltronas estavam sentados meu pai e Simmons-pai conversando. Do lado esquerdo tinha mais duas poltronas mais essas estavam um pouco inclinadas para a grande lareira que estava apagada — também com o calor que estava — no chão a frente da lareira e entre o sofá e a mesma tinha um grande tapete aparentemente de pele. Avia alguns quadros pendurados em algumas paredes, mas o que chamava mais atenção era o grande quadro retratando a família, o mesmo ficava um pouco a cima da lareira.


— Que bom que gostou— Cameron falo sorridente me fazendo desviar meus olhos do grande quadro e olhá-la, ela parecia realmente aliviada — Você e a primeira pessoa de fora que vê essa reforma, fiquei com medo de que ficasse ultrapassado de mais, clássico demais talvez— Ela falou um pouco temerosa e eu sorri.


— Esta ótimo — Falei sorrindo verdadeiramente. 


Realmente era bem clássico e dava um ar de bem antigo, mas estava realmente ótimo. Ela sorriu amavelmente e me puxou para me sentar no sofá com ela. Ela começou a me contar calmamente sobre a sua nova reforma. O assunto parecia ser entediante, mas não era, eu estava ate que gostando do que ela estava falando. 


Cameron era uma decorador de interiores por isso talvez ela gostasse tanto de ficar mudando as coisas em sua casa, como ela mesma havia me contado. O assunto com Cameron fluiu perfeitamente. Ela era uma mulher super simpática além de linda e inteligente. Em momento algum ela tocou no assunto de meu suposto namoro com seu filho, talvez ela apenas quisesse me deixar um pouco mais confortável para que ela pode-se abordar tal assunto e tenho que confessar que ela estava conseguindo, cada vez mais estava me sentindo mais a vontade. Meu pai, Matheus ainda conversavam, mas agora Simmons participava de tal conversa. A cara de meu pai já tinha melhorado — o que era um alivio — e acho que ele começara a engolir a historia de meu namoro, quando Simmons começou a falar mal de William Adam — o grande culpado pela “crise” que meu pai estava passando com seu escritório. Tenho que admitir que Simmons conseguia enrolar a todos quando queria. Ele estava sentado ao meu lado seu corpo estava próximo ao meu, mas o mesmo se mantinha virado para onde seu pai e o meu estavam sentados. 


Durante todo o jantar o assunto do suposto namoro também não foi mencionando, o que de certa forma tinha sido um alivio. Mas eu sabia que a hora de tocar nesse assunto estava chegando e ao pensar nisso um arrepio subiu pela minha espinha. A conversa durante o jantar fora animada e dessa vez todos fizemos parte de uma só conversa. Eu tinha que admitir que a família e Simmons era fantástica, sempre os vi como uma família seria e conservadora, mas estava enganada eles eram super descontraídos e gentis além de não serem tão conservadores como eu imaginava. Durante o jantar tudo ocorreu perfeitamente, sem falar que tudo ali estava perfeito, a comida, o vinho e ate a companhia. E foi uma surpresa pra mim quando me peguei gostando de toda aquela situação.


Assim que terminamos de comer voltamos a sala onde estávamos conversando e nos sentamos cada um no mesmo lugar aonde estavam sentados antes. Porem dessa vez não ouvi conversas paralelas e divertidas e nem risadas e comentários idiotas que levariam todos a rir descontroladamente. Na verdade o silencio tinha se instalado na grande sala. E aquela era a hora, aquela era a hora em que as perguntas começariam, parecia que todos estavam em silencio pra ouvir a pergunta que provavelmente sairia da boca da mulher ao meu lado. Respirei fundo percebendo que eu começava a ficar tensa, Simmons que estava ao meu lado tinha percebido a minha tensão repentina e como se tentasse me acalmar, ele tomou uma de minhas mãos e a segurou levemente. Preciso mesmo dizer que isso só me deixara mais tensa? Desviei meus olhos de nossas mãos e olhei para o seu rosto, assim que meus olhos pararam nos seus ele abriu um meio sorriso que o deixava extremamente sexy — Tudo bem Simmons era uma homem sexy sempre — E agora ele parecia estar mais sexy do que nunca, sua blusa social branca que estava toda fechada quando eu tinha chegado, agora se encontrava com os primeiros botões abertos mostrando um pouco do seu peitoral. Voltando ao que realmente importava assim que o vi sorrir involuntariamente eu abri o meu sorriso. Naquele momento reparei que eu não era a única pessoa nervosa ali, Simmons aparentava um certo nervosismo também e de um jeito estranho isso me deixava mais calma.


— Então — Matheus falou chamando a atenção de todos só agora me fazendo reparar que eu e Simmons éramos observados. Coroei violentamente — Por que não nos contam como tudo isso começou? — Matheus perguntou claramente curioso é feliz.


Talvez ele fosse a pessoa mais feliz de todos nos, mas feliz ate do que sua mulher que sorria animadamente ao meu lado. Apertei a mão de Simmons, afinal eu estava nervosa demais. Ele alisou minha mão com sua outra mão e sorriu levemente.


— Bom pai, podemos falar que tudo começou a acontecer depois da festa da Liz — Simmons falou calmamente enquanto mantinha um sorriso em seus lábios. 


Como ele conseguia manter a voz estável? Eu já teria começando gaguejado a tempos. 


— Como assim começou a acontecer? — Meu pai perguntou erguendo uma das sobrancelhas, parecia estar claramente curioso. Respirei fundo e foi a minha vez de falar. 


— E que na festa da Liz o Simmons meio que me salvo de um cara super chato — Falei dando de ombros e vi Simmons rir levemente. Tudo bem que ele tinha me salvado de um garoto que queria a todo custo ir pra cama comigo, mas meu pai não precisava saber disso. — E depois que ele me salvo desse cara, eu pedi pra ele me levar embora porque não dava mais pra continuar ali. — Parei um pouco procurando as palavras certas pra continuar. — É bem... — Comecei a falar mais parei ao perceber que não tinha como continuar aquilo sem que eu ficasse extremamente sem graça. 


— E bem...? — Meu pai perguntou rapidamente me fazendo olhá-lo e coroar . 


Droga pai você não esta me ajudando. 


Desviei os olhos de meu pai e abaixei a cabeça tentando ficar um pouco mais calma. Deus eu não acredito que estava passando por aquilo. Mais uma vez apertei a mão de Simmons com força. 


— Bom acho que todos entenderam o que aconteceu certo? — Cameron ao meu lado comentou sorridente e eu suspirei aliviada. 


Levantei a cabeça e olhei pra mesma que estava com um sorriso deslumbrante no rosto. Obrigada! Era a única coisa que eu poderia pensar olhando para aquela incrível mulher.


— E por que não nos contou antes? — E novamente a voz de Matheus invadiu o silencio me fazendo me virar para olhá-lo. Matheus estava sorridente enquanto ao seu lado meu pai se mantinha sem expressão apenas ouvindo. 


— Matt — Cameron repreendeu seu marido e ele sorriu mais ainda. 


— Todos nós estamos curiosos pra saber isso — Matheus disse sorridente o que fez todos na sala rirem, exceto meu pai que se mantinha serio.


— Porque não sabíamos se isso ia dar certo — Simmons começou a falar calmamente e eu o olhei. O mesmo tinha um sorriso nos lábios enquanto olhava para todos naquela sala — Foi uma surpresa pra nós dois quando tudo começou acontecer — Ele parou rapidamente de falar e abriu ainda mais o seu sorriso, ele estava sendo cauteloso, afinal o mesmo tinha notado a expressão — ou falta da mesma — de meu pai — Eu e Cherry sempre brigamos e nunca nos dávamos bem, fomos pegos desprevenidos do mesmo jeito que vocês — Ao dizer tais palavras meu pai pareceu esboçar um pouco de emoção, mas foi tão rápido que eu não consegui distinguir que tipo de emoção e quando se vira lá estava ele de novo inexpressível. — Por isso decidimos esperar para contar a todos — Simmons terminou sorridente e foi nesse momento que ele se virou pra me olhar, meus olhos se encontraram com o seu e eu sorri. Estávamos indo muito bem. 


Desviei meus olhos de Simmons e comecei a olhar para as três pessoas que estavam ali conosco. Cameron parecia estar simplesmente feliz, mas eu sabia que não importava qual fosse a resposta de Simmons ela sempre se manteria assim, era claro em seu rosto que ela estava realmente gostando da ideia de mim e seu filho juntos, sorri pra mesma e ela abriu ainda mais seu sorriso. Desviei meus olhos dela e olhei pra Matheus que olhava mantinha seus olhos em mim e o mesmo parecia extremamente feliz, eu sabia que te todos ali o que mais apoiava esse namoro era ele, e ele estava claramente bem feliz, mas feliz ate do que Cameron estava. Por ultimo olhei para o meu pai e me surpreendi ao velo sorrindo, sorri instantaneamente aliviada de mais por ver tal coisa. Tudo bem que ele era o que menos aprovava tudo aquilo, mas parece que a resposta de Simmons tinha lhe agradado e lhe explicado algumas coisas. 


— Eu não preciso falar que essa ideia de ver os dois junto me agrada muito — Matt comentou e eu sorri. — Acho que finalmente você acertou na garota filho — Ele sorriu animadamente eu tive que rir com aquele comentário, assim como Cameron e o próprio Simmons. 


— Eu também achei que dessa vez eu acertei pa i— Seus olhos voaram para o meu nesse momento e eu quase me perdi naqueles incríveis olhos azuis. 


Sorri envergonhadamente pra ele e ele passou sua mão livre colocando uma mecha do meu cabelo pra trás. Tudo bem Simmons já estava começando a ir mais alem do que deveria, ele estava claramente me deixando desconfortável.


Ouvi alguém pigarrear, provavelmente o meu pai — ta era o meu pai — e esse ato fez com que Matheus caísse na gargalhada, engoli em seco e olhei para o meu pai que estava um pouco vermelho. Ele tinha acabado de engolir um pouco a historia, era melhor não pressionarmos ele com gestos de afeto e amo r— que por acaso nós não sentíamos. Simmons ao meu lado se arrumou voltando a ficar de frente para os nossos pais e ele sorria animadamente, meu pai aos poucos voltava a sua cor normal. Foi nesse momento que a conversa volto a fluir normalmente, e novamente estava eu e Cameron conversando enquanto os três homem conversavam sobre algo que claramente não me interessava. Uma vez ou outra entravamos todos em um mesmo assunto e riamos igual velhos amigos , o que era bastante gostoso. 


Minha tensão já tinha passado, mas mesmo assim a minha mão se encontrava entre a mão de Simmons. Eu não tinha reparado em tal coisa ate que Simmons se levantou ainda segurando em minha mão me puxando para me levantar com ele, sorrimos amigavelmente para os três que agora conversavam animadamente e saímos da sala. Seguimos o caminho de volta a sala de jantar, mas não paramos na mesma, passamos por outra porta que dava a cozinha e continuamos a caminhar. Simmons não disse nada e eu não perguntei também apenas o segui. Passamos pela ultima porta e saímos no jardim dos fundos da casa, o mesmo era enorme alem de ser bastante lindo. Sorri ao me lembrar do lugar que continuava o mesmo de três anos atrás, nada avia mudado no mesmo e eu agradecia por isso, afinal o local já era lindo assim do jeito que estava.


Era um jardim dos fundos quase um tanto quanto normal, ele tinha uma piscina, as cadeiras de sol, um gramado super verde, alem de uma casa de vidro perto da piscina aonde tinha uma mesa de sinuca e um mi bar, uma coisa um tanto quanto diferente e bem legal. No jardim também tinha uma enorme arvore e alguns flores que eu sabia que Cameron cuidava como se fosse seus filhos. Mas a parte que eu mais gostava era sem duvida o balanço que era sustentado por um galho da arvore. Eu simplesmente o amava e sempre que vinha aqui gostava de ficar nele. Soltei a mão de Simmons e caminhei ate o balanço sorridente, não sabia se Simmons estava apensa me observando ou se o mesmo estava me seguindo na verdade isso não importava, minha mente estava ocupada demais lembrando de algumas coisas que tinha acontecido por ali. 


— Eu vou cair Simmons — Gritei apavorada enquanto via ele balançar cada vez mais forte aquele maldito balanço.


— Qual é Marrony, pare de ser uma criança chorona — Ele falou debochadamente enquanto mais uma vez emburrava o balanço — que já estava com força total.


— Simmons pare — Gritei mais uma vez enquanto me agrava as cordas do balanço. Eu já podia me ver caída no chão — Sebastian seu infeliz me ajude — Gritei desesperada para o meu irmão que ria descontroladamente provavelmente da minha cara de pavor. 


— Pare de pedir ajuda a seu irmão Marrony — Simmons debochou.


— Sebastian — Gritei mais uma vez vendo que uma de minhas mãos estava começando a escorregar. 


E sem dar tempo pra falar mais nada uma de minhas mãos escorregou. Eu estava indo de encontro ao chão, gritando igual uma idiota . Cara aquilo iria doer muito, fechei meus olhos, mas antes de cair de cara no chão os braços de meu irmão me seguraram fortemente contra o seu corpo, me agarrei em seu pescoço enquanto abria os olhos lentamente.


— Te peguei boneca — Ele falou sorridente e eu sorri, escondi meu rosto em seu peito. 


Cara eu quase tinha morrido. Se não fosse o fato de meu irmão ser super rápido e ter tido uma sorte incrível eu com certeza estaria toda arrebentada no chão tudo culpa do infeliz do Simmons. 


Sorrir ao lembrar de tal cena e toquei as cordas que sustentavam o balanço, em pensar que eu quase tinha me machucado seriamente naquele dia. Não contendo a vontade, me sentei no balanço e sorri ao ver Simmons vir pra trás de mim. 


— Sem gracinhas — Falei seria e pude ver que ele parecia se lembra da mesma coisa que eu tinha lembrado segundos atrás.


Simmons apenas se limitou a rir e a me empurrar levemente. Fechei os olhos sentindo o vento que bagunçava os meus cabelos e acariciava suavemente o meu rosto. Era uma sensação tão boa, tão leve e tão pura. Simmons continuou a me empurrar levemente e eu sorri feliz, aquilo me trazia tantas lembranças, me enchia de tanta felicidade. Uma felicidade que talvez não voltasse mais. 


Senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto quando me lembrei que tais momentos nunca mais iriam ocorrer, que tais momentos nunca mais poderia ter um replay nem nada do gênero e como doía pensar nisso. Era melhor nem pensar, abri os olhos tentado evitar qualquer outro pensamento que me machucasse, mas ao abrir os olhos me surpreendi ao ver Simmons agora parado ali em minha frente, ele não deveria esta atrás de mim me empurrando? Antes que eu pudesse abrir a boca para falar alguma coisa Simmons fez algo que eu não esperava. Digamos que assim que o balanço foi mais uma vez em direção a ele, o mesmo em um ato rápido passou seus braços por minha cintura me puxando de encontro ao seu corpo, o que fez meu corpo se chocar brutalmente contra o seu. Encarei seus olhos incrivelmente azuis que agora estava na mesma altura que os meus, minha respiração estava alto assim como a sua, estávamos próximos demais. Simmons foi me abaixando lentamente ate que meus pés finalmente tocaram o chão, mas ele ainda mantinha sua mão em minha cintura mantendo nosso corpos ainda colados de mais. Ele levou sua mão livre ate o meu rosto limpando o rastro da lagrima que tinha acabado de rolar pelo meu rosto. Coroei levemente por ele ter notado essa maldita lagrima, mas mesmo um pouco envergonhada eu não consegui desviar meus olhos dos seus belos olhos azuis e muito menos desgrudar meu corpo do teu. Simmons que ate agora estava com uma cara seria abriu um meio sorriso. E ao contrario das outras vez eu não conseguir sorrir na verdade não consegui esboçar reação alguma, meus pensamentos só giravam em torno de toda aquela cena, meus pensamentos estavam especificamente em nossa super aproximação, em nosso corpos colados. 


O Deus eu estava ficando louca.


Capítulo 11

Aquele clima bem estranho foi totalmente cortado quando o celular de Simmons começou a tocar insistentemente em um de seus bolsos. Não sei exatamente como estava a minha cara, mas com certeza ela deveria estar bem vermelha e com uma expressão bem idiota. Mas quer saber isso não importava, não agora que eu estava dentro do carro de Simmons ouvindo uma musica qualquer enquanto nos dirigíamos a uma de minhas boates favoritas.


Jonas tinha sido a pessoa que avia cortado qualquer coisa que poderia ter acontecido. Lembre-me de agradecê-lo . Ele ligou avisando que ele e a turma estavam nos esperando naquela boate por que aparentemente Angelina iria se apresentar com o seu grupo de dança. A principio fiquei um pouco aborrecida por terem ligando para Simmons em vez de ligarem para mim, mas esse aborrecimento passou quando vi que Alex e Angelina tentaram me ligar mais de 10 vezes — cada uma— a segunda coisa que me incomodou foi o fato de Jonas saber que eu estaria com Simmons . Será que o mane tinha contado a seu melhor amigo sobre o jantar que teríamos hoje? Esse pequeno incomodo sumiu afinal era besteira pensar nisso. Jonas era o melhor amigo de Simmons e com tanto que ele não contasse sobre nossa mentira eu não me importaria sobre o que eles conversavam.

Quanto aos nossos pais, eles não se importaram nem um pouco quando eu e Simmons surgimos pela porta da sala falando que iríamos encontrar alguns amigos, o único que parecia ter ficado um tanto quanto apreensivo com essa historia foi meu pai que não estava com uma cara muito boa. Mas Cameron tratou de tira essa cara de meu pai o chamando para um jogo de cartas falando que estava afim de jogar com alguém que realmente soubesse o que estava fazendo, era claro que aquilo fora uma indireta para Matheus que no mesmo instante fechara a cara fazendo todos — inclusive meu pai — rirem. 

E agora estava eu e Simmons ali estacionando em frente a boate que tinha uma fila enorme de pessoas que queriam entrar ainda, desci do carro sendo seguida por Simmons que entregou a chave se seu bebê para o manobrista. O mesmo veio ate mim passando uma de suas mãos pelas minhas costas enquanto caminhávamos calmamente ate Lucas o segurança que estava na entrada. Eu conhecia praticamente todos que trabalhavam por ali e não era pra menos eu sempre iam ali. Cheguei ate Lucas sorridente fazendo o mesmo sorrir.


— Cherry — Ele falou animadamente. Lucas era um cara encantado e super engraçado — Jensen — Ele se virou para o homem ao meu lado ainda sorridente. 


Simmons estendeu a mão e ambos fizeram um toque bem estranho. Era obvio que Simmons também conhecia a todos, o mesmo era melhor amigo do dono da boate. Sim, sim Jonas era o dono de uma das baladas mais fantásticas que eu conhecia.

Lucas deixou que eu e Simmons adentrássemos ao local que aparentemente já estava cheio. Simmons caminhou na frente enquanto segurava na minha mão e me guiava ate onde provavelmente Jonas se encontrava. Fomos caminhando entre as pessoas que dançavam animadamente a musica eletrônica que tocava,eu tinha que concorda eu adorava aquela musica, mexi meu corpo suavemente enquanto continuava a andar atrás de Simmons. Pude ver o mesmo virar um pouco o rosto pra me olhar e ao notar que eu estava dançando o mesmo sorriu me fazendo rir, ele virou novamente o seu rosto pra frente e foi a vez dele de começar a mexer o seu corpo, mas ele não mexia no ritmo da musica ou em um jeito que fosse um tanto quanto normal, ele tinha empinado sua bunda pra trás e começava a rebolar, naquele momento coroei um pouco de vergonha pois algumas pessoa nos observa, mas por fim eu estava rindo muito da cara do idiota que dançava igual um otário a minha frente. 


Quando por fim chegamos á área vip, Simmos cumprimento Brian — um outro segurança que tinha ali — o mesmo tirou a fita para que pudéssemos passar, quando passei ao lado dele sorri simpaticamente para o mesmo que me retribui em um sorriso lindo. Subimos as escadas e chegamos a área vip da boate. Simmons continuava a me guiar ainda andando em minha frente com uma de suas mãos segurando a minha, caminhei com ele ate identificar a nossa turma de amigos. Todos estavam ali Jonas, Alex, Rebeca, Jess, Nicole, Angelina e ate a insuportável da Hanna, sem fala em mais algumas pessoas que dançavam com Angelina. Assim que chegamos perto suficiente todos pararam para nos olhar e eu sorri animadamente. 


— Por que esta vestida assim? — Alex me perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas. 


Eu entedia o seu espanto, aquele vestido era um tanto quanto inapropriado para o local. 


— Fui jantar na casa dos pais de Simmons — Falei dando de ombros e pude notar pela minha visão periférica que Angelina — que estava ao lado de Alex — fizera uma careta. 


— Com os pais dele? — Alex agora parecia surpresa. 


— Não, não com os empregados — Falei debochadamente vendo minha melhor amiga coroar um pouco.


— Por que não passou em casa pra trocar de roupa? — Foi a vez de Rebeca questionar.


— Porque um certo alguém falou para virmos direto pra cá, se não iríamos perder a apresentação de Angelina — Falei olhando diretamente para Jonas que sorria animadamente. 


Todos caíram na risada incluindo eu e Simmons que ate então não tinha se pronunciado. 


— Cherry — Olhei para Angelina que tinha acabado de me chamar, ela parecia meio inquieta, seu sorriso era ainda um pouco triste o que me preocupou — Agradeço por ter vindo — Ela falou um pouco nervosa e eu sorri. 


— Eu não perderia isso por nada — Falei animadamente — Adoro ver minha melhor amiga arrasar — Sorri.


Eu e Angelina não tínhamos conversando direito dês do dia em que tinha descoberto que ela e a rainha das vadias estavam juntas. Mas não foi porque eu estava irritada com ela e nem nada do gênero e por que realmente as coisas tinha acontecido rápido demais, ela namorando a raiva das vadias ,eu sendo demitida, o prazo pra que meu pai e eu quitássemos nos dividas e entre outras coisas. Eu realmente não ligava mais pra esse namoro, era claro que eu ainda não ia com a cara da rainha das vadias — e talvez nunca fosse — mas se ela fazia a minha Angel feliz eu estava feliz também. 


Angelina abriu ainda mais o seu sorriso e veio ate mim me dando um abraço super apertado, correspondi o seu abraço e beijei sua bochecha. Cara como eu estava com saudades da minha pequena. Angelina me apertou mais ainda me deixando quase sem fôlego, mas me solto antes que eu pudesse reclamar. 


— Achei que estivesse com raiva de mim — Ela falou um pouco mais perto de mim porque o Dj tinha aumentando mais ainda a musica que já estava alta. 


— Com raiva de você minha Angel? Nunca! — Eu estava sorridente e ela começou a abrir ainda mais o seu sorriso. 


— Mesmo eu namorando com a Hanna? — Ela falou um pouco apreensiva e eu desmanchei um pouco o meu sorriso. 


— Mesmo não gostando da Hanna vadia — Falei rapidamente e me arrependi de ter pronunciado tais palavras. Tudo bem a chamar assim em pensamentos, mas não podia falar isso, não com Angelina, afinal ela estava namorando a Hanna vadia. — Desculpe é o costume — Fiz uma careta e a Angel sorriu dando de ombros — Mas voltando ao assunto, mesmo não gostando da Hannah — Dei uma ênfase maior ao nome da vadia das vadias e Angelina riu — Não posso reclamar afinal se ela esta te fazendo feliz que problema tem, certo? — Falei voltando a sorrir e vi Angel abrir seu melhor sorriso.

— Você e um anjo sabia? — Ela falou enquanto se afastava. A mesma tinha acabado de beijar minha testa. 


— Ei a Angel aqui é você — Fiz um pequeno trocadinho tosco que nos levou a gargalhar. 


Logo em seguida Alex veio ate nos rindo, falando que Simmons era um idiota, bem digamos que isso todos nos já sabíamos. Foi nesse exato momento que nos juntamos e começamos todos a conversar. Era claro que não estávamos em uma conversa única, havia diversas conversas paralelas, mas uma vez ou outras todos começavam a falar do mesmo assunto. Alguns garçons trouxeram bebidas a mando de Jonas e nos todos começávamos a beber. Tenho que confessar que não era tão acostumada com o álcool e que poderia ficar bêbada facilmente se não conseguisse me controlar ou se bebesse ago mais forte do que deveria. 


Já tinha se passando um bom tempo dês que eu e Simmons tínhamos chegado. O mesmo estava o tempo todo conversando animadamente com Jonas em um canto enquanto eu conversava animadamente com as meninas do outro lado. Quando You Make Me Feel começou a tocar eu sorri animada, eu adorava essa musica, sai de onde estava conversando com as meninas e fui ate onde Jonas e Simmons estavam, Jonas ao me ver sorriu animadamente e Simmons que se encontrava de costas para onde eu estava se virou rapidamente sorrindo ao me ver ali.

Jonas apenas assentiu sorridente e eu comecei a puxar Simmons para as escadas, descemos as mesmas e fomos nos mexendo no ritmo da musica ate o meio da pista de dança. Quando estávamos a uma distancia considerável das escadas parei me virando para o Simmons e comecei a movimentar meu corpo no ritmo da musica, o mesmo entendeu o recado e começou a se movimentar também. 


Estávamos dançando animadamente e eu fechei os olhos para aproveitar mais ainda a musica, virei-me um pouco e sentir quando as mãos de Simmons me puxaram para perto dele, meu corpo estava mais uma vez colado ao seu, só que dessa vez eu estava de costas pra ele. Antes que eu pudesse levantar o meu rosto para olhá-lo e pergunta o que estava acontecendo o mesmo colocou sua boca em minha orelha e começou a falar:


— Tinha um cara se aproximando muito de você. — Ele falou um pouco serio no meu ouvindo o que me fez rir e ao mesmo tempo me arrepiar. — Não ri eu tenho que cuidar do que e meu — Ele falou fingindo estar serio o que acabou nos levando a gargalhada.

Ele abaixou a cabeça pra rir e pude sentir o seu hálito invadir as minhas narinas, assim como pude sentir os arrepios que sua respiração rápida por causa da risada me causavam. A musica ainda continuava a tocar e mais uma vez eu fechei os olhos para deixar a batida suave da musica me envolverem. Comecei a me mexer suavemente contra o corpo de Simmons, que a essa altura segurava minha cintura bem forte enquanto seguia o mesmo ritmo que o meu corpo,suas mãos em minha cintura me pressionavam mais contra o seu corpo e eu sentir um calor incomum subir por todo o meu corpo. Continuei a me movimentar no ritmo da musica, os movimentos ficavam cada vez mais rápidos e mais intenso, mordi os meus lábios reprimindo um gemido que queria sair, quando Simmons encostou seu corpo mais ao meu — como se fosse possível — e fez sua ereção rosar fortemente em minha bunda. Aquilo que estávamos fazendo era um jogo arriscado, uma complicação que não precisávamos,mas eu não conseguia parar, meu corpo pedia por mais, pedia pelo seu toque e pela satisfação de um desejo que era incomum. Eu sabia que tudo aquilo era culpa do tempo acumulado sem tais tipos de contado e caricias, mas naquele momento a ultima coisa que eu ligaria era para a minha consciência que nesse momento gritava para que eu parasse. Continuei a rebolar sendo acompanhada por Simmons.

— Você esta me deixando louco — O infeliz sussurrou no meu ouvindo me deixando mais arrepiada.

Abri os meus olhos e sorri. Virei meu corpo ficando de frente para o mesmo e subi meu olhar para olhar em seus olhos, mas meus olhos param no meu do caminho, quando por cima do outro do Simmons vi um cabelo ruivo que eu conhecia muito bem.Parei imediatamente. 


Que diabos aquela garota estava fazendo aqui? 


— Me fala que aquela ruiva ali não é Emily Collins — Falei para Simmons sem tirar meus olhos da ruiva que dançava de costas pra nós.


Simmons levantou virou a cabeça um pouco atordoado, talvez a troca de assunto o tenha pegado desprevenido, bem era de se espera que pegasse mesmo, afinal estávamos no meio de... bem de algo que eu não sabia como classificar e agora eu estava falando sobre a filha mais nova do meu ex chefe. E foi nesse momento quando Simmons parecia te finalmente a achado que ela se virou de olhos fechados, dançando ao ritmo da musica que tocava.

— Sim, ela definitivamente é Emily Collins — Ele falou dando de ombros quando voltava a me olhar.


Bufei de irritação. O que aquela menina estava fazendo aqui dentro? Como ela tinha conseguido entra?Pelo que me lembre ela ainda era de menor e se seu pai descobrisse que ela estava aqui com certeza a mataria. 


— Vem vamos falar com ela — Peguei na mão de Simmons o puxando para irmos falar com a ruiva, mas ele permaneceu parado o que me fez olhá-lo. 


— Estou com um pequeno probleminha — Ele disse calmo e suas bochechas ganharam uma coloração avermelhada. 


Sorri, vê-lo com vergonha era algo tão raro que deveria se desfrutar cada segundo, mas eu estava sem tempo. 

— Me abrace pro trás isso vai deixar menos visível o seu probleminha — Falei debochadamente.


Virei-me de costas pra ele que rapidamente me puxou contra o seu corpo pressionado meu corpo no seu, o que me fez sentir mais ainda a sua ereção, controlei-me pra não perder o foco, mas foi difícil quando ele sussurrou no meu ouvido:

— Eu adorei a ideia — Ele falou rosando um pouco mais a sua ereção em mim o que me fez respirar fundo.


Começamos a andar pelas pessoas e fui em direção a ruiva problema que ainda dançava animadamente com os amigos. A mesma ainda não tinha me visto. Pigarreei assim que parei na frente dela. E apesar do som alto ela tinha me ouvido, a mesma abriu os olhos rapidamente e ao me ver as feições de seu rosto mostravam o quando ela estava surpresa.


— Cherry, o que esta fazendo aqui? — Seus olhos estavam arregalados.


— Eu que devo fazer essa pergunta, não acha Emily?— Falei seria enquanto via alguns de seus amigos pararem de dançar e olharem para a cena que estava acontecendo. 


— Cherry... — Ela começou, mas não continuou a frase, sua boca estava aberta se movimentava, mas nem um som sai da mesma.


— Como você entrou aqui? — Passei para a próxima pergunta e a que eu mais queria saber. E mais uma vez ela abriu a boca, mas nenhum som sai da mesma. Cara como aquilo já estava me deixando nervosa — Identidades falsas? — Perguntei estupidamente mesmo sabendo que a resposta era sim. Afinal não tinha outra forma de ela entrar ali. Ela se limitou a assentir apenas, enquanto suas bochechas ficavam levemente coroadas, bem ficavam visivelmente coroadas afinal o bush que a mesma usava realçava esse pequeno constrangimento — Você ficou louca Emily? — Perguntei enquanto minha voz se exaltava um pouco. Simmons que estava atrás de mim me cutucou e eu entendi o que ele queria quando vi Emily olhar rapidamente pra trás e suas bochechas ficarem mais vermelhas. Respirei fundo tentando me acalmar — Por que fez isso? — Despejei a ultima pergunta calmamente. Afinal eu não queria ninguém prestando a atenção em nós. Ta ai uma coisa que eu definitivamente não queria. Chamar atenção.


— É que eu fiquei sabendo que ia ter uma competição de dança e eu quiser vim assistir. Você sabe como eu adoro dança — Ela falou rapidamente e em um momento dessa frase eu quase tive um enfarte, achei que ela iria querer participar dessa competição.


— Não deveria ter feito isso Emily — A repreendi, mas meu tom de voz era baixo — alto o suficiente pra que ela me ouvisse naquele ambiente caótico — em certo ponto eu entendia os seus motivos ela realmente era apaixonada por dança — E arriscado demais. Tem muitos fotógrafos lá fora sem falar que tem alguns aqui dentro pra cobri o evento. Se você aparece em uma dessas fotos você sabe que seu pai vai surtar literalmente — Abri um meio sorriso e ela fez uma careta a mesma sabia que eu tinha razão. 


— Tudo bem Cherry, eu sei que pode ter sido estupidez, mas me deixe ficar eu já estou aqui dentro mesmo — Ela fez um olhar matador e um biquinho que derreteria qualquer coração de pedra como o meu.


Tudo bem que quando se tratava de algumas pessoas — incluindo ela— meu coração tava mais para um coração de manteiga. Simmons solto uma leve risada me fazendo lembrar que ele ainda estava ali. O mesmo já tinha desgrudado seu corpo do meu a minutos, mas ele ainda continuava ali. 


— Por favor — Ela insistiu mais uma vez com sua voz bem manhosa e seu bico aumento um pouco


Droga assim não dava pra resistir. Mas que merda Emily . Bufei de raiva e ela abriu um sorriso, ela já sabia a resposta.


— Tudo bem Emily você pode ficar — Dita tais palavras Emily deu um grito chamando a atenção de algumas pessoas e começou a pular alegremente fazendo Simmons mais uma vez rir atrás de mim — Mas — Comecei novamente vendo ela parar no mesmo instante que a palavra saiu de minha boca. Seu sorriso tinha sumido e ela estava um pouco apreensiva — Você não vai sair do meu lado e quando acabar as apresentação vamos embora — Falei calma e seria.

— Tudo bem — Seu sorriso tinha voltado ao seu rosto e em um ato rápido ela se jogou em meu pescoço passando seu braços por ele e me abraçando. Ri levemente com o seu ato e passei meus braços ao redor de seu corpo. — Você e a melhor sabia? — Ela falou rapidamente em meu ouvido o que me vez rir. Apenas assenti com a cabeça e ela se afastou rindo — Era pra falar que não — Ela falou fingindo esta espantada — Se sente muito em Cherry— Seu tom era brincalhão o que me fez rir.


— Você não imagina o quando — Simmons se aproximou novamente de nos duas agora olhando para a ruiva que imediatamente corou — Marrony— Simmons falou em meu ouvido e eu apensas assenti pra ele saber que estava prestando atenção — Que tal irmos pra lá pra frente ou pro camarote?— Ele falou calmamente eu me virei um pouco erguendo as sobrancelhas pra que ele estendesse que eu não estava entendendo o porquê daquilo — Tem uma menina aqui atrás de mim, abusando de mim — Ele falou seriamente e eu cai na gargalhada. 


Cara aquilo era demais. Simmons estava com medo de um simples tardada ? Eu nunca me esqueceria disso. Continuei a rir mesmo recebendo um olhar mortal de Simmons, era impossível parar eu não conseguia. Respirei fundo quando minha barriga começara a dor e comecei a parar com as risadas. 


— Acabou? — Simmons perguntou serio.


Quando vi sua cara seria comecei a rir novamente o que fez Simmons bufar de raiva. E mais uma vez sentir a minha barriga doer e comecei a parar levemente. Apenas assenti pra ele quando já tinha parado de rir. Não confiaria na minha voz mesmo porque se eu falasse alguma coisa poderia voltar a rir novamente.


— Que bom. Podemos ir agora? — Ele perguntou ainda serio e eu segurei o riso. 


Mais uma vez me limitei a assenti e ele se virou pegando em minha mão e a puxando, peguei na mão de Emily e a puxei pra vir conosco, olhei pra trás e a vi sorrir para os amigos dela e acenar, a mesma estava se despedindo, sorri e voltei a andar ainda sendo puxada por Simmons. Quando estávamos chegamos as escadas Simmons falou algo com o segurança e logo em seguida começou a subir ainda segurando minha mão e eu a de Emily, não me virei mais em momento nenhum do trajeto de onde estávamos para a área vip, não sabia como estava a cara de Emily que ainda estava sendo puxada por mim. Assim que avistamos nossos amigos, soltei a mão de Simmons e caminhei calmamente ate eles sorridente. O primeiro a nos ver foi Jonas que sorriu levemente e desviou sua atenção para alguma coisa que estava acontecendo lá em baixo. Assim que parei em frente às meninas todas elas me olhara sorridente e ao notarem Emily atrás de mim ergueram todas suas sobrancelhas , todas aparentavam estar bem confusas e ao mesmo tempo curiosas. Segurei o riso e me mantive sorridente. 


— Essa é Emily meninas. Uma amiga minha — Falei sorridente e as meninas desmancharam suas caretas e sorriram amigavelmente para Emily que agora estava ao meu lado sorriu ao ouvir cada uma das meninas se apresentarem.


— O que ela faz aqui? — Ashley perguntou no meu ouvindo ainda confusa. 


— Eu a encontrei aqui dentro — Falei calmamente, eu entendia a surpresa de Ash eu também tive essa surpresa quando a vi dançando. 


— Identidades Falsas? — Ashley perguntou, mas eu sabia que ela já sabia a resposta. 


— Sim — A olhei e a vi dar de ombros. 


Voltei novamente a minha atenção para Rebeca, Nicole e Jess que conversavam animadamente com Emily, notei também Hannah-vadia de canto tomando alguma coisa e foi ai que senti a falta da minha pequena revoltada. 


Aonde estava a Angel?


— Ash— Chamei a atenção dela que parecia já ter entrado na conversa — Cadê a Angel? — Perguntei assim que a doida me olhou. 


— Foi se trocar com o resto do pessoal — Ela falou e volto a sua atenção novamente a conversa. 


E foi ai que percebi que todo o pessoal que estava com ela não estava mais ali. Nossa como eu era boa em reparar nas pessoas. Fui irônica. Respirei fundo, não estava nem um pouco afim de ficar conversando sobre o que as meninas estavam falando — cabelo — não que eu não gostasse do assunto, porque eu adorava, mas não estava muito afim de falar sobre isso agora. Olhei pros lado a procura de alguém pra conversa, vi Hannah parada sozinha de canto tomando o seu drink desviei meus olhos a procura de outra pessoa porque com a vadia das vadias eu não ia conversar de jeito nenhum. Continuei olhando a área vip a procura de alguém que eu conhecesse e que eu pudesse conversar, meus olhos vagaram por todo o lugar, mas não encontrei ninguém, por fim meu olhar parou em Simmons que conversava com uma garota. 

Calma ai ele estava conversando com uma garota? 


Bem ele parecia conversa enquanto ela parecia querer se jogar em cima dele. A não, nem pense nisso não na frente dos meus amigos. Caminhei ate onde ele estava e parei ao seu lado, sorri o mais falsa possível e vi a careta que a menina fez quando Simmons passou seu braço pela minha cintura. 


— Jennifer essa é minha namorada Cherry — Ele falou sorridente para a menina e ela sorriu falsamente — Cherry essa e a Jennifer, acabei de conhecê-la. — Ele falou educadamente e continuou — Ela cursa publicidade. Legal né? — Ele só podia estar brincando com a minha cara.


Legal era o tapa que eu estava afim de dar nos dois. Ela cursava publicidade? Só se fosse para se alto promover na esquina que ela trabalhava.


— Que legal. Jensen trabalha com isso — Falei educadamente. Com a minha pose de atriz que tinha aperfeiçoado com esse namoro com o Simmons.


— Eu sei — Suas palavras foram um tanto quanto rudes, mas ela se manteve sorridente para mostrar que era educada. 


Tudo bem agora eu queria dar uma surra nela. Ela me olhou dos pés a cabeça e eu tive vontade de matá-la, ela sorri debochadamente. Alguém me segure essa vadia estava me tirando do serio.


— Acho que esse vestido não é muito apropriado para um lugar desses — Ela falou debochadamente. 


Eu acho que essa roupa não é adequada para um lugar desses, pensei mentalmente quando me lembrava dos trajes que a mesma vestia, ela deveria usar isso só quando estivesse na sua esquina . Respondi mentalmente mais sorrio ao vir uma resposta bem melhor em mente. 


— É que eu vim de um jantar na casa do meu namorado — Dei ênfase a palavra namorado e continue — E não deu tempo de passar em casa pra me trocar — Abri ainda mais o meu sorriso quando vi o dela sumir totalmente. 


— Bom acho melhor eu ir — Ela falou abrindo um pouco seu sorriso e eu aumentei o meu — Meus amigos estão me esperando — Ela falou um pouco seria — Foi um prazer Simmons — Ela veio ate ele e depositou um beijo demorando na bochecha dele. 


Se ela demorasse mais um segundo eu a tiraria a força . Ela se afastou dele sorridente e me olhou, eu sabia que aquilo tinha sido pra me irritar


— Tchau — Ela se limitou a acenar pra mim e começou a caminhar sorridente. 


Bufei irritada e a vi rir. Segurei-me para não ir atrás dela e quebrar sua cara. Que biscate . Vi ela se virar para nos olhar e foi nesse momento que me virei para Simmons e encostei meus lábios nos dele, vi ele sorri ainda com seus lábios grudados aos meus e em seguida ele tomou meu lábios inferiores o chupando. Foi a minha vez de sorri. Aquele negocio já estava virando mania pra nos dois. Separei nossos rostos e conseqüentemente nossos lábios abri meus olhos e pude o ver sorrindo divertidamente.


 — Pelo jeito não gostou da Jennifer— Ele falou debochadamente e eu sorri. 


— Pelo jeito você gostou dela— Eu falei ainda com meu sorriso no rosto. 


— Ela era legal— Ele falou abrindo seu sorriso. 


—Não Simmons, ela era gostosa— Falei divertidamente e ele riu. 


— Nem reparei— Ele falou sinicamente o que me fez estreitar os meus olhos. Como ele poderia ser tão sínico?


— Não reparou na micro saia que dava pra ver a calcinha Pink dela ou no top branco que deixava a barriga dela todo amostra? — Perguntei seriamente o que fez ele rir. 


— Esta com ciúmes Marrony?— Ele perguntou divertidamente.


— Você sabe que não! — Falei seriamente—E é impossível ficar com ciúmes de uma pessoa dessas, sou mais eu do que essa vadiazinha de esquina— Falei sorridente e ele abriu ainda mais o seu sorriso. 


— Eu também prefiro você — Ele falou sorridente e por um instante considerei que ele estivesse sendo sincero. 


Mas essa ideia idiota foi embora assim que o mesmo grudou seus lábios nos meus e solto rapidamente sorridente.


— Que casal mais lindo — Falou Jonas com uma voz um tanto quanto gay nos fazendo rir. 


Vi o mesmo se aproximar de nós com uma cara enjoada o que me fez rir mais ainda. Como Jonas poderia ser tão idiota, o mesmo começou a rir me acompanhado. E foi nesse momento que Rebeca, Jess, Nicole, Ash e Emi chegaram se juntando a nós. Simmons me abraçou por trás me mantendo junto ao seu corpo como um casal convencional ou normal. Tudo bem não éramos nada disso, na verdade nem um casal éramos, mas tínhamos que fingir ser. Emily ainda nos olhava um pouco curiosa e suas bochechas ficavam levemente coroadas quando Simmons ou Jonas falavam com ela, o que era um tanto quando engraçado.


O concurso de dança não demorou muito pra começar, na verdade o primeiro grupo tinha demorado apenas cinco minutos. As apresentações estavam fantásticas. Meu Deus como aquelas pessoas dançavam bem, tudo bem eu sabia— e gostava— de dançar, mas não conseguia fazer metade do que eles conseguiam, eles não tinham ossos? Bem o grupo de dança de Angel foi um dos últimos e ficamos todos agarrados as grades da área vip, prestando atenção no que rolava no palco. A visão dali era perfeita, conseguia ver todos dançando perfeitamente.


Quando todo o ambiente ficou escuro novamente falando que a apresentação daquele grupo tinha acabado, todos aplaudiram fortemente. Os caras tinha ido bem. E foi ai que começou a tocar a musica da J Lo e do Flo Rida- Goin' In. Bem as primeiras frases da musica a luz continuou apagada e assim que o ritmo começou a aumentar e a batida envolvente daquele musica começou a soar eu vi todos do grupo começarem a dançar. Eu achava aquela musica em um certo ponto difícil de se montar uma coreografia, afinal ela alternava muito de um ritmo muito foda apara algumas partes mais lentas ao som da voz da J Lo. Mas eles estavam indo muito bem, eles sabiam aproveitar bem as batidas fortes da musica, com passos bem difíceis de se fazer e que combinavam muito com a batida, e nas partes mais lentas as meninas — Angel estava no meio — começavam a sensualizar em uma dançinha mais lenta e mais sexy, eu já comentei que estavam todas com um salto quinze? Cara eu tinha que admitir aquelas meninas eram fodas, suas roupas era extremamente sexy. Algumas usavam um short e outras uma calça super colada ao seu corpo, marcando bem suas curvas. Angelina usava uma calça de coro bem apertada, tinha que lhe perguntar depois se aquilo não tinha te machucado e nem te incomodado. A parte de cima cada uma usava uma blusa caída em um ombro e que mostrava suas barrigas — incrivelmente retas — para todos. 


Enquanto a musica soava eu vi os meninos fazerem passos bem ritmados e muito loucos e as meninas as vezes os seguiam fazendo o mesmo passo que me parecia mais impossível ainda em cima daqueles saltos enormes , e na parte que elas começavam a dançar— sensualizar geral— os garotos da platéia começavam a gritar loucamente, e claro que eu fiz parte dessa gritaria.


 Que é ? Uma de minhas melhores amigas estava azarando geral lá. Bem a parte do Flo Rida cantando sozinho fora cortada, talvez não tivesse uns passo que se encaixava perfeitamente ali, isso fez com que eles colocassem mais uma vez o refrão deixando a musica do mesmo tamanho que ela deveria ser. 


Quando a apresentação acabou meus olhos não conseguiam acreditar no espetáculo que eu acabara de ver, mas aplaudi ruidosamente assim como todos ao meu lado e todos os que estavam assistindo. Com certeza se eu decidisse quem ganharia aquela competição, sem sombra de duvidas seriam eles, não só por que aquele era o grupo da minha melhor amiga, mas também por que eu tinha achado eles os melhores ate agora. Todos tinham indo bem, muito bem por sinal, mas eles tinham sido fantásticos, tinha escolhido uma musica que eu particularmente amava e ainda tinha montado uma coreografia fascinante e magnífica em cima daquele ritmo muito louco. Com certeza pra mim eles ganhariam essa competição sem sombra de duvida.


O Grupo de dança que Angelina participa acabou ganhando, mas bem isso todos já imaginavam. Angelina ficou radiante, mas não tive oportunidade de lhe parabenizar— não como deveria pelo menos— pois Hannah-vadia se encontrava agarrada ao pescoço de minha melhor amiga e não queria a soltar por nada, nem mesmo quando Ash fez menção em abraçar Angel. Já Emily tinha adorado as apresentações, a mesma se encontrava bastante feliz em conhecer alguns dos campeões. 


Ficamos por volta de uns vinte minutos depois que os ganhadores foram anunciados.


Quando já estava ficando um pouco tarde nos dirigimos à saída e indo em direção ao carro de Simmons, tive que esconder Emily dos paparazzi que insistiam em disparar seus fashes em nossa direção. Por esse motivo tinha achado a ideia de Emily ter aparecido por ali hoje um tanto quando idiota, justo hoje que tinha varias pessoas famosas e ainda tinha aquela competição. Fiquei um tanto quanto aliviada quando entramos no carro de Simmons, Emily tinha se jogado no banco de trás e pelo que eu vira ninguém tinha notado que por debaixo daquele sobretudo que cobria o rosto e parte do seu cabelo estava a filha mais nova de um dos maiores empresários de publicidade daqui.


Os paparazzi estavam mais ocupados em fotografar algumas pessoas famosas que saiam daquela boate e em fotografar o novo casalzinho, o presidente da maior agencia de publicidade e a filha mais nova de um advogado que estava a beira da falência. Traduzindo eu e Simmons. 


— Ligue para a sua mãe Emily. Fale que ira dormir lá em casa — Falei assim que Simmons ligou o carro e saímos dali. 


— Ok! — Ela falou sorridente no bando de trás, só faltava começar a pular.


Pelo jeito a mesma ainda continuava bem animada. 


Soltei uma leve risada me virando para olhar o caminho a minha frente. Ouvi Emily conversar com sua mãe ao telefone. Esperava sinceramente que ela não estivesse me “odiando” como Olavo estava. Bem pelo jeito Eliza ainda me amava muito pois em menos de dois minutos Emily tinha desligado o celular falando que Eliza tinha me mandando um super beijo. Sinceramente aquilo me tranquilizava, saber que Eliza ainda gostava de mim do mesmo jeito que eu gostava dela me deixava bem mais aliviada. 


Enquanto Emily parecia cantarolar alguma coisa animadamente no banco de trás eu e Simmons permanecemos sérios e quietos o caminho inteiro ate a minha casa. Sem piadas, sem gracinhas e nem enchisão de saco, o mesmo parecia perdido demais em seus pensamentos o que de um certo modo me incomodava, pois já esperava por suas gracinhas e não as ter meio que me deixava desnorteada e por outro lado estava um tanto quanto aliviada pelo silencio, não ia me sentir confortável se ele começasse a falar— mesmo que na brincadeira— sobre o que tinha— ou quase tinha— acontecido antes de eu ter encontrado Emily.


******************


Já era a décima vez que essa musica tocava. Estávamos dançando sem para a quase três horas. Emily precisava ensaiar bem a nova coreografia que tínhamos inventado hoje pela manha para poder ensinar a suas amigas e só assim conseguir o que ela tanto queria. 


Ontem á noite Emily tinha me contado que tinha ido a boate de Jonas pois queria aprender alguns passos diferentes e legais, afinal a mesma teria que montar uma super coreográfica para ganha o campeonato de dança que teria em sua escola daqui duas semanas. O motivo de tamanha dedicação não era só pelo fato de ganhar em si, ou por causa do premio ou dança, mas a maior motivação de Emily era o fato de pensar que ela iria ganhar de sua maior inimiga. Não quis saber muito sobre essa tal garota, mas mesmo assim fui informada que a mesma era uma super vadia, na hora me lembrei da Hannah-vadia, mas talvez a pobre garota não fosse nada aparecida com a vadia das vadias. 

Quando mencionei que poderia a ajudar a criar uma coreografia para a musica que claro ela já tinha em mente, ela pareceu se animar verdadeiramente, se animou tanto que queria começar a criar a tal dança ontem mesmo, foi um sacrifício fazer ela entender que estava cansada de mais para isso e que era melhor começarmos amanha de manha. E ela tinha seguido isso ao pé da letra, pois assim que acordamos ela já foi a procura dos meus CDs na esperança que eu tivesse o que ela tanto queria. E foi quando ela achou que começamos a tarefa de fazer a tal coreografia, não paramos para nada, na verdade a única fez que paramos foi para almoçar e mesmo assim foi às pressas. Emily parecia não querer perder nenhum minuto. 


Meu corpo se movia no ritmo da musica é dentro dos passos criados por nós duas.


Dançávamos em frente ao espelho que eu tinha na parede lateral do meu quarto. Sempre gostei de dança então aquele espelho era perfeito pra quando eu estava nervosa e queria extravasar dançando ou simplesmente pra quando eu queria dançar. 


— Meche um pouquinho mais Em — Falei olhando o reflexo da ruiva no espelho. A mesma me entendeu perfeitamente e começou a fazer o que eu tinha lhe pedido. 


Continuamos a nos movimentar como a coreografia pedia. Nos movimentávamos com movimentos as vezes rápidos e outras vezes mais lentos, mas ambos os tipos de movimentos eram bem sexy. Olhava-me no espelho para poder ver como meu corpo ficava com tais movimentos, olhava também para a ruiva para ver como a mesma se saia afinal a pessoa que mais me importava ali era ela. Porque era ela que tinha que ganhar aquela competição e para isso ela teria que fazer os movimentos perfeitamente, e eu sabia que ela conseguiria. Continuamos a dançar, podia sentir meu corpo doer em alguns momentos pois já estávamos dançando a tempo demais, eu não estava mais tão acostumada a tanto exercícios assim. 


Na na na, diva is a female version of a hustla

Of a hustla, of a, of a hustla

Na na na, diva is a female version of a hustla

Of a hustla, of a, of a hustla

I'm a diva

I'm a, I'm a, a diva

Assim que a musica parou de tocar, e a coreografia chegou ao fim me joguei em minha cama totalmente ofegante e suada. Meus olhos se encontravam fechados enquanto eu me concentrava em fazer minha respiração voltar ao seu normal, assim como os meus batimentos cardíacos que a essa altura estavam indo a loucura, foi exatamente nesse momento que ouvi o som de palmas invadi o meu quarto, abri os olhos imediatamente e virei-me para olhar para a porta de onde eu imaginava vir o som.


A imagem que eu vi me pegou totalmente desprevenida, achei que as palmas tinha vindo do meu pai que por acaso passava em frente ao meu quarto e tinha parado pra nos ver dançando, mas me surpreendi ao ver Simmons parado com um dos sorrisos mais divertidos nos lábios. 


— Muito bom! — Ele desencostou da soleira da porta, o que fez eu me sentar em minha cama sem tirar meus olhos dos seus. — A propósito adorei o seu short. — Ele sorriu maliciosamente. 


Ouvi Emily — que ate então tinha se mantido quieta — rir atrás de mim, senti minhas bochechas coroarem e Simmons solta uma leve risada, parecia gosta do fato de como eu tinha reagido ao seu comentário estúpido. 


— O que faz aqui? — Perguntei agora ficando seria. 


— Vim trazer meu irmão para ver seu pai. — Ele comentou dando de ombros e se sentando em minha cama ao meu lado. 


Seus lábios logo foram de encontro ao meu e isso fez Emily pigarrear atrás de mim, parecia queria nos lembra que ela ainda se encontrava ali. Simmons se afastou sorrido divertido, pegou uma mecha do meu cabelo e o colocou pra trás de minha orelha delicadamente. Era tão estranho ver ele fazendo tais coisas delicadamente, carinhosamente , era ainda mais estranho quando eu sabia que eu era a pessoa que recebia tais carinhos. Carinhos que pareciam tão verdadeiro. Eramos um casal totalmente falso nada rolava entre nós é como ele conseguia parecer tão verdadeiro em alguns momentos? Será que em sua mente ele pensava que estava fazendo tais coisas com a Rebeca? Só podia ser isso, afinal de onde ele tirava aquela verdade toda? Toda aquela vontade, desse jeito poderia ate acreditar que ele gostava de mim, mas não era idiota o suficiente, tinha total consciência da mentira que estávamos vivendo.


Mais uma vez ouvi Emily pigarrear e logo em seguida cair na risada sendo acompanhada por Simmons, eu apenas sorri levemente, afinal não sabia por que os idiotas estavam rindo e quer saber pouco me importava. Simmons ainda rindo levou sua boca a minha testa depositando um beijo leve ali. E mais uma vez naquele momento vi todo aquele dilema se passar por minha mente novamente, mas todo esse pensamento foi interrompido assim que vi um menino lindo de cabelos cacheados e pretos e de olhos incrivelmente verdes, olhando para todos nos sorridentes. Levantei-me da cama em um pulo e fui ate o incrível garoto que abriu os braços para me receber. 


— Tylor! — Gritei assim que me envolvi em seu abraço. 


— Cherry — Ele falou animadamente me apertando ainda mais contra o seu corpo. 


Apertei o mais forte e ele fez o mesmo quase me tirando o fôlego, me soltei dele e fiquei parado a sua frente o observando. Como ele estava grande, como ele estava lindo, me lembro que a ultima vez que o tinha visto ele era bem novinho e super magrinho, ele agora era um garoto super lindo e grande e bem estilizo. Pelo jeito o colégio interno tinha lhe feito super bem. Vi que o mesmo também parecia me analisar e rimos juntos quando nossos olhos se encontraram. Dei um super beijo em sua bochecha.


Como eu estava com saudades daquele pirralho chato. 


— Você esta lindo Tylor! — Falei sorridente enquanto o puxava pra entrar em meu quarto e me joguei em minha cama ao lado de Simmons e ele se sentou na ponta ou meu lado — Esta grande, estilizo. Um garoto maravilhoso — Eu falei sorridente e pude ver suas bochechas coroarem levemente, mas ele permaneceu sorrindo como se aquilo não tivesse te constrangido um pouco. 


Bem irmão do Jensen mesmo.


— Você também esta linda Cherry! — Ele abriu ainda mais o seu sorriso. — Esta uma mulher muito bonita e incrivelmente sexy. Eu preciso falar que eu adorei o seu short. — Ele falou e eu cai na risada sentindo minhas bochechas coroarem levemente. 


— Respeita ela menino. — Simmons deu um tapa na cabeça de seu irmão o que fez nos três caímos na gargalhada. 


— Pena que tem um péssimo gosto pra homens e escolheu o Simmons errado. — E mais uma vez eu comecei a rir. 


Eu sentia falta disso, desse lado brincalhão do Tylor. Tão adolescente e criança e ao mesmo tempo tão maduro e adulto que chegava a fazer um contraste magnífico. 


— Estava só passando o tempo com o Jensen. Estava esperando mesmo era você. Agora que você volto posso finalmente lagar ele. — Falei entrando na brincadeira e fazendo Tylor a minha frente rir.


Simmons ao meu lado apertou a minha cintura enquanto ria levemente. O mesmo beijou o meu pescoço o que me fez arrepiar e ele rir divertidamente. 


— Desculpa irmãozinho, mas acho que demorou demais é já perdeu.— Simmons brincou atrás de mim e eu sorri. 


— Pois é amorzinho, agora sou só sua. — Fiz uma careta ao falar e depois neguei com a cabeça lentamente, piscando par ao Tylor que começou a rir,o Simmons que via tudo começou a rir também. 


Eu acompanhei os meninos, ficamos lá os três idiotas rindo por nada. Era exatamente esse efeito que o Tylor tinha nas pessoas ele fazia elas entrarem em brincadeiras retardadas e fazerem elas voltarem a serem adolescentes brincalhões e eu gostava de voltar a ser aquele adolescente brincalhona que um dia eu fui. 


Ouvi a porta do banheiro ser destrancada e Emily saiu de lá com os cabelos molhados e com as roupas que estava usando enquanto dançávamos na mãos, já usava a mesma roupa que estava usando ontem a noite quando foi a boate. Isso indicava que ela já estava pensando em ir embora. 


— Ei Em, quero te apresentar Tylor Simmons o irmão mais novo de Jensen. — Falei animadamente apontando para o garoto sentado ao meu lado. 


Em parou de andar imediatamente e seus olhos caíram sobre o garoto ao meu lado, e bem devo dizer que ouve um grande clima naquele momento, uma troca de olhares tão intensa que ate fui mais pra trás chegando mais perto de Simmons para apenas observar os dois. Em sorriu envergonhada e baixou a cabeça.


— Prazer sou Tylor Simmons, mas pode me chamar de Ty. — Ele falou rapidamente quando se levantou parando de frente pra ela e estendendo-lhe a mão. 


— Emily Collins ou só Em. — Ela apertou sua mão sorridente e pude ver suas bochechas ganharem um tom um pouco mais avermelhado, eu sorri divertida e senti Jensen rir silenciosamente atrás de mim.


O clima a seguir ficou uma pouco mais carregado, pois Ty demorou um tempo para soltar a mão de Em e mesmo assim quando ele solto, eles ficaram parado em frente um ao outro se olhando. Em mais uma vez abaixou o olhos envergonhada e se virou para me olhar, ao ver que eu e Simmons os observávamos ela corou mais ainda. Ela poderia ser comparada facilmente com um pimentão.


— Bem acho que já vou embora. — Seu tom de voz era baixo e ela não olhava mais pra mim, seus olhos estavam nas roupas que estão em suas mãos. 


— Mais já Em? Fica mais um pouquinho.— Falei um pouco manhosa, ela sorriu. 


— Não dá Cherry, tenho que me arrumar pra festa que tenho hoje na casa de um dos sócios do meu pai. — Ela fez uma careta que me fez rir — Você não vai?— Eu a olhei confusa, afinal de que festa ela estava falando?


— E a festa dos Crawford. Seu pai não te aviso?— Simmons falou atrás de mim me fazendo olhá-lo. Que erro ele estava perto demais, ele sorriu e eu apenas me afastei negando com a cabeça. — Então ele vai te avisar.— Ele falou sorridente. — Achei que já sabia por isso não falei nada.— Ele sorriu e deu de ombros. Voltei a olhar para Em que ainda esperava uma resposta minha. 


— Bem pelo visto nos encontramos lá então— Falei um pouco desanimada.


Eu realmente estava cansada demais para pensar em me produzir e passar a noite inteira em pé em cima de um salto ouvindo algumas pessoas falarem sobre coisas que não me interessavam.


Capítulo 11

Pro alivio do meu pai que tinha batido na porta do meu quarto pelo menos umas vinte vezes na ultima meia hora, eu finalmente estava pronta. Mas a culpa não era minha afinal ele tinha me avisado só duas horas depois que o pessoal tinha ido embora daqui, o que me dava menos de uma hora pra me arrumar, bem sorte a dele que eu tinha começado a fazer os preparativos pra ir aquela festa assim que o pessoal saiu daqui, porque se não fosse isso provavelmente mataria meu pai do coração de tanto que ele teria que fica me esperar. 


Olhei-me mais uma vez no espelho pra ver finalmente como eu estava, o vestido que eu tinha escolhido era preto e longo, o mesmo tinha um decote em V mais bem fechado, a parte de cima era um estilo de um corpete, e dele vinha a parte de baixo um pano preto e fino, o vestido tinha pelo menos uns dois foros, meu salto alto preto estava escondido por causa do vestido longo, meu cabelo estava com uma trança lateral espinha de peixe, minha maquiagem era algo simples tinham uma sombra prata com um delineado preta e um sombreado também preto, um gloss super claro que deixava a maquiagem super linda e nada extravagante. Passei um pouco de perfume e peguei minha bolsa/carteira também preta e sai do quarto. Desci as escadas calmamente e me surpreendi ao ver Simmons parado no ultimo degrau da escada. Ele parecia me olhar deslumbrado o mesmo desceu o único degrau da escada que tinha subido ficou ali me esperando com um sorriso nos lábios.


Simmons estava fantasticamente lindo, o mesmo trajava um smoking preto, e ele ficava mais lindo com aquele coletinho e aquela gravata borboleta preta, seus olhos extremamente azuis pareciam mais chamativos do que nunca, seu sorriso nos lábios eram extremamente sexy. Cheguei ao final da escada e Simmons estendeu sua mão e eu a peguei, sorri levemente divertida com a cena, éramos muito idiota.


— Onde esta o meu pai? — Perguntei ao desviar meus olhos de Simmons e olhar pra sala que agora se encontrava vazia. 


— Ele já foi — Simmons sorriu.— Nunca o vi tão feliz em me ver.— Ele riu e eu o acompanhei.


Sabia que meu pai estava apresado para ir a essa festa, mas não sabia que estava com tanta presa ao ponto de ficar feliz ao ver Simmons ali. E claro que Simmons tinha vindo nos buscar, afinal o que mais aquele infeliz iria fazer ali?


—Vamos? — Soltei um suspiro longo e ele riu. 


Ele não respondeu nada apenas começo a andar em direção a porta me arrastando com ele, falo me arrastando porque ele ainda segurava a minha mão enquanto andava. Assim que passamos pela porta eu a fechei e seguimos para o seu carro que estava parado ali em frente as escadas, me surpreendi por não ver Tylor ali nos esperando, ele sempre estava com Simmons quando ele iam a minha casa, ate nesses momentos de festas ele sempre vinha com Simmons pra vim buscar o meu irmão. Apesar de ter estranhando o fato de Tylor não esta ali, não falei nada, entramos no carro e Simmons deu a partida. 


O silencio pelo caminho era inquietante, aquele silencio horrível estava me deixando muito desconfortável. Era estranho o fato de ele ainda não ter soltado nem uma piadinha ou nem uma gracinha, ele sempre fazia essas coisas, mas agora ele parecia estar tão concentrado na estrada que eu fiquei me perguntei no que ele estava pensando. Bufei impaciente e pude o ver sorrir pela minha visão periférica, eu sabia que ele tinha percebido meu desconforto e meu tédio, mas mesmo assim ele permaneceu em silencio prestando bastante atenção no caminho que seguíamos. 


Mais cinco minutos e nada, o silencio era mais torturante do que nunca, naquele momento estava praguejando mais do que nunca pelos Crowford morarem tão longe de casa. Respirei fundo e olhei para Simmons, eu não aguentava mais aquele silencio.


— Por que Tylor não veio com você?— Aproveitei a pergunta que eu queria fazer dês do momento que eu não tinha visto seu irmão ali nos esperando, para me tirar daquele silencio horrível. 


— Ele ia vir, mas quando estávamos de saída, meu pai falou que os Collins já tinham chegado lá e ai ele decidiu ir com o meu pai. — Simmons sorriu e eu o acompanhei, era claro que o motivo era Emily. 


—Rolou um super clima hoje. — Falei distraidamente me lembrando da cena no meu quarto. 


— Rolou sim, mas preferiria que não tivesse rolado nada. — Simmons falou serio e eu o olhei confusa.


— Por que não? — Meus olhos estavam fixos nele, e minhas sobrancelhas deveriam estar erguidas devido a minha duvida. 


— Tylor e apenas um garoto, esta descobrindo agora o que é o amor. — Ele solto uma das mãos do volante e vez aspas com a mão. — Não queria que ele se machucasse tanto assim de primeira. 


— Por que acha que ele vai se machucar? — Virei-me um pouco de lado no banco, sendo impedida um pouco por causa do sinto que começava a me incomodar, mas o ignorei e fiquei olhando Simmons. 


— Nossos pais se odeiam Cherry, eles não vão permitir esse namoro. Nem o meu pai e muito menos o dela. — Simmons falou serio sem tirar os olhos da estrada. 


— Seu pai não impediria. Impediria? — Perguntei temendo a sua resposta. 


Matheus não parecia ser o tipo de cara que se meteria no namoro dos filhos com quem quer que fosse a menina. Será que ele se meteria no namoro do seu filho mais novo com a filha de seu maior rival?


— Meu pai é um cara legal, mas acho que ele iria se meter e se opor sim quando o assunto fosse seu filho casula namorar a filha do cara que mais o odeia. — Simmons por fim me olhou e eu odiei a verdade que seus olhos me transmitiam. Merda como eu queria que aquilo tudo fosse mentira. — Acho que meu pai teria medo que o Collins humilha-se o Tylor ou fizesse alguma coisa a ele, sem falar que pai não gosta nenhum pouco do Collins — Simmons deu de ombros e volto a olhar pra frente. 


—Tudo bem que o Olavo odeie o seu pai, mas acho que ele não humilharia e nem fazeria nem um mal para o seu irmão, não sabendo que isso magoaria a sua filha mais nova, o sue bebê — Falei convicta do que estava falando. Olavo realmente não era capaz de fazer nem um mal ao seu bebê.


—Cherry ele te considerava uma filha pra ele, e mesmo assim ele não hesitou em nada em te demitir quando soube que você estava namorando comigo — Simmons falou serio e desviou seus olhos da estrada pra mim, por um breve momento e logo em seguida volto a olhar para a estrada.


Respirei fundo me ajeitando no banco ao perceber que Simmons tinha razão, eu era considerada uma filha para ele, mas o mesmo me humilhara e me demitirá por uma coisa idiota, sem nem pensar duas vezes. Vi Simmons estacionar o carro, tirei meu sinto lentamente e quando fui abrir a porta do carro vi Simmons parado do lado da minha porta abrindo a mesma pra que eu saísse do carro. Como diabos ele tinha parado ali tão rápido?Sai do carro me segurando em sua mão e sorri levemente pra ele, o vi entregar as chaves de seu carro para o manobrista e começa a me direcionar para onde devíamos ir. Meus pensamentos continuavam na conversa que tivemos no carro e eu comecei a sentir o meu coração se apertar por causa da minha menininha e por causa do Ty, tão novos e teriam que pagar pela idiotices dos pais. 


—Tire essa cara Marrony — Simmons sussurrou no meu ouvido e só neste momento me toquei que já estávamos dentro do grande salão principal e que varias pessoas sorriam animadamente pra gente. 


Respirei fundo e fiz questão de colocar um dos meus melhores sorrisos, e então que começasse a grande noite.


************

A festa já estava no meio e pra minha felicidade já tínhamos socializado com todos que conhecíamos o que queria dizer que agora poderíamos ficar com quem quiséssemos sem sermos interrompidos devido a alguém estar nos chamando, é claro que isso ainda acontecia, mas pelo menos tinha diminuído muito. 


Tinha visto Emily e Elizabeth e tinha ido cumprimentado as duas, recebi um super abraço de Eliza e como eu sentia falta de seu abraço, mas meu momento com elas fora rápido por que elas logo foram chamadas por Olavo que conversava com os Denalles um pouco mais afastado de nós, e claro que ele só tinha as chamado por que eu estava ali, deu pra nota seu olhar extremamente mortal pra cima de mim e mais ainda pra cima de Simmons que se encontrava ao meu lado com uma de suas mãos e minha cintura, o mais incrível e que alem de Olavo vi também o Pablo me olhar dessa mesma forma, e foi assustador, foi algo terrível por que ao contrario de Olavo o olhar de Pablo me dizia que a qualquer momento ele poderia fazer alguma coisa. Eu não podia acreditar que Olavo não era o único que estava me odiando naquela família, eu sempre considerei Pablo um ótimo amigo e não esperava que ele tivesse tal reação, afinal aquela brinca era do pai dele e de Matheus seus filhos não deveria ter nada a ver com isso. 


Estava sentada em uma mesa ao lado de Tylor que me contava piadinhas baratas que me fazia rir de tão idiotas que eram, Simmons estava conversando em um canto com alguns empresários, o mesmo não tirava os olhos de nós, parecia nos invejar por estamos sentando e nos divertidos. 

Em um movimento rápido Tylor parou de rir e se levantou indo em algum lugar que eu não sabia aonde era, Fiquei apenas o observando se afasta e passar pelo meio da multidão de pessoas que conversava a nossa frente, ele parecia determinado a ir a algum lugar. 


— Onde ele vai?— Simmons perguntou se sentando ao meu lado e me fazendo o olhar. 


— Não sei. — Eu o olhei se sentar e sorri. — Como conseguiu sair de lá? O pessoal me parecia que não ia te larga mais — Falei sorridente me lembrando da animação dos empresários ao conversar com ele e de sua cara de quem fingia estar interessado na conversa.


— Falei que minha namorada estava sozinha — Ele sorriu pra mim e tocou o meu nariz. Ele desviou os olhos de mim e começou a olhar pra frente e foi quando uma de suas sobrancelhas se ergueu — O que diabos ele esta acha que esta fazendo?


Sua pergunta me vez ficar curiosa pra saber do que ele estava falando, virei minha cabeça para ver do que se tratava e assim que ia abrir a boca pra lhe perguntar do que diabos ele estava falando vi Tylor parado na frente de Emily conversando com ela. Mas que diabos ele achava que estava fazendo? 


Ficamos apenas os observando de longe rezando para que ninguém — Leia-se os pais dos dois — visse eles, mas esse pedido foi em vão, Vi Simmons se levanta ao meu lado rapidamente e pude nota que essa reação foi tomada pelo fato de Pablo — irmão de Emily — esta caminhando ate eles com uma cara nada amigável. Mas que droga. Levantei-me seguindo Simmons que já começava a caminhar ate onde seu irmão e Emily estavam, tive que andar um pouco mais rápido para poder o acompanha e tentar impedir que nada de mais acontecesse. Íamos chegando o mais rápido possível do “casal” e assim que estávamos próximo podíamos ouvir Pablo falar. 


— O que acha que estava fazendo perto da minha irmã?—Seu tom de voz não era nada amigável, o que chamava a atenção de algumas pessoas próxima. 


— Só estávamos conversando— Ty se defendeu calmamente.


— Não quero você de conversinha com a minha irmã me ouviu?— Pablo falou ameaçador eu podia ver de longe o ódio nos olhos do ruivo, assim como podia ver o medo nos olhos de sua irmã e a indiferença nos olhos de Ty.


— Qual é o problema? Estávamos apenas conversando — Tylor falou mais uma vez calmamente e eu sabia que isso estava tirando o Pablo do serio. 


— O problema e que eu não quero ver minha irmã andando com tipinhos iguais a você — Ele falou serio dando um passo em direção a Ty e puxando Em para trás dele. 


— Você nem me conhece cara — E mais uma vez Tylor falou pacificamente. Sua postura não parecia nem um pouco assustada e ele não parecia ter medo mesmo parecendo que Pablo pularia em cima dele a qualquer momento. 


— Posso não conhecer você, mas conheço a sua família e nem um dos caras que tem ali prestam, nem você, nem o seu pai e muito menos o seu irmão — Pablo falou um pouco mais alto tais palavras, mas não alto o bastante para chamar a atenção de mais pessoas do que as que já estavam parado vendo tudo. 


Agora pela primeira vez Tylor parecia ter ficado irritado, seus olhos transpareciam a sua irritação.


— Ninguém fala mal da minha família — Tylor falou alterado e quando ele estava prestes a avança em Pablo, Simmons interferiu o segurando.


Segurei Simmons para que ele não se metesse, eu sabia que Tylor saberia lidar muito bem com Pablo, meu único medo era que Pablo não se agüentasse em avançasse em cima de Pablo ou de Simmons, mas eu sabia que Pablo não fazeria isso, não ali na frente de todos.


— Pra que tudo isso Pablo? Eles só estavam conversando. — Falei defendendo o Ty que a essa altura estava bem alterado sendo segurado pelo seu irmão.


— Sei bem a conversa que ele queria ter com a minha irmã. — Pablo falou enfurecido. 


— Sua irmã e bem grandinha pra se cuida sozinha e outra eu conheço bem o Tylor e ele não iria fazer isso com a Em. — Falei ainda calma olhando para a cara de envergonhada de Em e ao mesmo tempo preocupada. Ela parecia não tirar seus olhos de Tylor.


— A claro que você conhece, afinal é namorada do irmãozinho mais velho. — Sua raiva aprecia ter aumentando e o ódio que seus olhos me transmitiam o mesmo de quando eu tinha o visto pela primeira vez hoje — Você sabe que é só mais uma vadiazinha na vida dele?— Ele abriu um sorriso divertido que me deu vontade de arrebentar a sua cara. 


— Respeita minha namorada. — Simmons se virou e começou a falar com Pablo.


— Que foi ?Não gostou que eu tenha avisado a ela que ela é só mais uma vadiazinha na sua vida ou não gostou do fato de eu a ter chamado de vadiazinha? Por que é isso que ela é uma vadiazinha que vai atrás dos caras mais ricos. Uma vadiazinha, manipuladora e safada — Ele falou mais alto e foi ai que senti o cheiro de álcool invadi minhas narinas.


Ele estava um pouco longe por isso não tinha sentindo. Era obvio que ele estava bêbado, Pablo nunca faria um papelão desse se estivesse sóbrio. 


— Agora você vai aprender a respeita a namorada dos outros —Simmons falou serio e foi pra cima de Pablo, mas eu fiquei no meio e tentei o segurar, assim como Tylor que estava atrás dele.


Pablo ao ver que Simmons ia pra cima dele, também se mexeu pra avançar em cima de Simmons, mas mais uma vez eu estava no meio. Emily que ate então estava quieta no seu lugar apenas observando e praticamente quase começando a chorar, segurou seu irmão e por um momento achei que ela não conseguiria, vi Pablo levanta o braço e eu sabia que ele acabaria me acertando se realmente tentasse dar esse soco, afinal Simmons não estava quieto ele se movimentava muito tentando sair do abraço de urso de seu irmão e do meu, ele se soltava mais nos dois éramos mais rápidos. Vi Pablo começa a colocar força e seu braço foi pra frente como se fosse atingir um de nos com um soco, as coisas pareciam acontecer em câmera lenta e eu temi por mim e temi por Simmons também que estava sendo segurado por mim e por Tylor que impedíamos que ele se defendesse. 


— Pablo — Um grito alto e bravo fez com que Pablo parasse o que estava fazendo e olha-se para o lado encontrando um Olavo muito irritado e muito vermelho. 


A cara de assustando de Pablo era um tanto engraçada, e eu teria rido se não fosse o fato de que a adrenalina de ter quase sido acertada por um soco de um homem como o Pablo, não estivesse agindo no meu corpo todo. Simmons parecia ter se acalmado e por isso eu e Tylor o soltamos, mas eu ainda me mantive em sua frente e Ty ainda se matinha ao seu lado, ainda estava em alerta total. 


— Pai, eu peguei esse garoto dando em cima da Emily — Pablo falou se ajeitando e olhando para o seu pai. 


Neste mesmo estante Olavo deu uma super olhada para Tylor, seu olhar parecia pegar fogo como se a qualquer momento ele pudesse voar em cima do garoto e o matar com suas próprias mãos. Seus olhos desviaram para alguém alem que já não era mais o Tay e Olavo fez uma careta nada agradável, dei uma rápida olhada pra trás e pude ver Matheus agora ao lado de seu filho mais novo, voltei a minha atenção para a Olavo que desviou seus olhos de nós para olhar agora seu filho. 


— Vamos embora — Ele falou secamente puxando o palito do seu filho fazendo ele ir para trás dele. Antes de se vira ele olhou mais uma vez pra nós e falou secamente — Mantenha seu filho longe da minha filha —Ele desviou seus olhos de Matheus e me olhou irritadamente e virou as costas e sair.


E foi naquele momento que eu pude enfim relaxar, eu não sabia que meus ombros estavam tão tensos ate aquele momento que Simmons tocou neles e eles desceram mais pesados do que nunca. Continuei a olhar eles se afasta e notei a cara tristonha de Em quando ela se virou para nos olhar pela ultima vez. Coitada não merecia esse tipo de coisa. 


Matheus puxou Tylor para a saída, eu e Simmons tentamos acompanhá-los, mas nos perdemos em meio à multidão que não sabia de nada, provavelmente amanha todos saberiam, mas hoje eles curtiriam aquela “festa” . Por fim assim que decidimos para de procurar por Ty e Matheus eu e Simmons decidimos ir embora, acho que o dia já tinha dado o que tinha que dar.


Quando entramos no carro , Simmons deu a partida se caminhando para fora das propriedades dos Crowford. Respirei fundo me lembrando de tudo o que tinha acontecido. Pobre Em e Ty pagariam pela briga dos pais, isso era tão errado. 


— Você tinha razão, eles nunca aceitariam isso. — Falei soltando um longo suspiro depois. 


— Pois é. Pena que eles já se envolveram. — Simmons falou um pouco baixo, era obvio que aquilo tudo o incomodava tanto quanto a mim, afinal era seu irmão mais novo que estava sofrendo com tudo isso.


— Isso me lembra tanto a historia de Romeu e Julieta— Falei rapidamente me lembrando dessa historia. A famosa historia que me parecia tanto com essa. 


— Só espero que o final não seja trágico também— Vi as mãos de Simmons apertarem mais fortemente o volante.


— Não vai— Coloquei minha mão em seu braço e ele me olhou, dei um meio sorriso e ele o retribuiu. 


O resto do caminho foi silenciosos, e dessa vez ele não me incomodava nem um pouco, eu estava perdida demais em meus pensamentos pra querer conversar e Simmons parecia também estar. Era impressionante como a atração dos dois foi mutua e de primeira, pena que tinha tudo isso pra complicar a vida do meu mais novo provável casal, mas eu faria de tudo para ajudar e aquela historia se dependesse de mim não teria um final trágico e muito menos triste.


Capítulo 13


— Ele é um idiota! — Alex gritou mais uma vez do outro lado da linha, me fazendo afasta o celular do ouvido. 


— É Alex, eu já entendi que você o acha um idiota.— Falei revirando os olhos enquanto terminava de arrumar a minha bolsa. 


— Por que esta falando assim? — Ela perguntou parecendo estar ofendida e ao mesmo tempo magoada.


Alex sempre tão dramática. 


— Porque já é a décima segunda vez que me fala a mesma coisa em menos de meia hora. — Revirei mais uma vez os meus olhos, terminando por fim de arrumar minha bolsa. 


— Do jeito que fala parece ate que só eu o acho um idiota. — Seu tom de voz sugeria que a mesma estava voltando a ficar irritada. 

Que ótimo. Ironizei. 


— Não. Concordo que Jonas em grande parte do tempo seja um idiota, mas não entendo por que esta historia esta te incomodando tanto.— Minha voz era calma.


Passei a alça da bolsa pelo meu braço e por cima da cabeça deixando ela pendurada lateralmente pelo meu corpo. 


— Como assim não entendi?É claro o motivo de minha irritação! — Alex alterou um pouco o seu tom de voz, me fazendo afastar o celular do ouvido mais uma vez. 


Esta menina iria me deixar surda qualquer dia desses. Sai do quarto em direção as escadas. 


— Desculpe, mas não vejo motivo em você esta tão irritada ao saber que Jonas ficou com a Jennifer. — Meu tom de voz ainda se mantinha bem normal. 


Terminei de descer as escadas ia em direção a sala quando ouvi a bozinha do carro de Simmons ecoar pelo silencio, virei-me indo em direção a porta. 


— Não acredito! Como pode dizer uma coisa dessas. É obvio que o motivo de eu ter ficado tão irritada e porque Jonas só queria usar Jennifer enquanto a pobre garota se apaixonou. — Ela mais uma vez alterou seu tom de voz me fazendo respirar fundo, ela iria me tirar do serio se continua-se a gritar desse jeito. 


Fechei a porta e comecei a descer as escadas indo em direção ao carro de Simmons. 


— Não Alex, você não esta nem ai pra Jennifer, você nem gosta dela! — A informei enquanto mantinha a voz calma. — O único motivo por você esta assim e por que você esta a... — E ela me interrompeu.


— Não ouse falar essa palavra. — Ela gritou e mais uma vez afastei o celular do ouvido, entrei no carro é me sentei fechando a porta logo em seguida — Você não entendi!— Ela bufou parecendo desistir e desligou.

Ela desligou o telefone na minha cara. Respira Cherry, respira antes que você cometa alguma besteira. Respirei fundo e guardei o celular em minha bolsa me virando finalmente para olhar Simmons que parecia me analisar minuciosamente. 


— Esta tudo bem? — Simmons perguntou assim que nossos olhos se encontraram. 


— Esta, só estou com uma vontade horrível de mata minha melhor amiga. — Falei debochada. 


Apesar que minha vontade de matar minha melhor amiga fosse horrivelmente real. Eu tinha ficado quase uma hora com ela no telefone a ouvindo reclamar do como Jonas poderia ser isso como poderia ser aquilo e no final ela ainda desligou o telefone na minha cara era pedir pra mim ficar super irritante.


Simmons limitou-se a rir e a dar a partida no carro, me virei pra trás para ver Tylor que parecia encara a paisagem pela janela sem nem ao menos vê-la. Ele estava assim tão tristonho dês do que acontecera naquela festa a uma semana atrás. Explicando melhor a situação, Matheus não gostara em nada do vexame que tinha pagado naquela festa por causa de seu filho mais novo e não gostara mais ainda de saber que Ty tentara se engraçar para a filha da pessoa que ele mais odiava, seu pavor só aumentou depois da cara e das palavras de Olavo a ele lhe falando para manter seu filho longe de sua filha. Como Simmons tinha falado seu pai não aceitaria nunca isso, principalmente agora vendo que todos os seus temores de ver seu filho ser humilhado por aquele que mais odeia parecendo tão mais real, tão mais possível.


— Oi pra você também Tylor, estou super bem obrigada por pergunta.— Falei debochadamente chamando lhe a atenção, o mesmo se limitou a sorrir e me da um breve olhar voltando a olhar para as casas que passavam por sua janela.


Simmons respirou fundo e eu o olhei sua cara, nas feições da mesma pude ver que o mesmo se encontrava bastante preocupado e não era pra menos, afinal seu irmão mais novo tinha acabado de se apaixonar e já estava sofrendo por tal coisa.


— Me diz como anda as coisas Ty, Não te vejo a tanto tempo. — Comentei voltando a olhar para o mesmo que mais uma vez me olhara brevemente e dirigia seu olhar novamente a janela.


— Nada de mais. —Ele falou dando de ombros e assim encerrou o assunto.


E era realmente de corta o coração o ver naquele estado, afinal Ty sempre fora muito animado e agitado, e agora ele parecia tão abatido, como se algo lhe faltasse, como se algo o incomodasse. Eu sabia que a atração entre ele e Em fora forte, mas não imaginava que fosse assim tão forte, sabia que Ty não era o único a estar neste estado tão desanimador, tinha ido visitar Em — às escondidas— esta semana e a mesma se encontrava do mesmo jeito que Ty. 


Por fim cansada de ver minha pequenininha sofrer e de ouvir Simmons falar o quanto seu irmão estava mal resolvi por fim fazer algo. A parte mais difícil foi fazer com que Simmons me ajuda-se, o mesmo tinha medo que seu irmão sofresse mais do que já estava sofrendo, achava melhor deixar as coisas assim como estavam, porque pelo menos ele sofreria menos do que se um dia ele pudesse ficar feliz ao lado dela e de repente tudo acabasse. Porem eu achava uma injustiça deixar duas pessoas que estavam apaixonadas— talvez eu já pudesse usar essa palavra— separadas, afinal era tão difícil hoje em dia, era tão difícil que fossemos correspondido em tal sentimento e intensidade que quando isso acontecia deveria se aproveitar ao Maximo. 


Olhei para Simmons que tinha uma feição nada agradável, ele ainda temia e eu sabia disso, suas mãos apertavam o volante com força e alem do ar de super depressão que emanava do bando de trás do carro, também tinha o clima super tenso que Simmons transmitia. Era visível a tensão em seu corpo, alem de suas mãos apertando fortemente o volante tinha também seus ombros que pareciam não relaxar em momento algum. Depositei uma de minhas mãos em seu ombro e quando ele me lançou um breve olhar, eu abri o meu melhor sorriso o mostrando que ele poderia se acalmar, tudo daria certo. Simmons sorriu e relaxou um pouco a sua postura, mas suas feições ainda tinha leves traços de preocupação assim como suas mãos ainda apertavam fortemente o volante, talvez não tão forte como antes, mas mesmo assim forte. Vi Simmons durante todo a trajetória olhar para umas ruas com tanta vontade que as vezes tive medo de que ele entrasse nelas e volta-se para casa, graças a Deus ele não tinha feito isso.


Quando chegamos no estacionamento do parque sorri alegremente, feliz por Simmons não ter desistido. Quando o carro foi desligado fui a primeira a abrir a porta e pular para fora do carro, Simmons foi o segundo a sair e sua cara parecia ainda cogitar a ideia de mandar entramos no carro e sair dali, por fim Tylor saiu com uma cara bem engraçada que quase me fez rir. 


— O que estamos fazendo aqui? — Taylor perguntou fechando a porta do carro, mas antes de eu abrir a boca para falar ele volto a falar ainda parado em frente a porta recém fechada — Vocês sabem que tem parques assim mais perto de casa certo? Não precisavam praticamente atravessar a cidade para ir a um — Ele falou em um tom serio me olhando como as sobrancelhas erguidas. 

Como ele esta insuportável.


— Eu sei disso Tylor, mas eu gosto muito desse parque — E isso era realmente verdade — Agora ande logo e tire essa cara emburrada, esta parecendo uma criança chateada — Meu tom era de brincadeira. 


— Por que ultimamente todos ficam me chamando ou me comparando com uma criança? Caramba eu não sou mais uma criança— Ele praticamente gritou a ultima frase. 


Vi Simmons que já estava ao meu lado abrir a boca pra falar algo, mas o interrompi.


— Pare de se comportar igual uma criança que as pessoas pararam de te chamar assim — Falei seria, minha paciência tinha acabado quando passei um bom tempo com Alex no telefone e a mesma desligara na minha cara — Agora ande, não temos a vida inteira pra fica aqui — Me virei puxando Simmons pela mão. 


O mesmo me olhou, mas não o encarei o suficiente para saber que tipo de olhar ele me lançara, talvez um me repreendendo, bem eu não sei.

Ouvi Tylor bufa e começar a andar com passos pesado atrás de nós. Começamos a caminha pelo parque e Tay ainda se mantinha caminhando sozinha atrás de nós. Simmons se encontrava com seu braço em meus ombros,andávamos calmamente pela pista de caminhada e de vez em quando íamos para o gramado incrivelmente verde, íamos para nós desviamos de alguma bicicleta que vinha em nossa direção ou quando algumas pessoas que estavam correndo queria passar. Olhei mais uma vez para trás e vi Tylor com a mesma cara emburrada de quando tínhamos saindo do estacionamento. 


— Tire esta cara Tylor— Falei divertidamente enquanto ainda o olhava sorridente. 


— Além de me arrastar para cá quer que eu fique de bom humor? Só pode esta de brincadeira — Ele fora rude e eu respirei fundo. 


— Tylor— Simmons o repreendeu e eu coloquei minha mão em seu peito para que ele deixasse que eu sozinha me viraria com o estressadinho. 


— Como você esta insuportável hoje Tylor— Falei seria dessa fez. 


— Eu vou passar a tarde inteira de vela e você quer que eu fique de bom humor?— Ele falou secamente e eu sorri.


Agradeci mentalmente por neste momento esta olhando para frente, porque com humor que ele estava poderia se irritar achando que eu estava rindo dele. 


— Nunca se importou com isso, não sei porque isto esta te incomodando agora — Simmons comentou serio e um pouco irritado, mas seu olhar se matinha no caminho a minha frente. 


Ok, Ok os ânimos dos irmãos Simmons estavam bem exaltados hoje.

— Não vai ficar de vela Tylor — Falei sorridente, mas mesmo assim ele não vira ainda me mantinha olhando para o caminho que seguíamos. Tylor riu debochadamente e eu ignorei tal ato — Agora anda tire esta cara e pare de ser mal morado— Falei sorridente virando minha cabeça para olhá-lo— Vai me agradecer por esse dia — Mantive meus olhos sobre ele por alguns segundos e voltei a olhar o caminho.


— Virou vidente agora?— Ele debochou e vi Simmons bufar quase perdendo a calma, passei meu braço por suas costas e depositei minha mão em sua cintura, quase o abraçando e ele me olhou me fazendo sorrir. 


— Na verdade sou Tylor, sei que vai me agradecer e me pedir desculpas pela sua ignorância — Meu tom de voz era calmo.


Meus olhos ainda estavam em Simmons, só desviei meus olhos para o caminho segundos depois quando Simmons abriu o seu melhor sorriso. Pude ouvir novamente a risada debochada que Taylor solto, mas aquilo não estava me irritando e sim me divertido porque sabia que ele me agradeceria e me pediria desculpas no final do dia. Continuamos a andar até eu finalmente avistar a cabeleira ruiva que eu tanto queria ver. 


— Em — Gritei seu nome me soltando de Simmons e corri para abraçá-la, mas seus olhos não estavam mais em mim quando cheguei ate ela. Eu sabia que ela já tinha o visto — Desculpe a demora tivemos problemas com alguns emburradinhos pelo caminho — Falei brincalhona e pude ouvir Simmons que estava atrás de minha rir.


— Oi Emily— Simmons a cumprimentou e ela se limitou a abrir um sorriso para o mesmo.


— Bem já conhece o Tylor— Falei quando finalmente o idiota com o sorriso mais bobo do mundo terminou de se aproximar. 


O mal humor passou rapidinho né Tylor . Pensei e me segurei para que tal frase não saísse por minha boca. Falar isso era assina minha sentença de morte. 


— Bem acho... Acho que lhe devo desculpas — Ela gaguejou nervosa e suas bochechas ganharam uma coloração avermelhada enquanto olhava para Ty que sorria abobalhado — Meu irmão não poderia ter o tratado daquela forma — Apesar de a cordialidade em suas palavras, sua voz ainda denunciava o quanto ela estava nervosa. 


— Eu é quem deveria pedir lhe desculpas, não deveria ter indo ate você — Sua voz era gentil. O sorriso que antes estava nos lábios de Em se desmanchou um pouco com tais palavras e ele pareceu se desesperar ao reparar que suas palavras poderiam ter um entendimento contrario do que ele quisesse realmente dizer — Quis dizer que eu sabia que poderia causa lhe problemas e sendo assim não veria ter ido, mas mesmo assim eu fui. Sinto muito pelo que fiz você passar — As palavras saíram rápidas por sua boca e tive que me concentrar muito para acompanhá-lo, ele só pareceu se acalmar na ultima frase.


Ele sorriu gentilmente e ela sorriu graciosamente e bem eu estava me sentindo uma super vela, alem de estar me sentindo uma intrometida vendo uma coisa que deveria ser somente entre os dois. Ver aquela cena era tão constrangedora que poderia ser comparada com ver um de seus melhores amigos transando com alguém. Comecei a me afasta dele puxando Simmons pela mão, o mesmo sorriu aliviado quando começamos a nos afastas. 


— Aonde vocês vão?— Ouvi a voz de Em falar um pouco mais alto para que escutássemos. 


— Vamos namorar um pouquinho. Creio que não vão querer presenciar tal cena, certo? — Falei me virando para olhá-los com um sorriso divertido nos lábios.


— Não, obrigada — Tylor falou sorridente o que me fez abrir ainda mais o meu sorriso. 


Pude ver as bochechas de Em ficarem mais vermelhas, mas não sabia se era por imaginar eu e Simmons nós catando— Eca!— ou se era pelo fato de que ela agora tinha se tocado que ficaria sozinha com Tylor, quando vi o pavor consumir as feições de seu rosto, descobri que minha segunda opção estava certa. Em me lançou um olhar suplicante, mas eu simplesmente a ignorei. 


— Ate mais pessoal — Falei me virando e começando a caminha ainda com Simmons ao meu lado que parecia rir, se divertido com a situação. 


Quando já estávamos bem afastados do futuro — espero eu — casal, nos sentamos em baixo de uma das arvores. Simmons ainda ria toda vez que eu falava como seu irmão estava com uma cara de idiota quando vira Em. 


— Espero que pelo menos agora ele saiba se virar sozinho — Falei brincalhona enquanto parava de rir. 


— Não se preocupe, Ty puxou ao irmão, ele sabe lidar com mulheres — Simmons se sentiu e foi a minha vez de começar a rir. 


— Então coitado do Tylor, vai precisar de uma namorada de mentira pra conquista a Em — Meu tom de voz era debochado, e a diversão vinha agora quando eu via a cara nada divertida que Simmons tinha. 


— HaHa muito engraçadinha — Ele apenas se limitou a sorrir falsamente. 


— Não fique assim Simmons ate os melhores — Fiz aspas com as mãos — precisam de ajuda de vez em quando — Sorri falsamente e ele estreitou os seus olhos. Alguém estava começando a ficar verdadeiramente irritado ali.


— Esta engraçadinha de mais hoje, não Marrony — Ele falou serio e eu tive que me segurar para não rir.


— Estou feliz apenas isso — E estava ficando mais feliz ainda só pelo fato de o ver irritado. 


Era tão bom o ver irritado ! 


— Estou percebendo. Posso saber o motivo de tanta felicidade?— Ele perguntou abrindo um sorriso em seus lábios, e eu poderia adivinha que ai vinha coisa, então tratei de responder logo e cortar suas asinhas. 


— Minha felicidade é por saber que Tylor é um ótimo garoto e sabe lidar com as meninas. Ele não precisa de ajuda — Aquilo tinha sido mais uma indireta e eu não consegui não rir quando Simmons desmanchou o seu sorriso. Parei um pouco de rir ao ver que Simmons já não estava mais ligando para aquilo, seus olhos estavam admirando a paisagem ou as mulheres que passavam bem eu não sabia ao certo qual, mas quem liga? Ele poderia olhar à-vontade pena que ficaria na vontade. — Simmons — O chamei me lembrando de uma coisa que estava louca pra lhe perguntar. 


— Sim — Ele falou, mas seus olhos continuavam no mesmo ponto. 


Seus olhos estavam fixos na loira de mini short que corria bem a frente, sorte sua que não fosse meu namorado de verdade se não estaria ferrado. Fiquei um pouco apreensiva ao continuar a falar não sabia se ele realmente estava me ouvindo, mas continuei mesmo assim, se ele não estivesse me ouvindo ele apanharia. 


— Alex esses dias me fez uma pergunta que eu achei bem interessante — Comentei primeiramente me lembrando de onde tinha saindo essa duvida — Ela me perguntou quando íamos fazer uma mês de namoro? — Ele pareceu finalmente me olhar, que bom ele estava me ouvindo — Sabe se era no dia em que me salvara do Max, que supostamente foi a primeira vez que ficamos, se é quando assumimos para todos, ou quando assumimos para os nossos pais? Bem eu não respondi por que eu não faço a mínima ideia — Falei por fim. Realmente Alex tinha me feito uma ótima pergunta, eu nem me lembra que esse negocio de namoro tinha contagem. 


Simmons ficou quieto por um tempo, talvez estivesse pensando nos pros e contra de todas as datas citadas, era meio complicado, normalmente um casal começaria a contar dês da primeira vez, mas se fossemos assim já teríamos um mês de namoro e nossos pais— na verdade o meu— não gostaria nada de saber disso. 


— Nem uma dessas datas — Simmons falou simplesmente e eu o encarei confusa. 


Como assim nem uma?


— Nenhuma? Como assim?— Perguntei bastante confusa. 


Precisamos de uma data afinal eu precisava fingir me importa e pra isso teria que lembra o dia exato em que começamos a namora, sabia que se aquele fosse uma namoro de verdade eu me lembraria muito bem das datas, mas não era e eu não fazia nem a mínima ideia de quando aconteceram tais coisas.


— Vamos falar que eu te pedi oficialmente hoje — Ele falou sorridente. 


— Isso e uma espécie de pedido de namoro?— Falei debochadamente. Ele riu. 


— Por que não gostou?— Ele perguntou com um sorriso divertido nos lábios. 


— A claro foi muito romântico — Zombei mais uma vez e ele riu me fazendo o acompanha. 


— Você quer algo romântico? Ok vai ter algo romântico! — Ele falou se levantando e eu o olhei assustada. 


— O que vai fazer?— Perguntei enquanto o via se afastar. 


— Vou ser romântico — Ele falou enquanto continuar a andar.


— Simmons— Gritei seu nome, mas ele não se virou para trás para me olhar, me levantei desesperada, afinal o que aquele idiota iria aprontar. Corri ate ele e parei em sua frente — Onde você pensa que vai?— Falei caminhando de costas vendo que ele não iria parar de andar.


— Vou te fazer um pedido romântico— Ele falou sorridente, era obvio que estava se divertindo com isso. 


— Não Simmons, eu estava brincando.— Meu tom de voz era um tanto quanto alterado, era obvio que eu estava desesperada, afinal eu sabia que ele estava tramando algo que iria me envergonhar. 


— Não você pediu e agora você vai ter o seu pedido romântico— Ele falou me pegando no colo e me virando para trás dele— Acho melhor ficar lá em baixo da arvore, não se preocupe eu já volto— Ele falou me depositando um beijo na testa e então ele saiu correndo. 


Que droga ! Simmons corria muito rápido e eu com certeza não conseguiria o acompanha, por isso fiz o que ele me pediu,voltei onde estávamos e me sentei no chão, mas não fiquei lá por muito tempo, estava nervosa de mais pra fica parada .Mas que merda! Eu tinha mesmo que ter zoado com isso? Agora o idiota ia fazer eu pagar o maior mico da minha vida, eu sabia que ele ia apronta algo. O que era, eu não fazia a mínima ideia, e isso de certa forma me apavorava.


***


Vinte minuto tinhas se passado e nada de Simmons. Deus aonde esse homem tinha se enfiado? Meu coração estava a mil e minhas mãos estavam tremendo, aquilo tudo iria me mata a qualquer momento, acho que fica aqui sem saber de nada, sem ter a mínima ideia do que ele ira apronta e bem pior do que a própria “surpresa” em si. Pra me distrai peguei o meu livro que estava na bolsa e comecei a ler sentada em baixo da arvore, mas eu não consegui me concentra no que estava lendo e ficou ainda pior se concentra quando o cara ao meu lado começou a toca uma musica em seu violão. Particularmente eu adorava musicas acústicas e essas coisas, mas não era um bom momento para começar a toca, eu estava tentando me concentrar, estava tentando manter minha mente ocupada com aquele livro pra não tenta me lembra que Simmons aprontava algo. Mais cinco minutos tentando ler o livro e por fim desisti estava a mais de dez minutos na mesma pagina e nada avia entrando na minha mente, fechei o livro e o guardei de novo na bolsa.


Fiquei olhando para a frente e comecei a pensar aonde diabos Simmons estava? Talvez ele tivesse desistido dessa ideia e tivesse ido catar alguma menina por ai, ou ate mesmo a loira que ele tanto estava de olho, talvez ele já tivesse encontrado Em e Tylor, ou talvez ele já tivesse indo embora, bem essa ultima opção me assustava, Jensen não seria louco de me deixar ali sozinha, ou seria? 


Fiquei mais alivia assim que comecei a ver a figura de Jensen vindo em minha direção respirei aliviada por saber que ele não tinha me deixando pra trás, mas fiquei nervosa quando olhei para sua cara e nela tinha um sorriso divertido nos lábios, o que diabos ele estava aprontando?


Um som de alguém batendo no microfone ao meu lado me chamou atenção, olhei para o lado e me surpreende ao ver o cara que estava sentado no chão tocando violão, agora tinha um microfone a sua frente e seu violão ligado a um amplificador, mas que diabos estava acontecendo e como diabos ele conseguia liga aquilo no meio de um parque?


Eu estava chocada com aquela rapidez do cara do violão, em menos de dois minutos ele já estava sentando em seu banquinho começando a toca uma musica que eu particularmente amava. Virei-me para frente me lembrando que Simmons estava caminhando ate mim, mas quando meus olhos pararam em Simmons eu fiquei boquiaberta ao vê-lo segurando um boque de rosas vermelhas, ele tinha um sorriso divertido em seus lábio. Meu coração acelerou e eu não sabia o que fazer o que falar, só esperava que ele não fizesse o que eu estava imaginando que ele faria. Um monte de gente que estava caminhando por ali, pararam para olhar o que estava acontecendo, uma platéia sorridente se formava mais a frente e eu tinha certeza que minhas bochechas estavam ficando vermelhas. 


Simmons chegou mais perto de mim e eu tive que me concentra pra não o mata ali mesmo. O que ele achava que estava fazendo?


Foi ai que o que eu menos imaginava aconteceu. Simmons se ajoelhou em minha frente ainda com as flores em uma das mãos e com a livre ele segurou uma de minhas mãos e pronunciou em um tom um pouco alto. 


— Namora comigo?—Seu sorriso era lindo e seu olha estava no meu. Pude ver algumas mulheres suspirarem alto, e aquilo quase me fez rir.


Fiquei petrificado com tal cena, nunca imaginei que na minha vida algo assim fosse acontecer comigo, ainda mais sendo Simmons o cara que fazia tais coisas, sabia que tudo aquilo não passava de fingimento, mas mesmo assim aquilo mexia de um certo modo comigo, eu não estava pronta pra vivenciar tais cenas assim. Simmons me entregou as flores e permaneceu de joelho esperando minha resposta. 


— Vamos lá Marrony, é só dizer sim — Ele falou mais baixo apenas pra mim ouvir — Meus joelhos já estão doendo sabia — Ele falou fazendo uma careta e se ajeitando ainda de joelho, e aquilo me fez rir. 


Limitei-me a apenas assentir com a cabeça ainda rindo e ele no mesmo instante colocou um anel que eu não tive tempo de ver, pois o mesmo rapidamente se levantou e me pegou no colo me levantando, me fazendo dar um gritinho de medo, o mesmo me girou e eu ri. Ouvi as palmas soarem e uns gritinhos e Simmons parou de me gira e me colocou no chão, ambos começamos a rir daquela cena, como ele poderia se tão idiota a ponto de arma tudo isso. 


— Beija — Ouvi alguém grita e vi Tylor sorrindo divertidamente — Beija — Ele repetiu ainda gritando — Beija, Beija, Beija — E todos ali já estavam gritando e batendo palmas.


Simmons riu e eu o olhei, assim que meus olhos pararam neles, vi o mesmo fica serio e passar uma de suas mãos por minha cintura colocando meu corpo mais junto ao seu, sua outra mão foi ate o meu rosto e seu polegar começou a acariciar minha bochecha e por um momento eu me arrepiei, seus olhos eram intensos, tão intensos que me faziam queimar por dentro. Eu sabia o que estava prestes a acontecer e sabia que era uma coisa que aconteceria mais cedo ou mais tarde,então por que continuar adiando? Sorri levemente pra ele e o vi se aproximar me fazendo fechar os olhos, demorou mais alguns segundos ate seus lábios tocarem o meu. Seus lábios eram gelados e aquilo me arrepiou, concedi passagem a sua língua assim que ela me pediu, e naquele momento me entreguei aquele beijo, aqueles lábios, aqueles braços que agora me segurava fortemente. Nossas línguas dançavam em uma sincronia inacreditável e cada minuto que passava eu queria mais.Sua mão em minha cintura me apertava fortemente e seus lábios nos meus era doces e às vezes violentos e eu estava adorando esse contraste. Por fim nos desgrudamos procurando por ar, e eu confesso que se a falta de ar não fosse tão grande eu não teria o soltado tão cedo. O beijo de Simmons era bom e tai mais uma coisa que eu nunca admitiria pra ele.


Abri meus olhos e olhei para os incríveis olhos azuis de Simmons, e eles estavam lá tão intensos, senti meu corpo tremer com tal olhar, com tal intensidade, suas mãos ainda estavam em minha cintura me mantendo perto dele, seu polegar agora acariciava minha bochecha e vi seus olhos desviarem dos meus e olharem para minha boca assim que seu polegar a tocou, a entre abri, ainda estava presa a tudo aquilo, a todas aquelas sensações e a vontade de ter seus lábios mais uma vez juntos ao meu. 


Mas toda aquela cena, todo aquele clima foi interrompido assim que ouvimos alguém pigarrear ao nosso lado. Simmons foi o primeiro a olhar a pessoa que nos atrapalhava e eu segui o seu olhar, vi Tylor sorridente ao nosso lado, e logo ao seu lado estava Emily, meus olhos pararam ao notar que os dois estavam de mãos dadas, abri um sorriso e me afastei de Simmons indo abraçar Emily que estava sorridente.


 ***


Todos que estavam presenciando aquele momento super constrangedor tinha ido embora, e o cara que estava tocando ao nosso lado recebeu o dinheiro que Simmons o devia e também foi embora, ficou apenas eu, Simmons, Em e Ty ali sentados em baixo daquela arvore. Ficamos conversando sobre como o pedido de Simmons avia sido bonitinho, era claro que esse comentário tinha saído da boca de Emily, que parecia bem mais a vontade na presença dos irmãos Simmons, mas ela volto a fica sem graça quando Simmons tocou no fato de ela e Ty estarem de mão dadas, não pude repreender Simmons por essa pergunta pois eu mesma ia faze-la se ele não tivesse sido tão rápido. Era obvio que Ty que tinha falado que eles tinha se entendido, bem não era só isso que eu queria saber, mas deixaria as outras perguntas pra quando tivesse sozinha com Emily. 


— Vamos compra sorvete, vocês querem?— Ty perguntou já de pé ao lado de Emily. 


— Não, obrigada. — Sorri amavelmente. 


— Trás um de chocolate pra mim — Simmons pediu pegando sua carteira no bolso de trás de sua calça. 


— Deixa que eu pago irmãozinho — Tylor falou animadamente e se virou caminhado agarradinho a Emily. 


Simmons via seu irmão se afasta com a boca aberta, o que me fez rir. 


— Ele acabou de me chama de irmãozinho?— Simmons falou sorridente. 


— É, eu acho que sim — Sorri.


Simmons começou a rir me fazendo acompanhá-lo era tão engraçado como Tylor estava tão bob ao lado da Emily, é realmente os apaixonados ficam muito bobos. Vi um cara com um carrinho de sorvete passar na pista a nossa frente e naquele momento tivemos certeza que eles não estavam saindo dali apenas para comprarem sorvete, ele deveriam querer um pouquinho mais de privacidade para se agarrarem a vontade. Ao ver o carinha do sorvete passar eu e Simmons começamos a rir descontroladamente, aqueles dois em. 


Assim que consegui para de rir me deitei no chão com a cabeça apoiada em minha bolsa, Simmons se deitou de lado com um ombro apoiado no chão e com sua cabeça sendo segurada pela sua mão, eu o olhei e ele sorriu.


— Gostou do meu pedido de namoro? Foi romântico dessa vez? — Seu tom era zombeiro e eu sabia que ele realmente estava se divertido muito com tudo aquilo. 


— Foi constrangedor. Você e muito idiota, não deveria ter feito isso — Falei seria, era a primeira vez que ficávamos sozinhos dês do ocorrido. 


— Você que disse que queria algo romântico — Ele falou debochadamente. 


— Eu estava brincando Simmons — Falei um pouco mais seria.


— Da próxima vez não brinque com coisas assim — Ele sorriu. 


— Se fiz algo parecido com isso eu juro que passo por cima de você com o carro — O ameacei, mas estava realmente cogitando a ideia de fazer isso caso ele aprontasse mais uma dessas. 


Jensen riu alto e eu fiquei apenas o encarando seria, por que eu ainda não tinha o matado mesmo? A é verdade eu não queria ser presa por ter matado esse ser insignificante, não perderia minha liberdade por isso. 


— Sabe que eu gostei muito de uma coisa que aconteceu nessa brincadeira toda — Ele falou assim que parou de rir.


— Eu já sei, gosto muito da minha cara de idiota — Falei revirando os olhos, eu já conhecia bem as respostas dele.


— Também. Mas estava falando de outra coisa — Seu sorriso tinha aumentado e seus olhos estavam nos meus. 


— Do que você estava falando então?— Minha curiosidade estava bem presente em minha voz. 


— Gostei de ter descoberto que você beija muito bem — Ele falou se inclinando para cima de mim, fazendo seu rosto fica a centímetros do meu, senti minhas bochechas coroarem, assim como senti uma arrepio percorrer o meu corpo com a sua aproximação.


Foi impossível não abri um sorriso ao ouvir aquelas palavras e ao ver a aproximação do mesmo, eu sabia que eu queria de novo senti o gosto do beijo dele, sabia que tinha gostado o suficiente para querer repetir, e se estava vindo assim tão rápido e com tanta facilidade eu não me importaria em me render novamente. Tudo bem que dessa fez eu não teria mais a desculpa de que “tive que fazer aquilo por que fui obrigada por todos que estavam olhando ” e essas coisas, mas pensaria em outra desculpa quando ele viesse falando que eu tinha gostado do beijo dele, e vai por mim ele iria falar isso, cedo ou tarde ele falaria isso. Meus olhos desviaram de seus olhos para sua boca que virou pra cima em um meio sorriso, voltei meus olhos para o seu e o via se aproximar cada vez mais, sua respiração já se misturava com a minha e eu podia sentia que meu corpo todo implorava por aquele beijo, assim que seus lábios tocaram aos meus e eu fechei os olhos, assim que ia abrir a boca pra me entregar mais uma vez aquele beijo magnífico o celular dentro de minha bolsa — e embaixo de minha cabeça — começou a toca me fazendo abrir os olhos assustadas, desgrudei minha boca de Simmons e o empurrei pra cima, ouvi ele bufar o que me fez rir. Levantei-me e peguei o celular dentro da bolsa vendo quem estava me ligando: Alex.


— Se me ligou pra desliga mais uma vez o celular na minha cara e melhor prepara logo o seu enterro — Falei seria assim que atendi o telefone. 


— Não vou desliga o celular na sua cara — Sua voz era baixa e pude ouvi-la fungar logo em seguida. Droga ela estava chorando.


— O que houve Alex?— Agora eu estava preocupada, afinal o que tinha acontecido?


Me ajeitei me sentando melhor, vi Simmons pega o seu celular e sai para ir atende-lo. 


— Será que pode vim ate aqui?— Ela perguntou ainda baixo e eu tinha certeza agora que ela estava chorando ainda, pois sua voz estava um pouco travada, como se ela estivesse tentado se controlar. 


— E claro, mais vou demora um pouco pra chegar ai , estou do outro lado da cidade, mas eu já estou a caminho — Falei pegando minha bolsa do chão e me levantando.


— Do outro lado da cidade? O que esta fazendo ai?— Ela perguntou curiosa. 


— Eu vim ao meu parque favorito com o Simmons — Decidi não conta sobre Emily e Tylor, não por que não confiasse nela mas por que achava que aquele não era o momento adequado pra isso.


— Desculpe devo esta atrapalhando vocês — Sua voz diminuiu mais um pouco e mais uma vez ouvi ela funga. 


— Não esta atrapalhando nada Alex — Menti, ela tinha atrapalhado um beijo que quase nunca acontecia, na verdade que nunca acontecera ate aquele dia, mas bem ela não precisava e nem poderia saber disso.


— Não precisa vim se não poder Cherry— Ela tentou falar firme, mas fora um desastre nesta tentativa. 


— Eu já estou a caminho, conversaremos quando eu chegar ai — Falei seria — Tchau Alex, já estou indo — Me despedi e desliguei. 


Virei-me para Simmons e o mesmo ainda estava falando com alguém no celular, decide então manda uma mensagem para Emily falando que estávamos esperando eles no estacionamento para irmos embora. Assim que enviei a mensagem olhei novamente para Simmons e ele tinha acabado de desliga o celular e o mesmo caminhava em minha direção com uma cara nada alegre.


— Preciso ir embora — Falei a ele assim que ele chegou perto o suficiente para me ouvir.


— Também preciso — Ele falou nada animado — Vou liga para o Tylor avisando — Ele pegou o celular e eu o impedi.


— Já mandei uma mensagem para a Emily avisando que encontraríamos eles no estacionamento — Falei sorridente e ele sorriu, nos viramos e começamos a caminha em direção ao estacionamento — Quem era no telefone?— Fiquei curiosa para saber se foi algum problema em sua empresa que o deixará com essa cara. 


— O Jonas — Ele bufou e eu revirei os olhos — E quem te ligou?— Ele perguntou curioso. 


— A Alex — Olhei por mesmo com cara de tédio e ele tinha entendido tudo. 


Ótimo seriamos depósitos de frustrações, e eu teria que ouvir a Alex fala mais algumas horas como o Jonas era um idiota. 


Andamos ate o estacionamento em silencio, eu estava me preparando psicologicamente para ouvir a Alex falar sem parar sobre o quando ela sentia ódio pelo Jonas, e claro que ela odiava, odiava tanto ao ponto de se importar se ele saísse com a vadia numero dois — afinal a numero um já namorava a Angel — pra mim aquilo tudo não deveria ser chamado de ódio e sim de paixão, mas eu não falaria nada, Alex era grandinha o suficiente para se dar conta disso sozinha. Já estava cansada de tentar ajudar com essa historia e sempre leva patadas ou ter o telefone desligado ou a porta fechada na minha cara, eu não falaria mais nada, uma hora ou outra um dos dois iria se toca que o que eles chamavam de ódio tava mais para amor.


Capítulo 14


Eu finalmente tinha chegado em casa. Depois de passado mais de quatro horas ouvindo a Alex falar o quanto o Jonas era um idiota sem coração, tudo isso por que ele não tinha simplesmente ficando com a Jennifer e sim tinha ido pra cama com ela, nada que o mundo inteiro já não soubesse. Afinal esse negocio de fica na agarração e nos beijos não e algo para o Jonas e muito menos para a Jennifer, então eu não entendia ao certo o porque da indignação da Alex ao ficar sabendo pela própria Jennifer que ter passado a noite com o Jonas fora uma das melhores coisa de sua vida. Das duas uma ou o Jonas era muito bom de cama — tipo o melhor— ou ela falava isso só para irrita a Alex, bem eu escolheria a segunda opção, não que o Jonas não devesse ser bom de cama — e sinceramente eu não estava nem ai pra se era ou não — mas Jennifer era o tipo de vadia que tinha nascido para atormenta a vida de uma pessoa em especial, e a infeliz escolhida por ela era a pobre da Alex. 


Joguei minha bolsa no sofá e fui em direção a cozinha, eu estava morta de fone, a dona Spark tinha me convidado para jantar, mas sinceramente eu estava louca pra sair daquela casa, queria sair de lá antes que eu voasse no pescoço da Alex o que aconteceria se eu a ouvisse falar mais uma vez que o Jonas era um total idiota. Tudo bem acho que eu não estava muito afim de ouvir esse nome por um bom tempo. 


Já na cozinha caminhei ate o armário de mantimentos a procura de alguma coisa gostosa pra comer, mas acabei não encontrando nada de bom, fechei o mesmo e fui ate a geladeira na esperança de que tivesse alguma coisa ali, mas para a minha surpresa — talvez nem tanta surpresa assim — não tinha nada.Mas que droga . Xinguei mentalmente enquanto voltava a sala, iria pedir uma pizza afinal era a minha única opção, era isso ou morrer de fome. Mas assim que ia pega o telefone para pedir uma pizza o ouvir toca e de um certo modo me assusta, eu não espera que algum ligasse para cá, normalmente ninguém ligava para minha casa,afinal na maioria das vezes nunca tinha ninguém. Peguei o telefone rezando para que não fosse Alex me ligando pra conta mais uma grande novidade sobre o Jonas, juro que a mandaria para o inferno se ela viesse falar dele de novo.


— Alo? — Falei educadamente assim que coloquei o telefone no ouvido. 


— Senhorita Marrony? — Uma voz masculina perguntou do outro lado da linha. E eu jurava já ter ouvido aquela voz em algum lugar. 


— Sim — Falei cordialmente. 


— Sou o Doutor Hollins, sou o medico que cuida da sua mãe — Ele falou simpaticamente, mas ao ouvir seu nome meu coração foi a mil. 


— Esta tudo bem com ela? — Eu não consegui ser mais cordial, era impossível ser qualquer coisa naquele momento. O medico que cuidava de minha mãe em uma clinica psiquiátrica estava me ligando no meio da noite de um domingo, coisa boa nunca era. 


— Esta tudo sim Cherry. Fique tranquila querida, sua mãe esta bem e o tratamento esta indo muito bem. Na verdade estou te ligando a esse horário porque gostaria de eu mesmo avisar que as visitas a sua mãe foram novamente liberadas — Eu respirei aliviada e um sorriso enorme se abriu em meus lábios — Desculpe o horário e que vou viajar amanha e queria dar a noticia a vocês antes de ir — Ele falou e eu podia imaginas o sorriso que formava uma covinha em sua bochecha esquerda aparecer. 


O Doutor Hollins tinha virado um grande amigo da família durante todo esse tempo que ele vinha tratando de minha mãe, e era por essa amizade que ele sempre nos mantinha informados sobre a situação dela e sempre fazia o possível para que pudéssemos vê-la. E eu nem estava acreditar que já poderia ver minha mãe novamente, eu estava morrendo de saudades dela. 


— Será que posso ir agora mesmo vê-la? — Perguntei ofegante , já pegando minha bolsa novamente, se sua resposta fosse positiva não esperaria mais nem um segundo aqui em casa. 


— Agora não minha querida, ela já esta dormindo, mas poderá vim amanha assim que der, deixarei o horário de visitas dela bem aberto para que vocês possam vim visitá-la assim que poderem — E como sempre sua voz era gentil e amável. 


— Muito obrigada pelo o que esta fazendo por ela — Falei respirando fundo e jogando novamente minha bolsa sobre o sofá. Não estava irritada, era claro que eu queria ir vela o mais rápido possível, mas entendia o fato de ela esta descansando. E estava feliz de mais com a noticia.


— Não precisa agradecer querida, sabe que ela e como uma grande amiga pra mim, farei sempre o possível — Ele falou e eu sorri. Ele realmente era um homem muito bom — Bom Cherry, terei que desliga agora, vou termina de arruma minhas malas, irei viajar com a minha família — Ele falou e eu pude senti a animação em sua voz. 


— Obrigada novamente, e tenha uma boa viajem — Falei sorridente, mesmo sabendo que ele não poderia ver. 


— Obrigada Cherry, nos vemos quando eu voltar — Ele se despediu cordialmente e desligou. 


Demorei mais alguns segundos para colocar o telefone no lugar e quando finalmente o coloquei vi meu pai parado na frente da porta , agora me olhando aparentemente assustado. 


— Por que esta chorando? — Meu pai perguntou preocupado, andando ate o sofá e colocando sua pasta em cima do mesmo.


Toquei meu rosto com as mãos e só naquele momento notei que as lagrimas tinhas escapado pelos meus olhos. Limpei o rosto me livrando dela e comecei a rir. Como eu era idiota ao ponto de chorar e nem nota. 


— Você esta bem Cherry? — Meu pai já estava sentando no sofá e seu olhar era um tanto quando preocupado e assustado, parecia que ele achava que eu tinha enlouquecido. E claro que eu parecia uma louca, afinal estava chorando a segundos atrás e sem falar nada começo a rir do nada. 


— Estou ótima pai — falei sorridente pulando no sofá e beijando o seu rosto o que o fez rir. 


— Posso saber o motivo de tanta alegria? — Ele perguntou enquanto passava a mão em meu rosto tirando o cabelo do mesmo.


— Acabei de receber um telefonema do Doutor Hollins, e ele me falou que as visitas a mamãe estão liberadas — Falei sorridente e pude ver o olhos do meu pai brilharem como nunca, ele abriu um sorriso e eu pulei em cima dele o abraçando, fazendo o mesmo rir e me abraçar de volta — Podemos ver ela a parti de amanha, a qualquer hora do dia — Falei ainda agarrada a ele. 


Ficamos ali conversando ate minha barriga começar a ronca, eu tinha me esquecido que estava com fome ate aquele momento, ele riu e acabamos pedindo uma pizza pra comermos juntos. Eu não tinha uma noite assim como meu pai a meses e era sempre bom ter essas noites descontraídas com ele, principalmente quando ultimamente o clima andava um pouco tenso por causa do namoro repentino com o Simmons, bem o nome dele não foi tocado durante a noite toda, o que fora um alivio, sabia que se mencionado o nome desse coisa, iria por todo esse clima de felicidade por água a baixo.


* * *

Mais cinco minutos, só mais cinco minutos e então eu estaria livre para ir embora. Nunca tinha sentindo tanta pressa para ver o fim da aula do Doutor Lians, na verdade normalmente estava tão interessada em seu modo de falar e de explicar as coisas que acabava nem vendo o tempo passar, mas suas palavras hoje pareciam não surgir efeito em mim, nem mesmo quando ele insistia em alterar um pouco o tom de voz para que algumas pessoas voltassem a focar sua atenção nele, ele odiava falta de atenção e a minha parecia estar o incomodando profundamente. Olhei para meu relógio de pulso e pude notar que nem um minuto tinha se passado dês da ultima vez que eu tinha olhado, ainda faltava cinco minutos e aquilo estava me deixando cada vez mais ansiosa. 


— Esta com pressa senhorita Marrony? — Ouvir a voz grossa do meu professor se exaltar um pouco me fazendo olhar pra ele assustada.


— Um pouco senhor Lians — Falei docemente, não tinha porque mentir ele já estava irritado e mentiras só o deixava mais irritados. E vai por mim ninguém quer ele irritado. 


— Podemos saber o motivo de vocês esta com tanta pressa senhorita? — Seu tom de voz mais uma vez foi grosso e dessa vez um pouco rude, parecia que a verdade tinha o incomodado mais ainda. 


— Tenho algumas coisas muito importantes pra resolver — Meu tom de voz fora mais baixo e minha resposta invasiva. Ninguém ali precisava saber que eu estava ansiosa para ver a minha mãe. 


— Mais importantes do que o conteúdo que eu estou passado Marrony ?— Suas feições eram de uma pessoa sarcástica, seu sorriso tinha a mesma característica e sinceramente ele estava me tirando do serio dando uma de Simmons — Fiquei interessado sobre o que se trata, afinal e bem mais importante do que a minha aula, deve ser algo extremamente fantástico. — E eu senti minha raiva aumentar e minhas bochechar ganharem uma leve coroação vermelha. 


E era extremamente fantástico o que eu tinha pra fazer, mas bem isso ele não precisava saber. Olhei mais uma vez o meu relógio antes de responder e sorri aliviada por saber que sua aula tinha acabado. Arrumei minha bolsa no ombro e levantei sorridente. Não era para provocá-lo e sim por que estava extremamente feliz porque finalmente eu iria ver minha mãe. 


— Desculpe Senhor Lians, mas terei que deixar pra te conta outro dia. Boa tarde — Sorri educadamente pra ele, mesmo vendo que ele estava com a pior cara do mundo.


Retirei-me da sala e comecei a andar apressadamente pelos corredores do campos. Praguejei mentalmente por ter decidido dar uma de boa aluna justo hoje, os corredores aos poucos estavam lotados de pessoas passando para todo o lado e impedido que eu chegasse ao meu destino— o estacionamento— rápido. Esperava sinceramente que Alex estivesse ali fora já me esperando com o carro ligado, pronta para irmos visita a minha mãe, tinha avisado a Alex sobre a boa noticia ontem a noite e a mesma tinha insistiu em ir comigo, apesar de querer um momento sozinha com a minha mãe, não negaria que Alex fosse comigo dessa vez, afinal quanto mais gente que minha mãe amasse fosse vê-la mais ela ficaria feliz, sem falar que teria tempo o suficiente para vê-la sozinha quantas vezes eu quisesse. 

Por fim consegui sair do amontoado de pessoas que saia daquela faculdade, segui para onde Alex agora estacionava o seu carro — ao lado do de Simmons — e sorri ao ver a mesma parada do lado de seu carro conversando com alguém que eu não sabia quem era e não estava afim de descobrir. 


— Vamos? — Perguntei assim que cheguei perto o suficiente, a mesma me olhou sorridente. Meus olhos estavam apenas em Alex, não dei a mínima importância para quem estava do seu lado, não estava afim de ser educada hoje. 


— Claro — Ela sorriu e se virou para falar algo com a pessoa com quem ela estava conversando, ignorei esse ato e fui ate a porta do passageiro abrindo a mesma e entrando logo em seguida no carro. 

Joguei minha bolsa no banco de trás e nas minhas mãos ficou apenas o meu celular que antes se encontrava no bolso de trás da minha calça. Segundos depois o que pra mim pareceram minutos Alex abriu a porta do motorista e entrou no carro, ligando-o logo em seguida. 


— Sei que esta ansiosa Cherry, mas custava cumprimentar Tony? Coitado deve ter achado que você tem algo contra ele — Alex falou me repreendendo pela atitude nada educada.

Então era Tony com que ela conversava. Estranho apesar de Alex ser uma garota digamos que bem “popular” e amigável, eu não sabia que ela tinha amizades com Tony Brown, o bonitinho da contabilidade, bem era assim que o chamam pelo campos. Tony era bonito e forte o que chamava atenção das garotas, mas sua carência e sua falta de maturidade era o que distanciava a todas que tivessem um mínimo de juízo. Esse era o fato de ser estranho Alex estar conversando com ele, ela mesmo já tinha me dito muitas vezes que o cara era uma criança birrenta chata, então o fato de que agora do nada ela estar de conversinha com ele era no mínimo esquisito e quer saber eu não perguntaria nada sobre isso, afinal isso estava me cheirando a coisa envolvendo o Jonas, e eu não queria saber mais nada relacionado a ele. 


— Foda-se o que o rei do drama ta achando Alex, eu só quero chegar logo naquela clinica. Não estou com paciência pra dar uma de amigável hoje— Meu tom era rude e pude ver que aquilo tinha surpreendido um pouco Alex, mas bem a mesma preferiu ficar quieta sobre minha ignorância o que sinceramente era muito bom. 


Quando A. estacionou eu rapidamente abri a porta do carro e saltei pra fora do mesmo, eu não aguentava espera mais nem uma minuto eu precisava ver a minha mãe. Andei apressadamente ate dentro da clinica e logo depois ate a recepção aonde tinha uma enfermeira, lendo algum tipo de documento, caminhei ate ela apressadamente e pegarei assim que me aproximei, a moça levantou o olha para mim e um leve sorriso simpático nasceu em seus lábios. 


— Posso ajudar? — Ela perguntou simpaticamente. 


— Pode me informar o quarto da Cristiana Marrony, por favor— Falei rapidamente enquanto tentava me manter calma o que era praticamente impossível. 


Minhas mãos brincavam em cima do balcão e meu coração parecia que iria sair a qualquer momento pela minha boca, senti Alex colocar a sua mão sobre o meu ombro, mas mesmo assim não desviei meus olhos da enfermeira que parecia procurar pelo quarto de minha mãe no sistema. 


— O quarto dela e o 110 no final do corredor— Ela apontou para um corredor a minha direita, e sorriu.


Sorri levemente pra ela assinei a lista de visitantes que tinha ali em cima do balcão e sem falar mais nada me encaminhei apressadamente ate o quarto 110 que era aonde minha mãe se encontrava, meus olhos a cada passo parecia se encher de lagrimas e senti algumas escorrer pelos meus olhos, mas que droga eu não poderia entra assim, não poderia deixar minha mãe me ver naquele estado, não agora que ela parecia ter melhorado. Parei bruscamente de andar fazendo Alex que estava logo atrás de mim se choca contra mim. 


— O que houve?— O tom de voz da mesma era um tanto quanto curioso e confuso. 


— Não posso entrar lá desse jeito — Falei ainda parada, olhando agora a porta do quarto aonde ela deveria estar. 


— Do que esta falando? — Finalmente olhei para Alex que mantinha seus olhos curiosos em mim e suas sobrancelhas erguidas.


— Não posso entra naquele quarto chorando, não quero que minha mãe me veja assim. Quero parecer muito feliz — Falei rapidamente enquanto sentia mais lagrimas rolarem pelo meu rosto— E eu estou feliz, tão feliz que não paro de chorar, mas ela pode entender isso de um jeito ruim, e eu não quero isso — Me expliquei mesmo sabendo que não precisava. Alex olhou pra mim e abriu um sorriso lindo enquanto vinha ate mim e me abraçava. 


— Não importe como entre lá, sua mãe vai entender que vocês esta muito feliz — Ela se afastou e ajeitou o meu cabelo — Vai por mim esse seu sorriso de idiota dá pra nota que você esta muito feliz— Ela passou a mão no meu rosto limpando alguma lagrima — Agora ache um banheiro e vá lavar esse rosto porque você esta extremamente feia — Ela riu me fazendo a acompanhá-la. 


— Minha nossa eu devo estar parecendo você— Brinquei sorridente vendo a mesma logo em seguida desmanchar o seu sorriso. 


— Haha engraçadinha — Ela me olhou com a pior cara do mundo o que me fez rir — Sou a pessoa mais linda desse mundo, Ok?— Ela sorriu convencida e eu ri.


Ela simplesmente me empurrou e eu caminhei ate aonde eu me lembrava que tinha um banheiro.

Caminhei ate onde Alex ainda me esperava e sem dizer uma palavra, me direcionei ao quarto 110, meus passos eram calmos e apesar de meu coração não seguir esse mesmo ritmo calmo e lento eu tentava a todo custo manter a calma, não queria começar a chora novamente e ter que ir ao banheiro me recompor mais uma vez. 


Parei em frente à porta do quarto aonde minha mãe se encontrava e respirei fundo antes de gira a maçaneta e empurrar a porta para abri-la. Assim que a porta se abriu pude ver metade do quarto e respirei fundo entrando de uma vez no quarto sorrindo alegremente, virei-me para aonde a cama se encontrava, mas fiquei surpresa ao ver que minha mãe não estava por ali, voltei meu olhar para todo o quarto a procura da mulher que eu tanto queria ver. 


— Mãe ?— Meu tom de voz saiu um pouco baixo, mas sabia que se ela estivesse naquele quarto ela me ouviria. 


Sem demoras a porta do banheiro que ficava a minha direita e que eu sinceramente não tinha notado, se abriu e de lá minha mãe saiu sorridente. Seus cabelos castanhos estavam soltos e perfeitamente penteados, seus olhos verdes estavam extremamente brilhantes, e como eu desejei um dia ter aqueles olhos, tão lindos e tão meigos, em suas bochechas tinha as velhas linhas que se manifestavam sempre que ela sorria, e ali, ali estava o sorriso dela, um sorriso perfeito. 


Caminhei ate ela e ao chegar próxima o suficiente passei meus braços pelo seu pescoço a abraçado sentindo logo em seguida suas mãos sendo colocas gentilmente em minhas costas, ela era sempre tão delicada. Em minutos vi sua delicadeza ir embora e um abraço mais apertado e mais forte me prender contra o seu corpo e ali eu me senti como há tempos eu não me sentia, eu me senti em casa, me senti segura e indestrutível. Mais alguns minutos se passaram e finalmente eu consegui soltá-la, claro que contra a minha vontade, afinal queria ficar ali a abraçando por toda a tarde se eu pudesse.


Quando me afastei um pouco de seu corpo, pude nota que ela ainda sorria, e vi seu rosto molhando pelas lagrimas que ainda descia, sabia que ela estava chorando de felicidade, e isso me deixava cada vez mais feliz. Passei minha mão pelo suas bochechas limpando o caminho que as lagrimas tinha feito, e por fim beijei suas bochechas com força. 


Seus olhos verdes ainda estavam no meu, mas foram desviados assim que um barulho invadiu o silencio. 


— Desculpe-me não queria atrapalhar — Alex sorria sem graça pegando o celular que tinha acabado de cair. Suas bochechas estavam levemente coroada e eu ri.

Minha mãe se afastou de mim e foi ate a loira que sorriu. Alex sem demora passou seus braços pelo pescoço de minha mãe, a mesma fechou os olhos e eu vi varias lagrimas saírem nesse instante. 


— Sentimos tanto a sua falta— Alex falou com a voz um pouco engasgada por conta do recente choro. 


Minha mãe apenas assentiu e eu ali de fora, de trás, apenas observando as duas tive que me controlar para não chorar. Alex tinha razão tínhamos sentindo muito a falta daquela mulher. Sem me aguentar sai da onde estava e fui ao encontro das duas e me juntei ao abraço.


Capítulo 15


— Não entendo ainda por que não contou a sua mãe sobre você e Jensen — Alex comentou mais uma vez mesmo eu tento acabado de lhe explicar o motivo de não ter contado. 


Eram 5horas da tarde e tínhamos acabado de sair da clinica aonde minha mãe estava, eu e Alex tínhamos decidido ir embora assim que vimos meu pai entrar pela porta do quarto, ele tinha o sorriso mais verdadeiro e contente que eu já tinha o visto abrir em minha vida toda. Estávamos no carro a caminho da minha casa e Alex parecia estar realmente interessada no porque de eu não ter contando a minha mãe sobre Jensen. Bem meus motivos eram claros pelo menos pra mim, não queria que minha mãe soubesse de meu namoro de mentira, não queria ter que mentir pra ela também, eu tinha acabado de ter ela de volta em minha vida, não queria mentir, não pra ela. Sabia que meu pai não falaria nada, tinha pedido a ele ontem à noite e ele parecia ter ficado aliviado por não ter que ficar falando sobre isso com sua mulher, ele não avia questionando, nem perguntado o motivo de o porquê não falar, ele parecia mais me agradecer por ainda não tocar nesse assunto com ela, sabíamos que ela mais do que ninguém aprovava esse namoro, sabíamos o quanto ela gostava de Jensen e sabíamos também que ela sempre acreditou que um dia ficaríamos junto, bem ela tinha acertado estávamos juntos, mas não do jeito que ela imaginava. 


Porem tinha me esquecido de falar a Alex para não tocar nesse assunto, então enquanto ela contava sobre o que acontecera com Jonas — juro que nesse momento quis me matar— e eu me encontrava distraída nos braços de minha mãe, ela do nada mudou de assunto e quando o nome de Jensen surgiu naquele quarto eu quase entrei em pânico, me afastei dos braços de minha mãe e dei um pulo da cama falando que estava faminta. 


Por sorte tinha conseguido tirar Alex do quarto pra irmos comer alguma coisa , minha mãe tinha ficado no quarto descansando um pouco enquanto assistia seu programa favorito que estávamos fazendo a mesma perder. Por pouco naquele momento eu não tinha sido descoberta, tinha pedido durante o almoço para que Alex não falasse nada sobre mim e Jensen que eu lhe explicaria o motivos depois, bem ali estava eu explicando pela milésima vez o motivo.


— Já te falei, quero ir com calma. Não quero solta a bomba de que eu e Simmons estamos juntos — Meu olhar se mantinha concentrada no caminho que seguíamos enquanto falava com a voz mais entediada do mundo — Porque pelo que ela saiba, quando nos vimos pela ultima vez eu ainda o odiava mortalmente, seria um choque muito grande e precipitado, posso ir contando aos poucos, porque contar tudo de uma vez só? Tenho muito tempo para contá-la todas essas novidades. 


Alex parecia ter entendido o que eu tinha dito ou preferia não pergunta mais pelo fato de saber que a qualquer momento eu me irritaria. O caminho ate minha casa foi silencioso, e por incrível que pareça Alex não quis entra quando chegamos, no inicio achei estranho, mas fingir engolir a desculpa de que ela tinha muitos trabalhos pra fazer, na verdade isso estava me cheirando a confusão, mas eu não queria saber, deixei que ela fosse embora sem questionar ou reclamar, estava cansada demais e não estava afim de ouvir qual seria a próxima loucura dela, esperaria ate amanha pra saber o que aquela maluca estava aprontando e vai por mim, mais cedo ou mais tarde eu saberia. 


***


Sai de casa com a minha bolsa na mão e com o celular na outra, desci as escadas e me direcionei ao carro de Simmons que estava a minha espera a mais de dez minutos. Abri a porta do carro e entrei no mesmo, vendo Simmons com a pior cara do mundo. Respirei fundo e fechei a porta do carro. Virei-me para Simmons, estava pronta para ver se aquela irritação toda que ele aparentava estar era só por causa do meu atraso, afinal eu sei que fica esperando uma pessoa por 10 minutos e algo bem chato e motivo de irritação, mas não era motivo pro tamanho da irritação que Simmons aparentava estar. Quando me ajeitei no banco e abri a boca pra falar algo, vi pela minha visão periférica algo se mexer no banco traseiro, dei um grito de susto, afinal não esperava que mais ninguém estivesse ali. 


— Fica calma Cherry, e só o Jonas — Simmons comentou dando de ombros e ligando o carro para irmos para a faculdade. 


Acalmei-me e vi Jonas sentando no banco de trás sorridente, enquanto me olhava. Arquei minhas sobrancelhas e o olhei confusa. 


— O que esta fazendo aqui? — Minha curiosidade era maior do que a minha própria educação e o fato de não estar muito afim de ver Jonas após ouvir Alex falar tanto dele ajudava mais ainda pra minha falta de educação. 


— Vou pega uma carona com vocês, afinal meu carro quebrou depois de um pequeno acidente que ocorreu ontem — Ele falou parecendo começar a se irrita. Estava prepara para pergunta o que tinha acontecido quando ele volto a falar — Sabe, acho que deveria falar pra sua amiga tomar mais cuidado quando ela estiver no volante — Sua cara não era uma das melhores.

 — A Alex? — Essas era a pergunta mais inútil do mundo, afinal eu já sabia qual era a resposta. 


— Ela mesmo — Ele se arrumou no banco e foi um pouquinho mais pra frente — Ela é uma péssima motorista, quase me matou — Ele começou e eu respirei fundo. 


— Desculpe Jonas, mas eu não quero saber o que a Alex fez — Ele me olhou um com os olhos arregalados como se estivesse sido pego de surpresa e tinha mesmo, eu sempre ouvia as pessoas — Estou cansada de ficar sabendo do que você ou ela faz. Isso tudo e problema de vocês e acho que vocês deveriam começar a resolver essas assuntos sozinhos e de maneira o mais civilizado possível — Falei seria e me virei pra frente para ver aonde estávamos. Pude ver pela minha visão periférica Simmons sorrir. 


— Quer dizer que Alex fala sobre mim — Jonas comentou alto e parecia um pouco feliz .


Droga eu tinha acabado de dar algo ao qual Jonas poderia usar contra Alex. Que ótimo . Ironizei.


— E você fala dela — Simmons falou pela primeira vez, fazendo Jonas se calar. 


Pelo jeito o que ele acabara de descobrir nunca poderia ser usado contra Alex.


Desci do carro sendo acompanhada por Simmons e logo em seguida por Jonas que estava com uma cara nada amigável, Simmons caminhou ao meu lado. Mais a frente estava Alex parada encostada na lateral de um carro vermelho, com seus braços cruzados e com a pior cara do mundo, isso só significava que ela já tinha avistado Jonas, e bem eu não estava nem um pouco a fim de ver aqueles dois brigando, então sorri para Alex assim que seus olhos pararam em mim e puxei Simmons para longe daqueles dois. Caminhamos um pouco mais e fomos para uma área afastada daquele estacionamento, sabia que se ficássemos perto eu ainda poderia ouvir os gritos que com certeza Alex estava dando neste exato momento. 


— Aonde você foi ontem à tarde? As meninas me falaram que você tinha ido embora com a Alex— Simmons comentou se sentando ao meu lado no banco. — Mas liguei pra sua casa e ninguém atendeu. 


— Você realmente vai dar um de namorado controlador agora? — Eu perguntei brincalhona. 


— A claro, como se eu me importasse com o que você faz. Mas sou obrigado a saber afinal sou seu namorado e quando as pessoas perguntarem de você eu preciso saber o que devo falar— Sua cara não era uma das melhores quando ele volto a falar — Acha que gosto disso? — Ele perguntou retoricamente afinal ele nem me deu tempo pra respirar e responder — Não, eu não gosto. 


— Ei Simmons relaxa, você esta muito estressado — Minha voz era calma enquanto o olhava respirar fundo — Aconteceu alguma coisa ? — Perguntei curiosa e ao mesmo tempo um tanto quando irritada também, eu poderia irritar ele, esse era o meu hobbin favorito, não admitiria ninguém mais fazendo isso.


— Essas briguinhas chatas do Jonas com a Alex estão me deixando bem irritado — Ele falou serio enquanto olhava pra frente — Não aguento mais ouvir o Jonas falar da Alex, isso esta extremamente irritante, sem falar dos problemas na empresa. — Ele solto um pouco de ar pela boca e fechou os olhos colocando os dedos na têmpora a massageando. 


Respirei fundo e me levantei ficando atrás de Simmons e colocando minhas mãos em seus ombros começando a massageá-los. 


— Realmente essas historia de Alex e Jonas já deu o que tinha que dar, não aguento mais Alex falando o tempo todo que Jonas e um idiota, cara eu já sei disso a muito tempo — Simmons riu e eu continuei a falar — Por isso hoje no carro eu falei pro Jonas que não queria saber, e eu realmente não quero — Passei mais um pouco minhas mãos pelos ombros tensos de Simmons e então parei de massageá-lo. 


— Por que parou? Estava bom — Ele sorriu e eu estreitei meus olhos. 


— Não se acostume Simmons, isso foi apenas um pequeno momento de bondade, por que estou feliz. Mas não acontecera novamente — Meu sorriso se abriu assim que Simmons fez um bico e uma carinha triste.


— Posso saber o motivo de sua felicidade Marrony? — Simmons perguntou assim que se levantou ficando ao meu lado e me puxando para voltamos a andar. 


— Minha mãe volto a poder receber visitas — Comentei sabendo que uma hora ou outra ele descobriria. 


— Serio? Dês de quando? — Seus lábios tinham um sorriso verdadeiro, eu sabia que ele gostara da noticia, afinal ele e minha mãe sempre foram bem amigos. 


— Dês de ontem, era lá que estava a tarde toda de ontem — Comentei sorridente parando na frente da minha sala de aula. 


— Vai vê-la hoje? — Seu sorriso ainda estava ali. 


— Sim , por quê? — Minha sobrancelhas se ergueram eu sabia que aquilo não era apenas curiosidade. 


— Será que posso ir vê-la com você hoje? — Sabia que sua pergunta não era para me irritar nem nada, sabia que ele realmente queria vê-la, mas pensar em ele indo comigo me causava um certo desconforto. 


— Acho melhor não Simmons. 


— Por quê? — Seu sorriso tinha se desmanchado e sua cara estava bem confusa. 


— Não contei a ela ainda sobre nós, na verdade não queria contar tão cedo — Respirei fundo e voltei a falar — Eu não queria mentir para ela. 


— Tudo bem eu entendo, mas vou te levar ate lá — Ele falou sorridente e beijo minha testa e se virou caminhando em direção a sua aula.


***


Tinha passado quase a manha inteiro pensado em alguma coisa que pudesse fazer Simmons desistir de querer me levar ate a clinica hoje, sabia que somente falar a ele que era melhor não, ele não iria aceita, ele simplesmente me falaria que era apenas uma carona e que não tinha nada demais nisso, e realmente não tinha, mas eu não poderia correr o risco. Tudo bem que minha mãe nunca apareceria no estacionamento, mas eu queria evita que qualquer um ali me visse com ele, queria evita que qualquer enfermeira — principalmente as que cuidavam da minha mãe— me visse com ele, não queria que elas comentassem que me viram saindo do um carro de um garoto, isso geraria perguntas e eu não queria mentir pra minha mãe. Sabia que se eu dessa essa explicação toda para Simmons, ele falaria que eu estava ficando paranoica, e eu realmente estava, mas estava tentando a todas a custas evitar de colocar minha mãe nessa rede de mentiras em que eu avia me metido. 


Estava andando pelo corredor distraída demais com os meus pensamentos que nem notei as pessoas ao meu redor, nem notei que uma pessoa falava comigo, esse fato só foi percebido quando a pessoa segurou meu braço me fazendo levar um pequeno susto pelo contato, assim que foquei meus olhos na pessoa vi Alex me e encarando curiosa. 


— Estou falando com você a minutos Cherry, você esta bem?— O rosto de Alex demonstrava um pouco de irritação pelo fato de eu não a ter escutado e um outro de preocupação.


— Estou bem, só um pouco distraída — Sorri levemente, enquanto voltava a andar novamente. 


— Nem deu pra nota — Ela foi sarcástica o que me fez solta uma leve risada sendo acompanhada por ela— Mas então vai querer ou não? 


— Querer o que?— olhei para ela rapidamente com minhas sobrancelhas erguida, era claro que a pergunta dela fazia parte da conversa em que somente Alex avia participado, pois eu estava muito entretida em meus pensamentos que nem tinha notado sua presença.


— Uma carona Cherry, estou a meia hora te perguntando se você quer uma carona ate a clinica pra ver a sua mãe?— Seu tom de voz era um pouco alterado isso me mostrava que eu realmente tinha a tirado do serio, o que ultimamente não era muito difícil. 


Parei pra pensar, se Alex me desse carona seria um bom motivo para me livrar da carona do Simmons, poderia inventar uma desculpa qualquer falando que nos duas tínhamos assuntos de mulher a tratar e assim eu me livraria do dilema que eu tivera a manha inteiro, mas pensando melhor, eu sabia que Alex realmente tinha o que falar, principalmente ao me lembrar da cena que deve ter acontecido quando aquele que eu não quero lembra o nome tinha parado para falar com ela, não estava nem um pouco afim de falar daquele ser, na verdade estava cansada demais de ouvir as historias daqueles dois, sabia que eu era a melhor amiga dela e que minha principal “função” como melhor amiga era ouvir ela falar quando estava irritada ou apaixonada, e os dois era um saco, principalmente quando os dois motivos viravam um só, mas todos tem limites e o meu tinha sido ultrapassado na tarde em que tinha ido consolar ela. 


— Cherry?— Alex passou a mão em frente ao meu rosto o que me chamou a atenção, notei que estávamos parada no estacionamento e vi que a mesma esperava uma resposta de mim. 


Sabia muito bem que ela queria conversar sobre o capeta ao qual o nome não deve ser pronunciado, sabia que ela precisava disso, mas também sabia que ela já tinha contado pra metade das suas amigas o que tinha acontecido, então não era mais uma necessidade, era apenas uma vontade que nunca seria saciada, e ali eu tinha uma decisão a fazer ir com o Simmons e enfrenta a minha paranóia ou ir com a Alex e ficar completamente louca.


— Desculpa Alex fique de ir com o Simmons hoje — Falei rapidamente tomando a decisão que eu menos me arrependeria, pelo menos assim eu esperava. 


— Vai contar a sua mãe?— Ela parecia estar confusa, e realmente era pra se estar afinal eu ontem tinha a pedido pra não contar nada e blá blá blá. 


— Não vou contar a ela — Falei rapidamente e ela sorriu. 


— Então pode falar pro Simmons que vai comigo, fale pra ele que temos assuntos de meninas para conversar—Eu ri, engraçado como eu tinha pensado nessa mesma desculpa quando pensei em ir com a Alex— Que foi?— Ela me olhou confusa. 


— Nada não Alex — Parei de rir e comecei a pensar em uma boa desculpa para dar a Alex. Pense, droga Cherry pense . Respirei fundo e mandei a primeira merda que veio a minha mente — Desculpa Alex, mas e que eu e Simmons estávamos afim de namorar um pouquinho antes de eu ir visitar a minha mãe — Como eu disse falei a primeira merda que tinha vindo a mente, mas pela cara que a Alex tinha feito parecia que a desculpa tinha dado certo. 


— Hum danadinha — Ela sorriu maliciosa e volto a falar— Espero que se divirtam em— Ela riu e eu coroei assim que notei do que ela falava. 


Alex saiu andando assim que terminou de falar, nem me deixou falar que não iríamos fazer nada daquilo que ela estava imaginando. Caminhei ate o carro de Simmons e o encontrei encostado no mesmo conversando com alguns amigos— ou melhor tinha apenas um garoto e umas quatro garotas— , mas que se foda. Parei ao seu lado ainda com a minha mente ocupada demais temendo o que Alex estava pensando, e principalmente temendo o questionário que com certeza ela me faria assim que me visse, e nesse exato momento falar sobre o capeta que eu não queria lembra o nome era melhor do que falar sobre uma vida sexual que não existia entre mim e Simmons.


— O que houve?— Simmons perguntou fazendo todos ali olhar pra mim.


— Nada, por quê?— Mantive meus olhos nele.


— Você esta parecendo um pimentão. — Ele comentou e eu ouvir risadas virem do nosso lado me lembrando que ainda tinha pessoas ali, corei violentamente e sorri envergonhada. 


— Não aconteceu nada! — Sorri envergonhadamente, enquanto olhava pra o carro. 


— Ok — Ele falou e começou a mexer nos bolsos a procura de alguma coisa — Bem pessoal, temos que ir — Ele falou simpaticamente e eu finalmente levantei o olhar para ver as pessoas que estavam ali.


O garoto tinha um sorriso simpático nos lábios enquanto fazia um aperto de mão com o Simmons, as meninas sorriram tristonhas enquanto davam tchauzinhos e mandavam beijinhos.


VADIAS era a única palavra que podia descrevê-las. 


Simmons apertou o alarme do carro e destravou as portas, dei a volta no carro,abri a porta e seite-me fechando a porta logo em seguida. 


— Achei que iria inventar alguma desculpa para não deixar eu te leva r— Simmons comentou assim que colocou o sinto e ligou o carro. 


— E eu passei a manha inteira pensando — Admiti fazendo Simmons rir — Mas quando Alex me encontrou no corredor e me perguntou se eu queria ir com ela pra termos uma conversinha de garotas. Eu vi que você me dar uma carona era melhor do que ouvir ela fala o caminho todo sobre o capeta que eu não quero lembra o nome. 


— O Jonas?— Simmons sorriu cinicamente. 


Estreitei o meus olhos e o único pensamento que passou pela minha cabeça foi: “De um soco nele, bem no rosto”, mas eu não podia, afinal ele estava dirigindo. Contentei-me em apenas bufar de raiva, fazendo assim o infeliz rir. 


— Aposto que foi ela que te falou alguma coisa que te fez virar um pimentão — Ele comentou.


Desviei meus olhos pra janela me lembrando do que a Alex achava que eu e Simmons iriamos fazer hoje a tarde.


— Não ela não me disse nada. — Fixei meus olhos nas ruas tentando ao Maximo não deixar aquele pensamento dominar a minha mente. 


Ele riu o que me fez olhá-lo.


— Me fala o que ela disse? — Ele desviou seus olhos da estrada por alguns segundos pra me olhar e depois volto a olhar o caminho. 


— Ela não disse nada Simmons, que saco — Falei um pouco nervosa o que fez ele solta um pequeno riso. 


— Ok — Ele falou e parou no sinal vermelho — Mas pelo jeito foi algo feio em — Ele comentou me olhando com aquele maldito sorriso nos lábios que me tirava do serio. 


Dei um soco em seu ombro o fazendo rir mais ainda. Minha vontade era de o jogar para fora do carro, mas infelizmente o sinal tinha ficado verde antes mesmo de eu termina de fazer o meu plano. 


O caminho não foi calmo como eu esperava que fosse. Simmons parecia ter deixado o seu mal humor de lado e parecia estar bem animadinho, animado de mais pro meu gosto. Tinha passado o caminho inteiro me infernizando e a cada sinal vermelho que ele parava eu sentia mais vontade colocar o meu plano em ação, mais do que nunca eu queria o joga pra fora do carro. Assim que ele estacionou o carro em uma das vagas do estacionamento da clinica, abri a porta do carro apressadamente e batendo ela logo em seguida o ouvir resmungar e isso me fez sorrir. 


— Cuidado com o carro Marrony — Sem tom de voz era um tanto quanto irritado o que me fez sorrir mais ainda e fazendo assim a raiva que eu estava sentindo dele passar um pouco.


O olhei e vi que ele estava avaliando se aquela força todo que eu tinha usado em sua porta tinha feito algum estrago em seu bebê, revirei os olhos e soltei uma leve risadinha. Ele era tão patético. Simmons me olhou e eu sorri arrumando minha bolsa no ombro e mandando um beijinho pra ele. 


— Estou aqui fora te esperando — Parei no mesmo instante que essa frase passou pelo meu ouvido.


— Não precisa Simmons, eu vou demorar — Sorri educadamente enquanto o olhava. 


— Não tem problema, tenho alguns relatórios aqui na minha bolsa pra ler. Posso ficar trabalhando enquanto te espero.— Ele sorriu simpaticamente enquanto pegava alguns papeis, provavelmente relatórios pra me mostrar. 


— Realmente não precisa Simmons, vá pra casa, tome um banho e leia esse relatórios em um lugar mais confortável — Tentei ser amável, o máximo que eu podia. 


Mas na verdade eu estava um pouco desconfortável com a ideia de Simmons ali me esperando por horas enquanto eu conversava com a minha mãe.


— Vai logo Marrony, eu ficarei por aqui mesmo pra te dar uma carona pra ir embora. Não se preocupe eu vou ficar bem — Ele sorriu mais uma vez, mas aquilo não me deixa nem um pouco confortável. 


Ele se virou pegando um dos papeis que antes tinha me mostrado e se ajeitou no banco e começou a ler. Não sei porquê, mas eu estava com um péssimo pressentimento sobre aquilo. Olhei Simmons por mais alguns minutos e por fim decidi ir visitar minha mãe, se ele quisera ficar por ali pra me esperar era problema dele, ele que ficaria esperando e eu só ganharia com isso afinal não precisaria gastar meu dinheiro com taxi e nem nada disso. Andei animadamente ate a clinica passando pela moça no balcão e assinando a lista de visitantes e logo em seguida segui para o quarto da minha mãe. Quando entrei no quarto encontrei ela assistindo ao um programa de culinária, deixei minha bolsa em uma cadeira que tinha ali e sentei ao lado dela na cama. 


— Por que esta assistindo ao um programa de culinária? — Perguntei minutos depois de ter sentando. 


— Estava demorando pra fazer essa pergunta — Ela falou sorridente enquanto ainda mantinha os olhos na televisão. Eu ri. 


— E que é um pouco estranho ver você assistindo ao um programa de culinária — Tentei me defender, o que fez a mesma rir. — Qual é mãe, nem cozinhar a senhora sabe — Falei rapidamente fazendo ela me olhar.


— Não sei, mas quero aprender — Ela comentou sorridente enquanto virava o rosto pra me olhar. 


— Dês de quando?— Perguntei erguendo a sobrancelha. 


Minha mãe querendo aprender a cozinha, isso sim e que era novidade. 


— Dês de ontem quando seu pai disse que a Rosalita foi embora — Minha mãe falou desligando a televisão e me olhando. Eu não pude evitar que a risada saísse o que fez a mesma me acompanha. 


— Esta querendo aprender a cozinha só porque nossa empregada foi embora?— Perguntei retoricamente.


— Preciso aprender a cozinha porque fiquei sabendo que dês que a Rosalita foi embora, vocês só comem comida de restaurante e besteiras. Preciso aprender a cozinha pra cuidar melhor da saúde da minha família — Minha mãe tinha um sorriso divertido nos lábios o que me fez rir. 


— Mãe vai por mim vamos ficar mais saudáveis comendo a comida de um restaurante do que comendo a sua comida — Falei brincalhona e ela me olhou espantada. 


— Ei, esta dizendo que eu não sirvo pra cozinhar?— Ela ergueu as sobrancelhas com um falso ar de indignação.


— Estou dizendo isso mesmo mãe. Lembra do que aconteceu da ultima vez que você tentou cozinhar ? Você quase queimo a nossa cozinha. Isso por que estava tentando fazer apenas ovos — Falei enquanto começava a rir ao me lembrar da cena, minha mãe me acompanhou novamente na risada. 


O clima de descontração ficou assim por um bom tempo, minha mãe sempre teve um bom senso de humor.


Uma hora e meia depois nos encontrávamos conversando sobre a minha vida e a cada segundo as respostas ficavam mais difíceis, afinal ela queria saber de tudo, como andava a faculdade, bem essa fora a primeira pergunta e fora muito fácil de responder. Mas começou a complicar quando ela me perguntou como estava indo o meu trabalho, bem tenho que falar que na hora eu gelei, afinal como poderia explicar que fora demitida quando o motivo era o meu suposto namoro com o Simmons ao qual ela não tinha conhecimento algum. Por fim depois de tanto pensar troquei de assunto imediatamente, mas não tão radical falei sobre Emily filha do meu ex-chefe — pra minha mãe ainda chefe — falei do seu envolvimento com Tylor e toda a historia — quase toda, afinal não toquei no nome de Jensen em nem um momento . Isso parecia ter sido o suficiente pra manter a cabeça da minha mãe longe das perguntas da minha vida. Ficamos mais um bom tempo conversando sobre Tylor e Emily, ate que de repente minha mãe resolveu mudar de assunto. 


— Mas me fala tem visto o Jensen?— Minha mãe perguntou me fazendo engasgar com um pouco de água que eu tinha acabado de colocar na boca — Você esta bem Cherry? — Ela passou a mão em minhas costas. 


— Estou sim — Sorri um pouco envergonhada. Coloquei o copo sobre o criado mudo e limpei o pouco de água que tinha derramado em cima da cama. 


— Então Cherry, tem visto o Jensen?— Minha mãe volto a pergunta e eu senti minha garganta seca.


Naquele momento eu queria muito volta ao assunto do meu trabalho, mesmo sem saber o que falar eu me sentiria mais confortável do que estava me sentindo neste exato momento. 


— Tenho visto sim mãe — Falei rapidamente e secamente. 


Eu não queria falar sobre ele! Não queria ter que entrar nesse assunto porquê sabia que de qualquer forma quando eu entrasse nesse assunto teria que mentir pra minha mãe e eu não queria isso, afinal ela era a única pessoa fora de tudo isso. 


— Pelo jeito vocês ainda não estão se dando bem — Ela comentando enquanto sorria. 


Aquilo de eu e Simmons não nos darmos bem sempre a divertia, principalmente quando ela tinha uma super certeza de que um dia ficaríamos juntos.


— Sou eu e Simmons, o que você esperava?— Perguntei retoricamente.


Porém me arrependi assim que vi o sorriso dela abrir, eu sabia o que significava aquele sorriso, revirei os olhos e a vi rir. 


— Estavam falando de mim?— Ouvi uma voz que eu conhecia muito bem. E naquele momento eu quase tive um enfarte. 


Virei-me rapidamente e me deparei com Simmons parado na porta com o seu melhor sorriso, meu coração estava a mil e em minha mente só conseguia pensar em fazer planos pra matar aquele filha da puta. 


— Jensen — Minha mãe se levantou da cama animadamente e segui ate ele o abraçando.


Vi ele passar seus braços pela cintura de minha mãe e seu olhar para em mim. O encarei com o meu pior olhar, eu queria o matar e isso estava bem explicito em meu olhar e no meu rosto por que vi o mesmo sorrir. Deitei na cama antes que eu voasse em seu pescoço.


— Como vocês esta bonito — E aquele comentário infeliz tinha que ter saído da boca da minha mãe, bufei da cama e pude ouvir a risadinha idiota de Simmons. 


— Obrigada, você também esta linda — Ele comentou todo galante e aquilo só me dava mais raiva e vontade de o matar. 


— Bondade sua! Eu estou horrível assim, estou de pijama, sem maquiagem e com o cabelo desarrumado — Minha mãe deveria estar sorrindo pois sua voz estava um pouco mais suave. 


— Esta linda mesmo assim tão comum, tão ao natural. Cherry deveria aprender mais com a sua mãe a como ficar tão linda mesmo assim ao natural — Simmons falou debochado. 


Segurei-me nos lenções pra não me levantar e matar aquele desgraçado ali mesmo na frente da minha mãe. 


— Vai se fuder Simmons — Resmunguei alto pra que ele me ouvisse. 


— Cherry Marrony — Minha mãe usou o seu tom repreendedor — Tenha modos menina — Ela parecia estar um pouco irritada, mas não me levantei pra ver seu rosto. 


Continuei ali deitada me concentrando nos meus super planos para matar Simmons. Uma hora ou outra eu era colocada na conversa mais sempre dava um jeito de sair dela antes que minha mãe se irritasse com a minha falta de modos. E eu não estava acreditando que aquilo realmente estava acontecendo, não acreditava que Simmons realmente tinha feito aquilo. Aquele maldito.


Resumindo aquele tinha sido a pior tarde te toda a minha vida.



Capítulo 16



Não importava se já tinha se passado um dia dês daquela maldita terça feira, minha vontade de matar o Simmons ainda era a mesma e parecia que não iria passar tão cedo.


Estava em minha cama com o travesseiro sobre a cabeça tentando abafar a todo custo o barulho do celular que parecia não querer para de toca, por fim já irritada peguei o celular em minha mão pra ver quem era o maldito que não entendia que eu não estava afim de falar com ninguém. O nome no visor só me fez ficar com mais raiva ainda. Meu primeiro pensamento foi de tacar o celular longe, mas não ia quebrar o meu lindo celular por causa do infeliz do Simmons, meu segundo e meu favorito foi atender e o mandar para o inferno, mas esse também não pode ser realizado por que quando eu ia atender ele desligou.


Que droga .


Não falava com Simmons dês da ultima briga que tivemos. Aquele idiota sabia que eu estava irritada, que estava tramando matá-lo dês do momento em que ele entrou naquele maldito quarto. Mas a verdade e que eu estava com mais raiva de mim por ter achando que ele realmente passaria a tarde toda dentro de seu carro lendo relatórios, ate parece que eu não conhecia o Simmons. Era claro que ele estava aprontando e eu foi estúpida o suficiente para achar que ele seria uma pessoa legal pelo menos uma vez na vida. 


Pobre idiota eu fui. 


Passei a tarde inteira mentindo pra minha mãe, tudo o que eu menos queria e tudo por culpa da minha burrice. E era isso que Simmons não tinha entendido muito bem, ele não tinha entendido que eu não queria mentir pra minha mãe, mas e foi o comentário dele que despertou a fera dentro de mim.



— Vamos lá Marrony, tire essa cara de emburrada — Ele falou sorridente e eu apenas o ignorei continuei a andar ainda mantendo meus pensamentos longe do fato de que agora eu poderia finalmente o matar — Não sei por que esta com essa cara, não aconteceu nada de mais — E foi esse infeliz comentário que me fez parar no meio do estacionamento para olhá-lo. 


— Não aconteceu nada de mais — Repeti seu comentário em um tom um tanto quando irônico — Não aconteceu nada de mais — repedi mais uma vez um pouco mais alto fazendo ele me olhar com uma das sobrancelhas levantadas, seu rosto mostrava o quando ele não estava entendendo nada — Você é um idiota Simmons — Falei respirando fundo tentando recupera o pouco de sanidade que ainda me restava. Voltei à caminha calmamente. 


— Ei Marrony, eu não fiz nada de mais — Ele me segurou pelo braço me fazendo para e fica de frente pra ele. 


— Você acabou de me fazer mentir pra minha mãe Simmons. Você me fez ter uma tarde inteira cheia de mentiras e fingimentos — Eu cuspi as palavras pra ele enquanto soltava o meu braço — Você não entende? Tudo relacionado a você agora e uma mentira — Eu gritei o fazendo ficar parado me olhando — Se eu chegasse nela e falasse que estávamos namorando seria uma mentira, porque isso é uma mentira e se chegasse nela e fingíssemos que ainda estávamos do mesmo jeito que estávamos antes, o que fizemos essa tarde também é uma mentira Simmons — Eu já não gritava mais, não tinha forças pra isso. Meu tom de voz era baixo, mais audível — Porque não estamos do mesmo jeito, essa mentira que inventamos faz com que tudo vire mentira e eu só queria manter minha mãe de fora dessas mentiras que eu falo pra todos, só queria que com ela fosse uma coisa como se nada estivesse acontecendo, que fosse sem mentira alguma. Eu só queria isso. Só queria uma relação sem mentiras com a minha mãe Simmons — Minha voz abaixou mais um pouco, em minha garganta tinha um nó que faziam as palavras saírem um pouco engasgadas, mas mesmo morrendo de vontade de chorar,por mais que fosse apenas de raiva, eu não iria fazer isso, não na frente daquele maldito. — Eu não vejo a minha mãe a 3 meses Simmons, eu só queria que nosso relacionamento agora fosse como antes, sem mentiras — Engoli com dificuldade e pigarreei tentando fazer aquele incomodo na garganta ir embora. 


Simmons ficou parado apenas me olhando, eu não esperei que ele tivesse alguma reação, comecei a andar novamente só que dessa vez pra fora do estacionamento. Pegar um taxi seria bem melhor do que ir pra casa com Simmons, juro que se passasse mais cinco minutos com ele, eu com certeza o mataria.


Segurei o celular por mais alguns minutos esperando que ele me ligasse novamente, mas ele não ligou. Que inferno . Joguei o celular na cama e me levantei da mesma seguindo para o banheiro, talvez um banho me acamasse, mas eu duvidava muito disso, afinal já tinha tomado muitos banhos dês de que tudo isso tinha acontecido e mesmo assim a minha raiva continuava a mesma. 


Peguei tudo o que era necessário e segui para um banho relaxante de banheira. Era tudo o que precisava! Um banho relaxante na minha banheira com sais de banho e com bastante espuma. Sim eu parecia uma criança quando se tratava de banho de banheira, só faltava o patinho de borracha, mas tinha o jogado fora á anos atrás quando decidi que ele era infantil de mais pra minha idade — eu tinha 16 anos na época. 


Entrei naquela água morna da banheira que estava relaxando os meus músculos só pelo contanto com ela, encostei minha cabeça em uma das extremidade da banheira e fechei os olhos relaxando. 


Não sei por quanto tempo fiquei ali — Talvez tivesse cochilado e nem tinha notado — mas quando percebi meus dedos estavam todos engiados, decidi por fim sair do banho e foi ai que notei que meu celular estava tocando lá no quarto. Todo o meu tratamento de relaxamento foi embora assim que imaginei que era Simmons me ligando, toda a minha raiva tinha voltado em uma escala menor, mas tinha voltado. Peguei meu roupão e passei meus braços pelas mangas o vestido,caminhei ate o quarto calmamente e sorri ao pensar em fazer aquilo que eu queria fazer antes de ir tomar um banho, peguei o celular apressadamente antes que ele desligasse novamente e atendi.


— Vai pro inferno infeliz — Gritei rapidamente, não dando tempo para que o mesmo falasse nada.Desliguei o celular logo em seguida sabendo que assim ele ficaria mais puto da vida, o que de certo modo já me deixava mais calma.


Assim que a chamada foi encerrada notei que tinha vários avisos de varias ligações perdidas, fui ver já imaginando que fora todas as ligações de Simmons, afinal ele parecia querer realmente falar comigo, mas me surpreendi ao nota que algumas ligações tinha sido da minha prima Rachel e naquele momento um terror me bateu. Mexi rapidamente no celular a procura de saber de quem fora a minha ultima ligação, rezei mentalmente pra que eu tivesse mandando a pessoa certa ir para o inferno, mas para o meu azar quem eu acabar de mandar ir por inferno era a minha prima. 


— Merda — Dei um grito. Essas coisas só aconteciam comigo, só pode. 


Rapidamente retornei a ligação, para poder pedir desculpas a ela, afinal eu tinha cometido um erro terrível. Por que diabos eu realmente achei que teria sorte em conseguir manda a pessoa certa ir por inferno, eu tinha um histórico grande que me mostrava que eu nunca acertava nessas coisas. 


Um toque, dois toque e eu já estava entrando em desespero. Mas que merda Rachel atende a porra do telefone. Mais um toque e eu já estava pronta pra ouvir a secretaria eletrônica quando ela finalmente atendeu. 


— Desistiu de me manda pro inferno é? — Ela perguntou sarcasticamente o que me fez sorrir envergonhada, senti minhas bochechas coroarem.


— Desculpa Rachel, achei que fosse outra pessoa — Falei rapidamente antes que ela se irritasse e desligasse na minha cara. 


Não sei como isso ainda não tinha acontecido, do jeito que ela era estressadinha. 


— Não olha mais quem é antes de atender não? E bom pra você não se enganar sabia — E mais uma vez ela usou seu tom sarcástico o que me fez rir. 


— Sinto muito, eu estava com a cabeça na lua que ate me esqueci disso — Falei envergonhada enquanto me sentava na cama — Vai me desculpa né? — Minha voz era um tanto quanto manhosa o que a fez rir. 


— Te desculpo só se você me disser que esta em um hotel preparando as suas coisas pra vim a minha festa — Ela falou docemente com aquele sotaque britânico encantador.


Droga! A festa de aniversario da Rachel, mas que merda como eu poderia ter me esquecido.


Eu deveria agora esta em um hotel em Londres arrumando minha roupa pra uma das melhores festas do mundo. Ninguém conseguia dar um festa tão bem quanto a Rachel. Porra, uma festa era tudo o que eu precisava nesse momento, e iria acontecer uma e eu não poderia ir por que eu tinha me esquecido, cara como eu me odiava. Respirei fundo tentando me acalmar e pensando em como falar isso para ela agora. 


— Você se esqueceu né?— Era uma pergunta um tanto quanto retórica. 


— Desculpa Rachel, eu realmente me esqueci — Falei calmamente enquanto me xingava mentalmente. 


— Como pode se esquecer?— Ela perguntou com um tom suave parecia estar de muito bom humor hoje.


Mal sabia ela que eu estava me fazendo essa pergunta agora mesmo. 


— Minha vida esta uma loucura Rachel — Deitei-me na cama desanimada. 


— Então vamos fazer assim daqui uns cinco minutos eu estou chegando em casa e ai conversamos online. Ai você já aproveita e se redimi comigo me ajuda a escolher alguma roupa legal pra eu poder usar — Ela solto uma leve risada me fazendo rir.


— Ainda não escolheu uma roupa? — Eu ri— Mas ok eu te ajudo sim — Falei sorrindo, ainda deitada na cama. 


— Te mando uma mensagem assim que eu chegar em casa — Ela me informou — Ate daqui a pouco — E então ela desligou. 


Joguei o celular em cima da cama e me levantei tirando o roupão e terminando de me secar. Fui ate o meu closet, peguei um short jeans e uma camisetinha folgada vermelha, com o calor que estava nada poderia ser mais confortável do que aquilo.


Após termina de me trocar e de prender o meu cabelo em um rabo de cavalo, fui ate a mesinha de estudos no canto do meu quarto e liguei meu notebook ,dei uma ultima olhada no meu celular e não tinha nada. Então resolvi descer pra pegar alguma coisa pra beber, afinal aquele calor dava muita cede.


Na cozinha abri a geladeira me deliciando com o ventinho gelado que saia da mesma, peguei a jarra de suco e fui ate o armário pegando um copo, coloquei um pouco de suco no copo e devolvi a jarra de suco a geladeira. Fui ate a fruteira e por um milagre tinha um maça ali, não estava com muita fome então aquilo serviria muito bem para acabar com o pouco de fome que eu estava. Subi novamente para o quarto comendo a minha maça e com um copo de suco na mão.


Quando cheguei coloquei o meu suco ao lado do notebook e segui pra cama pra ver se eu já tinha recebido alguma mensagem, nada ainda, tinha apenas uma ligação perdida do Simmons, mas a ignorei. Peguei meu celular e fui ate a mesinha onde estava o notebook, me sentei na cadeira e aproveitei que Rachel ainda não tinha mandando nada para dar uma checada no meu e-mail. 


E os primeiros e-mails eram apenas anúncios e como isso era chato. Estava quase desistindo de ficar vendo meus e-mails quando um me chamou atenção.


De: Gregorio Luffater

Assunto: Contrato com a Channel (Urgente)


Senhorita Marrony, estou te enviando a copia do contrato de publicidade de exclusividade com a marca de perfumes da Channel. Estou mandando por aqui uma copia para analise do senhor Collins para que no dia do fechamento só sejam discutido alguns pequenos assuntos . Então peço por favor que imprima e de ao Senhor Collins o mais rápido possível para que ele possa ler e analisar o contrato. Estaremos ai para o fechamento desse contrato no dia 4 de junho as 9horas da manha.


Agradeço pela atenção Gregorio Luffater.


Mas que ótimo, eu tinha sido demitida e mesmo assim continuava recebendo e-mails que deveriam ser enviados para o Olavo. Que ótimo . Ironizei. Sabia que se eu o mandasse por e-mail ele não receberia, a essa altura meu e-mail estaria bloqueado na sua conta. Respirei fundo pensando em o que eu mais eu poderia fazer, e-mail pra ele não ia rolar, pra Eliza também não por que provavelmente ela não iria checar a tempo, Pablo também deveria ter bloqueado meu e-mail em sua conta — outro idiota —, Emily provavelmente não veria antes do ano que vem pelo que eu fiquei sabendo ela andava bem ocupada com os ensaios e com o namoro com Tylor. Pra falar a verdade eu não tinha visto nenhum dos dois depois daquele domingo e todas as noticias que eu tive sobre eles dois foi através do Simmons ou das mensagens que Emily me respondia. 


Que droga! Eu tinha pensando em tudo e não conseguiria achar nem uma alternativa a não ser eu mesma ir levar ate ele. Espera, talvez se eu pedisse para Alex ir levar para o mesmo, ela poderia me fazer esse favor, não a custaria nada e amanha ela iria trabalhar mesmo. Então era isso eu imprimiria o contrato e mandaria Alex o entregar amanha, isso era bem melhor do que ir ate lá. 


Baixei o documento e coloquei o mesmo pra imprimir, peguei uma basta que tinha em uma das gavetas daquela mesa e coloquei todas as folhas lá dentro, coloquei em cima da mesa e mandei uma mensagem para Alex. 


Para: Panaquinha

“ Preciso de um favor seu! Preciso que passe aqui em casa pra pegar uma papelada que tem que ser entregue para o Olavo amanha mesmo. Então passe aqui amanha de manha antes de ir para a faculdade ” 


Enviei a mensagem e só ai notei que tinha recebido uma mensagem, era da Rachel ela finalmente tinha chegado em casa. Olhei no relógio e dês da hora que ela tinha me ligado já tinha se passado mais de vinte minutos, isso por que ela só iria demorar cinco.


***


—Que tal esse?— Rachel me perguntou me mostrando mais um vestido preto. 


— Já te disse que sem preto Rachel, você usa preto todos os dias. Vamos muda um pouquinho na sua festa — Sorri amavelmente enquanto me ajeitava na minha cama. 


— Assim fica difícil, afinal metade das minhas roupas são pretas — Rachel bufou do outro lado se jogando na cama. 


— Vamos lá seu guarda-roupa não só tem coisas pretas, deve ter algo de outra cor— Falei a olhando seriamente. 


Não era realmente possível que alguém tivesse o guarda-roupa com roupas de uma cor só. 


— As coisas mais bonitas são pretas — Ela comentou voltando a aparecer em frente a webcam — Mas vou procurar algo aqui — Ela comentou pegando o notebook e levando pra dentro de seu closet — Mas voltando ao assunto de você e Simmons, pelo que eu entendi você não queria mentir pra ninguém e se não queria mentir pra ninguém então por que aceito?— Ela colocou o note em cima de uma caixa e foi vasculhar as suas gavetas. 


— Eu não sei, não tinha pensando nessa parte. Achei que ia poder contar as minhas amigas e essas pessoas. Achei que só íamos mentir pra Rebeca e não pra todo mundo — Desabafei. Eu realmente não tinha pensando nessa parte de mentir pra todos. 


Estava a quase duas horas conversando com Rachel, tinha contado a ela tudo o que tinha acontecido dês do momento em que eu tinha aceitado a proposta de Simmons. Tinha lhe contado tudo, sobre as farsas, as mentiras e ate a demissão, que fora Alex, Simmons e Emily ninguém mais sabia, todos estavam achando que eu estava de férias ou algo do gênero. Sabia que se Simmons descobrisse isso ele não ia gosta nenhum pouco, mas ele nunca iria descobrir afinal Rachel morava em Londres eles nunca iriam se vê e também eu precisava desabafar com alguém se não ia explodir se não fosse agora mais pra frente eu com certeza explodiria. E se eu não podia contar para ninguém daqui então que fosse ela a única a saber.


— A qual é Cherry, achou realmente que não teria que mentir pra todos?— Ela sentou no chão para poder me ver melhor.


Assim eu consegui vê-la. Ela me olhava com aquela cara, aquela cara de que se eu mentisse ela iria saber. Balancei a cabeça negativamente, eu sabia que teria que mentir pras pessoas. 


— Ok, admito eu dramatizei um pouco quando pensei e te falei que não queria mentir pras minhas melhores amigas ou pro meu pai — Admiti o que a fez abrir um meio sorrio. 


— Um pouco? Você fez um puta drama — Ela falou sorridente e eu revirei os olhos — Ate parece que nunca mentiu pra nenhum deles — Ela riu e eu estreitei os olhos. 


—Esta falando que eu sou uma mentirosa? E que fico mentindo para as pessoas que amo?— Ela não estava insinuando isso, eu estava ficando louca .


— Não estou falando isso — Eu sorri — Mas que essa não e a primeira vez que você mente pra eles, disso eu tenho certeza. — Ela falou sorridente e meu sorriso desapareceu — Pode tirar essas cara, você sabe que é verdade. Se você quiser posso te falar algumas mentiras que já contou pra eles — Ela começou a rir e eu bufei.


Que merda, por que eu sempre tinha que contar as coisas pra ela? Sempre achava melhor ela saber afinal ela sempre estava longe e nunca me traria problema, mas ela sempre me contrariava porque ela sabia demais. 


— Ok sei que exagerei em relação a mentir pros amigos, mas não exagerei em relação a minha mãe! Sabe que eu nunca menti pra ela. Parece mentira, mas você sabe que é verdade — Me ajeitei mais uma vez na cama, me encostei nos travesseiros e voltei a falar— Sabe que eu nunca precisei menti pra ela. Sei lá minha mãe, não é uma mãe normal, ou talvez eu não seja uma filha normal, afinal eu não minto pra ela — Eu falei rapidamente e ela riu me fazendo acompanhá-la.


Ai Deus eu estava ficando louca.


— Acredito que nunca tenha mentindo pra tia. Ela também é uma pessoa que não importa o que você fale, ela sempre vai te ouvir e te dar um bronca se for necessário, mas parece que ela nunca julga e se ela julga ela faz isso pra dentro e não deixa transparecer. É algo fantástico! — Rachel sorriu maravilhada.


Eu entendia perfeitamente o que ela estava falando, realmente esse lado da minha mãe era fantástico. Tudo bem que algumas coisas que eu a contei eu levei vários sermões, mas era como se ela ouvisse, se irritava , te aconselha-se mais nunca, nunca julgasse. 


— Me lembro de uma vez ter contando a ela, que eu tinha participado de uma suruba e cara eu nunca vi ela tão vermelha, mas mesmo assim ela não me julgo e não contou a minha mãe— Rachel falou animadamente e eu ri.


Não acredito que ela tinha contado a minha mãe que tinha participado de uma suruba. 


Imaginei nesse momento a cara de minha mãe ao ouvir isso de Rachel, não aguentei e comecei a rir mais ainda, Rachel me acompanhou na garganhada. Minha mãe deve ter ficado com aquela cara de quem ainda esta processando alguma informação, aquela famosa cara de paisagem, e suas bochechas devem ter ficado super vermelha. Coloquei o notebook em cima da cama e corri para o banheiro. Aquilo foi demais para a minha bexiga. 


Voltei para a cama assim que usei o banheiro e novamente peguei no notebook colocando o mesmo de volta no meu colo. 


— Aonde você foi?— Rachel me olhou curiosa enquanto secava as lagrimas que rolavam pelo seu rosto.


— Ao banheiro — Sorri e ela solto uma leve risada.


— Acho que se eu não tivesse indo há meia hora iria precisar agora também — Ela sorriu divertida.


— OH! Droga — Ela gritou se levantando e batendo a cabeça em algum lugar que eu não consegui ver, mas pude ouvir — Caralho — E lá se veio mais um grito, eu comecei a rir descontroladamente — Pare de rir Cherry e me ajude — Ela gritou mais uma vez enquanto abri alguma gaveta e começava a tirar tudo de lá de dentro. 


— Te ajuda como? Eu não consigo ver suas roupas daqui — Falei sem poder fazer nada a vendo se mexer desesperada. Segurei o riso para não a irritar, mas cara como eu estava com vontade de rir.


— Pode pelo menos me falar o que eu devo procurar, um vestido, uma calça, uma calcinha, qualquer coisa ajuda — Ela falou se abaixando mais uma vez pra poder me ver e me fazer vê-la, mais uma vez segurei o riso — Se você rir eu juro que vou te matar — Seu olhar mortal me fez me arrepiar, ela era doida era melhor nem duvidar. 


Respirei fundo pra não cair em tentação e começar a rir e ver ela se irritar mais, afinal do jeito que ela era doida era capaz de ela conseguir me mata com o poder do pensamento dela. Vai por mim ela sempre me deu medo, eu a chamava de bruxa maldita quando era pequena por que de algum jeito ela consegui acender uma vela com o poder do pensamento, tudo bem que aquilo tudo foi um truque que eu nunca aprendi fazer, mas mesmo assim eu não duvidava dela. Parei pra pensar em um tipo de roupa que ela pudesse usar para essa tal festa. Algo que eu sabia que ela tinha em seu closet. 


— Rachel, se lembra daquela saia roxa que eu te dei?— Perguntei a ela tento uma ideia brilhante, ela se limitou a assenti sorridente e se levantou para pegar a saia — procure também uma blusa branca ou de uma cor um pouquinho mais clara — dei as instruções a ela e logo em seguida ela me apareceu com uma blusa branca mais que eu sabia que ficaria mais colada ao seu corpo e com a saia que eu tinha pedido.


Ela iria ficar fantástica, a blusa branca iria ficar bem colada e por sua saia de cintura alta iria ficar linda, um jeito mais simples não tão extravagante e um pouco diferente de como as pessoas estavam acostumadas a ver ela usando.


— Que tal continuar procurando a roupa que você vai usar — Falei sorridente ela me olhou espantada.


— E pra completa o look uma meia calça preta — Ela falou animadamente enquanto se virava pra procurar uma. 


— Não. Nada de meia calça preta, pediu a minha ajuda pra ficar diferente do seu normal e a meia calça preta e sua marca registrada então esqueça ela hoje e mostre as suas belíssimas pernas — Falei rapidamente fazendo a mesma me olhar— E pra finalizar use um salto alto preto, acho que ele vai te deixar mais confortável — Falei por fim sorridente, tinha finalmente arrumado um look super diferente pra ela. 


— E de maquiagem senhorita?— Ela perguntou debochadamente e eu sorri divertida. 


— Só recomendo que use um delineado médio, pra realçar esses lindos olhos que você tem — E era impressionante como eu só conhecia pessoas que tinham olhos assim, lindos. 


Injusto mundo, muito injusto, por que só eu não poderia ter olhos azuis?


— A obrigada sei que tenho olhos maravilhosos — Ela se gabou e eu revirei os olhos. Como ela poderia ser tão trouxa? — Obrigada Cherry — Ela sorriu verdadeiramente agradecida — Sabe o que pode fazer quanto ao seu problema em mentir pra sua mãe?— Ela me perguntou e eu neguei com a cabeça e me arrumei para ouvir o que ela tinha a dizer. Qualquer conselho agora seria muito bem vindo.— Deveria pedir ao Jensen que te deixe falar a verdade pra ela, acho que depois de terça, ele vai deixar — E mais uma vez ela abriu seu lindo sorriso e eu a acompanhei. Era um ótima ideia. 


— Obrigada Rach, eu adorei a ideia — Sorri verdadeiramente agradecida. 


Como eu não tinha pensando nisso ainda? 


— De nada Cherry, agora deixa eu ir me arrumar, por que eu tenho uma festa pra ir — Ela falou debochadamente e eu revirei os olhos. 


— Boa festa bruxinha macabra — Ri ao ver a cara que ela fez ao ouvir seu apelido mais antigo. 


— Vai a merda sua mentirosa — Ela riu e me mandou um beijo se despedindo.


Desliguei o notebook e o coloquei na cama. Como eu não tinha pensando nisso antes? Era claro que se eu soubesse como falar com Simmons, ele acabaria deixando eu contar a verdade a minha mãe, ainda mais agora depois do acontecimento de terça. Peguei meu celular e me surpreendi ao ver tantas ligações perdidas, para ser mais exata tinha 53 ligações perdidas. 


Que isso houve um incêndio em algum lugar para estarem me ligando tanto assim? 


Comecei a ver os números tinha 13 ligações perdidas do Simmons, o que já era normal o mesmo estava tentando falar comigo dês de ontem, deveria estar arrependido e era bom que estivesse mesmo. Tinha 25 ligações da Alex e eu fiquei preocupada, iria a retornar assim que eu visse de quem era o resto das ligações, tinha 9 ligações do Tylor e 6 ligações da Emily, bem essas ultimas ligações me preocuparam. Será que tinha acontecido alguma coisa com meu casal preferido? Não pensei duas vezes e resolvi retornar, liguei para a Emily para descobrir o que tinha acontecido. 


Chamou uma vez, chamou outra, e mais outra, e mais outra e nada dela me atender, chamou mais uma vez , e outra e então.


— Desculpe estou ocupada e não posso atender, mas deixe o seu recado e te retorno assim que eu puder, ou talvez não — E no final teve uma pequena risadinha, bem típico da Emily. 


Mas que ótimo tinha caído na secretaria eletrônica. Tentei dessa vez ligar para o Tylor, afinal se ela não me atendia, talvez ele pode-se me falar o que estava acontecendo. Tocou uma vez, e mais uma, e de novo e eu já estava achando que iria ouvir mais uma mensagem da caixa de mensagens quando ele finalmente atendeu. 


— Cherry?— Seu tom de voz era um pouco preocupado o que me deixou um pouco tensa. 


— Sim Ty, esta tudo bem?— Perguntei esperando que a resposta fosse sim e que nada de ruim tivesse acontecido. 


Chega de coisa ruim acontecendo na minha vida.


— Eu é que perguntou, afinal eu estou tentando te liga há horas. O que aconteceu?— Ele falou rápido e eu sorri. 


— Desculpa não ter atendido antes, eu estava conversando com uma prima minha e não ouvi o celular tocar — Na verdade tinha ouvido as duas primeiras vezes, que fora as ligações do Simmons e depois disso tinha colocado o celular no silencioso — Mas por que queria tanto falar comigo?— Eu já não estava tão tensa, por que se fosse alguma coisa ruim com certeza ele já teria falado.


— Na verdade só te ligue pra te chamar pra sair comigo e com a Emily amanha a noite, estávamos pensando em ir em uma balada ou algo assim, falei pro Simmons te chamar, mas ele falou que era melhor eu liga te chamando, não entendi nada — Ele falou rapidamente. Nossa como o Ty as vezes falava rápido — Aconteceu alguma coisa entre você e o Simmons? Vocês brigaram?— E essa ultima parte ele tinha falado mais divagar e pelo seu tom não era apenas curiosidade que o movia a pergunta isso, ele parecia esta preocupado também. 


— Não Tylor, relaxa que estamos bem — Não estávamos mais íamos “ficar”, quero dizer eu e o Simmons nunca estávamos bem mais tudo bem. 


— Tem certeza?— Ty parecia meio desconfiado de algo. 


Será que Simmons tinha feito algum tipo de drama? Espero que não, se não iria mata ele. 


— Tenho sim, relaxa — Falei calmamente e sorridente. 


Tinha que guarda meus pensamentos de mata o Simmons para outro momento, não poderia pensar nisso enquanto estivesse tentando convencer o irmão mais novo dele de que estávamos bem. 


— Tudo bem então, mas vai com a gente amanha? — Sua voz tinha saído, mais calma e parecia mais feliz também, acho que ele tinha acreditado. 


— A claro — comentei sorridente, era bom ter um pouquinho de diversão. 


Já que tinha perdido a melhor festa do mundo mesmo. 


— Ok, então ate amanha — Ele se despediu, parecendo bem animado.


— Ate amanha Tylor — Sorri mesmo sabendo que ele não poderia ver e encerrei a chamada. 


Assim que eu ia jogar o celular sobre a cama, recebi duas mensagem. 


De: Panaquinha

“ Precisamos conversar”


Li a primeira mensagem e me lembrei que Alex tinha me ligado varias vezes e ao ler essa mensagem minha preocupação começou a aumentar, será que tinha acontecido alguma coisa? Antes de me desesperar totalmente resolvi ler a próxima mensagem. 


De: Panaquinha

“ Você não me atendi, mas quando lê essa mensagem me liga. Você não vai acreditar no que o idiota do Jonas fez de novo... preciso muito falar com você” 


Respirei fundo e rolei os olhos, por que eu ainda me preocupo quando recebo ligações demais da Alex? Ultimamente a única coisa que faz ela me ligar e o fato de o idiota do Jonas ter feito algo, mas que merda aquela historia já deu o que tinha que dar. Com celular ainda na mão resolvi mandar uma mensagem pra ela.


Para: Panaquinha

“ Esquece o que o Jonas fez. Foda-se ele e as conquistas dele :S Amanha vamos para uma balada e vamos nos divertir. Então pelo amor de Deus esquece esse infeliz ”


Mandei a mensagem pra ela e joguei o meu celular sobre a cama , sabia que ela ia me responder e ia me manda varias mensagens mais eu não iria responder nenhuma e então era melhor deixar o celular lá jogando sobre a cama no modo silencioso. Agora eu precisava pensar e não estava afim de falar o que a Alex não iria querer ouvir. 


Deitei na cama e fiquei olhando para o teto e pensando no que eu poderia falar para o Simmons, como poderia o convencer de aceita que eu contasse toda a verdade pra minha mãe. Sabia que ele era um cabeça dura e tinha esperança de que a nossa ultima discussão me ajudasse nesse momento, mas eu já tinha tido esperança naquele mesmo dia de que ele fosse ficar no carro dele quietinho e tinha quebrado a cara então preferia não arrisca. Precisaria aprender a ficar calma pra não me irritar e começar a gritar com ele, assim como tinha que ter ótimos argumentos para o convencer, e o mais essencial de tudo e que eu tinha que fazer isso logo, por algum motivo, acho que minha consciência pesada ou por que sou muito dramática mesmo, eu não tinha ido visitar minha mãe dês de terça, o que poderia se considerar uma coisa bem estranha por que antes de tudo isso acontecer eu pretendia ir visitá-la todos os dias ate ela receber alta. Mas como já dito por mim e esfregado na minha cara pela Rachel eu era uma pessoa bem dramática as vezes, o que na maioria das vezes me tirava do serio, mas e que as vezes eu fazia coisas e nem notava, e só depois eu via a besteira. 


Fiquei ali não sei por quanto tempo, mas fui tirada dos meus pensamentos assim que alguém bateu em minha porta. Sentei-me rapidamente e encarei a porta esperando a pessoa bater mais uma vez, afinal meu pai nunca ia ao meu quarto na verdade ele só ia ate o mesmo quando ia me apresar para irmos a algum lugar e que eu me lembre hoje não íamos a lugar nenhum então comecei a cogitar a ideia de que eu estava ficando louca e estava escutando coisas. Mas esse pensamento foi descartado assim que ouvi mais uma vez as batidas na porta, dessa vez um pouco mais forte. Que estranho o que será que meu pai queria. 


— Entra pai — Falei rapidamente me ajeitando na cama.


A porta abriu lentamente e eu me mantive sentada na cama esperando para ver a cara do meu pai, mas não foi o rosto dele que eu vi. Simmons estava parado a minha porta me olhando com um meio sorriso nos lábios.


— O que você esta fazendo aqui?— Perguntei enquanto o via parado ainda na porta me olhando.


— Vim falar com você, já que você não atende meus telefonemas — Ele falou calmo e permaneceu parado na porta ainda me olhando. 


É impressão minha ou ele estava um pouco estranho hoje. 


— Como você entrou aqui?— Me ajeitei na cama e fiquei o olhando — Espero que não tenha invadido — Falei divertidamente e ele riu. 


— Seu pai me deixou entrar— Ele finalmente começou a andar e se sentou na minha cama. 


Agora sim esse era o Simmons o folgado que não esperava que você o convidasse pra entrar e nem nada disso. 


— Ele te deixou entrar e ainda subir por meu quarto?— Perguntei confusa. 


Meu pai não era o tipo de cara que deixava um garoto subir no quarto da sua filha, ainda mais quando esse garoto tinha a fama que Simmons tinha. 


— Estranho né?— Ele falou sorridente e eu concordei com a cabeça. 


E o silencio que veio a seguir foi constrangedor, ficamos nos olhando, na verdade ele ficou me olhando enquanto eu olhava pra qualquer outro lugar. Por fim depois de tanto fugir resolvi enfrentar o seu olhar, uma hora um de nós dois teria que falar. Olhei para os seus incríveis olhos azuis, que estavam tão intensos, intensos igual aquele dia em que nos beijamos nos parque. 


Ok péssima lembrança. Desviei meu olhar do dele e senti minhas bochechas coroarem.


— Por que não atendeu aos meus telefonemas?— E finalmente o silencio foi quebrado, mas com a pergunta errada. 


Depois de conversar com Rachel parece que tudo que eu tinha andando fazendo era drama e admitir que eu estava dramatizando para o Simmons me parecia ser a pior coisa do mundo. 


— Porque estava com raiva de você pra variar — Como eu disse admitir não ia rolar, então optei por falar a verdade. Eu realmente estava com raiva dele. 


— É pra variar— Ele riu levemente e olhou para a frente. Desviando pela primeira vez seus olhos de mim.


— Mas o que veio fazer aqui?— Me ajeitei na cama me encostando nos travesseiros e o vi olhar pra mim e desviar novamente olhando pra frente. 


Ele ficou quieto por um tempo, parecia não saber o que falar e aquilo de um certo modo me fez rir suavemente. Era claro que eu sabia o que ele tinha ido fazer ali, só precisava que ele falasse, mas pelo jeito ele não iria falar. Mais alguns minutos e ele nada disse, e isso me fez solta uma leve risada novamente o que o fez rir.


— Veio ver se o nosso acordo ainda estava de pé, não é?— Segurei o riso e vi ele apenas me olhar e balançar a cabeça positivamente enquanto começava a rir, me fazendo acompanhá-lo.


Continuamos a rir ate que por fim paramos, e o silencio a seguir foi mais uma vez constrangedor. O clima hoje com Simmons estava mais tenso do que de costume, esse silencio estava tornando o clima mais tenso do que o clima que ficava quando estávamos brigando. Mais alguns segundos se passou e nem um de nos disse mais nada. Simmons parecia concentrado em encarar suas mãos que estavam entrelaçados uma na outra, seus cotovelos estavam apoiados em seus joelhos, eu apenas o observa. 


Respirei fundo chamando sua atenção e o mesmo se ajeitou me olhando, seus lábios se moveram para cima em um meio sorriso, me fazendo sorrir, ele se ajeitou em minha cama colocando uma de suas pernas dobradas em cima da cama, virando seu tronco pra mim, ele respirou fundo e falou. 


— Estamos bem ? — Ele perguntou com aqueles olhos em mim. 


Pela primeira vez realmente vi que Simmons estava um pouco sem jeito, o que me fez segurar a risada. Esse era mais um momento memorável. 


— Não — O mesmo desmanchou imediatamente o seu sorriso e me olhou serio— Nunca estivemos bem Simmons, por que estaríamos agora?— Soltei a risada que estava presa ao ver ele revirar os olhos e bufar de irritação. 


— Você não sabe ter uma conversa seria não?— Ele perguntou numa falsa irritação que me fez rir mais ainda. Parei de rir calmamente o encarando e o vendo parado a minha frente me olhando sorridente. 


E eu sabia que aquele era o momento de lhe falar sobre conta a verdade pra minha mãe, sabia que melhor momento do que esse poderia não existir e eu queria acabar logo com isso. Respirei fundo desmanchando o meu sorriso e vi que o mesmo ao ver minha cara fez o mesmo.


— Jensen — O chamei pelo primeiro nome, o que pegou o mesmo desprevenido por que ele me olhou com as sobrancelhas erguidas — Posso te pedir uma coisa?— Perguntei e ele apenas se limitou a assentir. Respirei um pouco fundo tentando tomar um pouco de coragem — Queria te pedir para me deixar contar a minha mãe a verdade sobre nós dois — Falei rapidamente e o vi desviar seus olhos de mim e encarar a sua frente, isso não era uma boa coisa — Sabe Simmons eu nunca menti pra ela, e eu sei que ela poderia de um certo jeito ... 


— Tudo bem — Simmons falou ainda encarando a sua frente. 


— ...nos ajudar — Essas palavras saíram mais baixos assim que meu cérebro interpretou o que ele tinha acabado de dizer— Você disse tudo bem?— Não conseguir conter o meu sorriso de felicidade. 


— Sim, eu disse que tudo bem Marrony — Ele me olhou sorrindo. Eu podia ver em seus olhos o quanto ele estava lutando com ele mesmo pra deixar isso acontecer. 


E eu perdi o controle dos meus pensamentos e do meu corpo neste momento. Quando vi já estava em cima do Simmons o abraçando fortemente enquanto sorria animadamente. Suas mãos passaram suavemente pela minha cintura seguindo ate minhas costas me abraçando e me prendendo contra o seu corpo. Senti um arrepio percorrer todo o meu corpo com tal proximidade e contado. Meus braços ainda estava ao redor do seu pescoço e por mais que minha razão me dissesse que eu deveria me afastar urgentemente, meu corpo parecia não obedecer tal comando. As mãos de Simmons passaram pelas minhas costas e sua respiração pesado no meu pescoço me deixa ainda mais arrepiada, um leve beijo foi depositado em um de meus ombros que estava exposto por causa da alça da blusa que caia pelo meu braço. 


O meu Deus! 


Respirei pesadamente e afastei-me devagar, vi seus olhos encararem os meus e mais uma vez me senti hipnotizada pela aquela imensidão azul, desviei meus olhos dos seus e olhei para sua boca entreaberta e assim que eu fixei meus olhos nela, ela se abriu em um meio sorriso me fazendo sorrir. Os dedos de Simmons gentilmente tocaram os meus lábios inferiores fazendo assim minha boca se entreabri. Em um movimento não esperado Simmons me puxou para o seu colo me colocando sentada de lado, meu tronco ainda se encontrava virado par o mesmo, meu rosto mais próximo do que nunca do dele e mais uma vez olhei para os seus olhos que estavam fixos ainda nos meus lábios aonde seus dedos ainda passavam gentilmente me fazendo quase perder totalmente o controle. Seus olhos voltaram aos meus e eu o vi se aproximar cada vez mais, e eu ansiava pelo contado dos seus lábios, ansiava por mais uma vez sentir o gosto de seu beijo. Eu só poderia estar ficando louca, mas no momento eu estava pouco me importando se isso era loucura ou não.





 







 





















 




 













 





















 




 












 










 




 





















 




 












 










 


























 


 









 


 






 





 













 

 






 





 













 

 






 








 

 






 




Elenco: 🧡

Narração do elenco: Principais: Família Crawford's: Eurico Crawford's:  E o patriota da família Crawford's. É um homem ruim é di...